segunda-feira - 24/07/2017 - 16:45h
Francamente!

Justiça Eleitoral e prestação de contas para quê?

Qual a utilidade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que confiabilidade pode ter uma “prestação de contas” de qualquer candidato a cargo eletivo nesse país?

A resposta para as duas perguntas pode ser apenas essa: nenhuma.

Afastado da presidência da Câmara Municipal do Natal na “Operação Cidade Luz”, por corrupção na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (SEMSUR), o vereador Raniere Barbosa apresentou um apartamento avaliado em R$ 760 mil (Solar Brisa da Costeira, Capim Macio-Natal), como bem de R$ 50 mil, ao prestar contas.

Francamente!

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segunda-feira - 24/07/2017 - 14:34h
Em Natal

Vereador afastado vê “com surpresa” a “Operação Cidade Luz”

O presidente afastado hoje (segunda-feira, 24) da Câmara Municipal do Natal, Raniere Barbosa (PDT), emitiu Nota Oficial, dando explicação para o caso. Ele diz que recebeu “com surpresa” a “Operação Cidade Luz”.

Leia abaixo:

Recebi com surpresa o procedimento de investigação da chamada “Operação Luz” na manhã desta segunda (24), uma vez que deixei a gestão da Secretaria de Serviços Urbanos de Natal em 2014 quando retornei para a Câmara Municipal de Natal.

Estou colaborando com as investigações com o objetivo de esclarecer que agi com probidade e lisura em todos os atos da minha gestão à frente da Semsur no período de janeiro de 2013 a março de 2015.

O referido procedimento se encontra em fase de investigação e não houve condenação ou denúncia, não havendo de se falar de juízo de culpa de quem quer que seja.

Acredito nas instituições públicas e o trabalho do Poder Judiciário, do Ministério Público Estadual e demais órgãos de fiscalização, controle e investigação tem meu incondicional respeito.

Raniere Barbosa – Presidente da Câmara Municipal de Natal

Leia também: Juiz afasta presidente de Câmara e emite 15 mandados de prisão AQUI.

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segunda-feira - 24/07/2017 - 13:50h
Ney Júnior

Vice-presidente deverá assumir presidência de Câmara

Caberá ao vereador Ney Júnior (PSD), filho do ex-deputado federal Ney Lopes (DEM), assumir provisoriamente a presidência da Câmara Municipal do Natal.

Ele ocupará o cargo, enquanto perdurar o afastamento compulsório e por tempo indeterminado do presidente Raniere Barbosa (PDT) – veja AQUI -, objeto de decisão judicial.

Ney Júnior é vice-presidente.

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segunda-feira - 24/07/2017 - 12:48h
Sem solução

RN tem fim de semana campeão de homicídios em 2017

A violência no final de semana no Rio Grande do Norte bateu todos os recordes: foram 32 homicídios.

No ano, os números também espantam, com o total de 1.363.

Está ruim e deverá piorar.

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segunda-feira - 24/07/2017 - 12:26h
Reniere Barbosa

Presidente é tratado no submundo por “Monarca” e “Xerife”

Afastado da presidência da Câmara Municipal do Natal, objeto de mandado de busca e apreensão, além de outras sanções judiciais na “Operação Cidade Luz” (veja AQUI), o vereador Raniere Barbosa (PDT) tem dois apelidos que dão a dimensão do seu suposto papel em esquema de corrupção.

Em escutas telefônicas do Ministério Público do RN (MPRN), alguns interlocutores do esquema na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (SEMSUR) o tratam por “Monarca” e “Xerife”.

Enfim, status de quem tem poder.

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segunda-feira - 24/07/2017 - 12:06h
Jerônimo e Daniel

Filho e neto de ex-governador estão envolvidos em escândalo

Jerônimo e Daniel, pai e filho na prisão (Foto: arquivo)

Um filho e um neto do ex-governador e ex-senador Geraldo Melo (PMDB) foram presos hoje no rastro da “Operação Cidade Luz”, desencadeada pelo Ministério Público do RN (MPRN). São acusados de integrarem quadrilha com atuação na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (SEMSUR) – veja AQUI.

Ex-secretário de Administração e Finanças e de Turismo, Esporte e Lazer no município de Ceará-Mirim e ex-diretor da Band Natal (emissora de televisão), Jerônimo da Câmara Ferreira de Melo deixou a Semsur em em abril. Estava no cargo desde janeiro deste ano, mas no curto espaço de tempo por lá, teria dado sequência ao esquema.

Dias antes, enfrentou denúncia na imprensa, de que protegia um cunhado – Dennis Fernandes Lisboa – na Semsur, com emprego em cargo inexistente no organograma da pasta. Ele também responde a processos por improbidade da época em que foi secretário em Ceará-mirim.

Já seu filho e neto de Geraldo Melo, Daniel Fernandes Ferreira de Melo, proprietário da empresa Pontual de Serviços de Sinalização, aparece intermediando negociatas com empresas favorecidas no esquema na Semsur, mesmo não tendo cargo algum no secretaria.

Ele foi candidato a vereador pelo PDT, em Ceará-mirim, em 2016. Obteve 915 votos e não foi eleito.

Leia também: Geraaaaaldo! AQUI.

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segunda-feira - 24/07/2017 - 11:10h
Deputado Estadual

Projeto político de Raniere Barbosa é seriamente comprometido

Raniere e Carlos: afinação no passado (Foto: arquivo)

Ex-pupilo do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), tido durante bom tempo como “homem-forte” do governante, o atual presidente da Câmara Municipal do Natal, Raniere Barbosa (PDT), 52, foi praticamente “abatido em pleno voo” para disputa estadual no próximo ano.

