A iminente entronização do senador Garibaldi Filho (PMDB) na presidência do Senado, não é algo de efeito restrito a esse poder. Teremos desdobramentos.
Os reflexos dessa provável posse vão mexer com o cenário político do RN. Muito, pode apostar.
A aliança esdrúxula que PMDB e PFL (hoje DEM) formaram em 2006, com o intuito exclusivo de barrar Wilma de Faria (PSB), só foi muito bom para um personagem: a hoje senadora Rosalba Ciarlini (DEM). Foi puxada à vitória e à projeção estadual.
Na prática, os "donos" do PMDB e DEM, respectivamente os clãs Alves e Maias, reconheceram a força de Wilma na formação da aliança. Fizeram uma "joint-venture" (parceria para negócio específico) pelo temor do enfrentá-la em faixas próprias. Perderam juntos.
Para as eleições municipais de 2008, ninguém deve estranhar novos e surpreendentes acontecimentos. Quanto à disputa de 2010, idem. Definitivamente, a fronteira entre o que seja oposição e situação está quebrada. É tênue e imprecisa. Amigos podem se transformar em adversários e vice-versa.
Ninguém espere, por exemplo, que o apoio "velado" do Palácio do Planalto à candidatura de Garibaldi à presidência do Senado, seja gratuito. Como afirmava um velho economista: "não existe almoço grátis" em política.
Determinados nomes que pululam como "prefeitáveis" e "governadoráveis" podem se desmanchar ao vento, como se fossem certos corpos celestes à entrada na atmosfera. O jogo está embaralhando de novo.
Volto ao assunto. Aguarde.
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