domingo - 10/08/2025 - 08:40h

O verdadeiro pai

Por Odemirton Filho

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

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Pergunte aos filhos que perderam os seus pais o que eles gostariam de receber no dia de hoje? Certamente, diriam que gostaria de ter a presença do seu pai. Não só hoje, mas ontem, anteontem, sempre. Por quê? Porque o verdadeiro pai faz falta. Muita.

Para o verdadeiro pai não há necessidade de ganhar presentes, somente a presença dos filhos para alegrar os seus dias já é suficiente. O verdadeiro pai vibra com a vitória dos filhos, torce por eles, chora por eles. Não precisa de determinação judicial para pagar a pensão aos seus filhos, pois sabe das suas obrigações. E o faz com amor.

O verdadeiro pai está sempre presente na vida de seus filhos, mesmo que já não conviva com a mãe deles. O verdadeiro pai, apesar de imperfeito, procura preencher a lacuna da sua ausência com atenção e carinho. Triste é observar o distanciamento entre pais e filhos.

O verdadeiro pai está sempre ali, firme e forte para dar a mão aos seus filhos para o que der e vier.

Um dia desses, eu vi o meu primogênito tocando violão para o meu neto, brincando num tapetinho no chão, cheirando o rosto e a cabeça de seu filho. Aí, apercebi-me, mais ainda, que aquele momento era especial. Singular. Era isso que importava, que importa, que vale.

Não é preciso grande coisas para se fazer presente na vida dos filhos. Um redobrado carinho, uma preocupação, uma ligação, um abraço são suficientes para ocupar o coração dos filhos. Não há nada melhor do que ter à mesa nossos filhos e netos, comendo, bebendo, sorrindo. Não tem preço.

É pena que na maioria das vezes somente percebemos o valor das pequenas coisas quando já estamos no entardecer da vida. Quando somos jovens, a vida nos impõe uma correria medonha, a imperiosa necessidade de ganhar dinheiro para pagar as contas. E deixamos de lado a atenção que devemos dar aos nossos filhos.

O “pai herói” da letra da música cantada por de Fábio Júnior não é perfeito, nem invencível. Ele chora, ganha e perde, como qualquer pai. Inclusive, eu.

Quando eu vi o meu filho cantando para o meu neto, eu lembrei da canção de Fábio Júnior:

– “Eu cresci e não houve outro jeito. Quero só recostar no teu peito, pra pedir pra você ir lá em casa, e brincar de vovô com meu filho, no tapete da sala de estar”.

Sim, é isso que importa.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica

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