Afastado hoje do cargo (veja AQUI) na “Operação Cidade Luz”, devido denúncia de corrupção na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (SEMSUR), Raniere passa a conviver com enormes dificuldades. O fato praticamente solapa seu projeto político pessoal de chegar à Assembleia Legislativa.

Além de ser o atual presidente da Câmara Municipal de Natal, ele também assumiu a Federação das Câmaras Municipais do Estado do RN (FECAM/RN), outro braço político importante para dar capilaridade a esse projeto.

Rompimento

Em novembro do ano passado, Raniere e o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) romperam antiga relação política, quando ele costurou em faixa própria sua eleição à Câmara Municipal, contrariando intenções do governante.

Ex-secretário Executivo do Gabinete Civil (2000-2004), ex-Secretário Municipal de Desenvolvimento Comunitário, e ex-secretário da SEMSUR (2007-2008), o vereador afastado é formado em Ciências Contábeis, com pós-graduação em Direito Administrativo e em Gestão Pública. Está em seu terceiro mandato no Legislativo Municipal, sendo o vereador mais votado do último pleito com 10.510 votos.

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segunda-feira - 24/07/2017 - 10:40h
Operação Cidade Luz

Juiz afasta presidente de Câmara e emite 15 mandados de prisão

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou na manhã desta segunda-feira (24) a “Operação Cidade Luz”, que investiga o desvio de R$ 22.030.046,06 da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (Semsur). Pelo que foi apurado pelo MPRN, há indícios que o montante é decorrente de superfaturamento e pagamento de propina relativos a contratos firmados entre empresas e a Secretaria para a prestação de serviços referentes à manutenção e à decoração do parque de iluminação pública da capital potiguar.

Raniere Barbosa, atual presidente da Câmara do Natal, seria comandante-em-chefe de quadrilha (Foto: arquivo)

O ex-secretário de Serviços Urbanos de Natal, Ranieri Barbosa (PDT), foi afastado do cargo de presidente da Câmara Municipal de Natal, que ocupa atualmente. Ele está proibido de ir à Câmara Municipal, à Semsur e à Controladoria do Município.

Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz da 7ª vara Criminal de Natal, José Armando Ponte Junior, e foram cumpridos com apoio da Polícia Militar nas cidades de Natal e Parnamirim, no Rio Grande do Norte, e também em Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e ainda em Fernando de Noronha, em Pernambuco.

Os gabinetes de Ranieri Barbosa e da Presidência da Câmara Municipal de Natal também foram alvos dos mandados.

Prisões decretadas

Ao todo, foram expedidos 15 mandados de prisão. Foram presos temporariamente por 5 dias, que podem ser prorrogados por igual período: Adelson Gustavo Coelho Ponciano, Alberto Cardoso Correia do Rego Filho, Antônio Felipe Pinheiro de Oliveira, Antônio Fernandes de Carvalho Junior, Daniel Fernandes Ferreira de Melo, Epaminondas da Fonseca Ramos Junior, Jerônimo da Câmara Ferreira de Melo, Jorge Cavalcanti Mendonça e Silva, Kelly Patricia Montenegro Sampaio Alves, Mauricio Custódio Guarabyra, Mauricio Ricardo de Moraes Guerra, Sergio Pignataro Emerenciano e Valério Max de Freitas Melo. Além deles, foram presos preventivamente Allan Emmanuel Ferreira da Rocha e Felipe Gonçalves de Castro.

A Cidade Luz conta com o apoio da Polícia Militar do Rio Grande do Norte e ainda do Ministério Público, da Polícia Militar e da Polícia Civil de Pernambuco.

Dados da Controladoria Geral do Município de Natal demonstram que entre os anos de 2013 e 2017, as empresas Alclog, Ancar, Enertec, FGTech, Geosistemas, Lançar, Real Energy e Servlight, todas sediadas em Pernambuco, foram beneficiárias de pagamentos no montante de R$ 73.433.486,86 de contratos com a Semsur. O MPRN estima superfaturamento médio de 30% no valor dos contratos celebrados.

A investigação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Natal, que contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRN, desvendou que os empresários Alberto Cardoso Correia do Rêgo Filho, Allan Emmanuel Ferreira da Rocha, Epaminondas da Fonseca Ramos Júnior, Felipe Gonçalves de Castro, Jorge Cavalcanti Mendonça e Silva, Maurício Custódio Guarabyra e Maurício Ricardo de Moraes Guerra, associados em organização criminosa e fazendo uso das empresas deles, monopolizam os contratos de serviços de iluminação pública da Semsur pelo menos desde o ano de 2013 até os dias atuais mediante controle de mercado, corrupção de agentes públicos, peculato, lavagem de capitais e fraudes nas licitações e contratações diretas. Para o MP, eles integram o “núcleo empresarial” da organização.

Consórcios criminosos

A apuração constatou que, além dessas empresas, os investigados também utilizam outras firmas na consecução das atividades da organização criminosa, seja mediante a formação de consórcios, através de empresas por eles próprios controladas, ou ainda utilizando-se de firmas que participam das licitações e processos de contratação direta apenas para simular a ocorrência de disputa. Algumas dessas empresas eventualmente são subcontratadas para prestar os serviços licitados e vencidos pelo cartel.

