Como era de se esperar, a mídia mossoroense ignora a sentença de morte dada ao Abatedouro Frigorífico e Industrial de Mossoró (AFIM). Não se dimensiona o tamanho da decisão.
O projeto que trata do assunto aportou na Câmara de Vereadores no início da semana passada, segunda (25). Virou apenas notícia burocrática. Matéria anunciativa, como tecnicamente os manuais de jornalismo definem as reportagens produzidas sem qualquer traço analítico-opinativo, apenas em cima do factual.
A prefeita Fafá Rosado (DEM) vai entrar para a história, com a conivência de uma câmara solerte, servil e inconseqüente, como a gestora que pôs fim a um grandioso e importante patrimônio público.
A sociedade, como é comum, praticamente ignora o feito. A imprensa apenas noticia, sem um pingo de poder crítico e incapaz de provocar o debate. É conivente.
A proposição trata da liquidação e extinção do Afim, instalado há 23 anos pelo então prefeito Dix-huit Rosado, tio da atual governante.
Com sua visão de futuro, Dix-huit pensou num equipamento público que assegurasse melhoria sanitária no abate de animais, além de ensejar a produção de embutidos e outros derivados, para atendimento à população mais carente. Viu longe, ao contrário da sobrinha sem bússola.
Ao longo do tempo, o Afim foi gradualmente sendo morto. Coisa intencional.
Agora, contudo, Fafá Rosado assume o poder supremo de aniquilá-lo de vez. Talvez a intenção seja abrir caminho à instalação de abatedouros privados, beneficiando sabe-se lá quem. Coisa “da gente”.
Mossoró pode ser condenada a comer “carne de moita” como no passado mais primitivo da aglomeração humana, que deu origem à cidade, há quase dois séculos. Uma pena.
Essa decisão é tomada num momento em que o governo federal desencadeia amplo programa de incentivo, subsidiado, para construção e montagem de abatedouros nos mais de 5.550 municípios do país. A iniciativa é sensata. Procura eliminar o abate e venda de animais sem origem segura.
Pior é testemunhar uma comunidade inteira, com mais de 240 habitantes, acompanhar tudo isso inerte, de braços cruzados, como se nada a alcançasse.
Pobre Mossoró!
Olha Carlos Santos, onde o velho alcaide estiver, está muito triste com essa notícia do Afim. Eu, que presenciei toda a construção e inauguração e, boa parte do funcionamento ao lado do Dr. Dixhuit e, do Dr. Reinaldo Ferreira Marques ((Gerente de inicial do Afim – in memorian). Vc sequer imagina o quanto era motivo de orgulho essa obra para Dix-Huit. Que Pena!
CAro Carlos Santos,
Durante o período eleitoral tive a oportunidade de conhecer essa grandiosa obra feita por um Rosado, que como você mesmo falou estava a frente do seu tempo, ou seja, pensava na Mossoró do futuro e não apenas do presente. Na ocasião estivemos acompanhado do amigo e irmão Davi Leite, que foi um dos administradores daquele abatedouro por muito tempo e pude ver o quanto aquele equipamento é importante para Mossoró. Aina, pude identificar em suas palavras e na atenção que ele tem por aquele espaço, que aquela obra que a prefeita “da gente” resolveu enterrar é um patrimônio do povo e um bem de utilidade pública que atinge diretamente a saúde da população mossoroense. Sendo assim, amigo, lhe convoco e a todos os internautas que comugam com a idéia da prefeitura manter o AFIM em funcionamento, inclusive melhorando a sua infraestrutura, para que façamos um manifesto utilizando essa poderosa ferramenta virtual que é a internet para cobrarmos da gestora municipal o zelo por nossa saúde. Sendo assim já está aberta a comunidade no Orkut – PREFEITA, não mate o AFIM, para mostrarmos nossa indignação.
É incrível como Mossoró consegue avançar tanto em certas áreas, e consegue rotroagir mais ainda em outras. Isto é um absurdo. “Matar” um Matadouro é inaceitável. Com a palavra a SOCIEDADE. Lembrem-se Mossoró é “da gente”. E ainda dizem que estão preparando a cidade para o futuro. Que futuro??? Talvez tenhamos que comer carne vinda lá do ATERRO SANITÁRIO ou até mesmo de LIXÃO DE CAJAZEIRAS.
Carlos:
Vamos voltar ao tempo de abatedouros de fundo de quintais, isso é um atentado a saúde pública. Um retrocesso, Fafá entrará para a história como inimiga da saúde pública. E o mais estranho é a sociedade civil não soltar um ” piu” de protesto a esse atentado a nossa saúde. Não espero um grito dos edis, se a prefeita quiser derrubar a Catedral teria o apoio incondicional dos mesmos.
É como dizia Canindé Queiróz: se levarem a catedral de Santa Luzia, ninguém dirá nada! Imagine o Afim escondido no meio do mato e sem embelezamento nenhum para atrair “turistas”.
Já que a mídia mossoroense, mais uma vez cruza os braços e ignora o seu real papel, vamos tentar fazer nosso protesto e manifestar nossa indignação também via Orkut. Quem sabe isso não surte algum efeito?
Para quem se interessar, acesse o link
//www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=77952337 e deixe o seu recado.
Esse povo,está por cima da “carne seca”,a carne que consomem,deve ser comprada nos grandes centros,produtos da Argentina e do Uruguai ou até carne de cangurú,não vão,como nos,simples mortais,comer “morrinha”,os aproveitadores desse tipo de produtos,que são muitos,agradecem.Não nos preocupemos,haverá muito,carne de porco da ‘bacia’.Haja cistecerco.
ESSA COM CERTEZA,È MOSSORO DA GENTE.ALO NOBRE EDIS,A PALAVRA ESTA COM VOCES.