Por Carlos Santos
Essa é uma tragédia que alcança qualquer um de nós, seja lá quem for, com qualquer papel na sociedade: rico, pobre, remediado.
Não é a tragédia da morte, mas da vida interrompida.
É o fim antes da hora, o corte abrupto da vida – em sua aurora.
É aquele adeus que não ficou combinado, um até logo que ninguém definiu.
Estamos diante da fatalidade, da imperícia, da imprudência ou da falta de sorte? Talvez apenas estejamos em contagem regressiva à próxima morte.
É a perda que não vai só, porque mutila e faz fenecer muitos que ficam.
A gente então se pergunta: até quando? Quantos ainda irão mais cedo?
Por favor, não digas: “Sinto muito!” Nenhum pesar é o bastante para ser muito.
Mas a compaixão é, mesmo assim, o sentimento dos que sentem também. Dos que resolvem dividir a dor alheia, na esperança de fazê-la menor.
De verdade, eu não sei o que pai e mãe estão passando. Sequer os conheço superficialmente. Sou pai. Esse filho também passou a ser meu – é o que sei e sinto.
* Para cada pai e mãe que sente a dor não definida e jamais sanada.
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