– Estaremos em Tibau no próximo janeiro né?
Minha mãe tem verdadeira paixão por Tibau. Gosta de ficar no alpendre da casa, ao lado dos filhos, dos netos, dos seus irmãos e sobrinhos. Adora ficar enchendo o saco do meu pai para providenciar o conserto dos problemas da casa e para dar banho nos cachorros.
Ela gosta de saborear um café coado, degustando um pedaço de bolo e tapioca, contemplando o lindo mar de Tibau. Dela, herdei o amor pela cidade-praia, desde minha infância.
Pois bem. Mais uma vez este dia das mães será diferente. O almoço, juntos e misturados, não ocorrerá. É preciso continuar com os cuidados. Vivemos tempos difíceis.
As nossas mães merecem todas as homenagens, principalmente, em vida. Por isso escrevo estas singelas palavras, carregadas de gratidão e afeto. Não preciso deixar para depois. Eu sei, sei, o importante é a atenção no dia a dia. O amor e o cuidado. Não uma data especial.
Mas, o amanhã poderá ser tarde para dizer do amor por nossas mães. Quem a perdeu sabe a falta que faz. Saudade do cheiro, do colo, daquele feijão que somente ela sabia fazer.
Como é bom ir à casa da mãe para conversar. Às vezes, para rir, às vezes, para chorar. Ou, simplesmente, para ouvir as suas histórias, levar alguns “batidos” e receber a sua benção.
Se ainda tens a sua mãe ao seu lado, caro leitor, aproveite para demonstrar o quanto a ama. Se ela estiver no plano espiritual, relembre os bons momentos. Sorria. Sinta a sua presença. Chore, se o coração transbordar de saudade.
Sim, mãe, se Deus quiser estaremos em Tibau no próximo janeiro. Tomaremos um café, acompanhado de um pedaço de bolo e tapioca. No alpendre, jogaremos conversa fora ao lado de quem amamos. E, claro, contemplaremos o lindo mar de Tibau.
Não poderia esquecer da minha outra mãe. Daquela que me dedica amor e carinho, desde que eu estava nos cueiros. Uma noite dessas sonhamos o mesmo sonho. Uma perfeita sintonia.
Ainda tê-las comigo me deixa feliz. Agradeço a Deus. Lembrei-me da escritora Rachel de Queiroz: “meu coração estala de felicidade, como pão ao forno”.
Obrigado, mães. Por tudo.
Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça
Uma crónica que se agiganta por ser nada mais, nada menos, que uma crônica.
Sem citações fora do contexto e desnecessárias, sem buscar mostrar-se culto,
Odemirton escreve com o coração.
Daí a beleza da sua crônica.
Até domingo,, Odemirton.
Meu amigo, Inácio. Obrigado pelas suas generosas
palavras.
Abraços.
É gostoso sim amigo Odemirton, ir a casa de nossas mães, você tem o privilégio de ainda contar com este prazer, o qual eu fazia todas as tardes dos domingos, caminhada que ja não faço a 12 anos, tempo que Deus chamou dona Conceição Rocha pra morar com Ele, com endereço no céu, e a este convite ninguém poderá recusar, pois não e uma opção, mais sim o prosseguimento de ima viagem chamada vida.
A saudade ainda dói, mais Deus e o tempo acomodam quem aqui fica.
Interessante, o cardápio do café de Albinha, sua mãe, é uma cópia do da mesa de minha mãe. Só uma diferença se faz sentir, é a geográfica, Albinha em Tibau, dona Conceição na rua Josefina Pinto, aqui na nossa Mossoró.
Parabéns pelo texto, excelente como sempre! Um misto de saudosismo e humor, com o banho forçado dos cachorros que Odemirton os amava. 👍👍👏👏
Meu amigo Rocha Neto, são muitas histórias, rsrsrs.
Abraços!
Odemirton!!! Agradeço-lhe, de coração 💓 as suas palavras sobre Mãe. Ao caro escriba. Odemirton, eu lembro do seu PAI, dono da MERÇALBA? e sempre acompanho as suas crônicas no blog no Blog do meu amigo CARLOS SANTOS. Você sempre está comentando sobre a minha infância, sem ter participado dela. Obrigado por escrever ✍️ e contagiar as pessoas que tiveram uma infância de brincar e se divertir, na cidade, na fazenda e na praia 🏖 .
Meu caro José de Anchieta. Fico feliz em resgatar um
pouco de suas saudades. A MERÇALBA faz parte de minhas
boas lembranças.
Obrigado pelo leitura. Um abraço.
NOTA DO BLOG – A Merçalba também pode ser incluída no meu rol de lembranças. Quantas lá, em minhas canelas de talo de coentro, em busca das delícias do lugar? Nem sei a conta.
Abraços
Pois é, Carlos. Você e José de Anchieta despertaram, ainda mais, a minha saudade da Merçalba.
Próximo domingo falarei sobre a padaria. A crônica acabou de sair do forno.
Abraços.