Acreditamos nos ensinamentos de Jesus Cristo? Somos bons cristãos?
Procuramos sempre deixar isto bem claro quando buscamos nas igrejas os primeiros bancos.
Confessamos nossos pecados e comungamos. E no outro domingo confessamos, quase sempre, os pecados já antes confessados. Não nos lembramos, ou fingimos não lembrar, que Jesus ao perdoar os pecados de uma mulher disse, não só para a pecadora, mas para todos, que os pecados estavam perdoados e não pecássemos mais.
Nos cultos gritamos Jesus, Jesus, cantamos hinos de louvor ao Senhor e prometemos não mais pecar.
Nas casas espíritas nos arrependemos dos pecados cometidos, mas na outra semana voltamos a nos arrepender dos mesmos pecados.
E assim seguimos, pecando e pedindo perdão, certos de que somos fiéis seguidores de Cristo.
Nem nos lembramos do VAI E NÃO PEQUES MAIS.
Juramos acreditar na vida eterna, mas pecamos como se o fim existisse e nada após a morte pudesse nos afetar.
Agindo assim, assumimos toda nossa hipocrisia.
O mais impressionante é que mesmo acreditando ser a morte o fim de tudo, permitimos o pavor nos dominar ao sentirmos que estamos, não perto do fim, mas do grande encontro.
Aí está a resposta do pânico que nos causa a morte.
Nosso inconsciente grita que a vida prossegue e que todos os erros terão que ser resgatados, não com um fingido arrependimento, mas com obras reparadoras.
Como exatamente isto se dá, não sei e desconheço quem saiba. Só sei que a reparação acontece.
E é da reparação que temos medo.
Os enfermos estão mais próximos da morte e por eles devemos orar com fervor.
Orar para que Deus, na sua suprema bondade, torne leve o fardo da reparação.
Devemos orar, também, para que os nossos corações aceitem a separação da pessoa querida. Separação de pouca duração.
Quem já conversou com pessoas em estado terminal, pessoas queridas, observou a tranquilidade existente nos olhos delas. O medo existe em nosso olhar. Medo da separação da pessoa amada.
Devemos rezar pelos enfermos e por nós. Pena ainda não estarmos preparados para esta separação.
E isto só conseguiremos alcançar quando formos, realmente, cristãos.
Inácio Augusto de Almeida é jornalista e escritor
Obrigado ao crônista Odemirton Filho pelo encaminhamento deste texto para publicação.
Brilhante querido amigo!
Parabéns.
Volte sempre.
Um abraçaço.
Beleza, Sr.Inácio. Hora de nos ajoelhados por Lena.
Caro Inácio, concordo totalmente com suas colocações e aproveito para cumprimentá-lo pela perfeição da crônica. Realmente, é através da oração que temos o privilégio de conversar com Deus.👍👍👍