• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 06/01/2013 - 05:51h

O sofrer Severino

Por Leonam Cunha

Beiços frios de um quase-morto;
Olhos cansados de perscrutar;
As maças do rosto pálidas;
Ouvidos surdos do sofrer geral;
Mas não é dor maior nem de perto!

As pernas já não se sustentam
Ou não querem sustentar-se;
Se bem que o peso é pouco,
Mas a dor torna-o bigorna.
Todavia não é dor maior!

O meu corpo pequeno
Só leva sofrimento pequeno,
Pois se minha pouca carne
Carregasse peso de dor maior,
Leonam chamar-se-ia Severino.

Leonam Cunha 17 anos, é acadêmico de direito na Universidade Federal do RN (UFRN)

* Poesia extraída do seu primeiro livro, “Gênese”, lançado em dezembro do ano passado.

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Categoria(s): Poesia

Comentários

  1. David Leite diz:

    Para nosso orgulho, “Gênese”, de Leonam Cunha, foi editado pela Sarau das Letras…
    Abraços
    David Leite
    e
    Clauder Arcanjo

  2. Edgard Guerra diz:

    Tocante.

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