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domingo - 05/06/2022 - 10:40h

O amor maior

Por Inácio Augusto de Almeida 

Olhando para o infinito lembra-se do amor cantado em verso e prova. Amor que inspira pintores, escultores, músicos, cineastas, poetas e escritores. O verdadeiro amor. O amor tão sublime que é louvado por todos.

amor, símbolo de amorAmor da Maria numa manjedoura explodindo de felicidade por ter seu filhinho nos braços. Amor mostrado na obra prima de Vittorio de Sica, Duas Mulheres, onde a mãe se sacrifica para proteger a filha. Amor que tão bem Vicente Celestino mostra na música Coração Materno. Amor capaz de tudo perdoar.

Lembra-se, nesta tarde mormacenta e preguiçosa, de um homem que conheceu, um cortador de palha de carnaúba. Um pai feliz capaz de guardar o toucinho, recebido com um punhado de farinha a título de almoço, para a filha, comendo apenas a farinha e sentindo a felicidade do amor maior.

Existe coisa mais linda do que o amor maior?

Pena que muitos desconheçam esta verdade e troquem a felicidade pela ilusão do prazer imediato que as drogas e o enriquecimento a qualquer preço provocam nos que se divorciam do verdadeiro caminho e enveredam por atalhos causadores de tantas desgraças.

Estes infelizes se autointitulam pragmáticos e se deixam dominar pelo imediatismo, buscando resultados instantâneos. Trocam o amor maior por um arremedo de felicidade.

Não sabem da depressão que se segue a euforia causada pela droga? Desconhecem que o dinheiro ganho de forma espúria se transforma na pedra de Sísifo?

Não escutam o choro dos famintos a quem tudo furtaram porque sensibilidade nunca tiveram.

Vivem só para si.

E pelo prazer imediato trocam a felicidade verdadeira, agindo como imbecis, que entregam joias e recebem bijuterias.

Ao verem um tranquilo homem admirando um lindo pôr do sol, cercado pelo carinho de netinhos aos quais explica o movimento dos astros, se compensam dando um riso de mofa, mas no fundo da alma deixam escorrer uma lágrima.

Lágrima que também escorre quando o efeito do pó passa e voltam ao mundo real onde se sentem pobres diabos.

Estes passam pela vida sem viver a vida. Vegetam e buscam compensação na droga ou felicidade no contar dinheiro e na admiração de joias que não podem ostentar.

Quanta diferença para o cortador de palha de carnaúba que recebe todas as tardes o beijo carinhoso da filha. Beijo cheio de amor.

Feche os olhos e não conseguirá ver nos semblantes de drogados ou corruptos nenhum sinal de felicidade. Apenas angústia e insegurança.

Tente imaginar um destes pobres diabos, arremedos de gente, sorrindo e com os olhos brilhando, mas não conseguirá. O máximo que enxergará serão rostos desfigurados a mostrar dentes que os fazem parecer hienas.

Quando se convencerão de que a felicidade só existe onde existe o amor maior?

E não adianta procurar este amor maior nos vícios, dinheiro ou posição social.

O amor maior só pode ser encontrado na família.

Inácio Augusto de Almeida é escritor e jornalista

P.S Crônica dedicada à Sra. Naide Rosado.

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Categoria(s): Crônica

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Natal dá início a aplicação da quarta dose da vacina Covid-19.
    Natal faz aplicação intinerante da vacina, levando aos bairros mais distantes equipes de vacinação.
    Isto é uma demonstração de amor pelos natalenses e residentes em Natal. Amor e Respeito.
    Mossoró faz um festa com dinheiro público que provoca aglomeração de pessoas sem uso de máscaras e muitas não vacinadas. Isto com a COVID-19 suspendendo nos colégios aulas presenciais.
    Para pagamento de cachês absurdos a cantores Mossoró tem dinheiro.
    Isto é prova de Desamor e falta de Respeito com os mossoroenses e residentes em Mossoró.
    /////
    IDoso, 76 ANOS, AGUARDA HÁ MAIS DE 105 DIAS A MARCAÇÃO DE UMA CONSULTA OFTALMOLÓGICA EM MOSSIRÓ. A REQUISIÇÃO ESTÁ NA UBS SINHARIAZINHA

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      ITINERANTE

    • Amorim diz:

      É, meu caro amigo ” reclamão” , dou a mão palmatória!
      Fui tentar ontem a noite ir ao pingo, retornei da entrada, sou frouxo. Se levantava o pé não podia mas colocar no chão.
      Mas Covid estava eufórica!
      Celulares vários saíram dos bolsos, assim como bolsas e ccarteiras!
      O policiamento muito forte; mas o Sr. Ladrão merece respeito.
      Um abraçaço?

  2. Naide Maria Rosado de Souza diz:

    Sr.Inácio. Obrigada por me dedicar tão linda Crônica. Sem nunca, ao menos, ter me visto pôde decifrar a essência de minh’alma. Sim, dedico o meu maior amor à minha família.
    . Ainda muito sofrida com a perda meu sobrinho Jerônimo Dix-huit, continuo a minha caminhada prestando atenção à uma filha com Covid, a do meio, e uma neta, a terceira, com otite. Assim é a minha vida. Na semana que hoje se inicia, planejo reforçar as noções de encontro vocálico e encontro consonantal com Alice, pois ficaram meio desbotados com a pandemia. Por eles e para eles a minha vida. Ainda verei pelo menos dois de meus netos ingressarem numa faculdade pública. Gostaria de vê-los concursados e aprovados como os meus filhos.
    Amo toda a minha turma sim. Com o amor maior!
    Obrigada!

  3. Antonio Miranda diz:

    Srº Inácio, que maravilhoso é praticar e ser o amor maior de alguém. Obrigado por compartilhar conosco o belo conceito de amor maior.

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