domingo - 10/08/2025 - 06:30h

Oi, meu amor!

Por Alice Lira Lima

Fotos da autora da crônica e seu pai, Caby da Costa Lima, publicadas em seu Instagram pessoal

Fotos da autora da crônica e seu pai, Caby da Costa Lima, publicadas em seu Instagram pessoal

Oi, meu amor, meu maior afeto, meu tudo.

Amanhã (hoje, domingo, 10) é aquele dia que eu entro no casulo pra que ele passe logo. A gente já sabe que não adianta dormir que a dor não passa, mas ainda não achei o melhor dos métodos pra passar sem danos por essa data [comercial, dizem] tão ‘dificultosa’, “não pelos anos que se já passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas – de fazer balancê, de se remexerem dos lugares”.

Se eu contar ainda mais sobre você, ajuda? Se eu disser e rir e sentir como a maior dor da vida pode ser porque eu tive a maior das graças — e não trocaria. É graça, é tão grande, é tão incrível que nesse emaranhado todo de mundo, calhou de eu existir como “Alicinha de Caby”.

Tenho falado tanto em você. Na verdade, não lembro se houve algum período na minha vida que não tenha você como meu assunto preferido, meu protagonista de um jeito ou de outro. Não acredito que isso mude.

Sinto saudade de te dar satisfação, acredita? O que entre a gente nunca foi uma questão de idade. Quantas vezes eu reclamei do quanto você ficava atrás de mim pra saber se “tá tudo lindo, filha?” e tinha o telefone de todas as pessoas que conviviam comigo, né? Ligava pra elas, aprendia os aniversários, queria saber a história da família toda, renovava (ou não) as piadas, demonstrava esse amor imenso-desmedido por mim que eu acho que te caracteriza mais até do que os próprios tamancos.

O resultado disso é que adoro como meus amigos te amam tanto também, sabem os silêncios todos, entendem que não sou a mesma e nem poderia, e dão um jeito de fazer o que você faria/gostaria (não sei como acertam tanto).

Achei umas formas de te dar satisfação que você adoraria e, por enquanto, elas ficam entre nós. A ridícula ideia de não passar o Dia dos Pais com você eu não assino, eu não topo. Este ano, por exemplo, eu sei que estou te dando um ótimo presente e a gente tá tão junto, juntinho, estou tão certa disso, meu painho.

Mas, como o seguro do luto morreu de velho ou nem viveu, amanhã é um bom dia pra fazer pipoca e guaraná e ficar quietinha assistindo a algo entre cochilos saudáveis.

Feliz Dia dos Pais, gente.

Que seja um dia bem bonito!

Alice Lira Lima é jornalista e filha do publicitário, narrador esportivo e radialista Caby da Costa Lima

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Categoria(s): Crônica

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