Um dos baluartes na luta para sobrevivência e estadualização da Universidade do Estado do RN (UERN), o professor e ex-reitor padre Sátiro Cavalcanti Dantas parece medir as palavras. Contém-se.
Mas está prestes a explodir.
Os mais de 100 dias de greve na instituição e o comportamento solerte do Governo do Estado, em relação à Uern, não o agradam.
– Hoje não comento o andamento da Uern, apenas pergunto, por ordem: Gonzaga Chimbinho, Antônio Capistrano, Nevinha Gurgel, Walter Fonseca, doutor Milton Marques (atual reitor) ficaremos calados?
E prossegue açulando: “Será que as cinzas de João Batista Cascudo (um dos criadores da instituição), Laplace Coelho (ex-reitor já falecido) e outros pioneiros não nos falam?”
Ele não se dá por satisfeito. Adiante, ainda fala, usando seu endereço no Twitter: “Voltarei ao assunto após decisões finais”.
Sátiro até se pergunta, com ar perplexo diante da situação vivida pela Uern: “Será que estou caducando? Uma instituição construída por tantos, com amor e renúncia, merece apenas o silêncio, Lúcio Ney (ex-vice-reitor)?”
Nota do Blog – Meu caro Sátiro, sejamos justos: nem todos silenciaram. Porém ficar de “bico calado” não é uma situação incomum na “metrópole do futuro”. Faz parte do ritual da dominação.
Tenho dito há tempos e repito: a Uern é a maior obra humana já edificada em Mossoró e quem não luta por ela é ignorante ou completamente alienado, preso a interesses mesquinhos e acostumado à vassalagem.
Todos são facilmente reconhecidos. Basta olharmos para seus joelhos, sempre encardidos de tanto prestarem reverência a seus algozes.
Pobre Mossoró!
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