“A arrogância é o reino – sem a coroa.”
Textos Judaicos
Jornalismo com Opinião
“A arrogância é o reino – sem a coroa.”
Textos Judaicos
Em entrevista nesse domingo (15) ao jornalista Roberto Cabrini no SBT, Paulo Maluf defendeu com unhas e dentes Lula e Temer.
Conhece-os muito bem, sublinhou.
Apoiou um; apoia o outro.
Gosta de ambos. De graça.
Nem um nem outro será preso, assim como ele, previu.
Cá para nós: há tempos Maluf saiu de moda e ficou sem graça.
Quase ninguém lembra ou sabe, que um dia ele até virou verbo pejorativo: “malufar”.
Deixa para lá!
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A Música Popular Brasileira invade a edição 2017 da “Casa Cor Rio Grande do Norte”.
Nesta quarta-feira (18), a partir das 19h, no ambiente Elemental Garden, o músico, arranjador, regente, pianista e compositor Wagner Tiso fará um Pocket Show.
Wagner Tiso é um dos principais parceiros musicais de Milton Nascimento e um dos nomes do movimento Clube da Esquina. Músico, produtor, arranjador, acompanhou e tocou com grandes artistas nacionais e internacionais.
Nos anos 70, foram dele os arranjos para Gonzaguinha, Paulo Moura, Johnny Alf, MPB-4, Dominguinhos, o próprio Milton e outros.
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O Estado de São Paulo
Na véspera da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma placa de sinalização de trânsito em frente à Câmara dos Deputados amanheceu nesta segunda-feira, 16, coberta com um adesivo com os dizeres “Formação de quadrilha. Corrupção Ativa. O grande acordo nacional”.
Placa tem a mesma tipologia das placas de sinalização de trânsito no Distrito Federal (Foto: Dida Sampaio)
O autor, desconhecido, teve o cuidado de usar a mesma tipologia e o padrão da cor de fundo das placas de sinalização normalmente utilizados em Brasília.
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Por Wilana Dantas
A Câmara de Vereadores de Caicó discutiu na tarde desta segunda-feira (16), a situação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Proposta pelos Vereadores José Rangel e Lobão Filho, a audiência reuniu diversas pessoas que se somam à luta pela manutenção deste instrumento de inclusão e acesso de milhares de jovens ao ensino superior.
De acordo com Rangel, o debate foi muito proveitoso e a Casa pode dar o seu apoio à Uern, em pauta que tem como um de seus pontos a autonomia financeira.
A reunião contou com a participação do diretor do campus da Uern, professor Álvaro Inácio. Participaram ainda da audiência pública padre Francisco Costa (representado a Diocese de Caicó); Sandra Kelly (diretora do Ceres/Caicó); Alexandro Diógenes (diretor do IFRN); Lúcia Clemente (secretária de educação do município); Galileu Galilei (membro da Uern/Caicó), além de outros participantes.
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Para contribuir com a atualização dos legisladores municipais, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte promove um Ciclo de Debates Legislativo nas regiões do Estado para lançar o livro: “O Legislador Municipal: Teoria e Prática do Vereador. Legislatura 2017-2020”, de autoria de Luiz Fernando Pires Machado.
Segundo o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), o primeiro debate será no dia 19, na cidade Macau, às 10h, no Centro de Cultura Porto de Ama (teatro), rua Martins Ferreira, 188, Centro.
O deputado Ezequiel Ferreira salienta a coparticipação de todos os deputados estaduais no Ciclo de Debates que também irá passar no dia 20 por Pau dos Ferros, beneficiando as cidades do Alto Oeste e no dia 21, em Mossoró.
Em Mossoró será às 10h, abrangendo representantes das regiões da Costa Branca e Médio Oeste, Josué Buffet, Rua Alameda das Imburanas, 08 – Costa e Silva.
Com informações da Assembleia Legislativa.
Uma construtora-incorporadora mossoroense vendeu oito apartamentos nos últimos dois meses, no mesmo condomínio.
A princípio, não parece muito.
Mas é um sinalizador significativo de que a economia volta a se mover para frente.
Que assim seja!
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Com a chegada de 30 Santos, o Rio Grande do Norte agora tem uma boa chance de expulsar seus demônios.
Milagre!
