"Eles (os grupos familiares) têm uma posição forte pelo próprio poder polÃtico, econômico e o comando dos meios de comunicação", analisa o professor. Ele destaca que José Agripino Maia (DEM), Garibaldi Alves Filho (PMDB) e Wilma de Faria (PSB) – os dois primeiros tentam a reeleição no Senado e a última, seu primeiro mandato na Casa – passaram, juntos, mais de 30 anos no governo do Estado, já que cada um teve dois mandatos de governador.
"E em todas as três administrações ocorreram escândalos. No caso de Agripino foi o episódio do "rabo de palha" (quando governador ele teria supostamente instruÃdo cabos eleitorais a comprar votos de eleitores pobres).
Garibaldi Filho foi o episódio da venda da Cosern (estatal de energia elétrica que foi vendida em sua gestão).
O governo Wilma de Faria teve escândalos, inclusive envolvendo o filho dela (Lauro Maia, candidato a deputado estadual, réu em ação criminal sobre esquema fraudulento de licitações na Secretaria de Estado da Saúde).
Nesse aspecto, a história de dizer que são ficha limpa pega porque a memória do povo é curta, mas nenhum tem ficha limpa nesse sentido", comenta Antônio Spinelli. História.
AluÃzio AlvesEle destacou que a predominância das oligarquias nas eleições de 2010 no Rio Grande do Norte não pode ser comparada ao próprio fenômeno oligárquico da história.
"As oligarquias do passado estavam muito ligadas à questão do coronelismo, onde a propriedade da terra e a relação de dependência entre proprietário e trabalhador conferiram ao proprietário uma relação que ia além da econômica e permeava as relações pessoais e polÃticas", lembra o cientista polÃtico.
Spinelli observa que o fenômeno oligárquico no Rio Grande do Norte, com os coronéis, sofreu a grande queda com a chegada de AluÃzio Alves ao governo na década de 60. "Ele era de um grupo familiar forte, mas já não representava a oligarquia tradicional dos coronéis.
O governo de AluÃzio foi o último inovador do Rio Grande do Norte. De lá para cá não teve nenhum governo que se caracterizasse pela agenda de reforma e mudança", frisa.O professor lembra ainda que a presença de grupos familiares na polÃtica não é exclusividade do Estado.
"Mas claro que no Rio Grande do Norte o que impressiona mesmo é que são muitos. Seis (famÃlias) no pleito é muito. Essas famÃlias se reproduzem no poder e nessa medida reforça a posição econômica e social", completa.
Foto – 28-03-2009 – Arquivo) – Wilma de Faria, Garibaldi Filho e o atual governador Iberê Ferreira.Texto originalmente publicado em O Estado de São Paulo (Especial assinado por Anna Ruth).
* Veja primeira parte desta reportagem em postagem mais abaixo.
Até quando a PLEBE IGNARA vai se conformar com as migalhas que caem das mesas fartas (À custa do erário público!) dessas asquerosas famÃlias oligárquicas ? Uma lástima!