Os investigadores descobriram também que a organização criminosa é integrada por um “núcleo de lavagem de capitais”. Os integrantes desse núcleo são os responsáveis pelo pagamento de propina a agentes públicos, seja em espécie ou através da aquisição de veículos.

Os agentes públicos integram o “núcleo administrativo”, sendo recrutados para viabilizar contratações e pagamentos em favor do esquema criminoso. O MPRN encontrou provas de que, ao assumirem o comando da Semsur em janeiro de 2013, o ex-secretário Ranieri Barbosa, o secretário-adjunto, Sérgio Emerenciano, e o diretor do Departamento de Iluminação Pública, Antônio Fernandes, foram cooptados para o núcleo administrativo da organização criminosa.

Eles passaram a atuar para assegurar a presença do cartel no domínio dos contratos de serviços de iluminação pública da Secretaria.

Outras evidências apontam que, mesmo após ter deixado a titularidade da Semsur em abril de 2015 para reassumir o mandato de vereador e a liderança do prefeito na Câmara Municipal, Ranieri Barbosa manteve o absoluto controle político-administrativo da Secretaria. Segundo o apurado na investigação, o presidente da Câmara Municipal manteve a equipe dele no comando da pasta, formada por pessoas da sua estrita confiança, permanecendo assim com ascendência direta sobre a Secretaria de Serviços Urbanos.

Ele continuou interferindo nas nomeações e exonerações, vetando inclusive a emissão de pareceres pela assessoria jurídica da pasta.

Radiografia da Operação Cidade Luz

Clique aqui e veja a composição da organização criminosa;

Clique aqui e veja a estimativa de dano ao erário;

Clique aqui e veja a decisão judicial.

Outros agentes públicos, que desempenharam ou ainda desempenham funções na Semsur, também foram incorporados ao núcleo administrativo da organização criminosa, principalmente José Erasmo dos Santos Júnior, Kelly Patrícia Montenegro Sampaio Alves, Romário Luan Araújo de Lima, Valério Max de Freitas Melo e Walney Mendes Accioly. Walney, mesmo sem ostentar nos 5 últimos anos vínculo formal com o órgão, elaborava documentos internos da Secretaria.

A investigação do MPRN demonstrou, ainda, que, mantendo a estratégia de cooptação do comando da Semsur para núcleo administrativo, a organização criminosa, antes mesmo da confirmação da mudança do titular da pasta, já tinha iniciado, desde dezembro de 2016, o recrutamento do ex-secretário Jerônimo da Câmara Ferreira de Melo.

Ao assumir o cargo no início de 2017, Jerônimo Melo colocou a serviço do grupo criminoso o próprio filho, Daniel Fernandes Ferreira de Melo, e o chefe de Gabinete Airton Soares Costa Neto. Jerônimo e Airton já deixaram os cargos que ocupavam na Secretaria de Serviços Urbanos.

A investigação realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte teve início em 11 de março de 2015, data em que foi instaurado um inquérito civil. Pelo apurado, as condutas dos participantes do esquema criminoso caracterizam crimes como peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, pertinência a organização criminosa, lavagem de dinheiro, dispensa indevida de licitação, fraude aos procedimentos licitatórios e formação de cartel.

Os elementos levantados na investigação igualmente demonstram que a organização criminosa comete delitos de forma serial, atuando em diversos municípios do Rio Grande do Norte, inclusive havendo indícios de pagamento de propina a outros agentes públicos de algumas dessas cidades.

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segunda-feira - 24/07/2017 - 09:32h
Fábio Faria

Um deputado muito distante do Rio Grande do Norte

Fábio e Patrícia: Brasília e São Paulo (Foto: Manuela Scarpa)

Dividindo seu tempo há anos entre Brasília e São Paulo-SP, o deputado federal potiguar Fábio Faria (PSD) está cada dia mais distante da realidade do estado que representa.

Por aqui, quase não aparece há tempos. No máximo, posa em seu gabinete no Distrito Federal com correligionários (prefeitos e vereadores) que o procuram.

Se o soltarem no adro da Matriz do Apodi, talvez não consiga chegar ao Hotel Chapadão na mesma cidade.

Por isso, que é cada dia mais possível sua mudança também de domicílio eleitoral.

Estará em casa, que se diga.

Ninguém considere improvável que ele seja candidato a deputado federal por São Paulo, lugar onde passa a maior parte do seu tempo com a mulher Patrícia Abravanel (uma das herdeiras do apresentador de TV Sílvio Santos) e o filho Pedro.

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domingo - 23/07/2017 - 23:58h

Pensando bem…

“Os homens tendem a acreditar sobretudo naquilo que menos compreendem.”

Michel de Montaigne

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domingo - 23/07/2017 - 12:18h
Política

Carlos Eduardo faz peregrinação pela região Seridó

Por Heitor Gregório

O Prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT), vestiu a sua camisa azul neste sábado (22) e foi ao município de Currais Novos, prestigiar a Feirinha de Sant’Ana, ao lado do vice Álvaro Dias (PMDB).

No município, a comitiva foi recebida por Carlson Gomes (DEM) e seguiu para visitar as barracas e percorrer a praça, também na companhia do deputado estadual Tomba Farias (PSB).

Nota do Blog Carlos Santos – É, 2018 vem aí. Campanha ao governo estadual está mais perto do que longe.

E o Seridó tem enorme representatividade nesse projeto.

