• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
segunda-feira - 06/11/2023 - 23:58h

Pensando bem…

“Há vários motivos para não amar uma pessoa, e um só para amá-la; esse prevalece.”

Carlos Drummond de Andrade

Compartilhe:
Categoria(s): Pensando bem...
segunda-feira - 06/11/2023 - 21:30h
Nùmeros

Cada lado da polarização esconde números de sua pesquisa

pesquisa, sondagem, cargos,Os dois lados que polarizam a política de Areia Branca – sem espaço para terceira força alguma – estão com pesquisas em mãos.

Ninguém trabalha sem elas, sem essa bússola, apesar da importância do casa a casa, do olho no olho.

E num ponto estão empatados: nenhum dos concorrentes deixa transpirar números, informações mais claras ou mesmo mínimas sobre o que suas pesquisas “falam” agora.

De um lado, o ex-deputado estadual e ex-prefeito Souza Neto (ainda no PSB) é o nome declarado à prefeitura pela oposição.

No governismo, se não ocorrer qualquer imprevisto, será o médico e atual vice-prefeito Bruno Filho (MDB).

Acompanhe o Blog Carlos Santos (BCS) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Threads AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Política
segunda-feira - 06/11/2023 - 19:02h
JFRN

Audiências de mediação marcam Semana Nacional de Conciliação

Foto ilustrativa

Foto ilustrativa

Até a próxima sexta-feira (10), quando acontece a XVIII Semana Nacional de Conciliação do CNJ, a Justiça Federal no Rio Grande do Norte (JFRN) realizará diversas audiências de mediação em demandas complexas e de grande impacto social, objeto do programa JF Media.

Um dos casos é o Residencial Jardim das Palmeiras, de Mossoró, que envolve 133 processos. A programação das mediações, contudo, contempla também casos objeto de Reclamações Pré-Processuais (RPPs) protocoladas no CEJUSC, modelo em que os interessados e/ou envolvidos no conflito procuram o Poder Judiciário apenas para atuar como mediador da solução do problema, sem a formulação de qualquer pedido de provimento jurisdicional.

Nessa semana, serão realizadas audiências de mediação na RPP protocolada pelo CREMERN para regularização do pagamento de plantões médicos prestados ao Estado do RN neste ano de 2023, cujo atraso ameaça a paralisação de diversos serviços essenciais, além da RPP protocolada pelo próprio Estado do Rio Grande do Norte, através da SESAP, para realinhamento, junto ao HUOL – Hospital Universitário Onofre Lopes -, do fluxo assistencial aos portadores de aneurisma de aorta.

Renegociações

Noutra frente, a Semana Nacional de Conciliação na Justiça Federal no Rio Grande do Norte contemplará ainda renegociações de dívidas de grandes clientes da Caixa Econômica Federal,  bem como de Conselhos Regionais de fiscalização profissional, também  num modelo de cobrança pré-processual. Nesta segunda-feira, serão realizadas audiências de dívidas de grande vulto de clientes CAIXA.

Já as dívidas com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (CREA/RN) – e com o Conselho Regional de Administração (CRA/RN) – serão transacionadas no âmbito do projeto Negociação Direta, com prazo elastecido para as negociações antes do ajuizamento das execuções fiscais.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Threads AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Gerais / Justiça/Direito/Ministério Público
segunda-feira - 06/11/2023 - 18:18h
Eleições a vereador

Governistas podem migrar em peso para partido de Allyson

Líder governista em entrevista à Rural - Foto: BSV

Líder governista em entrevista à Rural – Foto: BSV

Do Blog Saulo Vale

A bancada do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) deve apostar no modelo de ‘chapão’ para disputar a Câmara Municipal de Mossoró.

Boa parte dos vereadores da base pode migrar para o União Brasil.

Não pode ser descartada a possibilidade de 100% da bancada fazer essa migração.

“Nós já temos de certo pelo menos 10 vereadores interessados em migrar para o partido do prefeito. Outros ainda podem chegar num modelo de chapão, para a disputa à reeleição”, disse o líder governista, vereador Genilson Alves, ao ser questionado sobre o assunto durante entrevista ao Jornal da Tarde, da Rádio Rural de Mossoró (AM 990), nesta segunda-feira.

