Foi-se o tempo em que campanhas políticas eram feitas por intuição, "achismo" e apenas dinheiro, muito dinheiro. Hoje, tudo passa por uma base científica.
O Brasil é um país eminentemente urbano. Ambiente muito diferente do final dos anos 40 e início dos anos 50, quando éramos quase meio a meio de habitantes citadinos e rurais.
Temos 80% da população em áreas metropolitanas, algumas metrópoles ou megalópoles e cerca de 20% ainda em áreas rurais.
Os segmentos A e B representam menos de 20% e todos os demais segmentos (C, D e E) aparecem em torno de 80%. A grande massa urbanizada é pobre e de baixa instrução.
É esse mundão de gente que decide. A alegoria do "formador de opinião" cada dia fica mais em xeque, sob suspeição ou análise desconfiada. Virou mero lugar-comum intelectual.
Não é por acaso que o presidente Lula, por exemplo, tornou-se um Messias nos grotões e espaços populosos de baixa renda. Reverteu imagem que a massa-gente tinha dele no final dos anos 80 e até meados de 90.
O assistencialismo e a pulverização de benefícios sociais ajudaram a formar outro modelo de formador de opinião.
Esse universo humano não é dotado de capacidade cognitiva especial nem está situado em endereços elegantes. Produz, assim mesmo, ondas concêntricas de conceitos e juízos de valor, que definem os caminhos à vitória eleitoral.
Vale assinalar, que também pesa na produção desse cenário, a quebra do monopólio da opinião da chamada Grande Imprensa. Ela não dita as regras como antes.
Quem souber trabalhar melhor com essas e outras mudanças, terá maiores condições de vencer o desafio das urnas. Política é realmente uma ciência.
Quem quiser compreender melhor o “fenomeno” lula, sugiro o artigo “Raízes sociais e ideológicas do Lulismo” do cientista político André Singer.
Carlos, existe também dois tipos asquerosos que se dizem formadores de opinião: OS BOCAS-DE-CHAFURDO E OS ALMA SEBOSAS.Em Mossoró, já apresentam conteúdo em manancial. isso é o que eu chamo de tragicomédia.
Não há a menor dúvida que o Brasil melhorou durante o governo de Lula. Mas o que os lulistas esquecem ou fingem não lembrar, é que nunca antes na História desse país se viu tanta corrupção como se vê no governo de Lula. Basta só dizer que o “braço direito” de Lula, José Dirceu, era chefe de uma quadrilha de ladrões que estavam roubando o dinheiro das estatais. Quer dizer, o presidente Lula é como Paulo Maluf: rouba, mas faz. Isso está correto?