Nos Estados Unidos, a Constituição mantém um dispositivo muito salutar à democracia. É o "recall".
Serve como prerrogativa do cidadão, para ejetar o detentor de cargo eletivo da cadeira, mesmo antes da conclusão do mandato. Infelizmente essa proposição não vingou na Constituição do Brasil, promulgada em 1988.
A ideia chegou a ser levantada, mas foi sufocada.
Compreensível que o conservadorismo político e a emergente democracia representativa brasileira tomassem essa direção.
Tivéssemos nosso recall, como estaria a situação de prefeitos como Antônio Peixoto (PR) em Ceará-mirim, heim? Por lá existe movimento para expurgá-lo da prefeitura, lugar em que revela completa inaptidão para a gestão dos interesses públicos.
Como se sustentariam as prefeitas Micarla de Sousa (PV) e Fátima Rosado (DEM) em Natal e Mossoró, respectivamente?
As duas tiveram reprovações superlativas em pesquisas de avaliação de seus governos. Batem cabeça. Entraram num oito há tempos.
Micarla insiste na ladainha de crise, culpando o antecessor Carlos Eduardo Alves (PDT), seu adversário.
Com "Fafá", como quem a antecedeu é a atual governadora Rosalba Ciarlini (DEM), que promoveu o maior estelionato político da história de Mossoró, a "vendendo" como continuidade, o ramerrame tem outro ingrediente.
A ordem em Mossoró é perseguir quem denuncia, quem pensa diferente, quem questiona os desatinos do governo.
O governo bateu de frente com praticamente tudo e todos. De vereadores a escassos nomes da imprensa que não aceitam ficar de joelhos.
Conviveu com a primeira greve geral do município, impôs sanções a servidores municipais, duela com sindicatos, meteu os pés pelas mãos com atrasos em pagamentos a fornecedores e prestadores de serviço. Gestão pífia.
Seus métodos são da intolerância.
E a "Terra da Liberdade" se revela acuada e covarde. Adora se ajoelhar para seus captores.
Faça um Comentário