segunda-feira - 10/09/2018 - 12:00h
COLUNA DO HERZOG

A faca e seus efeitos na campanha presidencial 2018

Por Carlos Santos

A faca que perfurou dia 6 último (veja AQUI) o abdômen do capitão Jair Bolsonaro (PSL), candidato à Presidência da República, é o primeiro e relevante “fato novo” da atual campanha eleitoral sucessória nacional. Muitos apressados passaram a rotular como “decidida” a corrida eleitoral, minutos após o incidente.

Devagar, gente.

As pesquisas que vêm por aí, já detectando um primeiro momento dessa repercussão, tendem a identificar o impacto dessa faca na contenda. Contudo acho improvável que aconteça de imediato um crescimento superlativo.

O fato novo não funciona isoladamente e de forma automática, como indutor de voto em favor de alguém ou subtração de outrem. Ele parece ter vida própria quando é algo natural, mas a partir daí existe muito de marketing, de estratégia e ação político-eleitoral.

Carlos Lacerda com pé engessado após ser baleado na Rua Toneleros em 4 de agosto de 1954 (Foto: Web)

O acontecimento tem e terá desdobramentos. Eles poderão robustecer o enredo de vitimização, ou até mesmo atenuem o impacto do episódio.

Ao longo dos próximos dias, até as eleições em 7 de outubro, acompanharemos outros capítulos e o fluxo ou refluxo dessa narrativa. Haverá uma provável acomodação e maior reflexão sobre o fato. As pesquisas seguintes e voto dirão o tamanho desse turbilhão de sentimentos ambivalentes.

Se houver caracterização de que o agressor agiu sozinho e não passa de um débil fanático, isso amortizará o capital de Jair Bolsonaro. Confirmada outra versão, em que seja apontada uma trama financiada e com participação de outras pessoas e militantes de legendas adversárias, o quadro já será outro e inverso.

O jornalista Carlos Lacerda quando foi alvo de atentado político na Rua Toneleros, 180 (Copacabana, Rio de Janeiro), em 5 de agosto de 1954, também virou vítima. Saiu ferido à bala, assim como o guarda municipal Sálvio Romeiro. Seu segurança, o major-aviador Rubens Vaz, morreu no local.

Dezenove dias depois, outro fato novo foi ainda mais impactante para mudar rumos da política nacional: Getúlio Vargas suicidava-se. Era o fim do seu governo e da denominada “Era Vargas”, ferozmente combatida por Lacerda.

Em qualquer campanha, o papel de vítima é um sonho lapidado e acalentado por qualquer candidato, para poder cair nas graças da massa, convertendo isso em votação-vitória. Agora não é diferente. Bolsonaro sabe disso.

PRIMEIRA PÁGINA

Conversa com o ex-deputado federal Henrique Alves – Conversei longamente com o ex-deputado federal Henrique Alves nesse último dia 6 em Natal, em seu apartamento no bairro Petrópolis. Falamos sobre família, política (nacional, estadual, natalense, mossoroense), futebol (calvários do meu Fluminense, do Vasco dele), economia, fé, religiosidade. O tempo consumiu quase toda uma tarde. A jornalista Laurita Arruda, sua mulher, ainda acompanhou o comecinho da prosa, mas saiu para compromissos pré-agendados. “Fiquem aí. Já sei que não vai faltar assunto”, previu acertadamente. Ah, não levei gravador nem uma simples caneta à anotação! Era uma simples prosa despretensiosa, puxada por um visitante comum.

O “Poder Moderador” das Forças Armadas está de prontidão – Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o Comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, avisou: “A legitimidade do novo governo pode até ser questionada”. O graduado verde-oliva deixou nas entrelinhas a crença de que poderá estar acima dos três poderes de Estado, se necessário e conforme suas interpretações. Seria uma espécie de “Poder Moderador” armado, acima dos demais e com força coercitiva, como plasmado na Constituição de 1824, quando o Imperador Dom Pedro I teve esse papel, inicialmente.

Villas Bôas: "moderador"

Pouca propaganda adesivada em veículos mostra distância do eleitor – É escasso o número de carros adesivados na atual campanha. Da capital ao interior, esse recurso de propaganda é quase imperceptível, diferentemente de disputas anteriores. Mais um sinal dos tempos.

Dois turnos eleitorais marcam pleitos – Em termos de Rio Grande do Norte, a única eleição ao governo decidida no primeiro turno foi em 2010. Àquela ocasião, deu Rosalba Ciarlini, então no DEM, superando o governador Iberê Ferreira (PSB), já falecido. No campo presidencial, só Fernando Henrique Cardoso (PSDB) conseguiu esse feito em 1994, atropelando Lula da Silva (PT). Enfim, as campanhas no estado e no país costumeiramente vêm tendo dois turnos. P.S – Retificação com informações do webleitor João Paulo Jales: Em 1994 e 1998 Garibaldi Filho (PMDB) foi eleito e reeleito no primeiro turno, bem como FHC em 98.

Escassez de dinheiro compromete muitas campanhas – Começou bem antes do que eu previ, a lamúria por falta de recursos na atual campanha. Poucos candidatos estão montados na bufunfa. Muitos profissionais contratados para trabalho no período estão sem receber pagamento. Pelo visto, a fila de caloteados vai ser grande após o período eleitoral.  Tem majoritárias quase parando.

Investigações vão ter sérios desdobramentos

Em minha estada de vários dias em Natal, conversei com fontes qualificadas da área investigativa oficial. Pelo o que ouvi, algumas apurações terão sérios desdobramentos nas próximas semanas e meses. Nada  mais posso adiantar, apesar da vontade.