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domingo - 23/07/2017 - 10:14h

A palavra do governador

Por Carlos Duarte

Um comunicado oficial do governado Robinson Faria (PSD) circula, insistentemente, nos meios de comunicação de todo o estado do RN e nas redes sociais. Nela, o governador enfatiza, reiteradas vezes, que não vai fechar nenhum hospital no RN e, por fim, assevera: “Palavra do governador!…”.

Gostaríamos que essa mensagem oficial do governador fosse verdade e que se tornasse uma realidade, mas, infelizmente, sua palavra é um risco n’água, sob o ponto de vista de credibilidade de gestão. Não há motivo algum para se acreditar na palavra do governador Robinson Faria porque o que ele diz não se escreve.

No quesito saúde pública, deu sua palavra que não fecharia o Hospital da Mulher, em Mossoró. Fechou. Idem, com o Hospital da Policia Militar de Mossoró.

Em sua campanha para governador, deu sua palavra que iria resolver o caos da segurança pública do RN e pagar a folha em dia. Piorou a situação e instalou-se a desesperança e o medo da população. Até mesmo em coisas mais simples de se resolver, como a situação do aeroporto de Mossoró, o governador não manteve sua palavra, apesar de ter marcado até o dia da retomada dos voos comerciais.

São inúmeros os casos de contumácia.

A próprio habitat pervertido da política brasileira e a tentativa de se proteger dos efeitos danosos de uma gestão pública esquálida o tem conduzido a um avançado estado de mitomania.

O “berço de ouro” em que nasceu o governador Robinson Faria não foi suficiente para educá-lo como um homem de palavra, em situações de frustações, críticas e denúncias, como a que vive atualmente o seu governo, porque a soberba não lhe permite a dignidade da humildade.

O povo do RN continua entregue à própria sorte de uma gestão pública desastrada, comandada por um governante aventureiro. Lamentável.

SECOS & MOLHADOS

Seca – De acordo com dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio) do IBGE, do contingente de 14 milhões de desempregados brasileiros mais de 4 milhões estão na região Nordeste. A grande maioria deles atuava principalmente nos setores da agricultura, pesca e pecuária. Além da crise econômica e política, a região enfrenta uma seca que já dura seis anos. A pior já registrada nas últimas cinco décadas.

Inflação – Apesar do aumento dos impostos dos combustíveis, a inflação, deste ano, deverá fechar abaixo da meta de 4,5%. É o que prever a equipe econômica do presidente Michel Temer.

Gastos – Mesmo com o aumento dos tributos, o governo precisou bloquear quase R$ 6 bilhões do Orçamento de 2017. O governo Temer continua gastando mais do que pode. No terceiro trimestre, deste ano, a projeção de gastos aumentou R$ 4,610 bilhões. Enquanto isso, a previsão de receitas primárias, no mesmo período, caiu R$ 5,790 bilhões.

Preocupante – O setor salineiro do Rio Grande do Norte vive a expectativa de profundas adequações ambientais. O Ibama, Idema e Ministério Público Federal (MPF) apertam o cerco no sentido de formalizarem Termos de Ajustamentos de Condutas (TAC) com as empresas produtoras de sal do estado. Caso os princípios da Precaução e Prevenção se sobrepujem aos princípios da sustentabilidade, isonomia e razoabilidade, o setor salineiro do RN terá uma brutal retração de suas atividades com impactos negativos imprevisíveis na cadeia econômica, principalmente no polo de Mossoró. No total, as salinas já foram multadas em mais de R$ 80 milhões com notificações e autuações referentes a crimes ambientais. Tem indústria notificada para devolver mais de 30% de sua área produtiva.

Retração – O setor salineiro do RN, que já enfrenta, há anos, dificuldades relacionadas com preço, produção, logística e concorrência externa, agrega mais esse percalço imposto pelos órgãos de meio ambiente. Nos bastidores, o desânimo e a preocupação já são evidentes e os investimentos já estão suspensos na maioria das industrias de extração de sal, mantendo-se, apenas, o custeio necessário de safra em andamento. Isso se traduzirá, em breve, em desemprego e subtração de receita e renda.

Desunião – O grande problema é que não se enxerga uma ação conjunta e bem integrada de defesa estratégica do setor – que aparentemente é muito desunido. A audiência que tratou do assunto (veja AQUI), num recente evento realizado no auditório do Sesi, em Mossoró, parecia mais um evento político do que uma convenção empresarial para solução de assunto tão polêmico e de relevante importância para o futuro do setor salineiro.

Evento da indústria salineira não esconde seus problemas (Foto: Governo do RN)

Estratégia – O Partage Shopping Mossoró direciona sua estratégia de marketing para ocupação de espaços ociosos com entretenimentos. Em breve, deverá ser iniciada a ampliação do empreendimento, no primeiro andar, com espaço destinado para prestação de serviços públicos e privados (Detran, balcão do empreendedor, faculdade, lotéricas, etc.). A ideia é dotar o empreendimento com maior dinâmica de público.

* Veja coluna anterior clicando AQUI.

Carlos Duarte é economista, consultor ambiental e de negócios, além de ex-editor e diretor do jornal Página Certa

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domingo - 23/07/2017 - 09:44h

Aqui, à tarde

Por François Silvestre

Essas mal traçadas linhas, no bico de pena do computador, olhando para a Pedra Rajada. A mesma que avistei ainda menino na primeira vez que subi a Serra, com noção rudimentar das coisas.

