É infantil se acreditar que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) está à margem do processo eleitoral na Assembleia Legislativa.
É certo que não existe ingerência direta sua, mas seu marido e líder político, ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM), está por trás de boa parte da reviravolta que se forma na Casa.
Ele não quer o PMDB com a 1ª secretaria da Casa, pois sabe que isso significa a interferência indireta do líder desse partido, deputado federal Henrique Alves (PMDB). Até preferia Raimundo Fernandes (PMN) como presidente, mas aquiesceu com a ascensão de Ricardo Motta (PMN) pelas mãos do vice-governador Robinson Faria (PMN).
Quando sua mulher foi três vezes prefeita de Mossoró, nas seis eleições para a mesa diretora da Câmara Municipal, Carlos interveio diretamente. Ganhou a maioria dos prélios. Quando perdeu, soube se compor posteriormente.
Por que seria diferente agora, com a AL?
Rosado fora de disputa, vendo tudo de longe, aguardando ser manietado adiante? Impossível.
De jogo dominó a embate eleitoral, esse clã político atua em todos. É de sua natureza. Por isso a sobrevivência longeva.
Como proclamava o bordão de uma velha propaganda em rádio e TV, com o personagem "Nezinho do Jegue", da novela "O bem-amado"… "só burro não toma Castaniodo".
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