Por Leonam Cunha
Beiços frios de um quase-morto;
Olhos cansados de perscrutar;
As maças do rosto pálidas;
Ouvidos surdos do sofrer geral;
Mas não é dor maior nem de perto!
As pernas já não se sustentam
Ou não querem sustentar-se;
Se bem que o peso é pouco,
Mas a dor torna-o bigorna.
Todavia não é dor maior!
O meu corpo pequeno
Só leva sofrimento pequeno,
Pois se minha pouca carne
Carregasse peso de dor maior,
Leonam chamar-se-ia Severino.
Leonam Cunha 17 anos, é acadêmico de direito na Universidade Federal do RN (UFRN)
* Poesia extraída do seu primeiro livro, “Gênese”, lançado em dezembro do ano passado.
Para nosso orgulho, “Gênese”, de Leonam Cunha, foi editado pela Sarau das Letras…
Abraços
David Leite
e
Clauder Arcanjo
Tocante.