Atualmente, a bancada governista possui 15 dos 23 vereadores.

Em 2024, a disputa será por 21 cadeiras.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Threads AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Política
segunda-feira - 06/11/2023 - 16:38h
Assembleia Legislativa

Novo procurador toma posse e destaca transparência

Posse de Renato Guerra (centro) reuniu servidores da ALRN

Posse de Renato Guerra (centro) reuniu servidores da ALRN

O advogado e servidor público Renato Guerra tomou posse como procurador-geral da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), hoje (6). Ele destacou transparência no Legislativo.

“Assumo com muito orgulho e responsabilidade o espaço de procurador-geral desta Casa, com a certeza de que trabalharemos em equipe defendendo o Legislativo e destacando a transparência para a sociedade potiguar”, disse.

Guerra acrescentou que dará continuidade aos projetos da gestão do presidente Ezequiel Ferreira (PSDB), como o Planejamento Estratégico, e que honrará os projetos jurídicos que garantem melhorias ao Estado.

Ao lado dos procuradores do Legislativo estadual, diretores e outros servidores da Casa, ele assinou o ato de posse, o que formaliza legalmente os atos administrativos por ele assinados.

Renato Guerra é servidor concursado da Assembleia e foi designado procurador-geral, em ato da Mesa Diretora no último dia 2 de novembro, publicado no Boletim Eletrônico da ALRN.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública
segunda-feira - 06/11/2023 - 15:34h
Está escrito

Vamos aguardar a ruína da próxima pirâmide

pirâmide financeira, fraude, golpeA aspiração de rendimento pecuniário fácil e vultoso, em curto espaço de tempo, com hipotética segurança e dentro da lei, é a fórmula de mais uma pirâmide financeira em gestação por aí.

Como tantas outras antes, vamos aguardar seu desfecho previsível em Mossoró e região.

Nada mais posso adiantar, apesar da vontade.

Ouvido ao chão como bom índio Sioux, Apache, Comanche, Cheyenne, Navajo ou Cherokee.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Threads AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Só Pra Contrariar
segunda-feira - 06/11/2023 - 12:44h
Acredite

Eu já vi de tudo, mas ainda não vi tudo na política mossoroense

Cargos Comissionados, interrogação, demissão, exoneraçãoAlguns vereadores de oposição e vários pré-candidato também oposicionistas, em Mossoró, alimentam a possibilidade de serem incluídos em alguma nominata governista à Câmara Municipal em 2024.

Você não está maluco nem leu errado.

É isso mesmo.

Pare o mundo que eu quero descer!

Imagine, Rosalba Ciarlini Rosado prefeita, fechando nominata do governo com dois ou três vereadores da oposição. Seria um insulto à inteligência, claro. Um culto à estupidez.

Eu já vi de tudo, mas ainda não vi tudo na política mossoroense. São muitos os casos recentes de bizarrices. Vou citar alguns:

Tivemos servidor municipal torcendo para seu próprio salário atrasar (veja AQUI), no intuito de prejudicar imagem do governante;

Sindicalista resmungando porque pagamento antecipado da folha do município causava prejuízo ao caixa de sua entidade (veja AQUI);

Sindicato de funcionários e vereadora de esquerda acionando Justiça e protestando contra folga por ponto facultativo (veja AQUI e AQUI).

Como eram bons aqueles tempos do verde contra encarnado, preto no branco, cada um de seu lado e em seu lugar.

Bons tempos.

Acompanhe o Blog Carlos Santos (BCS) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Threads AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI

Compartilhe:
Categoria(s): Política
segunda-feira - 06/11/2023 - 12:20h
Golden Boys

Jovem Guarda é destaque no projeto Seis & Meia

Golden Boys e Netinho SantosO projeto Seis & Meia em Mossoró receberá o grupo Golden Boys, amanhã (7), às 18h30, no Teatro Municipal Dix-huit Rosado. A abertura da noite será com o músico mossoroense Netinho Santos.

Grupo vocal do movimento Jovem Guarda no Brasil, o Golden Boys foi formado por três irmãos: Roberto (que faleceu em 2016), Ronaldo, Renato Corrêa e um amigo, Waldir da Anunciação, falecido em 2004. Na formação atual, têm substitutos à altura

Após terem se dedicado ao “iê-iê-iê” brasileiro, no final dos anos 60 e início dos anos 70, participaram de vários álbuns de artistas da MPB e do pop-rock brasileiro, álbuns que futuramente se tornariam cult e objeto de desejo de colecionadores.

