Como prévia carnavalesca, assisti dois jogos ao vivo no Estádio Nogueirão em Mossoró. Exagero, na verdade. Um jogo e meio.

Na quarta (18), aguentei apenas o primeiro tempo de Baraúnas 2 x 1 Macau. Ontem, o overdose foi com Potiguar 1 x 3 Assu. Que lástima.

Apesar do esforço de suas respectivas diretorias, presença do torcedor e injeção financeira pública, os dois "times" mossoroenses não passam de aglomerados humanos correndo atrás de uma bola. Sofríveis.

Sobre o tricolor comentei anteriormente. Quanto ao Potiguar discorro hoje. 

O alvirrubro é uma piada na defesa, é confuso no meio de campo e tem um ataque razoável. Não funciona como equipe. Parece um bando de varzeanos, juntados minutos antes da partida.

O Potiguar não jogou um único confronto a merecer crédito. Pior é que parte da crônica esportiva faz louvação, iludindo o torcedor incauto e passional.

Venceu quem é claramente pior: Real, Coríntians e Alecrim.

Contra o América, na estréia, foi dominado no primeiro tempo e acertou contra-ataques no segundo. Mesmo assim angustiou-se para superá-lo por 3 x 2. Registre-se que a equipe natalense passara quase todo o jogo com um jogador a menos.

Contra o Assu, a goleada não foi maior porque o alviverde do Vale do Açu resolveu apenas se defender no segundo tempo. Se mantém o ritmo do primeiro período, a goleada seria facilmente maior.

O que esperar do futuro?

Sem mexer em meio time e no banco, com o treinador Miluir Macedo, o Potiguar tentará ser apenas menos ruim do que Real, Coríntians, Alecrim e Macau. Ã‰ muito pouco, num campeonato de nível técnico tão pobre como o atual.

ABC e América pela tradição e estrutura vão avançar. Santa Cruz e Assu (principalmente) revelam-se com maior vigor entre os interioranos. Se não reagirem, os representantes de Mossoró irão apenas cumprir tabela.