• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
terça-feira - 05/09/2017 - 09:16h
Jornalismo

Os valores da liberdade de expressão e imprensa

Episódio ocorrido em Currais Novos no último final de semana, em que o deputado federal Rogério Marinho (PSDB) se sentiu molestado com uma pergunta, tratando a repórter Ana Paula Julgman por “cretina”, deverá ter uma nota à altura do Sindicato dos Jornalistas do RN (SINDJORN/RN).

Ou não?

Ou será que o fato de ela não ser sindicalizada e não possuir um diploma, sejam mais importantes do que um conceito fundamental nas democracias modernas: liberdade de imprensa/liberdade de expressão?

“A flexibilização da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), o chamado negociado sobre o legislado, não deverá aprofundar o desequilíbrio nessa relação entre patrão e empregado?” – questionou Julgman com propriedade, provocando a erupção verbal do parlamentar, que foi o relator da reforma no âmbito da Câmara Federal.

A repórter atua na Syds TV de Currais Novos.

À semana passada, foi o prefeito natalense Carlos Eduardo Alves (PDT) que botou dedo em riste para o repórter Alex Costa, da TV Ponta Negra, se esquivando de pergunta que não o agradava.

“A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar.” Martin Luther King.

O Sindijorn/RN foi ágil ao reagir à postura atrabiliária do governante, escudando o jornalista (veja AQUI).

Na capital ou no sertão, seja lá onde for, toda vez que a esse tipo de situação prevalecer e for encoberta pela omissão, incomodará qualquer indivíduo que sabe o valor da liberdade de imprensa/expressão à democracia e à própria vida humana.

Boa parte da elite política que temos, culturalmente gosta e aposta no “repórter levantador”, aquele que faz a pergunta de encomenda ou agradável, para o entrevistado “cortar”.

Isso não é jornalismo. Nem voleibol.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Comunicação

Comentários

  1. Elves Alves diz:

    O jornalismo deve ser, antes de mais nada, a ostensiva advocacia dos interesses do cidadão comum. Isto posto, não deve-se dar o menor crédito ao suposto “jornalismo acrítico”, essa desgraça camuflada que serve unicamente para o exercício da bajulação (implícita ou explícita) aos poderosos da hora. E, diga-se de passagem, o que mais temos no Rio Grande do Norte, é “jornalista levantador”, na acepção tão bem colocada por Carlos Santos.
    Uma “amostra grátis” desta situação: atualmente os maiores empregadores de profissionais de comunicação, neste desidratado e anêmico elefante, são as TVs e rádio públicas da Assembleia Legislativa e câmaras de vereadores de Natal e Mossoró. Tudo inescrupulosamente bancado com dinheiro do contribuinte e sem concurso público (às vezes uma terceirizaçãozinha para despistar os mais incautos); tudo na base do velho e desavergonhado ‘QI’ (quem-indica).
    É assim e não de hoje. Se não é notícia é porque não constitui mais nenhuma novidade. Foi tudo assimilado por quantos deveriam primar pelo zelo da coisa publica.
    E o bravo Sindjorn, e o aguerrido Ministério Publico, o que dizem? Nem uma vírgula. Nunca se sentiram provocados. O acriticismo às vezes se confunde com amoralismo.

  2. François silvestre diz:

    Não vejo quase ninguém, aqui no RN, dos que têm mandato, que mereça meu voto em 2018. E olhe que votar, pra mim agora, é uma faculdade. Vai ser difícil me tirar de casa, que será meu bar.

    • naide maria rosado de souza diz:

      François Silvestre. Meu voto vai para um parlamentar do Acre.
      Venho acompanhando o trabalho dele. Muito bom. É jornalista e, coincidentemente, procura, como eu, divulgar uma doença rara que atinge mulheres em idade reprodutiva . É a linfangioleiomiomatose pulmonar. Há poucas informações sobre esse mal que, se descoberto em fase inicial, pode ser tratado com melhores prognósticos.
      Há tempos estudo essa doença, embora não tenha grande respaldo na literatura médica, por sua raridade.
      Arrisco dizer que nem é tão rara assim. O diagnóstico é confuso porque os sintomas parecem com os de asma, bronquite , etc…
      O parlamentar não sabe que existo. Vou me apresentar.

  3. Edmo Sinedino diz:

    Perfeito sob todos os aspectos

  4. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    Certíssimo meu caro jornalista Carlos Santos…!!!

    Ora vejam só, não satisfeito em rasgar a CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO, o corrupto, fascista e espertalhão ainda agride verbalmente uma jornalista, a qual apenas e tão somente estava tentando exercer sua nobílissima profissão num país em que a imprensa no amis das vezes se porta de forma omissa, venal, covarde e ignoranre.

    No caso, mais uma vez constatamos, que na práxis diária, não existir, apenas o direito desejoso, mais ainda se verifica nos últimos dias a inescondível, desproprocional e anti-democrática reação, sobretudo de parte dos políticos tradicionais, quando determinado repórter ousa sair, um pouco que seja, das amarras tradicionais do assim chamado jronalismo desejoso.

    Aliás vindo do simulacro de deptuado ROGÉRIO MARINHO, nenhuma novidade, memsoproque quem tenta solapa dia-dia e claramente as liberdades individuais e de expressão, incluse no campo da educação e, por conseguinte da formação das novas gerações. Quando descaradamente, propaga a indizível e fascista proposta da chamada escola sem partido??? Nada mais se pode negociar , porpaor e compor de humanista, de liberdade, de visão inclusiva, participativa e democrática vindo de um elemento dessa estirpe, claramtne vinculado aos valores e princíos norteadores da ideologia do espectro político à lá extrema direita em nosso país

    Que os sindcatos e as asssociações de classe vincualdas aos jornalistas e a liberdade de expressão de um modo em geral, assumam sua devida posição e tomem as providecnais cabíveis…!!!

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRADE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  5. naide maria rosado de souza diz:

    Considero a mídia como um escudo. A voz do jornalista leva-nos à realidade. Costumo atribuir a Carlos Santos um jota maiúsculo por conta de sua seriedade e da confiança que deposito nele.
    Essas altercações entre políticos e jornalistas, demonstram um despreparo daqueles para responder e falta de compostura, diante de uma imprensa cada vez mais informada e de ágil raciocínio.

Faça um Comentário

*


Current day month ye@r *

Home | Quem Somos | Regras | Opinião | Especial | Favoritos | Histórico | Fale Conosco
© Copyright 2011 - 2024. Todos os Direitos Reservados.