Na garupa do cavalo Petróleo, preto mesclado de branco, sob o comando do padre Alexandrino Suassuna de Alencar. Nem lembro qual era o meu tempo de vida. Com certeza, antes dos oito anos. Pois que com essa idade, eu vi seu corpo inerte, estirado num velório improvisado na casa da minha avó.

Minha avó. A memória mais suave, alegre, feliz, vestida de flores, banhada de vida, que o regresso à infância consegue me levar.

A lembrança do padre, tio e pai adotivo, é confusa. Misto de admiração, afeto e medo. Relação de uma criança peralta com um pai ciclotímico. Ora, de agasalho afetuoso. Ora, de rigorosa punição. Havia na parede da sua biblioteca uma palmatória, chamada Vitória, que impunha pavor.

A casa da minha avó era o paraíso. E eu o Adão inexpulsável. Um quintal de frutas e flores. Uma casa vasta, que ela imitava, em Martins, sua casa de jovem em Maranguape.

Filha de um Juiz do Exu, João Antunes de Alencar, aqui ficada por acerto de casamento com um filho de Bisinha Suassuna. Juntava-se aí o sertão de Pernambuco, do Exu; o da Paraíba, de Catolé do Rocha; com a Chapada do Apodi, Gomes e Pintos espalhados pelas Serras do Martins e Portalegre.

Mas não é de genealogia que esse texto trata. Tenta tratar, se possível, desta tarde daqui defronte da Pedra Rajada.

Não defronte do Promontório da Lucárnia onde, nas águas de Antemusa, reinavam Agláope, Teossíope e Partênope, as líderes Sereias encantadoras dos navegantes.

Apenas no amparo de uma tarde modorrenta, como assim definiu Cláudio Santos, ao dizer do medo de enfrentar as tardes. Para quem não teme tormentas, acho que foi uma desculpa para descer a Serra.

Pois bem. Estou defronte da Pedra Rajada. Vista do Mirante Mãe-Guilé, cujo nome tenta aproximar pela paisagem a inimitável figura da avó. A inapagável imagem resistente de uma criança esperneante da memória.

Na pedra chapada sobre a grota veem-se duas figuras de compleição humana. Uma de perfil, serena, cuja mancha preta das águas, ao longo dos séculos, lhe ornamenta uma vasta cabeleira. Outra, acima e à direita, mostra um rosto sofrido, com olhos macerados, parecendo tortura.

A imaginação popular diz que são figuras do Cristo. E que a dificuldade de identificá-las acusa impureza no observador. Muitos se apresam na identificação, como os conselheiros daquele rei que exigia admiração por uma roupa inexistente.

Nessa escrita, chega gente de longe. Uma família de Cajazeiras, com parentes de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. O chefe do clã fala alto: “Quero ver se daqui se vê luzes de treze cidades. E comer galinha caipira com arroz de puta-rica”.

Té mais.

François Silvestre é escritor

* Texto originalmente publicado no Novo Jornal.

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Categoria(s): Crônica
domingo - 23/07/2017 - 09:11h
Em Natal

Pároco Emérito de Sant’Ana tem saúde bem delicada

Pároco Emérito de Sant’Ana de Caicó, monsenhor Antenor Salvino de Araújo, segue internado na UTI do Hospital São Lucas em Natal.

Monsenhor Antenor: Natal (Foto: web)

Foi removido para a capital no último dia 18 (terça-feira).

Aqui em Caicó, onde me encontro, colho informações de que ele sofre consequências da temível “Chikungunya”, doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Monsenhor Antenor completará 88 anos no dia 22 de agosto.

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Categoria(s): Gerais
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domingo - 23/07/2017 - 08:20h
Brasileirão

ABC perde 8º jogo seguido; América vence fora de casa

Mesmo na estreia no técnico Márcio Fernandes, o ABC não conseguiu evitar a oitava derrota seguida na Série B do Campeonato Brasileiro. O alvinegro natalense perdeu por 2 a 1 na tarde deste sábado, 22. A partida foi realizada no estádio Heriberto Hulse e válida pela 16ª rodada.

Aos 41 minutos do primeiro tempo, Lucão abriu o placar para o Tigre. O ABC empatou aos nove da etapa complementar, quando Zotti cruzou na medida para Dalberto bater de primeira e deixar tudo igual.

O Criciúma respondeu e, aos 17, voltou a ficar na frente. Barreto iniciou a jogada pela esquerda, driblou a marcação e finalizou. Edson defendeu, e Caio Rangel pegou o rebote: 2 a 1.

Com mais uma derrota, o Mais Querido permanece com 12 pontos ganhos e amarga a 19ª posição, dentro da zona de rebaixamento. Com 23 pontos, o Tigre agora ocupa nono lugar. Saiba mais detalhes clicando AQUI.

América vence fora de casa

Jogando no estádio Maria Abadia, em Ceilândia, o América bateu os donos da cada, por 1 a 0, e deu um grande passo para a classificação as Quartas de Final da Série D do Campeonato Brasileiro. A partida de ida entre as duas equipes foi disputada na tarde deste sábado, 22.

O único gol do confronto foi marcado aos 31minutos do segundo tempo através de Jean Silva. Cascata recebeu pelo lado esquerdo, avançou e tocou para o Jean marcar.

