Em homilia (pregação em estilo familiar que busca explicar um tema ou texto evangélico) proferida à noite desse domingo (3) no púlpito da Igreja de Nossa Senhora de Fátima (Abolição II, Mossoró), o padre Talvacy Chaves manifestou séria preocupação com a calamidade pública da Saúde em Mossoró.
Talvacy: mortes em quantidade (Foto: Web/arquivo)
O pároco da igreja, integrante da Diocese de Mossoró, atestou que nos últimos 15 dias ele fora a “dezenas de velórios”, em sua maioria de idosos, vítimas das consequências da Chikungunya (febre viral).
Em suas observações até na imprensa, Chaves tem estranhado que não haja uma cobertura capaz de revelar a dimensão dessa tragédia, sem uma resposta das autoridades sanitárias do Município e Estado, além da própria União.
Desfaçatez e cinismo
A febre chikungunya é transmitida pela picada do Aedes aegypti, o mesmo mosquito da dengue e da zika. Assim como na zika, a pessoa pode ter manchas vermelhas na pele e coceira. E, do mesmo jeito que na dengue, a pessoa tem febre alta e dor no corpo.
Principalmente crianças e idosos têm sofrido com maior intensidade as suas consequências.
Nota do Blog – No noticiário oficial, tá tudo tranquilo, tudo favorável.
Somos a Suíça, padre!
Não em cinismo e desfaçatez, que se diga.
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“Em suas observações até na imprensa, Chaves tem estranhado que não haja uma cobertura capaz de revelar a dimensão dessa tragédia,”
Esta resposta o Padre Talvacy encontra no comentário que postei no artigo do Dr. Herval Sampaio.
Não pode haver imprensa livre se existe dependência econômica.
Dos Padres que conheci até hoje, entre os quais Dom Helder Câmara, Monsenhor Walfredo Gurgel, Padre Inácio, em João Pessoa; todos dotados de muita coragem e amor ao próximo, fico feliz de agora em Mossoró encontrar Padre Talvacy, que com toda justiça pode fazer parte deste grupo de verdadeiros seguidores de Cristo.
De Dom Hélder posso relatar que o vi no meio do mangue colocando estacas para construir palafitas em Recife juntos com os mais pobres que levantavam o que chamavam de casas. Sempre ao lado dos pobres e combatendo a injustiça social e a corrupção em plena época da ditadura, estava Dom Hélder Câmara.
De Monsenhor Walfredo Gurgel, um religioso sempre voltado à educação, possuidor de uma cultura invejável e que se dedicou ao preparo de novas gerações, às quais passava valores éticos e morais que certamente acompanharam por toda a vida os que tiveram a felicidade de receber a sua benéfica influência. E entre estes eu me incluo como aluno que fui do Colégio Diocesano do Seridó à época em que Monsenhor Walfredo Gurgel era o diretor daquele estabelecimento de ensino.
De Padre Inácio a coragem de lutar a favor dos mais pobres, inclusive sendo famosa a passagem em que ao procurar ser recebido pelo governador da Paraíba com quem desejava falar para reivindicar assistência em favor de uma comunidade pobre, impacientou-se pela demora e chutou a porta do gabinete do governador, onde aos gritos disse: JOSÉ, VOCÊ ESTÁ ESQUECIDO QUE SAIU DO MESMO BURACO QUE EU SAÍ?
Padre Inácio era irmão do governador. E do palácio só saiu quando conseguiu que o governo do estado atendesse às suas reivindicações que beneficiaram milhares de pobres paraibanos.
Do Padre Talvacy posso dizer que o vi agachado conversando e dando apoio espiritual a pobres que já tinham perdido por completo a autoestima. Não me recordo de alguma vez ter visto o Padre Talvacy em papos animados com pessoas importantes. Sempre ao lado e do lado dos pobres. O Padre que em Mossoró mais representa a linha do Papa Francisco e que certamente muito crescerá dentro da Igreja para o bem da própria Igreja.
Daí não me surpreender ter na sua homilia levantado o problema da SAÚDE em Mossoró. E que não apareça ninguém para dizer que o Padre Talvacy tratou de problema político. Tratou o Padre Talvacy de um problema que está levando o pânico a todos os lares da cidade e que está sendo desconsiderado pelas autoridades que usa dos meios de comunicação para mascarar problema de tão grande magnitude.
Parabéns ao Padre Talvacy pela coragem de abordar problema tão grave.
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Quando há meses atrás a Dra. Naide Maria Rosado de Souza alertava a todos para o perigo que representava este mosquito poucos deram ouvido. A grande maioria preferiu ignorar o alerta desta senhora que tanto se preocupa com a cidade que tanto ama. Eu fui um dos poucos a ficar fazendo coro com ela e passei a colocar ao final de todos os meus comentários o perigo que este mosquito oferece.
Ignoraram os alertas da Dra. Naide e agora o mal está disseminado de forma quase incontrolável. Tivessem naquela época realizado uma campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti e hoje não estaria Mossoró chorando tantos mortos.
