Por François Silvestre
As oligarquias no Rio Grande do Norte estão presentes desde que a Capitania foi ofertada a João de Barros e ele declinou do presente. Nunca apareceu por aqui. Não declarou a declinação nem confirmou a aceitação.
Deu pouca importância ao “prêmio”.
Do Governo-Geral ao Império. Da Monarquia à República. Dos velhos ao novo tempo, por aqui o poder sempre foi resolvido no inventário dos herdeiros. Famílias e seus agregados. Grupos fechados e propriedade privada do poder “público”.
Mais recentemente, duas dessas famílias se revezaram no mando de campo. Nenhum adversário conseguiu derrotá-las. E quando algum, na exceção, ganha uma, é também membro de outra sub-oligarquia. Foi sempre assim.
Porém, agora parece que as oligarquias do presente começam seu ocaso. Derrotadas nas urnas? Não. Abatidas em pleno voo, por atiradores das suas casamatas.
Os cúmplices das trampolinagens conseguiram o que adversários e críticos nunca imaginaram conseguir. Quantas dessas famílias estão hospedadas no desassossego da suspeição? Todas.
Absolutamente todas.
E o Sol vai se ponto no lado Oeste do Potengi.
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Grande François Silvestre. Eis-me a fazer um comentário, sem me indispor com o seu brilhantismo.
Pelas razões geográficas posso não estar muito sabedora das oligarquias reinantes. Vou me ater ao que conheço, para não errar.
Digamos que os Rosados sejam uma oligarquia, ou mesmo, uma sub-oligarquia . Há pouco, em eleições passadas, os Rosados foram quase execrados, exagerando um pinguinho. Foi eleito apenas um Deputado Federal, a quem chamei de “Última flor do Lácio”, não por ser inculto e belo, mas pelo viço. Jovem! Última, significando única,mas com riscos de ser a última, no sentido próprio da palavra.
Pois bem, François, surgiu a grande chance de aparecimento de novos valores. Parece que não deu muito certo.
Qual líder político valoroso ocupou a brecha? nenhum. O novo prefeito, sem sangue Rosado, tinha tudo para triunfar…não o fez. Administração sombria… E o governador do estado? de sobrenome Faria, estou desinformada a respeito de sua tradição oligárquica. Recebo notícias de que impera a violência no meu encantado e amado rincão potiguar. Assisto, entristecida, as fugas escandalosas dos presídios. Sei que não chega insulina a Mossoró…sei que uma juíza precisou sentenciar para que recursos chegassem a alguns municípios, transformando esses recursos em leitos hospitalares e UTIs. O judiciário cuidando da saúde, função do executivo.
Não sou a favor de oligarquias. Abomino o nepotismo.
O poder não pode ser como o das Capitanias Hereditárias que passavam de pais para filhos.
Então, é preciso que as tradicionais famílias abdiquem de seus lugares, mas que pessoas melhores do que elas os ocupem. Trocar por melhor…por pior, é muito desvantajoso.
Abraço de admiração e respeito
Juvenal Lamartine era Faria, Wilma é Faria. A mãe de Robinson é Mesquita. Mas, vamos ao seu comentário. Concordo que há mediocridade nas tentativas de substituição. O que reforça a assertiva de que somos mesmo uma capitania. O fato de que os substitutos são ruins não legitima o direito sucessório no controle político. Sou admirador dos Rosado, portanto jamais os chamaria de sub. São de nível superior, nas virtudes e defeitos. O que não deixa de ser uma deferência.
” O fato de que os substitutos são ruins não legitima o direito sucessório no controle político.” Concordo plenamente. No entanto, os substitutos ruins não são reeleitos e há o retorno da oligarquia. Obrigada, pela deferência…correta também, “nas virtudes e defeitos”. Grande François Silvestre! Presença preciosa.