Com o resultado, o alvirrubro natalense precisa apenas de um empate no jogo de volta para avançar a quarta fase da competição nacional. O time candango necessita vencer por um gol de diferença, desde que seja a partir de 2 a 1, 3 a 2, e assim por diante. Em caso de 1 a 0 para os visitantes na partida de volta a classificação será decidida nos pênaltis.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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Categoria(s): Esporte
domingo - 23/07/2017 - 06:16h

A falácia da “despoluição” que nunca acontece

Por Gutemberg Dias

Não é primeira vez e nem será a última que vou escrever sobre o Rio Mossoró, o qual considero patrimônio do povo Potiguar e, sobretudo, do povo mossoroense e da região Oeste, a partir do seu nascedouro em Luís Gomes-RN.

Lembro que desde que comecei a acompanhar a política local, todos os políticos que disputaram a prefeitura da Capital do Oeste colocaram a despoluição do Rio Mossoró como prioridade de seus planos de governos. Imagino que muitos outros candidatos, antes da década de 1990, devem ter feito o mesmo.

Cuidar do rio parece que dar votos e não cumprir o prometido em relação a ele, não é levado a sério.

Pois bem, o discurso nos palanques e programas eleitorais de televisão nunca se transformou em ação concreta quanto à melhoria das condições desse importante recurso hídrico de nosso estado e de nossa cidade. E assim continuará, porque de fato não é prioridade e nunca o foi.

Foto antiga em que o centro de Mossoró ainda tem seu rio com margens de perfil rural (Foto: sem identificação de origem)

Acredito que a falácia no entorno da despoluição desse manancial se assenta na falta de conhecimento dos candidatos e, também, daqueles que coordenam os seus planos de governo. A própria temática ambiental que passou a ganhar notoriedade nas últimas décadas, com parte de uma agenda planetária, incentiva essa enganação de quatro em quatro anos.

Na última eleição, pleito de 2016, fiz uma discussão sobre Rio Mossoró dizendo que não é possível num único mandato despoluir e nem revitalizar esse corpo hídrico. Também, deixei claro que o esforço tem que ser coletivo dos gestores dos municípios que estão inseridos na bacia hidrográfica do rio.

Obviamente uns municípios terão que engendrar maior ou menor esforço nesse processo, mas é imprescindível a união de todos em relação a essa causa.

Fazendo um recorte e focando os esforços que Mossoró precisa fazer, destaco a necessidade urgente de identificar os pontos de poluição na área urbana e tratá-los com muita seriedade e, também, severidade. Já tive a oportunidade de navegar nas águas do rio e é fácil identificar pontos de despejos de esgoto sanitário ao longo das margens.

Nesse sentido, intensificar o programa de ligação das residências e estabelecimentos comerciais a rede de esgotamento sanitário é uma ação de suma importância. Digo isso, pois o centro e grande parte dos bairros adjacentes ao rio Mossoró já dispõem de saneamento básico, porém muitas residências ainda não fizeram a ligação na rede.

Outra ação que acredito que precisa ser feita é virar a cidade para o rio.

Historicamente as cidades cresceram virando suas costas para os rios e Mossoró não foi diferente. Basta ver que os quintais é que se conectam com as margens desse corpo hídrico. A prefeitura tem que pensar um programa que possa reintegrar o rio à vida do mossoroense, só assim o cidadão passará a enxergá-lo.

Imagino que um programa de urbanização de alguns pontos das margens, obviamente após estudo ambiental que garanta a segurança do meio ambiente, possa ser uma forma de virar a cidade para o rio. Assim como a implantação de pistas de corrida e caminhadas ao longo das margens que possam se integrar ao Parque Municipal, o qual precisa ter sua obras finalizadas, podem atrair o interesse da população para a causa da revitalização do rio Mossoró.

Mossoró por ser o maior município e ter o maior trecho urbano do rio, deveria se credenciar para capitanear o Comitê de Bacia do Rio Apodi-Mossoró. Dado a importância regional que o município tem e sua pujança econômica, tem que se autoafirmar e trazer para si essa responsabilidade.

Outra ação que deve ser feita em paralelo a cada etapa do planejamento de revitalização do rio é o desenvolvimento de campanhas publicitárias que mexa com o sentimento do povo em relação ao rio Mossoró. É preciso fazer com que o povo retome o gosto pelo seu rio e assim tenha o interesse em cuidar dele. Talvez essa seja a ação mais fácil de todas, haja vista que para publicidade nunca faltou recursos nos cofres públicos.

Tenho plena convicção que um projeto de longo prazo que possa ser implantado por uma gestão e encabeçada pelas seguintes tem tudo para ter um resultado positivo quanto a revitalização do rio Mossoró. Nesse sentido, os gestores precisam entender que esse projeto é do município e não do governo deles.

Quanto ao políticos que usam o rio Mossoró como peça publicitária de campanhas eleitorais, só posso parabenizar seus marqueteiros que são muito bons no que fazem. Pena que concorram para entronizar pessoas no poder, que despejam todas as suas promessas rio abaixo.

Por fim, não resta dúvidas que a revitalização do rio Mossoró segue forte a cada eleição municipal. Na  próxima, novamente.

Gutemberg Dias é graduado em geografia, mestre em Ciências Naturais e empresário.

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domingo - 23/07/2017 - 04:42h

De cerco e circo

Por Paulo Linhares

Quem foi o idiota que disse que “a alegria do palhaço é o circo pegar fogo”? Mesmo Nero, que não era nenhum palhaço, mas, apenas um péssimo cantor, se assustou quando percebeu a trágica dimensão do incêndio que impôs à eterna Roma. É bem certo que numa visão pragmática o fogo tem função purificadora, redimente, todavia, o faz radicalmente e com destruição até da coisa confrontada, para o bem ou para o mal.

