As redes sociais são um termômetro para se identificar os temas mais discutidos pela sociedade. Em Natal, além do ramerrame de sempre na Saúde e Segurança, voltamos a ter confusão de vozes no Governo.
O epicentro é o secretário do Turismo, empresário hoteleiro Ruy Gaspar.
Sua pregação contra a presença de turistas em Natal e arrabaldes, advindos de cruzeiros marítimos, é uma aberração e afronta aos interesses da pasta e do Estado.
“Eu acho que é uma concorrência desleal com a rede hoteleira. Hotel paga ISS e ICMS e gera mais de 10 mil empregos em Natal. O navio não paga ISS, só ICMS sobre o combustível e não gera nenhum emprego”, disse Ruy Gaspar que também é presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) no Rio Grande do Norte e proprietário de um hotel na capital potiguar”, relata o portal G1/RN.
O Governo do Estado, oficialmente, amenizou suas palavras e emitiu pronunciamento com conteúdo inversamente proporcional. É a favor dos cruzeiros, como a Grécia, Rio de Janeiro, Itália, Austrália, Espanha, Portugal ou qualquer outro endereço turístico do mundo com fronteira marítima.
A postura de Gaspar é resultado de um claro duelo entre um “eu” empresário e líder hoteleiro e o “eu” de homem de Governo. Aflorou a voz do empreendedor classista.
Nesse conflito, ou dissonância cognitiva, quem leva a pior é o estado. Ainda bem que o governador Robinson Faria ((PSD) tem voz ativa.
Natal sempre disputou com Mossoró em tudo. Ou Mossoró sempre disputou com Natal em tudo.
No tempo que o maior cinema de Natal pertencia ao Xixico e colocaram o nome do maior cinema de Mossoró de PAX, falavam em Natal que PAX significava PARA ABAFAR XIXICO.
Agora Mossoró entra no anedotário nacional com o KIT MAMÃE.
Natal responde imediamente com o PACOTE TURISMO.
Se em Mossoró a prefeitura dá de presente no dia das mães SABÃO e DETERGENTE, Natal, através da Secretaria de Turismo do Estado não quer a presença de turistas trazidos por cruzeiros marítimos.
O prefeito imagina que mãe pobre fica feliz quando ganha uma barra de sabão ou um detergente.
O Secretário de Turismo acredita que turistas que chegam nestes navios saem para passear na cidade e praias por volta das 8 e voltam correndo às 12 horas para pegar a xepa. Pela parte da tarde repetem a maratona.
Para de rir, Zé Ruela, que não se trata de nenhuma piada.
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QUANDO SERÃO JULGADOS OS RECURSOS SAL GROSSO
O UNIFORME ESCOLAR NÃO FOI ENTREGUE EM MOSSORÓ.
QUANDO TOMAZ NETO VAI MOSTRAR A CÓPIA DO RELATÓRIO DA AUDITORIA.
QUANDO SEU CINQUENTINHA VAI PERGUNTAR AO TOMAZ NETO ONDE ELE ESCONDE ESTA CÓPIA
O meu comentário não vai ao núcleo da questão. Abordará, primeiro, outro aspecto.
Faço uma comparação entre o turista que fica à bordo e o que, de fato, se aloja na cidade. O que fica a bordo não consegue assimilar, sentir o local, os costumes do povo, o sentimento. Fica preso a horários…são propriedades do navio, digamos assim.
Pessoa amiga foi a Fernando de Noronha num desses passeios marítimos. Conversando com ela parecia que tínhamos ido a lugares diferentes. Não desceu montanha à dentro, não fez muitos dos passeios que fiz. Fui com Paulinha, minha primogênita. Fizemos mergulhos, nadamos sobre dois pequenos tubarões, seguimos trilhas fantásticas! Eram passeios demorados que, evidentemente, não combinariam com os horários de um navio. O que me deixou atônita, foi a pessoa não ter ido ao “Bar do Cachorro”. Não sei se o bar ainda existe, mas era tudo de bom. Saíamos de lá quase ao amanhecer. Sim, a pessoa disse que falaram no bar, mas muitos preferiram o programa do navio.
Agora, quanto ao texto. Claro que nenhum turista pode ser desprezado. Por menos que gaste, gasta. Sejam bem-vindos, até de paraquedas, “drone”, ou de patinetes, como Alice. No entanto, o turista que se hospeda na cidade traz muito mais dividendos.
Qual seria a conduta?
Bem, jamais a de criticar os provenientes de cruzeiros.
A conduta correta seria o incentivo ao turismo que contempla a hotelaria local.Vamos lá. Se a presença dos cruzeiros afetar sobremaneira a hotelaria, que tal promoções. Que tal, hospede-se em tal hotel e ganhe um dia grátis. Hospede-se em tal hotel e receba, no pacote, passeio às dunas, com ou sem emoção. Tal hotel tem pacotes “all inclusive”. Que tal, Venha a Natal , divirta-se e vá a Fortaleza em seguida, hospedando-se na mesma rede, ou em uma outra que se associe no empreendimento, com um dia de presente. Há pessoas especializadas nisso. Chama-se incrementar o turismo .