Pesquisas sinalizarão eventuais reflexos da propaganda em rádio e televisão – As pesquisas a serem divulgadas esta semana – Consult e Seta no estado, Ibope e Datafolha no país – vão apontar sinalizadores quanto à propaganda eleitoral em rádio e televisão. O chamado “palanque eletrônico começou no último dia 31 de agosto. O tempo já é suficiente para sabermos se há algum sinalizador de mudança (crescimento, estagnação ou queda de nomes).

Ego refletido de Curitiba dá a Haddad um papel caricato e embaraçoso – É embaraçoso o papel que o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad cumpre na campanha presidencial. Todos sabemos que ele é o verdadeiro candidato petista, mas assim não se apresenta, para atender uma estratégia de marketing que já cumpriu seu papel mas que começa a saturar, mantida pelo ego do ex-presidente Lula, preso em Curitiba. Quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu no final do mês que ele não poderia ser candidato, dirigentes partidários já estavam prontos para deflagração da campanha de Haddad. Entretanto a ordem foi dar sequência às apelações judiciais e sustentar o nome do ex-presidente na propaganda. Um jogo arriscado demais. Leia o que escrevemos em 28 de janeiro deste ano: Lula e Bolsonaro, extremos que se completam na sucessão.

Fernando Haddad fica por trás de Lula à espera de ser anunciado com nome de verdade ao governo do país (Foto: campanha)

Descida do Alto de São Manoel deverá fechar tosca campanha municipalizada – A tradicional “Descida do Alto de São Manoel”, mobilização que marca as campanhas municipais em Mossoró, cumprindo trajeto a partir da Avenida Presidente Dutra até o centro da cidade, poderá marcar o fim da tosca campanha municipal improvisada que assistimos este ano. As chapas Robinson Faria (PSD)-Tião Couto (PR) e Carlos Eduardo Alves (PDT)-Kadu Ciarlini (PDT) ainda não se manifestaram quanto à iniciativa e eventuais datas para esse fim.

Chapão de muitas dificuldades –  Com 14 deputados estaduais e outros nomes fortes à Assembleia Legislativa, a Coligação Trabalho e Superação vai ter candidato obtendo mais de 30 mil votos, mas fora da lista de eleitos. A montagem dessa nominata objetivou priorizar a eleição dos atuais deputados governistas e reforçar palanque e tempo de rádio e televisão do governador Robinson Faria (PSD). O chororô vai ser grande pós-campanha, com altos gastos financeiros, dívidas e derrota eleitoral de figuras de peso.

EM PAUTA

Franklin Jorge – Apesar de estar em Natal, não apareci no aniversário do jornalista e escritor Franklin Jorge no sábado (8). Mas o caríssimo Honório de Medeiros representou-me, falando muito bem de mim, lógico. Ave, Franklin.

Cariri Cangaço – Está definida a programação de mais uma Edição do Cariri Cangaço, que acontecerá dessa feita em São José de Belmonte em Pernambuco, sob a batuta do criador dessa iniciativa – Manoel Severo. Acesso AQUI e veja os detalhes. Estarei por lá, se Deus quiser.

Anita e doações – A palestra da historiadora Anita Leocádia Prestes (veja AQUI), que será aberta ao público e acontecerá no auditório do Hotel Villa Oeste no dia 14 (sexta-feira), às 19h, em Mossoró, terá como “ingresso” a contribuição de 1kg de alimento não perecível ou qualquer tipo de material de limpeza. As doações serão destinadas à Casa do Estudante de Mossoró e serão recolhidas na entrada do auditório.

Acidente – Equipe da TV Terra do Sal de Mossoró sofreu grave acidente de carro na manhã de sexta-feira (7), quando fazia trajeto  de Mossoró para Pau dos Ferros. O fato foi registrado na BR-405, município do Apodi. O jornalista Jota Ferreira está internado ainda, tendo passado por uma cirurgia (virão outras) em um dos braços, no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM).

Ferreira: acidente (Foto: arquivo)

SÓ PRA CONTRARIAR

Não acredito neste país a curto e médio prazos. Ainda temos muito a piorar.

GERAIS… GERAIS… GERAIS…

Continua impecável o Lula Restaurante à Avenida Xavier da Silveira em Nova Descoberta em Natal. Do cardápio tradicional ao atendimento.

Obrigado à leitura do Nosso BlogPaulo Pinto (Mossoró),  Eriberto Mendonça (Natal) e  Solange Noronha (Apodi).

Veja a edição anterior da Coluna do Herzog (03/09) clicando AQUI.

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segunda-feira - 10/09/2018 - 08:18h
Eleições 2018

Notícia da cadeia

Por François Silvestre

Ontem, a notícia foi do hospital. Hoje, é da cadeia. Triste e maluca eleição.

Lula pede para adiar a decisão de indicar o candidato substituto. Uma demonstração de que qualquer substituto já começa desqualificado.

É assim que se comporta o técnico ao adiar a substituição do jogador, por não confiar plenamente na sua opção do banco. Mas o jogo continua e o tempo tem prazo certo.

Quanto mais demora, mas o substituto será menos útil. Enquanto essa estratégia incompreensível da cadeia vai se configurando, a situação do hospital vai se consolidando.

Lula é o melhor cabo eleitoral de Bolsonaro.

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domingo - 09/09/2018 - 23:58h

Pensando bem…

“Os meus maiores sucessos chegaram no seguimento de grandes fracassos.”