Assim, palhaço que se preza mesmo não deseja que o circo pegue fogo, pois, afinal, o espetáculo deve continuar e fazer rir é o seu objetivo de vida, além de ganha-pão, claro. A referência serve àqueles que têm vida de palhaço sem serem necessariamente palhaços na vida.

Cai como uma luva essa assertiva se o foco for direcionado ao momento político atual. Ora, poucas vezes na história desta República um presidente sofreu um cerco tão grande quanto o Temer, num país em que a luta contra notórios e notáveis corruptos se transformou em pretexto para ações de conquista e fortalecimento do poder político.

O mais intrigante: as famílias brasileiras, homens e mulheres, participam entusiasticamente dessa caça aos corruptos, como se isso nada tivesse a ver com eles, como se os políticos e outros biltres envolvidos em falcatruas com dinheiros públicos não tivessem sido eleitos com seu votos.

Queiram ou não, os políticos de todos os matizes e exercestes de cargos eletivos têm a mesma cara do povo brasileiro. Afinal, “levar vantagem em tudo”, ser mais ‘esperto’ , furar as filas da vida ou ser fascinado por privilégios faz parte do nosso ethos, “complexo de vira-lata” à parte.

O surpreendente é a recorrência da corrupção: a despeito das técnicas sofisticadas de investigação e das cada vez mais frequentes, estonteantes e arrasadoras ‘colaborações premiadas’, as ‘delações’ para usar a linguagem mais crua e usual, políticos importantes continuam a agir desabridamente com a promoção de negociatas e ações criminosas de corrupção, além daquelas que fazem para esconder os malfeitos e obstruir a atuação da Justiça.

Foi o que ocorreu recentemente com pessoas com trânsito no Palácio do Planalto e, pasmem, com protagonismo direto do presidente da República, Michel Temer, o que deu à crise política contornos insuportáveis. Como explicar o envolvimento direto de pessoas do círculo íntimo do presidente Temer em casos comprovados de corrupção: a cena filmada e exibida do deputado Rocha Loures a receber uma mala de dinheiro sujo chega a ser patética, sobretudo, a corrida que fez pelas ruas de São Paulo capaz de quebrar até os recordes do velocista Usain Bolt.

Mais ridículo ainda foi o diálogo do próprio presidente da República  com o empresário corruptor – o indefectível Joesley Batista, o ‘Safadão’, do grupo J & F, no subterrâneo do Palácio Jaburu, residência de Temer, quando foram tratadas questões que envolvem graves crimes e que, levados a conhecimento do Supremo Tribunal Federal através de denúncia formalizada pela Procuradoria Geral da República, se transformaram na primeira apuração criminal na história da República que envolve a figura do primeiro mandatário da nação por crime comum.

O presidente Temer, todavia, somente será definitivamente processado no STF se mais de um terço dos membros da Câmara Federal aceitar a denúncia. Temer já ganhou na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. No plenário, dificilmente sairá uma decisão que determine o prosseguimento da denúncia: goste ou não dele, fato é que Temer conhece muito bem esse jogo e sabe jogar, jogando na mesa os triunfos que tem no momento certo.

Contrariamente do que ocorreu com a ex-presidente Dilma Rousseff, Temer dá mostras de enorme capacidade de articulação política para conseguir votos suficientes para sepultar o processo que poderia afastá-lo da presidência e, de modo definitivo, defenestrá-lo da presidência da República. Sem dúvida, ele vem suportando olimpicamente um dos maiores cercos políticos sofridos por um presidente da República da história brasileira.

Uma coisa é certa: embora fragilizado politicamente, sobretudo, com as prisões de seu auxiliares diretos – Eduardo Cunha, Henrique Alves, Rocha Loures e Geddel Vieira, Temer demonstra uma enorme capacidade de dar respostas rápidas e eficazes para os tantos problemas que atravancam o seu governo, inclusive, os baixíssimos  índices de popularidade. Claro, difícil é prever como serão as consequências da sua (anunciada) vitória na Câmara dos Deputados.

Político experiente e profundo conhecedor dos meandros da política, ele sabe que dificilmente será impedido de transmitir a faixa presidencial ao ungido pela urnas na eleição presidencial de 2018, o que, aliás, pode ser até uma razoável solução política neste momento, à míngua de alternativa para sua substituição imediata. Por suposto, imagine-se um afastamento de Temer em face de uma derrota (que não ocorrerá!) no plenário da Câmara Federal: o deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), conhecido pelo codinome ‘Botafogo’ – que nada tem a ver com o meu glorioso time da Estrela Solitária! –  nas investigações de corrupção da Operação Lava Jato, que convocaria uma eleição presidencial indireta pelo Congresso Nacional. Muita confusão que só agravaria mais e mais as crises da economia e da política.

No mais seria trocar seis por meia dúzia, o que não parece nada razoável. Melhor é esperar um pouco mais, pelas eleições de 2018. Afinal, de sã consciência, ninguém quer ver o circo Brasil pegar fogo.

Paulo Linhares é advogado e professor

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domingo - 23/07/2017 - 04:18h

Aliança com prazo de validade?

Por Bruno Barreto

A dicotomia Rosado x Rosado durante 30 anos dividiu a política em Mossoró. Embora o grupo de Rosalba Ciarlini tenha sido hegemônico durante praticamente todo esse período, o sandrismo equilibrava as forças tendo mandatos na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados.

