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domingo - 09/05/2021 - 11:28h

Obrigado, mães!

cafe-coado-na-horaPor Odemirton Filho 

– Estaremos em Tibau no próximo janeiro né?

Minha mãe tem verdadeira paixão por Tibau. Gosta de ficar no alpendre da casa, ao lado dos filhos, dos netos, dos seus irmãos e sobrinhos. Adora ficar enchendo o saco do meu pai para providenciar o conserto dos problemas da casa e para dar banho nos cachorros.

Ela gosta de saborear um café coado, degustando um pedaço de bolo e tapioca, contemplando o lindo mar de Tibau. Dela, herdei o amor pela cidade-praia, desde minha infância.

Pois bem. Mais uma vez este dia das mães será diferente. O almoço, juntos e misturados, não ocorrerá. É preciso continuar com os cuidados. Vivemos tempos difíceis.

As nossas mães merecem todas as homenagens, principalmente, em vida. Por isso escrevo estas singelas palavras, carregadas de gratidão e afeto. Não preciso deixar para depois. Eu sei, sei, o importante é a atenção no dia a dia. O amor e o cuidado. Não uma data especial.

Mas, o amanhã poderá ser tarde para dizer do amor por nossas mães. Quem a perdeu sabe a falta que faz. Saudade do cheiro, do colo, daquele feijão que somente ela sabia fazer.

Como é bom ir à casa da mãe para conversar. Às vezes, para rir, às vezes, para chorar. Ou, simplesmente, para ouvir as suas histórias, levar alguns “batidos” e receber a sua benção.

Se ainda tens a sua mãe ao seu lado, caro leitor, aproveite para demonstrar o quanto a ama. Se ela estiver no plano espiritual, relembre os bons momentos. Sorria. Sinta a sua presença. Chore, se o coração transbordar de saudade.

Sim, mãe, se Deus quiser estaremos em Tibau no próximo janeiro. Tomaremos um café, acompanhado de um pedaço de bolo e tapioca. No alpendre, jogaremos conversa fora ao lado de quem amamos. E, claro, contemplaremos o lindo mar de Tibau.

Não poderia esquecer da minha outra mãe. Daquela que me dedica amor e carinho, desde que eu estava nos cueiros. Uma noite dessas sonhamos o mesmo sonho. Uma perfeita sintonia.

Ainda tê-las comigo me deixa feliz. Agradeço a Deus. Lembrei-me da escritora Rachel de Queiroz: “meu coração estala de felicidade, como pão ao forno”.

Obrigado, mães. Por tudo.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Uma crónica que se agiganta por ser nada mais, nada menos, que uma crônica.
    Sem citações fora do contexto e desnecessárias, sem buscar mostrar-se culto,
    Odemirton escreve com o coração.
    Daí a beleza da sua crônica.
    Até domingo,, Odemirton.

  2. Rocha Neto diz:

    É gostoso sim amigo Odemirton, ir a casa de nossas mães, você tem o privilégio de ainda contar com este prazer, o qual eu fazia todas as tardes dos domingos, caminhada que ja não faço a 12 anos, tempo que Deus chamou dona Conceição Rocha pra morar com Ele, com endereço no céu, e a este convite ninguém poderá recusar, pois não e uma opção, mais sim o prosseguimento de ima viagem chamada vida.
    A saudade ainda dói, mais Deus e o tempo acomodam quem aqui fica.
    Interessante, o cardápio do café de Albinha, sua mãe, é uma cópia do da mesa de minha mãe. Só uma diferença se faz sentir, é a geográfica, Albinha em Tibau, dona Conceição na rua Josefina Pinto, aqui na nossa Mossoró.
    Parabéns pelo texto, excelente como sempre! Um misto de saudosismo e humor, com o banho forçado dos cachorros que Odemirton os amava. 👍👍👏👏

  3. José de Anchieta Couto de Medeiros diz:

    Odemirton!!! Agradeço-lhe, de coração 💓 as suas palavras sobre Mãe. Ao caro escriba. Odemirton, eu lembro do seu PAI, dono da MERÇALBA? e sempre acompanho as suas crônicas no blog no Blog do meu amigo CARLOS SANTOS. Você sempre está comentando sobre a minha infância, sem ter participado dela. Obrigado por escrever ✍️ e contagiar as pessoas que tiveram uma infância de brincar e se divertir, na cidade, na fazenda e na praia 🏖 .

    • Odemirton Filho diz:

      Meu caro José de Anchieta. Fico feliz em resgatar um
      pouco de suas saudades. A MERÇALBA faz parte de minhas
      boas lembranças.

      Obrigado pelo leitura. Um abraço.

      • Carlos Santos diz:

        NOTA DO BLOG – A Merçalba também pode ser incluída no meu rol de lembranças. Quantas lá, em minhas canelas de talo de coentro, em busca das delícias do lugar? Nem sei a conta.

        Abraços

        • Odemirton Filho diz:

          Pois é, Carlos. Você e José de Anchieta despertaram, ainda mais, a minha saudade da Merçalba.
          Próximo domingo falarei sobre a padaria. A crônica acabou de sair do forno.
          Abraços.

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