Barbara Corcoran

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domingo - 09/09/2018 - 14:14h
Chapa

Fernando Haddad na cabeça

Por Vonúvio Praxedes

Informação confirmada por Antenor Roberto (PCdoB), vice-candidato ao Governo do RN na chapa com Fátima Bezerra (PT), sobre chapa presidencial PT/PCdoB:

Deve ser anunciado dia 11 próximo (terça-feira) como PT segue com a campanha presidencial.

A expectativa é pelo anúncio oficial de Fernando Haddad (PT) na cabeça de chapa.

Segue a novela.

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domingo - 09/09/2018 - 12:42h
Candidatos ao Governo do RN

Relatório de pesquisa sobre segurança será entregue

A Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN (ADEPOL/RN) irá entregar no próximo dia 11 (terça-feira), a todos os candidatos ao governo do estado, o estudo proveniente da campanha “Eu Decido a Segurança do RN”.

A entrega do relatório está marcada para as 10h30 e todos os candidatos foram convidados. Será na Assembleia Legislativa. Os pesquisadores irão apresentar os relatórios da pesquisa e em seguida os candidatos ao governo receberão em mãos os estudos.

Segundo o professor do mestrado profissional de tecnologia e inovação da Universidade Federal do RN (UFRN) e coordenador da pesquisa, Gláucio Brandão, da forma como foi abordada, a pesquisa tende a ser um marco no que diz respeito à Estatística Inteligente.

Inteligência Artificial

“A metodologia usada, baseada em Inteligência Artificial (IA), foi capaz de apontar correlações não perceptíveis pela estatística convencional”, afirma Brandão.

Segundo ele, “conseguimos gerar um árvore de decisão capaz de sugerir diretrizes para os gestores no tocante à segurança”.

Foram muitas avaliações e propostas registradas em todas as mesorregiões do estado e tudo está sendo compilado num grande documento a ser disponibilizado aos candidatos. “A campanha foi uma surpresa positiva para nós, já que não imaginávamos que o engajamento da população seria tão grande”, avaliou a delegada Paoulla Maués, presidente da Adepol/RN.

Todos os dados foram analisados e descritos por professores da Universidade Federal do RN que compõem a incubadora IN-Pacta.

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia
domingo - 09/09/2018 - 10:20h
Magna Letícia

Pré-candidata critica perpetuação no poder na OAB/RN

Magna: contra continuísmo (Foto: cedida)

A advogada Magna Letícia confirmou nesse final de semana que é pré-candidata a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio Grande do Norte.

Durante entrevista a uma emissora de rádio da capital, ela criticou duramente a decisão do Conselho Federal da OAB de definir a cota de 30% para dirigentes da Ordem apenas para ser válida a partir de 2021.

Questionada se entraria na disputa este ano, Magna Letícia foi enfática: “Sou pré-candidata. Mas esse não é um projeto meu, represento todos os advogados que querem mudança na OAB do Rio Grande do Norte”.

E acrescentou: “A categoria não quer mais a continuidade de gestões que se perpetuam há quase vinte anos, sempre como os mesmos nomes. Represento a construção de uma nova Ordem”.

Pleito na instituição será em novembro próximo.

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Categoria(s): Gerais / Justiça/Direito/Ministério Público
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domingo - 09/09/2018 - 08:14h
Caraúbas

Campanha de Robinson Faria e Tião mexe com o interior

Para quem duvida que a campanha eleitoral deste ano possa ter espasmos do passado, com participação popular, gente em passeata, é bom conhecer Caraúbas na região Oeste do Rio Grande do Norte.

Nesse sábado (8), a chapa ao Governo do Estado com o governador Robinson Faria (PSD)-Tião Couto (PR) fez passeata com expressiva participação popular, por ruas da cidade.

Os dois candidatos caminharam, abraçaram, acenaram e dançaram ao lado de outros correligionários e populares.

Comício fechou programação em Caraúbas, na região Oeste, marcando o sábado de campanha (Foto: redes sociais)

Foto e vídeo constantes desta postagem mostram bem esse quadro. Segundo o marketing da campanha à reeleição do governador, a mobilização é a “Caravana da Verdade”, da Coligação Trabalho e Superação.

Curiosidade: no município, os aliados do governador usam o amarelo como cor padrão, no grupo do prefeito Juninho Alves (PSD), antigo aliado de Robinson Faria, em vez do azul (da identidade visual da campanha ao governo).

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Categoria(s): Política
domingo - 09/09/2018 - 07:06h
Poder

Violência contra políticos marca história do Brasil

Pelo menos quatro episódios revelam mudança em rumos do país após o registro de atentados brutais

Por Júlia Dias Carneiro (BBC News Brasil)

O ataque contra o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) não tem precedentes na história recente do país, mas a violência contra políticos marcou diversos períodos da História da República e influenciou os rumos de momentos marcantes da vida política.

Do crime passional que matou João Pessoa, candidato a vice-presidente de Getúlio Vargas, em 1930, e virou estopim para a Revolução de 1930, ao atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, em 1954, episódios de violência política têm e tiveram forte impacto sobre a opinião pública e em diferentes épocas ajudaram a fortalecer figuras e movimentos – ou a demolir reputações.

“Sobretudo em períodos eleitorais como o atual, a política mexe com a cabeça, mas também com a emoção”, diz o historiador e professor Américo Freire, do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (CPDPC-FGV).

“Esses episódios ajudam a criar climas, modificar a imagem de pessoas, construir vítimas ou mártires. Todos esses elementos entram no imaginário da população e podem influenciar nas eleições”, considera.

Relembre alguns momentos marcantes da história da violência política no Brasil.

Atentado contra o terceiro presidente o Brasil

Prudente: turbulência (Foto: arquivo)

Prudente de Moraes assumiu a presidência quando a jovem República brasileira completava cinco anos, em 15 de novembro de 1894. Governou o país durante um período turbulento, que incluiu a Guerra de Canudos – que contrapôs o Exército e os integrantes do movimento popular de fundo religioso liderado por Antônio Conselheiro.

