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segunda-feira - 05/12/2011 - 23:30h
Faroeste Caboclo

Oito mortos em 4 dias; Mossoró na chuva de bala real

Mossoró prossegue em seu faroeste caboclo. Em quatro dias, oito assassinatos à bala. A vida imita a arte. O espetáculo teatral “Chuva de bala” é uma realidade.

Ontem (domingo, 4), a Polícia Militar “fechou” três marginais.

Hoje à noite, a mais nova vítima foi o empresário Genildo Figueiredo de Sá, 43, dirigente da empresa Gefissal, assassinado à porta de casa, possivelmente por um homem que teria sido preso após ter sido denunciado por furtar objetos pessoais de sua casa.

A matança parece não ter limites. Segundo dados coletados,  um a um, pelo jornalista Cézar Alves, chegamos à incrível marca de 185 homicídios este ano.

Ano passado, em plena campanha eleitoral, parte da mídia aparelhada rosnava e atestava que a culpa era dos governos Wilma de Faria (PSB) e Iberê Ferreira (PSB).

Já este ano, como governadora, Rosalba Ciarlini (DEM) chegou ao cúmulo do desatino ao asseverar que a carnificina era em face da construção do Presídio Federal no Governo Lula com apoio de Wilma.

Os Maia construíram a Penitenciária Agrícola Mário Negócio e Garibaldi Alves Filho (PMDB) deu vida ao Presídio Onofro Lopes. Será que aumentaram a violência em Mossoró?

Há poucos meses, Rosalba esteve no Ministério da Justiça com um pedido que em tese seria incongruente: a construção de dois presídios no Rio Grande do Norte.

Enfim, como é fácil perceber, a questão é de pura politicalha. Falta uma discussão séria, científica, em vez da politicalha que apenas camufla o pior.

Pobre Mossoró!

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Segurança Pública/Polícia

Comentários

  1. Moacir A. Vilar Jr. diz:

    Caro Amigo Carlos!
    Li com muita tristeza a notícia do assassinato de Genildo, cidadão de bem e produtivo da nossa cidade. E, ao mesmo tempo li com “relativa” alegria a decisão da Dra. Daniela em determinar uma delegacia permanente para uma cidade do interior.
    Em um estado onde a justiça obriga ao poder público a dar segurança não é para rir, é para chorar mesmo. Chorar como muitas famílias ainda chorarão seus entes queridos.
    Quase duzentas mortes esse ano nesta cidade.
    Na minha modesta opinião O BANDO DE LAMPIÃO continua residente e domiciliado nesta cidade sob o “coito” dos seus “administradores”. E, tomando cerveja todas as noites do mês de junho as custas da RESISTÊNCIA MÓRBIDA.
    Uma palavra para definir o que sinto por essas administrações estado-municipal.
    NOJO!

  2. William pereira da silva diz:

    E vai continuar…Livrem-se quem puder, é bala que nem presta e rio de sangue nas ruas. Quando começar a matar figurões da política e da sociedade então haverá uma solução. Quinto menos saio de casa menos corro risco de vida, esse menos não evitará que um sacana invada minha casa e faça miséria como já aconteceu com várias famílias Mossoroenses. Estou lendo agora uma entrevista com o Prefeito de Nova Iorque Rudolph W. Giuliani, por dois mandatos que na sua política de tolerância zero reduziu drasticamente a criminalidade em NY.
    Leiamos alguns trechos para saber como ele conseguiu tal feito, percebam que NY é uma megalópole e Mossoró o cú do mundo bem pequenina…
    GC -Sua política de tolerância zero reduziu drasticamente a criminalidade em Nova York. É possível usar os mesmos métodos de combate ao crime nas cidades brasileiras?
    RWG – Há muito em comum entre Nova York e São Paulo. São cidades de grandes dimensões, cercadas por bolsões de pobreza, com um histórico de violência bem similar. Assim como em Nova York, em São Paulo coexistem as duas maiores pilastras da criminalidade: grandes grupos organizados de tráfico de drogas e autoridades corrompidas. Em metrópoles dessa amplitude e com esse perfil, a primeira coisa a ser feita é a medição diária do crime por região. É preciso fazer isso com acuidade, exatidão e constância, todos os dias, em todas as regiões da cidade. A medida é simples, mas tem um impacto surpreendente na qualidade e na eficácia da ação policial. O crime aumenta e diminui com muito mais frequência do que se imagina. Isso pode acontecer porque há mais ou menos viaturas em uma área ou porque o método de ação de uma equipe é mais ou menos adequado. Com essa medição, o policial percebe como o crime muda e entende o motivo dessa variabilidade, o que permite uma reação imediata e eficaz. Depois de entender a dinâmica do crime, é preciso pensar com mais humildade e olhar para os detalhes da violência na cidade. Em Nova York, havia tanto roubo, assassinato e narcotráfico que nenhum policial queria perder tempo com “crimes pequenos”, como as pichações, os pontos de prostituição, a destruição de propriedades, ou com os lavadores de para-brisas que limpam o seu carro mesmo contra a sua vontade. Aí residia o nosso maior erro.

