• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 16/12/2012 - 06:43h

Os últimos poetas

Por Caio César Muniz

Para onde foram os poetas?
Por quê não existem mais?
E a poesia louca, inquieta,
Em que túmulo ela jaz?

Estão mortos realmente?
Os eternos foram embora?
Então por isso a rosa sente,
Então por isso a Lua chora.

Não deixe, mundo maldito,
Que se cale esse grito
Desses loucos e suas metas.

E nós? Gritemos ao povo:
Estamos aqui de novo.
Nós, os últimos poetas.

Caio César Muniz é poeta cearense, mas há vários anos radicado em Mossoró

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Categoria(s): Poesia

Comentários

  1. Nilson Gurgel Fernandes diz:

    Caro Caio;
    Ainda bem que temos alguns loucos como você que não deixaram a poesia morrer, “teve por uma peinha de nada” e estão cuidando do renascer de poetas para a nossa alegria e deleite. Obras e obras estão sendo publicadas, divulgadas e, pasme, lidas conforme depoimento de meu filho e sua turminha de amigos. O meu não vale, sou suspeito. Ah! Parabéns pelo belo soneto.
    Nilson

  2. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Este é poeta. E dos bons.
    Notem que ele nos desperta para uma realidade adormecida.
    Onde estão os poetas?
    Eu sempre me pergunto em que estrela se esconderam os que sentem as dores alheias, os que nos levam por caminhos imaginários.
    E fico torcendo para que em algum sonho voltem.
    E eles começam a voltar.
    O mais bonito deste poema do grande poeta Caio Cezar Muniz é a singeleza da sua poesia.
    Sem apelar para o palavrório rebuscado, próprio dos sem talentos, Caio nos encanta com o uso de palavras comuns a todos os mortais.
    Passa sentimento porque tem dentro de si sentimento. É poeta. Não busca passar uma pretensa erudição como outros que leem distraidamente e escrevem de forma totalmente desatenciosa, como se um favor estivessem fazendo por ler ou escrever.
    E estes terminam cometendo verdadeiras barbaridades. Absurdos como o dizer que esqueceu o rosto da amada mas lembra da pele alva, dos lábios carnudos, dos cabelos lisos… Perdem-se no emaranhado de palavras que amontoam…
    Gostei do poema do Caio Cezar Muniz.
    E gostaria de conhecer outros trabalhos deste que é um poeta porque poeta nasceu.
    Meus parabéns ao blog.
    Isto, sim, isto é cultura.
    O resto é distração.

  3. Elaine diz:

    Eenho um dentro de mim, eles estão assim habitando nosso EU…

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