Após o massacre do arraial no sertão baiano e a proclamação de vitória da União, Prudente de Moraes participava de uma recepção a dois batalhões que retornavam de Canudos no Arsenal de Guerra, na atual Praça Mauá, quando sofreu um atentado.

O soldado Marcelino Bispo de Melo falhou em acertar o presidente e acabou atingindo o então ministro da Guerra, Marechal Bittencourt, que morreu esfaqueado em seu lugar.

O episódio levou o presidente a decretar estado de sítio, adquirindo amplos poderes para governar, e contribuiu para a ascensão da oligarquia cafeicultora na política nacional.

Assassinato de João Pessoa

Candidato à vice-presidência da República ao lado de Getúlio Vargas, o então presidente do Estado da Paraíba – cargo que equivalia ao de governador – foi morto a tiros pelo advogado João Duarte Dantas.

O crime tinha motivações pessoais com pano de fundo político. Opositor de João Pessoa, Dantas tivera seu escritório revirado pela polícia e seus documentos enviados para divulgação na imprensa local, com a anuência de João Pessoa. “O jornal A União, órgão oficial do governo estadual, publicou tudo na primeira página, inclusive cartas de amor, repletas de detalhes eróticos, trocadas entre Dantas e a jovem Anayde Beiriz, uma professora de 25 anos, bonita, solteira, poeta, fumante e feminista. O escândalo foi tremendo e Anayde, devastada, acabaria se suicidando”, relatam Lilia Schwarcz e Heloisa Starling em “Brasil: Uma Biografia”.

'Getúlio e sua campanha foram competentes em converter assassinato em crime político', diz cientista política (Foto: arquivo)

Para defender sua honra, Dantas invadiu a elegante confeitaria Glória, no centro de Recife, e interrompeu o chá de Pessoa com três tiros à queima-roupa. Pessoa era uma figura de prestígio político, sobrinho do ex-presidente Epitácio Pessoa, e o assassinato chocou o país.

“O assassinato tinha a ver com assuntos do coração. Mas o Getúlio e sua campanha foram muito competentes em converter o assassinato em um crime político”, diz Maria Celina D’Araújo, cientista política e professora da PUC-Rio, não descartando que algo parecido possa acontecer com o ataque a Jair Bolsonaro. “Temos um crime que muito provavelmente foi motivado por razões psiquiátricas, um fato isolado cometido por um lobo solitário, mas que pode ser reconvertido no imaginário popular como uma conspiração política”, considera.

O corpo de Pessoa foi levado de navio para o Rio, gerando ampla comoção nacional. A Aliança Liberal de Vargas – que se apresentava como oposição a Júlio Prestes, candidato que tinha forte apoio do então-presidente Washington Luís e dos poderosos cafeicultores de São Paulo – definiu o crime como político, atribuindo a culpa a aliados do presidente.

O crime foi combustível para a revolta civil e militar que depôs Washington Luís e colocou Getúlio Vargas no poder, na Revolução de 1930.

Tiros contra Carlos Lacerda

Conhecido como o “atentado da rua Tonelero”, referindo-se ao logradouro em Copacabana onde o jornalista Carlos Lacerda quase foi morto, no Rio, no dia 5 de agosto de 1954, a tentativa de assassinato desembocou em uma grave crise política e militar que culminou com a exigência da renúncia de Getúlio Vargas – e com o seu suicídio no dia 24 do mesmo mês.

Lacerda era inimigo frontal de Vargas. A tentativa de assassinato lhe custou um tiro no pé e tirou a vida do Major Rubens Vaz, seu segurança, agente da Aeronáutica. As investigações do episódio revelaram o envolvimento pessoal do chefe da guarda pessoal de Vargas, Gregório Fortunato, que acabou confessando ser mandante do crime.

“Se a morte do João Pessoa teve uma repercussão direta na Revolução de 1930, o atentado ao Lacerda foi fundamental para fortes mudanças na política brasileira, com Vargas se matando pouco depois”, diz Maria Celina D’Araujo.

Bomba no Aeroporto dos Guararapes

No dia 25 de julho de 1966, ainda no período inicial da ditadura militar, o marechal Arthur da Costa e Silva chegou ao aeroporto do Recife, em Pernambuco, como parte da campanha presidencial que realizava à época.

Costa e Silva toma posse: bomba (Foto: Senado)

Um atentado a bomba no saguão do aeroporto matou duas pessoas, feriu outras 14 e por pouco não machucou o candidato. A bomba foi colocada em uma mala abandonada no saguão, que explodiu ao ser removida por um guarda.

O jornalista Edson Régis e o vice-almirante Nelson Gomes Fernandes morreram com a explosão.

Por meio de eleições indiretas, Costa e Silva foi escolhido presidente pouco mais de dois meses após o atentado, presidindo o país de 1967 a 1969.

À época o episódio foi considerado um ataque de terroristas, mas historiadores contestam a versão oficial e consideram a possibilidade de o ataque ter sido orquestrado pelos militares para fomentar o medo entre população.

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Categoria(s): Reportagem Especial
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domingo - 09/09/2018 - 05:32h

O lobo perde o pelo…

Por François Silvestre

…mas não perde o vício. Após ter escrito no meu Blog um texto condenando veementemente o atentado contra o  senhor Bolsonaro, inclusive torcendo por sua recuperação e participação na campanha, imaginando uma visão pacífica do mesmo sobre tudo isso, vejo fotos, na Net, do senhor Bolsonaro apontando os dedos em forma de armas de fogo.

