Alguns webleitores perguntam-me e cobram-me análise sobre uma hipotética candidatura à Prefeitura de Mossoró, em 2012, da atual deputada estadual Larissa Rosado (PSB).
Há uma corrente de pensamento que considera factível e "acertado" acordo para que a parlamentar seja candidata de consenso no clã Rosado, com apoio do ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM) e senadora Rosalba Ciarlini (DEM).
O que penso?
Vamos lá.
A reunificação dos Rosado é possível e previsível, mas não para agora.
Por quê?
O que pode tornar necessária a união, é uma ameaça comum, em termos de política e hegemonia no poder local.
A princípio, não há nada e ninguém com essa robustez para ser avaliado como um perigo iminente aos Rosado.
Os Rosado do A e do B deverão continuar em separado na política mossoroense em 2012. De um lado, Carlos Augusto/Rosalba; do outro, a deputada federal Sandra Rosado (PSB), prima de Carlos e da própria Rosalba.
Há hoje entre eles um nítido pacto de "não-agressão". Por quê? Porque é benéfico para os dois lados neste momento. Adiante, talvez não.
O grande problema que os verdadeiros políticos da família Rosado administram na atualidade, com enorme dificuldade e paciência de hindu, é a facção da prefeita de direito Fátima Rosado (DEM). Esse é o gargalo.
Sandra a "criou" em 2000, colocando-a para concorrer à Prefeitura contra Rosalba Ciarlini. Em 2002, Carlos Augusto cooptou-a e a seu braço familiar, para em 2004 e 2008 fazê-la prefeita de Mossoró.
Fátima e sua patota fugiram ao controle de Sandra e tornaram-se arredios a Carlos. Sua autonomia, sustentada pela Prefeitura de Mossoró, deu prejuízo as duas partes.
Sandra perdeu a prefeitura em 2000 e fez nasceu uma nova adversária popular; Carlos entregou uma prefeitura que esperava mandar, indiretamente, pois sabia que Fátima não tinha condições de gerenciar o município e achava que recorreria a ele.
Além disso teve a cunhada Ruth Ciarlini (DEM) e o irmão Betinho Rosado (DEM) derrotados à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal em 2006.
Como se vê, até agora, mesmo não sendo do ramo, a facção de Fátima, a "Fafá", está no lucro.
Larissa Rosado apoiada por Carlos e Rosalba em 2012? Larissa não é Fafá e Sandra Rosado não é Gustavo Rosado (PV), irmão da atual prefeita.
Mãe e filha são do ramo. Carlos, que já cometeu o deslize de entronizar a prima Fátima no poder duas vezes, sabe que se repetir o erro será banido de vez da vida pública.
Levar surra em beco sem saída, uma vez, é azar; a segunda é pura burrice.
Carlos Augusto não me parece um asno.
Foto: (Acervo do Blog do Carlos Santos, Junho de 2010) – Os primos e "adversários" Carlos Augusto e Sandra Rosado cochicham e só às paredes confessam o que tratam.
Qualquer um que não é do ramo, qualquer patota, qualquer “marinheiro de primeira viagem”, por menos inteligente que seja, ficaria no lucro comandando uma fonte quase inesgotável dinheiro como essa que a atual (des)administração comanda , pois quem atira com a pólvora alheia, não mede distância, já diz o velho ditado. Na verdade o que falta a essa gente é vontade de fazer o que é certo. Eles acham que o pouco que fazem, as migalhas que nos destinam é favor, quando na verdade é dever, é obrigação, afinal, para que eles são eleitos? Construir escolas, hospitais, postos de saúde, praças, calçar ou asfaltar ruas, pagar funcionalismo, dar segurança aos cidadãos, garantir o mínimo de dignidade à população é dever de quem, senão dessa gente que nós, pobres mortais, delegamos o direito de nos representar, mas que eles imaginam e tratam como poder vitalício? A quem pertence esta “província” amada por tantos, mas comanda por poucos? Será que se Lampião no longínquo 1927 tivesse derrotado aqueles corajosos e valentes “resistentes” ainda estaria com um representante de sua família no poder, mandando e desmandando nesta querida terra de Santa Luzia? Quando Mossoró será novamente invadida, para sabermos se um dia outras pessoas poderão dirigir os destinos desta “Terra Libertária”? É, parece que não foi tão difícil derrotar Lampião…
Caro Carlos Santos
Percebo que poderia até existir uma reunião de forças em torno de um nome, mas como o senhor bem diz não para agora! Além disso o Rosadismo de liderança Sandra não irá ao meu vê insistir em Larissa para prefeita, o desgaste de uma terceira derrota seria desastroso, fecho esse grupo fechado em torno de Lahyre Neto, que em nossa visão possui o perfil para esse cargo! Já Larissa tem muito a crescer e realmente é do ramo, mas em outros cargos, camara federal, estadual, secretarias de estado. Para prefeito reafirmo que será Lahyre Neto o nome da vez, e do lado de lá, Ruth, Chico da Prefeitura ou Betinho! É aguarda e conferir! Num sai um nome muito longe disso não!
Amigo Carlos Santos,
Em 2004, Carlos Augusto não tinha no seu bloco político um Rosado para ser sucessor de Rosalba na prefeitura, Ruth e Betinho eram inelegíveis, portando o acordo com Sandra foi trazer Fafá para ser a candidata da situação. Larissa seria a candidata natural da “oposição”, assim não haveria nem um perigo de um não Rosado ser eleito prefeito da cidade de Mossoró. Na próxima eleição municipal, 2012, se Rosalba foi eleita governadora tornará inelegíveis Betinho e Ruth, eles não poderão disputar o cargo de prefeito de qualquer prefeitura do RN. No caso de Ruth ela só poderá ser candidata a vice-prefeita aqui em Mossoró, seria a sua re-eleição. O grupo de Carlos Augusto não tem nem um nome Rosado disponível e sem restrições legais para ser candidato, a candidata natural do clã Rosado, nesse caso, será Larissa. Dizem que esse é o acordo da família. O grupo de Carlos Augusto deverá colocar um candidato faz-de-conta para disputar a sucessão de Fafá Rosado, mantém a “briga” entre ele e Sandra e a hegemonia familiar da política mossoroense. Falam no nome de Francisco José (o secretário) como candidato do grupo situacionista a prefeito e, qualquer outro nome para vice, isso ocorrendo Larissa voaria em Céu de brigadeiro em direção ao comando da gestão municipal. Querem repetir 1992, Luiz Pinto/João Batista, no faz-de-conta da disputa contra Dix-huit Rosado/Sandra Rosado.