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“Natal, a capital do estado do Rio Grande do Norte, no Nordeste do Brasil, já atingiu níveis astronômicos bem antes de uma rebelião de prisão no penitenciário estadual de Alcaçuz, que matou 26 presos. O número de homicídios no estado aumentou 232% entre 2005 e 2015, de acordo com o Atlas de Violência de 2017, compilado pelo Institute of Applied Economic Research. Nos primeiros oito meses de 2017, 1.558 pessoas foram assassinadas, um aumento de 25,5% em relação ao mesmo período do ano passado. No fim de semana, de 18 a 20 de agosto, 23 pessoas foram vítimas de homicídio.“
Esse parágrafo acima é o “lead” (abertura) de reportagem especial do jornal norte-americano Los Angeles Times. Veja a seguir, mais detalhes da matéria desse importante órgão de imprensa mundial. Segundo o título da cobertura assinada pelo jornalista Jill Langlois, “O Rio Grande do Norte é um dos lugares mais mortíferos do mundo”:
Reportagem mostra rotina de homicídios no RN, que virou referência em violência no mundo (Foto: Victor Moriyama)
Marcos Brandão, diretor da unidade de investigação criminal do Rio Grande do Norte (Itep) desde outubro do ano passado, diz que viu o número de mortes violentas na região aumentar de forma constante desde seus dias como investigador da cena do crime.
Houve um aumento particular em 2014, quando o Primeiro Comando da Capital (PCC) começou a dar a conhecer sua presença, e muitas pessoas que acabam em seu necrotério parecem ter morrido por causa da violência relacionada a gangues.
Por causa do aumento dos homicídios no estado, os nove legistas da instituição lutam para manter o número de órgãos que recebem em qualquer dia. Brandão diz que está no processo de contratação de mais médicos para trabalhar na Itep, que é uma divisão da polícia civil, e está atualmente renovando parte de seu espaço de trabalho para abrir espaço para mais unidades de refrigeração.
Ele ainda, no entanto, tem que enviar amostras para testes de DNA fora do estado, porque o Rio Grande do Norte ainda não implementou seu próprio laboratório.
Veja matéria completa AQUI.
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Poderá sair de Mossoró e, do empresariado, o nome a vice ao governo estadual da senadora Fátima Bezerra (PT).
Ela é pule de dez para concorrer à sucessão de Robinson Faria (PSD) em 2018.
Anote, por favor.
Ouvido ao chão como bom índio Cherokee, Comanche, Navajo, Sioux, Apache ou Chyenne.
Nada mais posso adiantar, apesar da vontade.
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A imprensa da capital noticiou no final de semana: “Ministério Público reduz em 90% valores de fraude”.
Notícia foi em referência à “Operação Cidade Luz”, que resultou no afastamento do presidente da Câmara Municipal do Natal, Raniere Barbosa (PDT), devido a suposto esquema na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (SEMSUR).
Jornal deu destaque ao erro de estimativa do MP e provocou chuva de censuras à medida errada da suposta corrupção
Segundo o enunciado da matéria, o MP teria alardeado que o rombo de supostas práticas ilegais nesse órgão da municipalidade passaria de R$ 22 milhões. Mas refazendo as contas, teria achatado a rapinagem que teria identificado, para pouco mais de R$ 2,1 milhões.
Muita gente vibrou nas redes sociais com a falha de avaliação do MP, como se isso representasse a inocência dos citados/denunciados. Não é o caso.
Patético é se estabelecer uma espécie de “régua” para medir “erro ou acerto” do trabalho do MP, com base no montante supostamente desviado.
Em nenhum momento das reportagens foi explicitado ou sequer, insinuado, que os envolvidos seriam inocentes.
Mas, pelo visto, para muita gente é “crime famélico” furtar “pouco”. Ou seja, mais de R$ 2 milhões.
Vá entender!
Leia também: Juiz afasta presidente de Câmara e emite 15 mandados AQUI.
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A Prefeitura de Mossoró, em convênio com o Governo do Estado, pretende fazer cerca de 400 cirurgias eletivas por mês.
O secretário municipal da Saúde, Benjamin Bento, diz que existe uma fila de cerca de 1,2 mil pessoas.