Demonstrando o caráter violento da sua formação inalterada.

Isso numa cama de hospital, em estado grave de observação.

Concluo que se fosse outro o candidato agredido ele estaria rindo e dizendo: “Esfaqueou, e aí? o que quer que eu faça”.

É assim que ele reage quando a desgraça é alheia. Não me convence essa campanha “humanitária” do anjo agredido.

Foi um ato reprovável, violento, sob todos os aspectos. Mas o agredido é um profissional da violência, da intolerância e do fascismo.

A agressão sofrida não o torna manso. Pelo contrário, o mostra monstro.

Eu não queria falar mais nada sobre esse cidadão, cuja saúde desejo recuperada, mas seu comportamento num leito de hospital fotografa uma pessoa desprovida de qualquer senso de humanidade.

Nem a violência contra si mesmo o faz comedido.

É um aventureiro da desgraça que se arvora salvador da pátria. Torço pra que viva e voto pra que perca!

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Artigo
domingo - 09/09/2018 - 05:16h

A quem interessar possa

Por José Luiz da Silva

Há duas categorias de pessoas que, sobretudo no Rio Grande do Norte, merecem um debruçamento maior, uma atenção mais atenta, um enfoque mais aproximado: o inteligente e o sabido.

O inteligente é como o grão. Se não morrer, será infecundo. A fecundidade do sabido é feita na cotidianidade dos seus sonhos.

O inteligente é aritmético. Consegue sobreviver. O sabido é geométrico. Quase sempre vive sobre.

O inteligente é polivalente na ordem do conhecimento. O sabido, na ordem do aproveitamento.

O inteligente é grosseiro às vezes, mas humano, profundamente humano. O sabido se irrita, mas é sempre fino. Fino e aderente. Sobretudo ao poder. E quando eu falo em Poder, não me refiro pura e simplesmente ao Sistema. Me refiro ao poder, podendo. Feito de números. Sobretudo de números.

O inteligente pode ser desligado. O sabido, nunca.

O inteligente gosta de se encontrar com velhos amigos. O sabido prefere localizar novos. Se vão lhe render dividendos.

O inteligente é simples. O sabido é complexo. Chegar a ele, às vezes não é fácil. O mundo é dos sabidos. A vida, dos inteligentes. Na sua intensidade.

A ambição do inteligente é limitada. Porque limitada, nem consegue ser ambição. O sabido é, sobretudo, ambicioso, explicação maior do seu sucesso. O inteligente poderá ser sábio. O sabido, jamais.

A fé do inteligente é escatológica. Do sabido, circunstancial.

O inteligente não consegue ser audaz. A ousadia, porém, é o oxigênio do sabido.

O inteligente aguarda a morte como passagem; para o sabido, ela não é objetivo de cogitações.

O inteligente gosta de bibliotecas; o sabido, de computadores.

O inteligente sonha com Paris, escreve maravilhosamente sobre Paris, mas suas notas são escritas em Tibau ou na Redinha.

O sabido dorme em Lisboa, acorda em Hong-Kong e janta em Ponta Negra.

O inteligente sorri. E no sorriso se esboça a silhueta da paz. O sabido ri. E ri gostosamente.

O inteligente tem saudades; o sabido, nostalgia.

O inteligente mergulha no silêncio. O sabido vira taciturno.

O inteligente fica só, para estar com os outros; o sabido, para libertar-se deles.

O inteligente cria; o sabido amplia.

O inteligente ilumina; o sabido ofusca.

O inteligente pensa em canteiros de flores; o sabido, em projetos de reflorestamento.

O antônimo de inteligente é burro, de sabido é besta; às vezes (quem sabe) viram sinônimos.

Ser, para o inteligente é fundamental. Parecer, para o sabido é prioritário. E como vivemos no mundo das aparências, nele o inteligente não terá vez. Desde que mude os seus critérios. Aí então, aflora a crise do desencanto. É quando a mediocridade se entroniza, o supérfluo se instala e a inteligência se rende. A não ser que o inteligente se chame Unamuno, reitor imortal. Por isso, ele foi magnífico. Do contrário não teria sido reitor, mas feitor. E de feitores o Brasil está cheio. Sabidos, por sinal.

Sabido é Diógenes da Cunha Lima. Inteligente é Jarbas Martins.

Cascudo é inteligente. Sabida é sua entourage.

Inteligentes são Zila Mamede e Otto Guerra. Inteligente é Waldson Pinheiro. Inteligente foi Miriam Coeli. Inteligente é Padre Ônio (de Cerro Corá) e Dom Heitor (de Caicó). Inteligente foi Dom Costa (de Mossoró). Inteligente foi o pastor José Fernandes Machado. Inteligente é Anchieta Fernandes. Inteligente é Vingt-un.

O inteligente compra livros. O sabido, ações.

Para o sabido, as letras que realmente valem são letras de câmbio. Inteligente é quem trabalha para viver razoavelmente. Sabido é quem consegue que outros trabalhem para que ele viva maravilhosamente. O inteligente sua. O sabido transpira.

O inteligente acorda cedo. Para ele, Deus ajuda a quem madruga. O sabido acorda tarde. Outros madrugam por ele.

Sem o inteligente, o que seria do sabido?

Inteligentes são Manoel Rodrigues de Melo e Raimundo Nonato.

Sabido é Paulo Macedo. Também “imortal”.

Inteligente é Dorian Jorge Freire. Sabido é Canindé Queiróz.

Inteligentes são Eulício e Inácio Magalhães. Inteligente era Hélio Galvão.

