A medida tomada pela prefeita Micarla de Souza (PV), de substituir o personalismo de uma foto à parede, nas repartições públicas, por uma mensagem institucional, é muito válida. Mas não é caso único na vida pública nacional.
Ela denominou o quadro que substitui a tradiconal foto do governante, por um com a Missão da Prefeitura. Quase um mantra de obviedades, mas que no país do jeitinho, da preguiça e da roubalheira, não custa lembrar.
Quando foi governador do Rio Grande do Sul, o hoje senador (dos bons) Pedro Simon (PMDB) inovou. Nada de foto sua nos órgãos estaduais.
Ele determinou que fosse colocado um mapa do seu estado. Pôs fim ao personalismo próprio dos regimes totalitários, de esquerda ou direita.
Não custa lembrar que o governo precisa ser impessoal.
Carlos, a questão de foto de um mandatário ou de uma personalidades de qualquer coisa (Igreja, Clube de Serviço, desportistas, escritores, Chefe do Executivo: municipal, estadual, federal, Rei, Rainha, Imperador ou Ditador) pendurado na parede de prédios, público ou privado, faz parte da cultura das civilizações. Não é um privilégio da esquerda ou da direita, mas um culto a personalidade que muitos fazem sem outras. Isso é bom? Não sei. O ruim é a demagogia, é o faz de conta, é a falta de compromisso é o jogar para platéia. Eu tenho em minha casa, no meu escritório, retratos dos meus santos e das personalidades que admiro. Não vejo mal nenhum em ter-los.
Fazendo uma analogia, existe (ou existia), uma grande estrela vermelha no gramado do Palácio da Alvorada em Brasília. Pura megalomania. Mas, fica a indagação: É o PT que pertence ao Brasil ou é o Brasil que pertence ao PT?
Acho boa a posição. O personalismo não é um bom caminho e devem ser retiradas imagens religiosas de todas as instituições também, o governo é laico, luz e paz FR