Por Bertolt Brecht
O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Bertolt Brecht (1898-1956) Poeta e dramaturgo alemão
Ôôô coisa pra ser verdade viu!
Essa emblemática contextualização cai como uma luva em considerável parcela do eleitorado mossoroense. Uma lástima, pois.
Eu fico a imaginar se o grande dramaturgo alemão tivesse conhecido os políticos e os eleitores de determinadas cidades brasileiras.
Tenho a impressão de que ele seria ainda mais enfâtico.
No Brasil, além do analfabeto político, grande parte das pessoas não tem capacidade de interpretar o que leem.
NOTA DO BLOG – Everton, bom dia. O analfabetismo político é um de nossos maiores males. Mas a questão do interpretar nem sempre é devido a incapacidade cognitiva. Em muito tem relação direta com preconcepções. O sujeito abre uma página querendo ler algo para atender seus desejos e não aceita ser contrariado. Daí o surgimento de delírios como da teoria da conspiração, complexo de transferência de culpa etc. Abração.