Em 119 anos de República e cerca de 160 anos de vida partidária nativa, o erário sempre foi a força-motriz das lutas eleitorais. Não precisa ser oficializado como tal.
PolÃtica que era uma atividade pública, com outorga popular, via mandatos de caráter transitório, se transformou em profissão. Tem milhões de pessoas vivendo disso – a expensas do contribuinte. Às vezes até trabalham.
Mandato virou bem de famÃlia. Herança. Em prole mais numerosa, o costume é transformar o rebento mais inútil em polÃtico. Quando o bambino não serve para nada, vira polÃtico.
Painho é eleito, leva mãinha para ocupar um cargo, o filhinho preguiçoso salta noutra "assessoria", a nora arranca uma sinecura, além do pinguim da geladeira, o criado-mudo e o patinho de borracha. Às vezes tem lugar ainda para amantes. Ninguém é de ferro.
FamÃlia, famÃlia, famÃlia.
Nas ruas, uma récua de trouxas fica se engalfinhando em discussões, gritando palavras de ordem ou comendo cachorro-quente ensebado, com refrigerante de fundo de quintal.
Esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Carlos Santos, essa terra nunca irá cumprir seu ideal. Porque, em em Mossoró, apenas a familia Rosado tem o direito de administrá-la. No próximo domingo(22), Carlos Augusto irá reunir seus apaniguados, só para comunicar que a vice de Fáfá será Ruth Ciarline. Alguém tem alguma dúvida de que elas serão eleitas em outubro?