    GC -Por que é tão importante combater os pequenos crimes, como a pichação?
    RWG -Parto do seguinte princípio: quem não presta atenção nos detalhes não atinge sua meta. Em Nova York, ninguém queria prender o ladrão de rua, só o assaltante que levou 1 milhão de dólares de um banco ou o chefe do tráfico. O problema é que tanto o ladrãozinho quanto o adolescente que picha muros estão diretamente relacionados ao chefão do tráfico. Um leva ao outro. Um só existe por causa do outro. Antes de mais nada, cidades degradadas pela violência precisam resgatar a moral, o respeito. O que é seu é seu, e eu não posso pichar. Ponto. Também não posso roubar, nem quebrar, nem vender drogas, nem morar na rua. Sem valores morais, toda a sociedade acaba no círculo do crime, de uma forma ou de outra. Se o respeito volta, o crime adoece. Assim é mais fácil combatê-lo. Foi dessa maneira que Nova York deixou de ser a cidade mais violenta dos Estados Unidos para, em alguns anos, tornar-se a mais segura.

    GC – O senhor criou polêmica ao dizer que os moradores de rua não têm o direito de ficar na rua. Isso não vai contra o direito de ir e vir?
    RWG – Uma cidade precisa ser organizada e limpa. O oposto promove o crime. Em Nova York há inúmeros abrigos. Se lá uma pessoa vive na rua, há algo de errado com ela: ou é alcoólatra, ou drogada, ou tem problemas mentais. Nas ruas, pessoas frágeis tornam-se mais isoladas, amedrontadas e suscetíveis. Um cidadão pode fazer o que quiser, desde que não machuque nem agrida outro cidadão. Viver na rua não só machuca a própria pessoa como agride a toda a sociedade. Não é certo. Cabe aos governos resgatá-la, tratá-la e abrigá-la. ( VEJA, Edição 2117, 17 de junho de 2009 – Secção Entrevistas por Gabriela Carelli)
    William diz: – Tão claro como a luz do sol, são ações que podem ser adotadas em Mossoró. Temos flanelinhas que precisam ser banidos da rua, temos grupos de pichadores, políticos corruptos, tráfico de drogas, todos os ingredientes que existem em NY. O mais interessante que li nesta entrevista foi esta frase que me chamou a atenção: “Sem valores morais, toda a sociedade acaba no círculo do crime, de uma forma ou de outra. Se o respeito volta, o crime adoece. Assim é mais fácil combatê-lo. Foi dessa maneira que Nova York deixou de ser a cidade mais violenta dos Estados Unidos para, em alguns anos, tornar-se a mais segura”. Ora, enquanto houver apadrinhamento políticos, donos de bares desrespeitando a lei invadindo ruas, som ao vivo varando madrugada, moto vigias utilizando de buzinas e avisos sonoros desrespeitando a lei do silêncio e da paz pública, flanelinhas aporrinhando proprietários de veículos, quer dizer; somos uma cidade sem valores morais consistentes, manda o politico e o mais rico, mais influente, que tem amigos nas instituições. Em Mossoró a lei é desrespeitada a olho nu, a cada minuto, em todos os lugares. Bancos não respeitam seus cliente é a lei do lucro fácil, comerciantes invadem ruas e calçadas, enorme filas em clinicas médicas públicas, falta de medicamentos, pistolagem e ai vai…
    Temos de ter vergonha na cara para depois querer uma cidade menos violenta, sem tanta marginalidade, sem tantas favelas, sem tantos políticos mentirosos. Mossoró vive uma fantasia, os políticos e seus moradores estão anestesiados com a ideia que só se resolve com os rosados no poder, mas são eles que atravancam o nosso desenvolvimento social.
    Para tudo temos solução, ai o cara responde, tem não, e a morte? Respondo: – E a ressureição?

  3. Pedro diz:

    William, eu não diria melhor.

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