Temos, sim, um duelo de marketing político, puxando o ramerrame para o campo da moral religiosa, num estado constitucionalmente laico, apesar de povo majoritariamente cristão.
Pior é que, de fato, não sabemos a opinião particular de cada candidato presidencial sobre a questão. Eles exprimem ideias apontadas pelo marketing, a partir de pesquisas de opinião pública.
Nenhum é encorajado a ser exatamente o que é, mas apenas ao que deve dizer nesse momento.
O aborto é um problema de saúde pública, que passa pela educação, cultura, valores religiosos e família. Diz respeito também a outros aspectos, como o financeiro-econômico e o princípio universal do direito à vida.
A arenga passa longe de tudo isso. É meramente eleitoreira. Só. Os dois lados mentem, disfarçam e fazem uma luta de faz-de-conta.
Adiante, o eleito tratará o caso de outro modo, caso seja provocado em termos de Congresso Nacional.
E, quanto à sociedade, essa mistura distanciamento com espasmos pseudomoralistas.
Muitas vozes nos remetem ao fundamentalismo religioso. Esse dogmatismo mascara mais ainda uma realidade que não é apenas das mulheres da periferia: o aborto é corriqueiro também entre as perfumadas chiques e "insuspeitas" das altas classes.
Concordo plenamente com você. Isso mostra o baixo nível de José Serra, que é o único a se beneficiar com esse tipo de discussão. Em entrevista recente à Record News, Gabriel Chalita falou da perseguição que tem sofrido desde que deixou o PSDB e a Secretaria de Educação do Governo Serra, com a adulteração de gravações, e a propagação de boatos sobre religião e aborto. Se não viu a entrevista, recomendo, pois além disso, Chalita falou de ótimas idéias para melhorar nossa educação.
CARLOS SANTOS e o “interessante” nessa história é que, além dos ignaros e dos inocentes “úteis”, a grande maioria que atualmente tenta se utilizar do discurso/fundamentalismo religioso relacionado ao tema aborto, estão exatamente abrigados sob as asas dos partidos ditos de oposição, que, alardeiam e criticam aos quantros ventos o posicionamento/relacionamento econômico e (ou) diplomático do governo do presidente LULA, com o IRÃ, apenas e tão somente em função da permanente animosidade política do IRÃ FRENTE AOS AMERICANOS.
O IRÃ, é sabidamente uma teocracia, ou seja, o destino dos seus cidadãos é basicamente orientado sob a égide do fundamentalismo religioso, no irã, sabidamente as questões relacionadas a laicidade simplesmente inexistem.
ENTENDAM A CONTRADIÇÃO E O PARADOXO DESSA CAMPANHA DIFAMATÓRIA PATROCINADA PELA OPOSIÇÃO PERSONIFICADA NA FIGURA DE JOSÉ SERRA CARA DE PEDÁGIO, AO BRASIL DE TODOS REPRESENTADO PELA CANDIDATA DILMA ROUSSEF…!!!
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318.
Carlos Santos sua colocação é pertinente e imparcial para reflexão do leitor, no momento que em vez de serem debatidos programas que possibilitem a soberania brasileira, a continuidade das ações que verdadeiramente transformaram o cotidiano do cidadão (ã) e serem postos em pauta mecanismos que venham chamar a sociedade para o que é melhor para o país ao escolher o futuro e seus desdobramentos de ordem nacional e internacional de 4 anos ou mais após a eleição, Serra e a elite conservadora de maneira baixa e grosseira usam de manobras sem uma discussão profunda de temas como o aborto e homossexualismo e outros, como condição de escolhas políticas em nome de um falso debate que tem o objetivo de simplesmente elegê-lo presidente não importando se é mentira ou verdade a sua posição.
Caro Carlos,
Ótimo o seu posicionamento a respeito desse tema que se tornou de uma hora para outra como a prioridade maior dessa nação e muito boa também a contribuição dos dois comentários nesse espaço. Mereceriam ir para a página principal. Desculpe minha audácia.
Mas a patifaria maior ainda é a hipocrisia dessa nossa sociedade, pois como sabemos, esse País nunca se conduziu baseado em princípios éticos e muito menos morais/religiosos. Vemos as igrejas cheias de “fiéis” numa parte do dia, com direito a pouso do Espírito Santo e a comunicação em línguas extranhas, para noutras horas, os frequentadores (as) se dirigirem aos motéis da cidade para verdadeiros bacanais. Para não citar outros aspectos dos princípios cristãos que são descartados ao bel prazer dos interesses particulares desses fariseus modernos.