Do Congresso em Foco
Que o agora ex-senador goiano Demóstenes Torres votou contra a própria cassação, ontem (quarta, 11), disso ninguém duvida. Com a votação secreta, embora realizada em sessão aberta à imprensa, difícil é saber quais foram os responsáveis pelos 19 votos que, caso fossem maioria, teriam salvado o mandato de Demóstenes, segundo senador cassado em toda a história do Senado – o primeiro foi Luiz Estevão, senador eleito pelo PMDB do Distrito Federal que perdeu o cargo em 2000.
O Congresso em Foco tentou saber com os parlamentares como eles votaram na sessão de cassação de Demóstenes. A maioria aceitou abrir que votara pela perda do mandato do senador goiano.
Mas quatro, alegando que a Constituição estabelece que nessas situações o voto é secreto e que a divulgação poderia acabar sendo usada como argumento para Demóstenes tentar anular o resultado, preferiram não revelar como votaram. Ao todo, 56 votaram pela cassação, 15 além do mínimo exigido pela legislação.
Evitaram se pronunciar sobre voto:
Blairo Maggi (PR-MT)
Jayme Campos (DEM-MT)
José Agripino (DEM-RN)
Sérgio Souza (PMDB-PR).
Senadores do RN que votaram por cassação:
Paulo Davim (PV);
Garibaldi Alves (PMDB).
Veja matéria completa AQUI.
Amo o silêncio somente quando este for sinônimo de barulho (ppoluição sonora).
Diga NÃO ao voto secreto. É prato cheio pros hipócritas.
Carlos, enviei um vídeo p vc hoje pela manhã – veja como o silêncio e o voto secreto servem para ocultar maus intentos.
Agora, cadê os outros? Se ficar só na cassação do Demóstenes é uma grande injustiça. Bode expiatório é hediondo, logo porque revela também um sistema judicial covarde. Ou todos ou nenhum.
‘Cês acham que só Demóstenes é indecoroso naquele Senado? Fazer bode expiatório é próprio de pessoas com transtorno de caráter psicopático (no termo comumente usado).