No show em Mossoró, os Golden Boys prometem uma viagem ao passado, tocando os grandes sucessos como “Gatinha Manhosa”, “Pobre Menina”, “Cantiga por Luciana”, “Menina Linda”, “Ai de Mim” e “Namoradinha de Um Amigo Meu”.

Os ingressos para o show dos Golden Boys estão disponíveis nas Lojas Debyman ou no site Outgo.

Volta

Trata-se da terceira edição desde o retorno do projeto Seis & Meia em Mossoró. Já se apresentaram este ano, no Teatro Dix-huit Rosado, os músicos Paulinho Moska e Isabella Taviani, com shows de artistas mossoroenses, na abertura.

Compartilhe:
Categoria(s): Cultura
segunda-feira - 06/11/2023 - 09:40h
Imprensa

Podcast Conexão Oeste tem estreia para essa segunda-feira

Ismael e Gilson querem ouvir e contar história de pessoas diversas (Foto: Divulgação)

Ismael e Gilson vão ter horário semanal na plataforma YouTube (Foto: Divulgação)

É nesta segunda-feira (6), a estreia do Podcast Conexão Oeste na plataforma YouTube.

O programa vai ao ar às 20h, sob a batuta do radialista Gilson Cardoso e do blogueiro Ismael Sousa, dois mossoroenses que há anos militam na comunicação.

Cardoso e Sousa definiram a produção de um programa semanal, sempre às segundas-feiras, no mesmo horário das 20h.

Querem levar nomes diversos da política, esporte, cultura, economia ou qualquer outro campo da atividade humana, extraindo histórias e depoimentos, interagindo, documentando seu tempo.

Para acompanhar a estreia e futuras edições, basta seguir o canal em www.youtube.com/@podcastconexaooeste.

Então, acesse.

Acompanhe o Blog Carlos Santos (BCS) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Threads AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Comunicação
segunda-feira - 06/11/2023 - 03:34h
"Ravengar"

Carlos Augusto adora ser ele mesmo até hoje

Antônio Abujamra era um personagem que se encaixou em Carlos Augusto e vice-versa (Foto: Arquivo)

Abujamra foi um personagem que foi adesivado em Carlos Augusto (Foto: Arquivo)

Habituado a adesivar apelido em qualquer um, seja aliado ou adversário político, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado coleciona essa modalidade de troça há décadas. Inocentemente, alguns ‘homenageados’ até pensam que é uma deferência ou afago.

Não mesmo.

A ex-deputada federal Sandra Rosado (PSDB), prima e por muito tempo adversária política, para ele é “A poderosa.” No seu íntimo, claro que não. O todo-poderoso é ele mesmo.

O bancário aposentado Pedro Moura é “Ministro,” na definição de Carlos Augusto. Pedro foi um conselheiro herdado dos tempos do rosadismo, grupo liderado pelo ex-deputado federal Vingt Rosado – tio do ex-deputado.

O jornalista Canindé Queiroz (in memoriam) era saudado como “Miséria.” Por trás, na frente, em qualquer lugar, qualquer conversa. Era Miséria aqui e acolá.

Canindé Miséria dava uma baforada no cigarro, cofiava a barba e ria.  Sabia bem o significado do tratamento pessoal. A-do-ra-va, que se diga. Contudo, não dava o troco. O tratava pelo prenome mesmo: Carlos.

Eu também não escapei do xará. Dos tempos de redação do extinto jornal Gazeta do Oeste, o codinome ‘nobre’ que me aplicou foi o de “Príncipe.” Plebeu, isso sim.

Para me ‘vingar’, sem querer ficar por baixo, atrevidamente revidava. A cada contato pessoal ou por telefone com o deputado, a saudação era uma só: “Diga, Vereador.”

Meu interlocutor não se incomodava. Sempre via tudo do alto, com olhos de enquadramento cinematográfico plongée (ângulo de cima para baixo), com todos a seus pés).