Mossoró é uma cidade que ninguém pode sequer alertar para perigos iminentes. Tudo aqui é entendido pelos que estão ocupando cargos públicos como intromissão e até enxerimento.
Assim como a Dra. Naide Rosado alertou para o perigo do mosquito Aedes aegypti, eu há tempos venho alertando para a Bomba Relógio que é o descaso com a Educação. Bomba que num futuro próximo irá explodir causando um aumento da violência que poucos conseguem imaginar. Depois, como agora, todos se mostrarão assustados com o desastre. Mossoró, Mossoró, porque ignoras os que tentam cuidar de ti?
Que Deus nos proteja.
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Há quanto tempo luto contra o aedes aegypti. Quanto estudei para não lançar informações incorretas. Grande, Padre Talvacy. Sua voz, parte do coro de Deus, há de ser ouvida. À bênção.
Na cidade de Mossoró os médicos e os órgão responsáveis pela Saúde Pública estão perdidos e sem rumo quanto ao alto índice de idosos falecendo desta “virose”. Assusta o alto índice de idosos falecendo desta “virose” sem que os médicos definam diagnóstico preciso. Os idosos estão morrendo a rodo e as “causa mortis” não aparecem de forma precisa nos Atestados de óbito, pois não exatidão nos diagnósticos, nem tampouco investigação após a morte dos pacientes. Muito grave e triste. A cidade pede socorro. Os hospitais e cemitérios estão lotado. Só não ver quem não quer.
Realmente aumentaram muito os casos de doenças relacionadas ao mosquito Aedes, inclusive com óbitos, isso é fato notório. Mas também é notória a ligação do padre com grupo politico da cidade. Aí a denúncia perde força e credibilidade. ..
NOTA DO BLOG – Inácio, boa tarde. Não sei que a que grupo o padre possa estar ligado, mas é indisfarçável esse fenômeno relatado por ele.
No cemitério São Sebastião, Centro da cidade, cheguei a conversar com um coveiro e ele me asseverou que chegaram a sepultar 14 pessoas num único dia. Uma decorrente de tiros, mas as demais todas relacionadas a essas moléstias, segundo relatos de familiares.
A enorme maioria, de idosos.
No Tarcísio Maia, o cenário remete a igual constatação.
Lamentavelmente.
Abraços
E uma verdade deixa de ser verdade se for proferida por uma pessoa que talvez , possa, quem sabe, ser de um pensamento ou corrente politica?
Que logica draconiana essa.
Certo dia conversei com um dono de funeraria e ele me disse que chegou a vender 16 funerais so para idosos vitimas dessas molestias.
Vivendo um pandemonio em nosso país!!!!
NOTA DO BLOG – Por aí, Carlos André.
Assustadoras as informações que a gente vai coletando e juntando: UPA´s, hospitais, cemitérios, clínicas etc.
Só não há informação da Prefeitura/Estado.
Tentemos fazer o melhor por nossos i dosos e crianças, principalmente.
Abração
Carlos André
Em Mossoró até a morte é para ser bem aceita. Questionar quantidade de óbitos desagrada aos poderosos de plantão. Tem emissora de rádio pela manhã, mal o sol nasce, já bradando que o povo não deve acreditar no que esta turma escreve em blog e redes sociais etc.
Coveiro fazendo hora extra e ninguém pode sequer questionar porque tantos velhinhos estão morrendo.
Você sabia que há QUATRO meses não acontece distribuição de remédios nas UBS ao velhinhos diabéticos e/ou portadores de pressão alta. Você sabia que por necessidade tem velhinho sem dinheiro para comprar a quantidade certa de medicamentos que quebra o comprimido no meio para de um fazer dois e assim passar o mês? E pensar que o SUS distribui este medicamentos através das prefeituras. Será que ao mosquito não está se juntado a falta de medicamento para diabéticos e/ou portadores de pressão alta? O fato é que muitos velhinhos estão morrendo. Será que ninguém vai apurar o que está acontecendo?
Pasrabéns mais uma vez ao padre Talvacy Chaves por ter abordado tão grave problema.
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Obrigada, sr. Inácio. Sei que o sr. me deu atenção, assim como o jornalista Carlos Santos cedeu-me esse espaço importante. Durante todo o período em que me dediquei ao estudo do aedes, o fiz com dedicação e, talvez, essa seja a verdadeira árvore que plantei embora não tenha frutificado, salvo na minha consciência cidadã e de mais uns poucos.
Bom dia Carlos! Eu não tinha dimensão do problema. Falei besteira. E muita. Peço desculpas por isso. Meu compromisso é com minha consciência, e não me envergonho de admitir erros. Fiz uma análise mesquinha e superficial de um problema grave, baseado apenas em antipatias pessoais. Foi um erro. É isso. Abs!
NOTA DO BLOG – Grandeza sua, Inácio. Grandeza.
Entendo.
Mas é realmente delicado o problema e todos devemos enfrentá-lo de frente.
Abraçao
Sr. Inacio Rodrigues. Parabéns por seu procedimento. Reconhecer erros é qualidade rara no ser humano. É virtude. Parabéns!