Em entrevista ao “Bom Dia RN” (InterTV Cabugi) desta segunda-fera (16), ele informou que houve acerto com hospitais conveniados através de “Termo de Cooperação”, para esse fim.
A Central de Regulação deverá fazer essa triagem dos pacientes, que também terão pré e pós-operatório – garantiu o secretário.
A Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró (Apamim), Hospital Wilson Rosado (HWR) e Casa de Saúde Santa Luzia (CSSL), pertencente à Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC), estão credenciados.
O investimento é da ordem de R$18 milhões, com R$ 11 milhões do Governo do Estado e contrapartida de R$ 7 milhões do município.
Nota do Blog – A Prefeitura Municipal de Mossoró anunciou, erroneamente, à semana passada (Cirurgias eletivas iniciam na próxima segunda-feira), que nesta segunda-feira começariam as cirurgias. Equívoco ou má-fé para ludibriar opinião pública e Judiciário?
Aguardamos resposta.
Na verdade, os hospitais não assinaram contrato para esse fim. Subscreveram um “protocolo de intenções”. Nenhuma cirurgia deverá ser feita hoje, como assegurado. Ou amanhã, depois de amanhã etc. Falta o contrato.
O que houve entre prefeitura e os hospitais foi um acerto genérico que pode preceder o convênio/contrato definitivo ou instrumento específico. Qual hospital/cooperativa médica fará uma única cirurgia sem contrato específico?
O Conselho Estadual de Saúde aprovou em reunião realizada dia 15 de agosto, um Termo de Cooperação entre Entes públicos (TCEP) entre a Prefeitura Municipal de Mossoró e o Governo do Estado.
A gestão municipal sabe que pode enfrentar novo bloqueio de contas para cumprir seus compromissos com a Saúde e os prestadores de serviços da área no município.
À semana passada sofreu bloqueio judicial, sendo obrigada a pagar Apamim, cooperativas e empresas médicas que estavam sem receber pagamentos.
Francamente.
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Bom dia, Carlos Santos.
Alguns esclarecimentos sobre recursos recebidos pela APAMIM para administrar o Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC), em face da publicação do artigo “Maternidade Municipal – um caminho a ser trilhado“, assinado pelo articulista Gutemberg Dias nesse domingo (16), no Blog Carlos Santos.
O governo do Estado paga R$ 900 mil a cinco cooperativas médicas, que prestavam serviços no Hospital da Mulher e o Governo do Estado as colocou à disposição do Hospital Maternidade Almeida Castro para atender alta complexidade, que é responsabilidade do Estado.
Em 25 de janeiro deste ano visitei por quase três horas o HMAC, uma outra realidade animadora que não pode parar
A Prefeitura de Mossoró paga, em média, R$ 750 mil as cooperativas médicas para completar a escola da Maternidade. Isto foi uma decisão judicial condenando a Prefeitura a fazer este pagamento, pois a Prefeitura é o ente responsável por média e baixa complexidade.
Como já transitou em julgado, não pode ser diferente.
Além deste valor, a Prefeitura paga salários de servidores cedidos a maternidade (ASG, bioquímico, técnico de laboratório, escala de Ultrasonografia). O valor pago pela prefeitura a estes servidores é de aproximadamente R$ 100 mil/mês.
Como a Intervenção está concluindo a estruturação de destes serviços, não vai mais precisar destes servidores. Já estão sendo devolvidos a Prefeitura de Mossoró. Até o final do ano, todos serão substituídos por servidores próprios da maternidade.
O Ministério da Saúde repassa para a Maternidade Almeida Castro o valor de R$ 1,8 milhão, referente aos serviços prestados, incentivos do Programa Rede Cegonha, Contratualização e Incentivos de Leitos instalados para dá mais conforto aos bebês e as mães.
Obs: os valores que a gestão municipal está retendo ilegalmente chegam a R$ 1,8 milhão.
Nota do Blog Carlos Santos – Estive por quase três horas no dia 25 de janeiro deste ano no HMAC. Uma outra realidade, um novo patamar em termos de estrutura, relação gestores-servidores, qualidade em favor de mães, bebês e outras pessoas que recebem atendimento.
Torço para que Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do RN (MPRN), Justiça Federal do RN (JFRN), Justiça do Trabalho e Justiça do RN possam continuar dando respostas à sociedade em favor desse equipamento indispensável à saúde local e regional.