Sabido é Valério Mesquita. Inteligentes eram José Bezerra Gomes e João Lins Caldas.

Inteligente foi Jorge Fernandes. Sabido, Sebastião.

Inteligente é Erasmo Carlos. Sabido é Roberto.

Inteligente foi Garrincha. Sua inteligência, porém, não foi além de suas pernas. Com elas, encantava. Sabido é Pelé. Transformou suas pernas em objeto de lucro. Não é a toa que a cidade de Garrincha se chama Pau Grande. E Pelé nasceu onde? Não foi em Três Corações? Ao mesmo tempo pode amar Xuxa, o Cosmos ou as audiências na Casa Branca.

Há um campo, porém, onde o número de sabidos é pródigo. Mas pelo menos hoje, eu não quero pensar nos inteligentes e sabidos quando se trata de competição eleitoral. Aqui, o sabido leva sempre vantagem.

Quem não se lembra de 74?

O inteligente não era Djalma? Sabido, porém, foi Agenor. E o povo do RN optou por quem? Pelo inteligente ou pelo sabido?

José Luiz da Silva, ex-padre, escritor (na foto, já falecido)

* Texto originalmente publicado no dia 14 de Agosto de 1983 no jornal “O Poti” e posteriormente no Blog Carlos Santos em 6 de Setembro de 2009.

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 09/09/2018 - 04:42h

Cangaço, coronelismo e fanatismo são manifestações do poder

Por Honório de Medeiros

O coronelismo e o cangaço, assim como o fanatismo (misticismo) tão característicos de certo período histórico do Sertão nordestino brasileiro, são manifestações do fenômeno do Poder, de como ele é obtido, se instaura  e é mantido em qualquer circunstância.

A forma como o Poder se instaura diz respeito a fatores circunstanciais, mas o conteúdo permanece o mesmo desde que o Homem surgiu na face da terra.

Exemplos que comprovam essa afirmação são quaisquer processos políticos que aconteceram ao longo da história, tais quais os descritos em farta literatura acerca de Atenas, Roma, a Inglaterra vitoriana, ou qualquer outro que seja. A forma se modifica ao longo do tempo em decorrência do avanço tecnológico, por exemplo.

Se antes o Homem combatia com arcos e flechas, hoje usa mísseis teleguiados.

Assim, o coronelismo, o cangaço e o fanatismo são “cases” do fenômeno do Poder próprios de uma determinada circunstância histórica. São semelhantes, em sua estrutura, ao feudalismo europeu e japonês.

As narrativas acerca do coronelismo, cangaço, e fanatismo devem ser estudadas levando-se em consideração o fator de “ocultamento” que é próprio da lógica de atuação dos que detêm o Poder. Nesse sentido, escrever, omitir, manipular, direcionar os textos, tudo isso e mais, cumprem o papel de impor a lógica dos que podem impor sua percepção das coisas e dos fenômenos.

No Rio Grande do Norte, por exemplo, é difusa, porém persistente, a concepção de que os coronéis da política eram homens afastados da lide com o cangaço, bem como é persistente a concepção de que o cangaço, excetuando a invasão de Mossoró por Lampião, pouca relevância teve no Rio Grande do Norte.

São “esquecidos” José Brilhante, o Cabé; Jesuíno Brilhante; a invasão de Apodi por Massilon; a invasão de Mossoró por Lampião e Massilon; e a morte de Chico Pereira.

Não se estuda, como deveria ser estudado, a invasão de Apodi por Massilon e sua relação com a invasão de Mossoró por Lampião pouco mais de um mês depois. Bem como não se estuda a participação do coronelato da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte no evento.

E perdemos todos pois, na verdade, em essência, o que se deve estudar quando analisamos fatos históricos como esses, é o fenômeno do Poder, tão onipresente quanto a existência do Homem na face da terra.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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domingo - 09/09/2018 - 03:40h

Campanha eleitoral

Por Odemirton Filho

Quem gosta de política lembra-se, com saudade, das campanhas eleitorais de outros tempos.

Em minha memória guardo a campanha ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, em 1982, entre Aluízio Alves (Cigano Feiticeiro) e José Agripino (Jajá).

Ainda criança, lembro-me da magia que cercava aqueles momentos, levado pelos meus pais para acompanhar essas movimentações políticas.

Decerto não entendia nada, gostava era de ver as figuras que faziam a alegria das movimentações políticas. Ramos de árvores nas mãos dos eleitores, o homem do carneiro verde, discursos inflamados, passeatas com uma multidão a perder de vista.

Candidato ao Senado Carlos Alberto de Sousa, governador Lavoisier Maia, ex-governador Tarcísio de Vasconcelos Maia e José Agripino Maia com o filho Felipe Maia nos braços na campanha eleitoral de 1982 no RN (Foto: autoria não identificada)

A tradicional descida do Alto de São Manoel sempre foi o ponto alto das campanhas em Mossoró. O candidato que conseguisse reunir maior número de pessoas estava a um passo de ser eleito, segundo a lenda eleitoral.

Era, sem dúvida, uma festa popular.

A campanha de 1986 entre João Faustino (João do Coração) e Geraldo Melo (o Tamborete) foi memorável. Ali, já adolescente, me envolvi com maior atenção, pois tínhamos tido, recentemente, a redemocratização do país.

Até hoje não ouvi uma música de campanha que embalasse tanto os eleitores como as do “tamborete”, que “soprava o vento forte”.

Existia, em Mossoró, o chamado Largo do Jumbo, onde hoje se localiza o Ginásio de Esportes Engenheiro Pedro Ciarlini Neto.

