Por Ney Lopes
Após a recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em relação aos planos de saúde, percebe-se grande reação popular contra o entendimento dado pela Corte a essa questão.
O Tribunal tratou os usuários dos Planos de Saúde como “cifras e números numa planilha contábil” e não pessoas humanas.
Somente serão oferecidos tratamentos e medicamentos, que estejam citados no “rol de procedimentos” da Agencia Nacional de Saúde.
Esse “rol” não é atualizado e não acompanha a evolução da Medicina, além de interferir no ato médico, ao rejeitar a prescrição, o que é inadmissível.
Atualmente, os planos estão no topo das reclamações e ações judiciais no país.
A decisão do STJ estimula o mercado dificultar ao máximo a cobertura, em busca de menos gastos.
As novas regras, decorrentes do julgado, trazem uma “pegadinha”.
Dispõe que “eventuais” procedimentos com indicação médica, comprovação científica e sem equivalentes incluídos no rol poderão ter a cobertura requisitada e acolhida pelo plano.
Mero engodo.
Como admitir-se, que decisão envolvendo a vida humana seja tomada unilateralmente pelas empresas privadas da medicina suplementar?
Simplesmente coloca o doente à mercê dos cálculos financeiros do plano de saúde.
A lógica consagrada é a de que o importante é a empresa e não o paciente.
Como exigir-se de um enfermo, em situação aflitiva, comprovar cientificamente que a solicitação do seu médico é correta?
E quem não disponha de meios para ir à justiça?
Não foram previstas multa ou sanções para as recusas indevidas do plano.
Ao contrário, o STJ definiu, que o interessado terá que contratar cobertura ampliada, ou negociar um aditivo para algum procedimento extra.
Na lista da ANS estão de fora cirurgia de tecnologia robótica, quimioterapia oral, radioterapia e diversos outros tipos de terapias e remédios decorrentes da evolução da ciência.
Haverá recurso da recente decisão do STJ para o STF, a fim de evitar que seja legalizada a morte dos usuários dos planos de saúde, quando acometidos de doenças graves, que exijam tratamentos específicos e atuais.
As empresas alegam “prejuízos financeiros”, quando os sinais externos são de prosperidade no setor, até com atração de capital externo.
Essas empresas não só continuam operando no azul, a exemplo dos últimos anos, como viram o lucro aumentar desde 2020, apesar da pandemia, crise econômica e o aumento do desemprego,
A prova são fusões, aquisições de grupos menores e compras de redes de hospitais e laboratórios.
Nos casos constatados de desequilíbrios financeiros reais poderiam ser concedidas complementações às empresas, através do SUS, ou outros mecanismos.
O que não se admite é onerar o usuário e deixá-lo à mercê do arbítrio dos planos para decidirem isoladamente sobre concessões de tratamentos e medicamentos urgentes e inadiáveis.
Isto não!
Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal
Planos de Saúde cada vez mais uma máquina de fazer dinheiro, empresários bilionários, és a pergunta ? Será que os meninos da toga pagam plano de saúde, quando pagam, tem algum problema de cobertura com a assistência médica ou tem algum parente próximo que teve seu direito negado pelo plano de saúde ?
É muito dinheiro envolvido na jogada, e sabemos quando chega lá em cima, tribunais superiores, o jogo não é para os fracos, porém acredito que o STF será favorável ao contribuinte, anulando tal decisão dos meninos do STJ, que venhamos e convenhamos, que julgado de merda, não se baseou nos argumentos dos contribuinte, mas tão somente do PLANOS DE SAÚDE, que se a decisão fosse favorável, o STJ entendesse que o rol de cobertura é exemplificativo, oneraria as operadoras de plano de saúde.
A justiça anda conforme o governo federal, infelizmente estamos pagando caro com esse animal na presidência
Tenho plano de saúde Unimed. Quando adentrei o limiar da PVC (Porra da velhice chegando), ou seja, passei a ser Sex… Sexagenário, a mensalidade pulou de 550 Reais para 850 Reais. Essa foi de lascar.
materia importante na área médica