Espero, também, que a politicalha não vença mais uma vez o interesse público nem asfixie as necessidades de quem realmente precisa de algo tão relevante.
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O empresário Wilson Rodrigues Fernandes (WR Industrial) investe forte e, discretamente (bem a seu estilo), na TV Metropolitano de Mossoró.
Uma aposta até inesperada, em se tratando das áreas de atuação empresarial dele.
É canal aberto que em breve também estará no sistema cabo
Sucesso.
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“O silêncio é o santuário da prudência.”
Baltasar Gracián y Morales
Do Blog da Chris
O Bispo Diocesano de Mossoró, Dom Mariano Manzana, está em Roma-Vaticano.
Participou da liturgia hoje de canonização dos 30 Mártires de Cunhaú e Uruaçu.
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Do G1
Papa Francisco canonizou neste domingo (15) os 30 “mártires do Rio Grande do Norte”, considerados os primeiros mártires do Brasil, assassinados em 1645. A cerimônia ocorreu na Praça de São Pedro do Vaticano. Ele também proclamou santos os três “meninos Mártires de Tlaxcala (México)”, assassinados entre 1527 e 1529.
Francisco utilizou, como é habitual, a fórmula em latim para proclamar a santidade e pedir que fossem inscritos nos livros dos santos da Igreja.
Durante a cerimônia também aconteceram as canonizações do sacerdote espanhol Faustino Míguez (1831-1925), fundador do Instituto Calasancio Filhas da Divina Pastora e do capuchinho italiano, Angelo da Acri.
Missa
Uma missa de domingo em uma capela, uma celebração em campo aberto às margens de um rio e 150 pessoas brutalmente assassinadas. Dois massacres registrados no Rio Grande do Norte e apontados como símbolos da intolerância religiosa de holandeses que dominavam o Nordeste brasileiro em 1645 renderam ao país, 372 anos depois, 30 novos santos – “os primeiros santos mártires do Brasil”.
Os chamados “Mártires de Cunhaú e Uruaçu” – nomes de duas localidades da época que hoje correspondem aos muncípios potiguares de Canguaretama e São Gonçalo do Amarante – foram beatificados no ano 2000 pelo Papa João Paulo II e foram canonizados neste domingo pelo Papa Francisco.
* Numerosa delegação de políticos, devotos, religiosos e jornalistas do Rio Grande do Norte compareceram à liturgia de canonização.
Saiba mais detalhes clicando AQUI.
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Por Paulo Linhares
Vladimir Maiakóvski, num dos versos do poema dedicado a Sierguéi Iessiênin, deixou lançada uma dessas frases que a massa ignara de todos os cantos haverá de repetir por séculos a fio: “Melhor/ morrer de vodca/ que de tédio” (para nós, de fala lusa, na belíssima tradução de Boris Schneiderman, Augusto de Campos e Haroldo de Campos).
Penso que se vivesse nestas terras de Pindorama, hoje, o vate russo mudaria, um pouco, o seu poema de admoestação ao colega suicida e diria: “Melhor/ morrer de Brasil/ que de tédio!” Sim, porque aqui não se precisa de vodca ou outras potestades alcoólicas para espancar o tédio; o realismo mágico dos acontecimentos do dia a dia desses brasis surpreendentes e contraditórios até não deixam margem às atmosferas tediosas.
Em suma, por tudo que nos revelam os noticiários da grande mídia, a histeria infantil das falas iracundas e não menos desinformadas de diversos matizes políticos e ideológicos que escorrem nas redes sociais, as arengas nojentas do Congresso Nacional, as cretinice ridícula do poder ilegítimo que habita o Palácio do Planalto, os esbirros proto-hegemônicos da Sacra Aliança da Moralidade Pública (juízes implacáveis, anjos vingadores do Ministério Público e Polícia Federal), não há espaço para tédio.
Tudo é medo, valores não há, surpresas estonteantes abundam, hipocrisias de todos os calibres enojam e as certezas são fantasias meramente republicanas de um Brasil idealizado e bizarro.
O desgraçado do homo medius, a comer o pão que a Globo amassou, como insano bêbado, dá chutes para todos de lados.