Naquela época era possível a realização dos showmícios. O candidato que contratasse um cantor de nome nacional conseguiria impressionar, pois reuniria um número maior de pessoas, não necessariamente seus eleitores.

Simultaneamente tínhamos dois comícios. Um realizado no Largo do Jumbo e o outro no Largo da Cobal. As pessoas, então, ficavam circulando entre um e outro, para ver qual tinha mais gente e curtir as atrações musicais.

Em 1988 a disputa foi entre Laíre Rosado, o favorito, e Rosalba Ciarlini, a novidade. Em uma campanha acirrada que teve a adesão do prefeito Dix-Huit Rosado, a “Rosa” sagrou-se vencedora.

Mais uma vez acompanhei tudo de perto. Naquela campanha o Partido dos Trabalhadores (PT) lançou Chagas Silva/Zé Estrela a prefeito e vice-prefeito de Mossoró.

Em um arroubo de minha juventude, depois de uns goles a mais, fui repreendido pelo meu saudoso avô Vivaldo Dantas, comunista histórico, quando menosprezei uma movimentação do PT que se fazia em frente à sua residência.

Na campanha de 1989 votei pela primeira vez. Era o “Caçador de Marajás”, Fernando Collor, contra Lula, em sua primeira disputa à Presidência da República.

Em 1992 tudo caminhava para a vitória de Luiz Pinto, candidato de Rosalba, contra o ex-prefeito Dix-Huit Rosado. Porém, apresentando toda sua força, o “velho” alcaide mostrou que era a grande liderança de Mossoró e foi eleito para um terceiro mandato.

Para mim essas campanhas eleitorais são inesquecíveis.

Com o passar dos tempos a alegria dos comícios foi substituída pela responsabilidade que deveria ter ao escolher os meus representantes. Era mais do que uma festa.

Sem dúvida, nas cidades interioranas todos têm suas campanhas favoritas. Quanto menor a cidade, maior o acirramento. Move-se pela paixão, não pela razão.

No dia de eleição, ao sair às ruas, se as cores do seu partido estivessem em maioria, provavelmente o candidato ganharia. A pesquisa, nas cidades pequenas, era feita de acordo com a quantidade de camisas no dia da eleição.

Quem não se lembra das vigílias na véspera do dia da eleição? Os correligionários dos candidatos passavam à noite percorrendo os bairros da cidade, “vigiando” os adversários para que não praticassem a compra de voto.

As pessoas ficavam nas calçadas durante toda a madrugada a espera de um agrado dos candidatos.

Hoje a realidade é outra. As campanhas eleitorais saíram das ruas e estão nas redes sociais. O medo de ir às ruas para acompanhar uma movimentação política impede uma maior concentração de eleitores.

Ademais a sociedade encontra-se em desalento, pois há tempos que vem sendo manipulada pelas falsas promessas que ano após ano se repetem.

A intolerância é marca registrada da campanha eleitoral deste ano. A violência campeia. Chegamos ao absurdo de um candidato ser esfaqueado e uma mobilização de outro ser alvejada por tiros disparados a esmo.

Outros tempos. A festividade de outrora perdeu o brilho.

O rigor da legislação eleitoral, para se evitar os muitos abusos que eram praticados, arrefeceu as mobilizações políticas.

A sociedade parece que cansou do circo.

Agora, mais do que nunca, precisa é do pão.

Odemirton Filho é professor e oficial de Justiça

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sexta-feira - 07/09/2018 - 23:56h

Pensando bem…

“Suportem as dificuldades do seu estado atual, vivam e se reservem para um destino melhor.”

Virgílio

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sexta-feira - 07/09/2018 - 23:50h
Itep

Governo publica nomeação de aprovados em concurso

Em atendimento à decisão judicial a partir de recomendação do Ministério Público do RN (MPRN) – veja AQUI, o Governo do RN publica nesta sexta-feira  (7) no Diário Oficial do Estado (DOE), a nomeação de 164 novos servidores para cargos efetivos no Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP).

O concurso “foi realizado com fundamento no Edital nº 003/2017-SEARH/SESED, publicado no D.O.E nº 14.036 de 24 de outubro de 2017, homologado através de publicação no D.O.E nº 14.228, de 08 de agosto de 2018”.

Os aprovados vão ocupar cargos de provimento efetivo de Agente de Necrópsica, Agente técnico Forense, Perito Criminal, Perito Médico Legista e Perito Médico Psiquiatra.

Veja a publicação com detalhes quanto à convocação, clicando AQUI.

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sexta-feira - 07/09/2018 - 22:20h
Justiça Eleitoral

REDE não se entende com Styvenson e chapa ao Senado

As escaramuças entre o partido REDE Sustentabilidade e o seu filiado e candidato ao Senado, Capitão Styvenson Valentim, ganham novo capítulo.

O juiz federal a serviço do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Francisco Glauber Pessoa Alves, deu despachos pedindo que o partido explique o porquê do pedido de mudança da segunda suplência de Styvenson Valentim e do requerimento à sua habilitação e do advogado Alisson Taveira Rocha Leal no caso.

A coronel da Polícia Militar, Margarida Brandão, teria sido descartada da segunda suplência por “possível ausência de filiação partidária”.

Esta semana, Rede e Styvenson entraram em luta de versões sobre a postura do candidato em relação ao restante das chapas majoritárias do partido. Até ameaça velada de retirada da candidatura do Capitão Styvenson chegou a existir (veja AQUI).

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sexta-feira - 07/09/2018 - 19:22h
Natal

Manifestação dá apoio ao candidato Jair Bolsonaro

Em pleno feriado de 7 de Setembro, em Natal, simpatizantes da candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PSL) fizeram carreata por diversas ruas e avenidas de Natal.

