Em nota oficial enviada à imprensa nessa quinta-feira (31), sob o tÃtulo “Prefeitura Paga hoje 60% do funcionalismo; restante será concluÃdo próxima semana“, o governo da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) admitiu finalmente o que estava sendo camuflado e desmentido há meses: não consegue pagar a remuneração de pessoal dentro do mês trabalhado. Sairá fatiado novamente.Porém não se sustenta sua justificativa de que o agravamento do quadro é em face de “redução atÃpica do Fundo de Participação dos MunicÃpios (FPM) no mês de outubro”, além de “queda de receita provocada pela redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), decorrente do decreto do Governo do Estado que alterou as regras do Programa de EstÃmulo ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (PROEDI)”.
Pura falácia.
O próprio Blog Carlos Santos já contestou incisivamente esse sofisma (veja AQUI) e o Governo do Estado fundamentou defesa com consistência (veja AQUI). Estudando dados e em consulta a referências oficiais sobre FPM e ICMS, chegamos à confirmação: a municipalidade mente e tenta transferir desgaste polÃtico, jogando funcionalismo e opinião pública contra o Governo Fátima Bezerra (PT).
ICMS
Em setembro, os valores relativos ao ICMS chegaram a R$ 9.476.825,8.
Já em outubro, esse número subiu para R$ 10.771.620.07. Simplificando: um aumento de R$ 1.294.794,25.
FPM
Em relação ao FPM, em setembro a Prefeitura Municipal de Mossoró recebeu R$ 6.411,196,86. Já agora em outubro foram depositados R$ 5.902,339, 30. Isso significa um recuo de R$ 508.857,56. No comparativo entre 2018 e 2019, o FPM aumentou.
Foi de R$ 73.132.299,58 de janeiro a outubro de 2018 e de 78.880.657,29 em igual perÃodo de 2019. Um salto de 5.748.357,71 neste ano, ou seja, 7,9%.
Dever de casa
Rosalba quer se livrar das próprias responsabilidades, negligências e culpa. Mas os números revelam que não existe desabamento abissal de transferências que cause esse desequilÃbrio, a ponto de deixar 40% da folha para cobertura em novembro. Além disso, a arrecadação direta segue com bom fôlego.
É nÃtido que a prefeita não fez o dever de casa com uma reforma administrativa, enxugamento de despesas com cargos comissionados, revisão de contratos e outras providências. A PMM é o paraÃso das dispensas de licitações, licitações esquisitas, aditivos contratuais e empreguismo desenfreado.
Arrumou o básico para usar um artifÃcio de sempre: investir em maquiagem com fins eleitoreiros. Está ficando difÃcil continuar enganando a quase todos o tempo todo.
Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Facebook AQUI e Youtube AQUI.
Faça um Comentário