Sua mulher Rosalba Ciarlini Rosado tem um para deixá-la toda dengosa, ganho ainda nos  tempos de namoro: “Mãinha.” Entretanto, se ele está num daqueles dias de erupção, indócil… esqueça. Não cabe espalhar. Coisa de casal.

Nosso personagem também foi vítima do seu próprio veneno. Dos adversários, em tom provocativo, ganhou o epíteto de “Ravengar.” Era alusão ao personagem maquiavélico interpretado pelo ator Antônio Abujamra, na novela histriônica e satírica “Que rei sou eu?” (1989) – da Rede Globo de Televisão.

Mas, não pense você que isso lhe fez ou faz mal. Nadica de nada.

Carlos Augusto adora ser ele mesmo: Ravengar.

Vereador? Não. Esqueça essa minha bobagem.

Ravengar está de bom tamanho.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Threads AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica / Política / Reportagem Especial
domingo - 05/11/2023 - 23:58h

Pensando bem…

“Na condução das questões humanas não existe lei melhor do que o autocontrole.”

Lao-Tsé

Compartilhe:
Categoria(s): Pensando bem...
domingo - 05/11/2023 - 12:48h

Só Rindo (Folclore Político)

O marido de Maria da ConceiçãoFofoca, ouvido, orelha, recado, notícia, zunzunzum, fake news

O ex-vereador, advogado e professor Antônio Tomaz Neto era bem jovem e recém-casado.

Estava de bermuda na casa da sogra, quando passa perto dela puxando por uma perna.

Surpresa, pois não tinha notado ainda aquele detalhe no genro, ela furtivamente chama a filha e indaga aos cochichos:

– Maria da Conceição, você está sabendo que seu marido é aleijado?

Ceição gargalha e desfaz qualquer dúvida:

– Claro, mamãe. Eu sempre soube que Toinho era assim.

E assim estão juntos há mais de 40 anos.

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Threads AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI

Compartilhe:
Categoria(s): Folclore Político
domingo - 05/11/2023 - 11:38h

A solidão devora

Por Odemirton Filho

Imagem ilustrativa da Freepik

Imagem ilustrativa da Freepik

 Percebia-se o olhar distante. O senhor idoso, talvez com mais de oitenta anos de idade, por vezes abria um largo sorriso. Sentado em uma cadeira, após tomar o seu lanche vespertino, estava sozinho, embora na sala da casa que abrigava idosos estivessem várias pessoas.

No que estava pensando? Quem sabe na sua vida de outrora. Vinha à sua memória lembranças do passado, da infância, de seus pais. Se alguém perguntasse sobre a sua vida, ele, na maioria das vezes, falava sobre os tempos de menino e da juventude.

O velho senhor sempre recebia visita de seus familiares. Alguns colegas da casa, porém, foram esquecidos ali. Ninguém os visitava. Viviam assistidos pelos funcionários que trabalhavam no local. Eram a família daquelas pessoas. Por motivos diversos, que não nos cabe julgar, os familiares os abrigaram naquele local.

Aquele senhor, nos seus raros momentos de lucidez, lembrava do passado; dos almoços aos domingos; das inúmeras festas de aniversário ao lado de seus filhos e netos. Talvez, lembrasse da juventude, do namoro com sua mulher, há tempos falecida. Lembranças de tempos idos e vividos. Tempos de alegria. Agora, o vazio; a falta de sentir o calor de um abraço.

O que ele mais gostava era se reunir com a família e amigos. Reuniões festivas, regadas a bebida e comida. Vez ou outra viajava com sua mulher. Iam passear por aí, conhecendo outros lugares, outras pessoas. Hoje, vez em quando algum familiar vinha buscá-lo para dar uma volta pela cidade. Todos estavam cuidando da vida, tinha pouco tempo, diziam.

Era bem cuidado, estava cercado por várias pessoas, todavia, vivia calado, em seu mundo. Nada, absolutamente nada, substitui a presença e o amor de quem amamos. Há, é claro, quem goste de viver sozinho, apreciando a própria companhia. Ele, que se privou de várias coisas para dar o melhor aos filhos e netos, estava longe dos seus.

