Uma sentença assinada pela juíza de Direito Uefla Duarte, transitado em julgado (não cabe mais qualquer recurso), estabelece que o “Mossoró Cidade Junina” tem horário para ser concluído em seus shows: 1h30 a cada noite. Isso é o que está legalizado, amarrado judicialmente.
Mas o governo da prefeita Fafá Rosado (DEM) promove uma campanha pusilânime, iníqua e criminosa tentando o linchamento moral do Ministério Público, atribuindo a esse órgão a responsabilidade pela mudança que “mataria” a promoção festiva. Tudo um jogo de cena. É fumaça laboratorial para esconder má-fé, despreparo e arrogância dos inquilinos do poder.
A máscara aos poucos vai caindo.
Há muito de podre no “reino da Dinamarca”, que é escamoteado. O MP sabe e investiga parte disso. Daí, crível pensarmos na existência de uma conjuração nauseante para calar os promotores, vozes raras em defesa do cidadão em Mossoró.
Essa crise serve de bode expiatório para o esconde-esconde, num subterrâneo pantanoso, de odor insuportável, que nem a perfumaria francesa de seus principais atores consegue debelar.
O que o governo “Da gente”, ou seja, deles, não esclarece à comunidade, é o porquê da debilidade do cofre municipal, apesar da fartura de movimento financeiro mensal.
Resmungam seus porta-vozes que royalties da Petrobras estão encolhendo e há desnutrição na arrecadação direta. Não falam do empreguismo desenfreado, nepotismo patológico e outros deslizes que estão supurando. Muita coisa poderia ser tipificada no Código Penal? Eu não duvidaria.
Por amnésia seletiva, o governo não admite a má gestão, que tem levado prestadores de serviços e fornecedores (à exceção de alguns protegidos, claro) à angústia. O atraso em pagamentos, o que não ocorria em tamanha dimensão desde o final de 1996, gestão do falecido prefeito Dix-huit Rosado, é assustador. O cenário é incompreensível numa prefeitura abarrotada por numerário vultoso.
O Mossoró Cidade Junina está encolhendo de 30 dias para a metade do calendário, porque não há recursos suficientes à farra. Decisão unilateral, da própria prefeitura, sem interferência alguma do Ministério Público ou Justiça. Falta grana mesmo. Exageraram na dose.
Com um gerenciamento temerário, importado da iniciativa privada, onde boa parte dos donos do poder não conseguiria prosperar com o monopólio da Coca-cola num verão de Copacabana, o erário mingua. Para saneá-lo terá que haver demissão em massa de comissionados, redução de custeio do supérfluo e basta em certos costumes impublicáveis.
A empresa pública, mesmo sendo uma mãe dadivosa, não suporta tanta incompetência, desleixo, compadrio pernicioso e empáfia.
O duelo que o governo da prefeita Fafá Rosado trava com o Ministério Público, açulando o povo contra os promotores, em especial o do Meio Ambiente, Jorge Cruz, coloca na infantaria uma massa de baixa instrução (barraqueiros etc), manipulada até para fazer greve de fome. Pobres sicários! Tomam para si uma causa que é mais dos perfumados monocromáticos do que sua, um “Exército de Brancaleone” do semi-árido.
Noutra extensão da guerra conflagrada, a imprensa – com honrosas exceções, graças a Deus – é instrumentalizada para repetir a mentira, o engodo palaciano. Uma parte dela sob remuneração e consciente, outra por ouvir dizer, mas sem condições críticas de avaliar nada. Ambas falando sobre o que não compreendem bem e servindo ao que deveriam censurar construtivamente.
Quem não se deixa cooptar é perseguido. Sou um exemplo, cercado implacavelmente para não produzir e gerar receitas ao próprio sustento. Mas não me vejo como mártir. O sacrifício maior é imposto ao grosso da população, condenada a pagar derrama onerosa, inocentemente.
Esse modelo de poder, que se confunde simplesmente com o mando, forma autocrática de ver o universo, é um atraso para qualquer civilização. Estamos sendo transportados às sombras da vontade imperial suprema, que transforma aliados em súditos e adversários em inimigos. Uma vergonha.
Humilhar – ter a promotoria aos seus pés abriga, também, um elemento simbológico. A semiótica explica. Revela-se a doutrina fascista de toda oligarquia, tentando intimidar instituições diversas e qualquer outra voz do pensamento antagônico.
Passando por cima da lei, da ordem, nada mais sobrará à sua centrífuga torpe.
Tudo isso envergonha a linhagem Rosado, antepassados ilustres como o próprio patriarca Dix-neuf. Não era isso o que se esperava de quem recebeu educação esmerada e exemplos pessoais edificantes.
Esse monte de centauros que há pouco mais de dois anos troteou até subir às escadarias do poder, ao lado de asseclas deslumbrados, é a involução da espécie.
Se antes era gente da cabeça ao torso e quadrúpedes no restante do corpo, no poder se descobriram diferentes: são eqüinos até a cintura. Daí para baixo o que sobrou é humano. Mesmo assim, ciscam sempre para dentro de casa.
carlos numa cidade da paraiba chamada nova palmeira,o prefeito está há mais de 4 meses sem pagar os funcionários e olhe que é uma cidadezinha pequena,coeficiente 06.estou citando esse fato como ilustração de outras que tem os salários atrasados,aonde a corrupção corre solta .