Nesta terça-feira, 29 de outubro, celebra-se o Dia Mundial do AVC, uma data voltada à conscientização sobre a importância da prevenção e da resposta rápida ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 15 milhões de pessoas sofrem um AVC a cada ano, e a detecção precoce é fundamental para salvar vidas e reduzir sequelas.
Agabio Diógenes, neurologista e professor de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, melhor ecossistema de educação em saúde do país, destaca que o reconhecimento dos sinais é um fator crucial para que o paciente receba o tratamento adequado o mais rapidamente possível.
“O AVC é uma emergência médica. Ele pode ser isquêmico ou hemorrágico. Isquêmico corresponde a maior parte dos AVCs e significa que falta sangue em uma parte do cérebro. E hemorrágico é quando um vaso se rompe dentro do cérebro gerando um sangramento no local. Quanto antes o atendimento, maiores as chances de minimizar os danos neurológicos e evitar incapacidades permanentes”, afirma Diógenes.
Entre os principais sinais de um AVC, o Diógenes indica o uso do acrônimo SAMU, que auxilia na identificação de sintomas-chave:
Sorriso: Peça à pessoa para sorrir e observe se há alguma assimetria no rosto, como um lado caído.
Abraço: Solicite que a pessoa levante os braços. Caso um dos braços apresente dificuldade ou fraqueza, é um possível indicativo.
Música (fala): Peça à pessoa para falar uma frase simples. Observe se há alterações na fala, como palavras enroladas ou dificuldade para se expressar.
Urgência: Ao identificar um ou mais desses sinais, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente, ligando para o serviço de emergência de número 192.
Outros sintomas
Outros sintomas que também podem indicar um AVC incluem dor de cabeça intensa e súbita, perda de visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos, tontura e perda de equilíbrio. “Ao perceber esses sinais, é preciso buscar ajuda imediatamente, pois cada minuto conta para preservar as funções cerebrais,” alerta Diógenes.
Além do reconhecimento dos sinais, a prevenção continua sendo essencial. “Controlar fatores de risco como hipertensão, diabetes e colesterol é essencial para reduzir a probabilidade de um AVC. A mudança de hábitos pode ser uma medida poderosa na prevenção,” frisa o docente da UnP/Inspirali.
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