Na verdade, botinadas poucos certeiras, porque perplexas apenas. Sem dúvida, é justo que queira compreender para influir nos destinos da “nossa pátria mãe tão distraída”, que jamais sequer percebeu “que era subtraída. Em tenebrosas transações”, para lembrar os versos de Chico Buarque, aquele que não precisa ir para Cuba, porque nosso, tão nosso, no pouco de bom que temos.
Os franceses se orgulham por ter “un fromage pour chaque jour” (algo como “um queijo para cada dia”). Nestas paragens de Castro Alves, o maior dos nossos poetas, envergonha-nos a descoberta de uma pilantragem, um caso monumental de corrupção ou das suas tantas conexões, além dos modos tantos de tratá-los (de preferência, sempre à margem da lei), a cada raiar desse sol inclemente que nos alumia e fascina.
Tédio? Ninguém tem. No máximo, assalta-nos (literalmente) a vergonha, a raiva, a frustração com as instituições, o desalento, a impotência de ver “triunfar as nulidades”, o aborrecimento da cidadania desmoralizada e outras coisas neste mesmo rumo.
Depois de todo esse ‘converseiro’, vale refletir sobre a recente decisão do Supremo Tribunal Federal que afastou do cargo o senador Aécio Neves (PSDB/MG), no bojo do processo que lhe move a Procuradora Geral da República por receber propina do grupo JBS, segundo delação de Joesley (Safadão) Batista. Claro, surpreendeu mesmo a reação majoritária de setores de onde jamais se poderia imaginar.
O PT e alguns parlamentares petistas, seguindo a opinião maciça de juristas, inclusive, de ministros do próprio STF (votaram pelo afastamento de Aécio Neves do mandato de senador da República e para lhe impor restrições de saídas noturnas ou de se ausentar do país, os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux, ficando vencidos os ministros Alexandre de Moraes e Marco Aurélio Mello).
O grave disso é que os petistas perderam uma grande oportunidade de ficar calados, quando nem os tucanos deram apoio ao seu correligionário, embora seja justo enfrentar essa questão, menos pelo sanador Aécio e mais pela sanidade das instituições, porquanto o STF não pode impor a suspensão do exercício de mandado parlamentar em caráter temporário, como medida liminar, sem previsão legal. O risco é a generalização, quando os juízes dos inúmeros grotões começarem a suspender o exercício de mandados eletivos, inclusive do Poder Executivo, por qualquer banalidade.
No seu voto, o ministro Marco Aurélio Mello demonstrou que o ordenamento jurídico brasileiro, em especial, a Constituição, não prevê essa pena de afastamento temporário do mandato parlamentar, sob qualquer pretexto. Sem lei prévia não há crime nem pena, segundo enunciado famoso atribuído ao filósofo alemão Ludwig Feuerbach (nullum crimen, nulla poena sine lege).
Aliás, percebe-se uma reação cada vez mais consistente aos arroubos do ativismo de setores do Judiciário/Ministério Público, a partir da própria Suprema Corte. No mínimo mais três ministros do STF, nesta matéria, tendem a se alinhar às posições de Marco Aurélio e Alexandre de Moraes: os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
No bojo da histeria coletiva que têm causado as revelações de muitos e vultosos casos de corrupção a envolver importantes figuras da República, fazem-se necessários bom senso e serenidade, sobretudo, para aqueles que têm como encargo manejar as ferramentas da deusa Themis: a balança e a espada.
Neste sentido, perder o fio dos fundamentos do Direito pode ser arriscado e inevitavelmente danoso. Ora, é elementar que as restrições a direitos devem ser precedidas de norma, porquanto ninguém pode ser compelido a fazer ou a deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Esta é a pedra angular de todos os sistemas de direito dos povos civilizados.
Assim, a objeção desse surpreendente número de pessoas à suspensão do mandato senatorial de Aécio Neves tem a marca de um “basta” aos exageros do ativismo judicial no trato dessas questões que envolvem corrupção de contestáveis da República.
Independentemente de quem seja, Aécio ou qualquer outro parlamentar deste país, a suspensão temporária de mandatos conferidos pela soberania do povo, sem previsão legal, é uma inominável aberração. Engraçado é que, no azougado espaço das redes sociais, pode ser encontrada diatribe mais ou menos assim: “os senadores do PT estão a defender Aécio já pensando em si próprios, num futuro próximo”.
