Não fui à Estação das Artes Elizeu Ventania e ao seu entorno, para acompanhar ou mesmo participar da promoção "Mossoró Cidade Junina". Mas ouvi relatos interessantes sobre esses primeiros dias.
A promoção continua baseada em shows de bandas que por si só aglomeram muita gente por onde têm passado. Casos da Forró do Muído e Aviões do Forró. São fenômenos que merecem respeito.
Não gosto de ambas e tantas outras, mas aplaudo o sucesso decorrente de muito suor.
Os aplausos são dados à segurança interna da área de shows. Brigas são inevitáveis, onde juntam-se forró, mulher, bebida e imbecis que fazem de seus músculos a grande diversão pessoal. Mas a segurança precisa se espraiar para os corredores de tráfego humano até à Estação.
Quanto aos banheiros químicos, há número insuficiente para atender às necessidades. É humilhante e infame sobretudo para as mulheres.
Sobre a organização do Cidade Junina, não há muitas novidades. O governo "Da Gente" (Deles) privatizou os lucros com a contratação da empresa pernambucana A-Sim, que nunca tinha organizado sequer um arrasta-pé com "Neném do Baião."
Ela e conhecida em Pernambuco e Paraíba como especializada em "captação de recursos" (apoios publicitários) e consultoria de eventos. Caiu em Mossoró para uma iniciativa incomum de "terceirização".
Na prática, ela aparece como tal, mas é a prefeitura e todo seu pessoal e estrutura que estão a serviço do evento, que existe há 13 edições. Apesar da propaganda paroquial a vendendo como "a maior", nem de longe merece esse termo.
O Cidade Junina virou um bem de todo o mossoroense, mas sob a batuta de uma patota que a distorceu para vantagens que não recaem sobre Mossoró. É coisa de círculo fechado. Para poucos.
Temos, em verdade, uma festa de repercussão doméstica. Não possui o eco do passado, como em certos períodos da "Era Rosalba Ciarlini (DEM)", quando chegou a transpor a divisa do RN.
Na prática, repito, a patota fez a privatização de lucros. A A-sim terceirizou pessoal, outras empresas e estrutura da prefeitura numa situação absolutamente inusitada. Em termos de estudos de economia, administração e marketing, é improvável que exista algo semelhante. E indecente.
Enquanto isso, Caruaru (PE) e Campina Grande (PB) puxam mais de uma dezena de outras cidades (do Maranhão à Bahia), em festas com forte atrativo turístico. Na primeira, expectativa de 1,5 milhão de turistas em 42 dias de festas (Mossoró programou 14). Em campina Grande são mais de 30 dias, com estimativa de 1 milhão de turistas.
Mossoró tem tudo para segui-las e, quem sabe, até ultrapassá-las em êxito num futuro. Entretanto com as mãos bobas da patota, sobra apenas o festim para iludir a massa caseira e arrabaldes.
O Cidade Junina um dia voltará a ser nosso.
Saiba mais AQUI.
Não sei porque as pessoas insistem em denominar” banheiros móveis” de “banheiros químicos”,se assim fosse,muito cuidado deveriam ter os seus usuários,um dia quem sabe,ficarão sem os seus ‘bogas’.Aí eu não digo,”Homi,vá cagar”.