Da Band RN
A quantidade de médicos no Rio Grande do Norte aumentou 83% de 2011 para cá, segundo dados da Demografia Médica 2024, elaborada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (8), aponta que o estado tinha 4.392 médicos há 13 anos e, agora, conta com 8.038 profissionais. Com isso, a densidade por mil habitantes também cresceu: passou de 1,39 para 2,42 médicos por cada grupo de mil pessoas.
No Rio Grande do Norte, são 4.317 médicos e 3.721 médicas. A média de idade desses profissionais é de 45,65 anos, enquanto a média do tempo de formado chega a 18,86 anos. Na distribuição pelo território, verifica-se 5.534 médicos atuando na capital, Natal, ou seja, 69% do total, e 2.504 no interior.
Quantidade e qualidade
A Demografia Médica 2024 do CFM revela que, nunca antes na história, o País contou com tantos médicos como atualmente. O levantamento mostra que o Brasil tem hoje 575.930 médicos ativos, uma das maiores quantidades do mundo. O número resulta em uma proporção de aproximadamente 2,81 médicos por mil habitantes, a maior já registrada na história nacional.
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina do RN (CREMERN), Marcos Jácome, o estudo revela um aumento que não significa um avanço para a Saúde potiguar. “O crescimento do número de médicos no Estado não significa que seja suficiente para atender as demandas da população. Pelo contrário, sem condições de atendimento, esses profissionais terão dificuldades em atuar na prevenção de doenças e na oferta de tratamentos seguros e eficazes”, garante.
“Os dados indicam que o estado conta hoje com mais médicos. Mas a que custo? Observamos a criação indiscriminada de escolas médicas no País sem critérios técnicos mínimos, o que afeta a qualidade da formação em medicina,” comenta José Hiran Gallo, presidente do Conselho Federal de Medicina.
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Se um monte dos chamados “bons” médicos andou ultimamente receitsndo vermífugo contra virose, quem sou eu pra falar dos “maus” médicos formados nas novas faculdades.
A medicina chegou no ponto da relativa massificação da mão-de-obra. O quadro tende a se aprofundar ainda mais na medida em que a criação de novos cursos favorece a quem está perto de quem comanda as decisões, ou seja, aqueles que possuem cerca de 12 mil reais mensais para pagar mensalidade, para si ou seus filhos. Quem tem poder não vai lutar contra isso e quem não tem vai tentar se beneficiar disso. Prefeituras do interior estão conseguindo contratar médicos por valores muito abaixo do que já teve que oferecer antes. A qualidade é a mesma? provavelmente não, mas é melhor do que não ter ninguém. A medicina, a meu ver, será uma atividade muito lucrativa para empresários do ramo, não necessariamente médicos, e os donos das máquinas. Em muitas especialidades e lugares, o médico será um mero operador qualificado de máquina.