Um dos organizadores da mobilização foi o general Eliéser Girão (PSL), ex-secretário de Segurança do Estado e da Prefeitura Municipal de Mossoró nas gestões Rosalba Ciarlini (PP).

Ele é candidato à Câmara Federal.

Leia também: Jair Bolsonaro é esfaqueado em Minas Gerais.

Leia AQUI as notícias mais recentes sobre a situação de saúde do candidato Jair Bolsonaro. Boletim médico emitido pelo Hospital Albert Einstein, para onde ele foi transferido, resume melhorias nas condições clínicas do paciente, que esteve à beira da morte em Juiz de Fora (MG), onde foi atacado à faca.

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sexta-feira - 07/09/2018 - 19:04h
Mossoró/Natal

Natália Bonavides faz campanha com Isolda Dantas

Natália Bonavides e a sindicalista Eliete Vieira em Mossoró (Foto: cedida)

Nome forte à Câmara Federal, a vereadora natalense Natália Bonavides (PT) participou do 24º Grito dos Excluídos à manhã de hoje em Mossoró.

A mobilização se inclui no cortejo do Dia 7 de Setembro, no centro da cidade.

Natália faz dobradinha em Mossoró e região com a vereadora de Mossoró Isolda Dantas (PT), que é candidata a deputado estadual.

Em contrapartida, puxa Isolda somar à Assembleia Legislativa em Natal.

Em 2016, Natália foi eleita vereadora de Natal com 6.202 votos.

Foi a mais bem votada da história do partido no Rio Grande do Norte e a primeira no âmbito da Câmara Municipal da capital.

Ela integra a Coligação Do Lado Certo – formada por PT, PCdoB e PHS.

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sexta-feira - 07/09/2018 - 18:34h
Mossoró

Sete de Setembro tem 24º Grito dos Excluídos com a “Rosa”

"Rosa" voltou a ser usada (Foto: Sindiserpum)

No desfile cívico do 7 de Setembro hoje pela manhã em Mossoró, uma das atrações foi o 24º Grito dos Excluídos, que reúne movimentos sociais, populares e servidores públicos, além de políticos.

Outra vez, quem chamou a atenção foi a boneca gigante “Rosa de Hiroshima”, alusão à prefeita mossoroense Rosalba Ciarlini (PP).

A primeira vez que ela foi utilizada ocorreu dia 2 de junho, na abertura do Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2018, em evento denominado de “Pingo da Mei Dia” (veja AQUI).

Crítica

Dessa feita, a mobilização criticou incisivamente a precarização de serviços municipais, como em relação à merenda escolar e escassez de remédios básicos em unidades de Saúde, além de dois anos seguidos sem reajustes salariais.

A boneca foi encomendada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) a um artesão seridoense.

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
sexta-feira - 07/09/2018 - 17:52h
Carlos Eduardo

Campanha prepara grande evento para reta final

Comando da campanha de Carlos Eduardo Alves (PDT) ao Governo do RN prepara um amplo encontro estadual com colaboradores/candidatos.

Ideia é produzir um amplo trabalho motivacional para últimas semanas de campanha.

Evento acontecerá em Natal nos próximos dias.

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sexta-feira - 07/09/2018 - 17:10h
Câmara Federal

Após tragédia pessoal, candidato tem nítido crescimento

Benes: federal (Foto: arquivo)

É perceptível e nítido o crescimento da candidatura à Câmara Federal do ex-prefeito de Lajes e ex-presidente da Federação dos Municípios do RN (FEMURN) Benes Leocádio (PTC).

Lenitivo insignificante, que se diga, à tragédia pessoal e familiar insanável que viveu há poucos dias (veja AQUI).

Leocádio tem recebido apoios dos mais diversos matizes partidários, de municípios e regiões do estado, como dobradinhas com os deputados estaduais Hermano Paiva (MDB) e Gustavo Fernandes (PSDB).

Seu partido faz parte da Coligação Trabalho e Superação – do rol de legendas em torno do governador Robinson Faria (PSD).

O candidato chegou a ser anunciado como vice de Robinson, mas por pressão do comando nacional de seu partido acabou mantido à Câmara Federal (veja AQUI).

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  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sexta-feira - 07/09/2018 - 16:34h
Exoneração em massa

“Sobras” da Assembleia Legislativa podem ir para Executivo

A Assembleia Legislativa deverá fazer enorme economia este ano, com considerável redução em sua folha de pessoal. Além do discreto enxugamento no quadro de pessoal, que acontece desde o final do ano passado, há promessa de que 1.123 cargos comissionados irregulares sejam cortados com brevidade.

Resta saber se o encolhimento de gasto resultará em devolução das “sobras” ao Executivo ou se será “queimado” em outras modalidades de gastos, longe do real papel desse poder. A propósito, a própria AL não divulgou de quanto será o impacto dessa poupança “forçada”.

Auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) concluída em julho constatou que na folha de pagamento de maio de 2018 haviam 1.667 cargos comissionados e 544 servidores efetivos, uma proporção de 75,4%  cargos de confiança para 24,6 % efetivos.

Sob pressão, a AL vai tirar o excedente de 1.123 servidores (Leia: Assembleia Legislativa começa a exonerar mais de mil comissionados).

Vale ser lembrado que atraso salarial que aflige servidores do Governo do Estado desde o janeiro de 2016 (veja AQUI), nunca atingiu os componentes da Assembleia Legislativa. Deputados e servidores estão com salários em dia e já receberam adiantamento de parte do 13º salário de 2018.

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sexta-feira - 07/09/2018 - 16:00h
Brasil

Uma reflexão sobre nós mesmos

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