Por Gutemberg Dias
O Covid-19, ou CoronavÃrus, vem causando inúmeros problemas à sociedade mundial. É uma ameaça invisÃvel, que mata, sobretudo, por atingir com muita força as estruturas de saúde, principalmente, as públicas, que tem maior demanda, como é o caso do Brasil.
O surto teve seu epicentro na China e hoje quase todos os paÃses do mundo já registraram casos diagnosticados, muitos já com elevados números de óbitos, como é o caso da própria China e da Itália. Este último paÃs, com uma taxa de mortalidade altÃssima, muito maior do que a China.
Diante dessa ameaça, o que fazer? Muitas são as informações que circulam nas redes sociais, mas o importante é se ater as informações oficiais dadas pelas secretarias de Saúde dos estados e, também, pelo Ministério da Saúde. Por incrÃvel que pareça, as fakenews continuam ajudando a desinformar nesse momento crÃtico.
O ministro da Saúde, Luiz Carlos Mandetta, foi claro em entrevista coletiva no dia 20 de março, que os meses de abril e maio devem ser o auge do pico de contaminação no Brasil, estendendo-se em patamares altos até julho, quando a curva começa a ficar estabilizada, e em setembro deve ocorrer a diminuição de novos casos diagnosticados. Ainda foi enfático em dizer que o nosso sistema de saúde tende a entrar em colapso, se as ações de contenção não forem eficazes.
Não serão tempos fácies. Essa doença, que inicialmente no Brasil atingiu a classe mais abastarda, fará nos próximos dias sua aterrisagem no âmbito da população mais carente de nosso Brasil. E, aà sim, teremos uma grande guerra a ser travada, principalmente, para dar a condição dessas pessoas de acessarem os centros de saúde, que o andar de cima tem mais facilidade.
Por isso, não resta dúvida que devemos aderir a esse grande movimento de quebra da corrente de contaminação. Não podemos ser ignorantes ao ponto de não acreditarmos que nada vai nos acontecer. É uma guerra, e ela só será ganha com estratégias e, sobretudo, nosso comprometimento em acatar muitas ações que estão sendo apresentadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais de Saúde.
Não pense que você está imune. Todos nós estamos susceptÃveis ao adoecimento, sejam os mais idosos, ou mesmo, os mais jovens. É hora de seguir os protocolos e tratar o isolamento social como uma das grandes alternativas para barrarmos o avanço desse inimigo oculto. Vale lembrar que uma interrupção pelo método do isolamento de 14 dias, só se tem seus resultados 28 dias depois. Vejam que o tempo é nosso maior inimigo nesse caso. Por isso, focar no isolamento social, agora, sem nenhuma dúvida, passa a ser nossa maior arma.
Empresas grandes e pequenas começam a trabalhar no regime de home office, ou seja, o serviço passa a ser em regime de isolamento social. Tem dificuldades? Não resta dúvidas que tem, mas tudo pode ser contornado, com gestão para que as nossas empresas não parem e continuem fazendo o Brasil crescer.
Deixo aqui o apelo a todos que leem esse artigo. Não espere fazer algo contra o CoronavÃrus depois que ele entrar na sua casa. Vamos juntos lutar contra essa ameaça mundial, que poderá deixar um saldo enorme de mortes.
Destaco aqui a pandemia de gripe (H1N1) nos anos de 1918-1919, na época conhecida como Gripe Espanhola. Estima-se que a doença matou entre 50 e 100 milhões de pessoas e que mais de 500 milhões de indivÃduos foram contaminados, correspondendo a 27% da população mundial à época. No Brasil, a gripe Espanhola chegou a matar mais de 35 mil pessoas, inclusive, vitimando o presidente da República, Rodrigues Alves, em 1919. Essa pandemia foi uma das mais letais da história.
Volto a afirmar, para concluir, o que estamos vivendo não é brincadeira. É algo grave e, por tudo que temos hoje de informação, não podemos nos dar à ignorância de achar que o CoronavÃrus é apenas uma gripe de inverno.
Estou fazendo minha parte junto com minha famÃlia. Estou tentando me manter, bem como todos ao meu redor, em isolamento social. Saindo apenas para comprar o básico para a sobrevivência de todos. Conto com cada um de vocês para juntos ajudarmos os guerreiros que fazem a saúde pública e privada no Brasil a ganharem a luta contra esse inimigo oculto, chamado CoronavÃrus.
Gutemberg Dias é professor da Uern e empresário
Excelente texto. Ricos e pobres poderão morrer por falta de leitos de Uti. Os governos precisam criar com urgência uma alternativa para alimentar os que não tem renda, como é possÃvel ficar em casa sem ter o que comer ? Os restaurantes populares do governo devem passar a entregar quentinhas , evitando aglomerações de pessoas. O sistema S poderia alimentar os trabalhadores da indústria e do comércio. Uma sugestão aos prefeitos, acomodar nos ginásios de esportes os moradores de rua.
NOTA DO BLOG – Boa intervenção, Lair. É preciso agir logo, de forma antecipada e preventiva, antes que estoure a boiada famélica. Existem caminhos, mas é preciso ação, boa vontade, esforço coletivo, desprendimento, compaixão.