Por Clarice Lispector
Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.
Clarice Lispector – (1920 – 1977) foi escritora brasileira de origem judia nascida na Ucrânia
A REALIDADE
Alguém sabe o que quer ser?
É possível ser o que se quer ser?
Quem pode garantir que só se tem uma vida?
Chance ninguém pode queixar-se de só ter tido uma.
Mas quem pode fazer o que quer?
Ah, se fosse possível ter tanta felicidade para tornar a vida menos amarga.
Dificuldades e tristezas humanizam.
Mas nem todas as esperanças fazem de um sofredor um feliz…
As pessoas que pensamos ser mais felizes
Imaginamos ter as melhores coisas.
Por saberem aproveitar as oportunidades, tem as melhores coisas.
Mas estas coisas não as tornam felizes.
Felicidade aparece para os que não choram.
Para os que sabem evitar os tropeços.
Para aqueles que buscam, tentam e conseguem.
E, principalmente, para os que sabem valorizar o bem.
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Ler Clarice não é fácil. Ela mesma não era fácil de ser compreendida.
Amiga de todos os grandes intelectuais de renome da sua época, soube aproveitar as chances que a vida lhe ofereceu.
A verdade é que Clerice conseguiu o seu espaço na nossa literatura.