Todavia, muitos petistas do meio artístico se mostraram indignados com a nota do partido e a posição da sua bancada no Senado, preferindo, isto sim, ver Aécio Neves se ferrar de qualquer maneira.
Pode até nem haver esse resguardo do ponto de vista pessoal, mas, seguramente cada cidadão, de variadas formas, deve contribuir para a continuidade e o aperfeiçoamento das instituições democráticas e republicanas, de modo a evitar mais uma tragédia política, uma recaída ditatorial, que poderia infelicitar milhares de pessoas e impedir o desenvolvimento espiritual e material do povo brasileiro, bem dentro do espírito daqueles versos do poeta brasileiro Eduardo Alves da Costa (erroneamente atribuídos ora a Bertolt Brecht, ora a Maiakóvski):
“Na primeira noite eles se aproximam/ e roubam uma flor/ do nosso jardim./ E não dizemos nada./ Na segunda noite, já não se escondem;/ pisam as flores,/ matam nosso cão,/ e não dizemos nada./ Até que um dia,/ o mais frágil deles/ entra sozinho em nossa casa,/ rouba-nos a luz, e,/ conhecendo nosso medo,/arranca-nos a voz da garganta./ E já não podemos dizer nada.”
Paulo Linhares é professor e advogado
Por Gutemberg Dias
Já escrevi nesse espaço sobre a saúde municipal de Mossoró. Como venho acompanhando mais uma novela em relação aos repasses do município para manter o Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC) da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM), cabe nova abordagem em outro viés.
Enquanto ocupei a Secretaria de Planejamento muncipal defendi que a gestão à época deveria estruturar um projeto para investimento numa maternidade municipal como tantos outros municípios tem feito no Brasil. Essa tese não vingou no âmbito da administração e o município continuou com os compromissos financeiros com a Apamim.
Você pode me perguntar por que defendo a criação de uma maternidade municipal se já existe o Hospital Maternidade Almeida Castro? A resposta é bem simples. Esse equipamento de saúde não é da prefeitura e acredito que seria possível gerir a maternidade municipal com maior eficiência e custos mais baixos quando comparado com os que a prefeitura assume na atualidade com a Apamim.
Fazendo uma rápida leitura no Portal da Transparência observa-se que em 2016, a Prefeitura Municipal de Mossoró teve uma despesa com a Apamim na ordem de R$ 14.827.000,06, tendo ficado em restos a pagar desse montante R$ 1.760.446,06. Esse ano, até o mês de outubro, já consta no portal despesas na ordem de R$ 13.273.794,71.
Ressalta-se que o desembolso com essa instituição equivale a quase 10% do orçamento de toda a saúde do munícipio num único exercício orçamentário.
Não quero aqui dizer que a Apamim recebe muito ou pouco para prestar o serviço à Prefeitura de Mossoró. Mas, os números mostram que é possível a municipalidade pensar num projeto de uma maternidade própria que tenha foco no atendimento das mulheres que moram na cidade de Mossoró.
Acredito que parte das despesas que a prefeitura tem com a Apamim deriva da pactuação de serviços com outros municípios que, por vezes, terminam por não cumprir os acordos estabelecidos quanto ao número de atendimentos, ou seja, os municípios contratam menos que a demanda deles. Dessa forma, sobra para a saúde de Mossoró pagar o grosso da conta.
Destaco que além desses repasses ainda existem outras despesas que o município assume com a contratação de cooperativas médicas para que os serviços médicos de pediatria, obstetrícia entre outros sejam mantidos nessa instituição.
Vale ressaltar que ainda existem as decisões judiciais que obrigam a municipalidade a assumir dívidas da instituição que pela lógica a prefeitura não teria nenhuma obrigação de quitá-las.
Sendo assim, falo sem medo de errar e com a consciência muito tranquila que a melhor saída para o município de Mossoró era investir num serviço próprio de maternidade.
Tenho a certeza que a gestão municipal teria menos problemas e maior controle sobre as despesas e investimentos que se façam necessário para deixar o serviço de maternidade com um alto padrão de qualidade.