Sem contar que na maior parte desse período esteve aboletado na estrutura do Governo do Estado.

O rosalbismo também tinha seus espaços na Assembleia e Câmara dos Deputados. Havia um equilíbrio de poder entre as duas alas do rosadismo. Agora o cenário é diferente e lembra o período anterior à divisão política dos Rosados.

O grupo rosadista tinha Carlos Augusto Rosado na Assembleia Legislativa e Vingt Rosado na Câmara Federal e o comando da Prefeitura de Mossoró com Dix-huit Rosado. Agora esses papeis são ocupados por, respectivamente, Larissa Rosado, Beto Rosado e Rosalba Ciarlini.

Como no período que antecedeu o pleito de 1986, há uma tensão abafada nos veículos de comunicação. Larissa quer ser reeleita como Carlos Augusto queria há 31 anos.

Mas o rosalbismo quer lançar um nome novo de dentro de casa, Lorena Ciarlini, como Vingt Rosado queria fazer com Laíre Rosado no passado.

Beto Rosado quer renovar o mandato como antes desejara Vingt, mas Sandra Rosado quer retomar o espaço que foi de seu clã por 13 legislaturas na Câmara Federal.

No passado, esse embate familiar provocou uma cisão que durou três décadas. Hoje não há a condição de grupo unido, mas de aliados de ocasião e com prazo de validade (?).

A estrutura da Prefeitura de Mossoró não tem condições de bancar duas dobradinhas federal/estadual no próximo ano. Na lógica rosadista é sempre “os de casa” primeiro.

Sem uma estrutura de poder, a ala sandrista sabe que não voltará a ter o poderio de antes e já provou disso em 2014. Insistir numa candidatura de Sandra a deputada federal pode por em risco uma reeleição possível de Larissa.

Só uma estrutura tornaria a dobradinha viável. Sem a ajuda palaciana, Sandra vai aceitar passivamente engolir mais um sapo ou seguirá máxima eternizada por seu pai, Vingt Rosado, de abrir os braços para não ser engolida?

A resposta a essa pergunta ajudará a responder a pergunta do título desta postagem: a aliança Rosado/Rosado tem prazo de validade?

Bruno Barreto é jornalista da FM 95.7 (Mossoró) e TV Cabo Mossoró (TCM)

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sábado - 22/07/2017 - 23:22h

Pensando bem…

“Os alunos comem o que os professores digerem.”

Karl Kraus

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sábado - 22/07/2017 - 15:31h
Ó tempos!

Um “intensivão” necessário com os repórteres de “Polícia”

Que tempos vivemos na imprensa!

Repórter especializado em “Política” tem que fazer um “intensivão” com o colega da página de “Polícia”.

Meu caso.

Precisamos saber rapidamente o que é um inquérito, parecer, denúncia, despacho, sentença, oitiva, prisão preventiva, prisão provisória, delação premiada, diligências, prevaricação, crime doloso, mandado (e não mandato) de prisão, queixa-crime, indícios, evidências, vestígios, citação, intimação, acareação…ufa!

E também começar a se familiarizar mais com detalhes sobre a Papuda do que o Congresso Nacional.

É. não está fácil!

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Categoria(s): Comunicação / Política
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sábado - 22/07/2017 - 13:28h
Jarbas Mariano

Diretor que pediu exoneração tinha pacto de lealdade

O odontólogo Jarbas Mariano, que deixou ontem (veja AQUI) a Direção Geral do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) por não aceitar a exoneração da diretora administrativo-financeira Lúcia Bessa, tinha pacto firmado com outros dirigentes de sua confiança.

O acordo era simples: se houvesse qualquer tipo de afastamento ou remoção por motivação político-partidária, eles sairiam em solidariedade.

Um pacto de lealdade.

Jarbas nem titubeou. Cumpriu a palavra.

Leia também: Mãe do ex-prefeito Francisco José Júnior é exonerada AQUI.

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sábado - 22/07/2017 - 10:04h
Foseg-RN

Agentes da PF e OAB discutem caos na segurança pública

Reunião da Foseg foi nessa sexta-feira (Foto: cedida)

O Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Rio Grande do Norte (SINPEF/RN) participou, no final da tarde desta sexta-feira (21), da reunião do Fórum de Segurança Pública do RN (FOSEG-RN), com a participação da diretoria da OAB/RN.  O objetivo foi discutir sobre a construção de uma pauta única de alternativas ao caos na Segurança Pública no Estado.

“O caos na Segurança Pública, no Brasil e mais especificamente no RN, chegou a um ponto tão grave que a sociedade civil necessita urgentemente participar ativamente da busca por soluções efetivas”, declarou José Antônio Aquino, presidente do SINPEF/RN.

Má atuação do Estado

Para a diretoria do sindicato, a participação do Fórum de Segurança Pública Potiguar com a OAB na construção de uma alternativa ao atual quadro caótico é exemplar. A sociedade brasileira não pode continuar mantendo o atual modelo ultrapassado de Polícia e de má atuação do Estado em benefício dos excluídos sem que se pague um alto preço por isso.

“É louvável a participação da OAB e o FOSEG deverá buscar outros importantes parceiros na sociedade civil para continuar a busca pela mudança no atual modelo de segurança pública que tem cobrado um preço tão alto de toda a Sociedade”, argumentou Aquino.

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia
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