A gestão poderia negociar com o governo do estado uma parceria quanto à ocupação de alguma estrutura hospitalar que esteja paralisada, dessa forma diminuindo os custos iniciais de investimento.
Essa é minha visão quanto a esse serviço que é de extrema importância ao município e, também, a região. Mas, que nas condições de temperatura e pressão atuais, o município de Mossoró já não tem o aporte financeiro para suportar a manutenção da Apamim como é hoje.
Porém é importante assinalar, que no atual contexto, sob intervenção pelo menos até o ano de 2021, a Apamim/HMAC passa por um visível e indubitável avanço, quadro bem diferente em relação à gestão anterior, que a sucateou e a levou à bancarrota.
Gutemberg Dias é graduado em geografia, empresário e ex-secretário de planejamento de Mossoró.
Por François Silvestre
A política se faz em ciclos, lições e consequências. O grave é que os ciclos não se completam coerentemente, as lições não são apreendidas e as consequências fogem do controle.
Quando o governo Jango chegou às vésperas das eleições presidenciais, marcadas para 1965, o próprio Jango pensava num saída legal para ser candidato. O PSD já lançara, em convenção, a candidatura de Juscelino Kubistchek, e a UDN fizera o mesmo lançando Carlos Lacerda.
Nas paredes dos muros do Brasil havia a chamada do marketing da época: JK-65. Lacerda flutuava favorito, nas pesquisas. E Jango “incendiava” o país com a proposta das reformas de base. Brizola promovia agitação das massas.
Jango fazia o jogo da oposição. Oposição quer instabilidade. O comício da Central do Brasil, no início de Março de 64, foi o pretexto que a Direita precisava para estimular o apoio material, e militar se necessário, dos Estados Unidos, ao golpe de Estado que vinha sendo costurado desde a eleição de JK, em 1955.
A disputa entre americanos e soviéticos, pelo domínio e controle do planeta, punha o Brasil na condição estratégica do interesse do Tio San. Não suportariam uma “grande Cuba”. E era essa a impressão que a Direita demonstrava aos EEUU com as fotos e filmes daquele comício.
Nos quartéis, havia um partido político sem filiação eleitoral. Aqueles generais nunca foram militares, no sentido castrense do termo. Políticos desde que tenentes, nos Anos Vinte; coronéis, nos Anos Quarenta; e generais, nos Anos Sessenta. Políticos e politiqueiros. Só o PSD e a UDN não percebiam isso.
O golpe retirou Jango da disputa e da vida pública. Lacerda participara do núcleo da conspiração. Queria caminho livre. Juscelino apoiou o golpe, depois de consumado, e votou em Castelo Branco, que lhe prometera manter a calendário eleitoral.
Se Castelo fosse militar teria cumprido a promessa. Mas era político, e mentiu. Cassou Juscelino. Lacerda, dessa forma, pensava livrar-se dos únicos candidatos capazes de vencê-lo.
Só que os políticos da caserna tinham outros planos. No segundo governo da Ditadura, Lacerda foi preso e cassado. Para tirar Jango do jogo, Lacerda e Juscelino caíram do cavalo e foram pastar no ostracismo. Sem o apoio deles, a milicada não teria chegado ao poder.
Sem fazer comparação de mérito com o quadro atual, por serem absolutamente distintos, numa coisa há semelhança: A sucessão.
Aécio Neves quase derrota Dilma. Tinha tudo para chegar ao pleito de 2018 na condição de líder inconteste da oposição. Tinha. Passado imperfeito.
A queda de Dilma, acusada de “pedaladas”, mudou o cenário. Primeiro pela fragmentação política da liderança de Aécio, depois pelo seu envolvimento nas mesmas práticas que tanto denunciara.
Pobre de líderes o cenário aposta na mediocridade. Os fanáticos não aposentam os chavões; à direita e à esquerda. Há de tudo, menos Inteligência política e espírito público. Nunca, como agora, a ignorância foi tão atrevida.
Té mais.
François Silvestre é escritor
“Embora ela pareça susceptível de unir, nada divide tanto como a verdade.”
Jean Rostand
O Rio Grande do Norte vai ganhar 30 santos amanhã no Vaticano.
Mas os mártires continuarão aqui; sobreviventes.
Somos mais de 3,5 milhões de vítimas.
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