Às vezes, quando todos estavam recolhidos em seus quartos para dormir, ouvia-se o velho senhor cantar, baixinho:

A solidão é fera, a solidão devora, é amiga das horas, prima-irmã do tempo, e faz nossos relógios caminharem lentos, causando um descompasso no meu coração”.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica
domingo - 05/11/2023 - 10:36h

A companhia dos livros

Foto ilustrativa de RebeccaVC1 / flickr/ creative commons

Foto ilustrativa de RebeccaVC1 / flickr/ creative commons

Por Marcelo Alves

Há uma frase que adoro e sempre repito: “Um homem de espírito nunca se sente só consigo mesmo”. Não sei por que cargas d’água, sempre atribuí essa danada a Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832). Talvez se deva ao fato de achá-la a cara de “Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister” (1796), que é, de par com “A montanha mágica” (1924) de Thomas Mann (1875-1955), um dos mais célebres “romances de formação” (“Bildungsroman”, em alemão) da história da literatura universal.

Talvez seja apenas porque, assim, lhe empreste o argumento da autoridade. Se a frase fosse ou for minha, disso, de autoridade, teria muito pouco ou quase nada.

Na realidade, não sei nem se o seu conteúdo é verdadeiro. Já passei por maus bocados, solitário, quando estudei/morei fora do Brasil. Bom, muito provavelmente, eu não seja um “homem de espírito” tal qual Goethe se definia. Certamente é isso.

De toda sorte, nestes tempos tão difíceis, eu vou utilizar a sentença do autor de “Afinidades eletivas” (1796) para falar de um excelente tipo de companhia para a solidão: os livros. Os homens de espírito são, de modo geral, muito afeiçoados a eles.

Muito se fala dos benefícios trazidos pelos livros e pela leitura. Castro Alves (1847-1871), em seu poema “O livro e a América”, disse: “Oh! Bendito o que semeia/Livros…livros à mão cheia…/E manda o povo pensar!/O livro caindo n’alma/ É germe — que faz a palma/É chuva — que faz o mar”. Cultura, educação, conhecimento. Coisas tão caras à civilização, mas que hoje, muito frequentemente, são desprezadas por alguns obscurantistas, aqui e alhures. E, para além do conhecimento, os livros, os bons livros, escritos por mentes iluminadas, durante os mais de dois mil anos da nossa história, também nos dão inspiração, sanidade e felicidade. Por fim, eles nos curam de muito males. Inclusive os males de que hoje estamos padecendo.

Por sinal, conheço um livro interessantíssimo, que trata precisamente disso: “Farmácia Literária” (Versus Editora, 2016), de Ella Berthoud e Susan Elderkin. Organizado em forma de dicionário, nele “os leitores podem simplesmente procurar por sua ‘doença’, seja ela agorafobia, tédio ou crise da meia-idade, e encontrarão um romance como antídoto”. E a chamada “biblioterapia” do livro “não discrimina entre as dores do corpo e as da mente (ou do coração). Está convencido de que tem sido covarde? Leia O sol é para todos e receba uma injeção de coragem. Vem experimentando um súbito medo da morte? Mergulhe em Cem anos de solidão para ter uma nova perspectiva da vida como um ciclo maior. Ansioso porque vai dar um jantar em sua casa? [Coisa quase impossível hoje, não?] Suíte em quatro movimentos, de Ali Smith, vai convencê-lo de que a sua noite nunca poderá dar tão errado”.

Nestes tempos bicudos, tão escassos de contatos pessoais, em que, tal qual o “Elefante” de Carlos Drummond de Andrade (1902-1907), estamos ávidos “para sair à procura de amigos”, num “mundo enfastiado, que já não crê nos bichos e duvida das coisas”, quando “não há na cidade alma que se disponha a recolher em si”, do nosso “corpo sensível, a fugitiva imagem, o passo desastrado, mas faminto e tocante”, sobretudo “faminto de seres e situações patéticas, de encontros ao luar, no mais profundo oceano, sob a raiz das árvores ou no seio das conchas”, a melhor companhia/remédio que podemos ter são os livros. Com efeitos colaterais mínimos, juro.

Na verdade, isso vale não só para agora. Na vida, nem sempre podemos ter nossas amadas conosco. Nem nossa família. Ou mesmo os nossos amigos. No frigir dos ovos, para termos qualquer dessas companhias, dependemos da vontade de outrem. E até já foi dito, por um tal Jean Paul Sartre (1905-1980), embora em outro contexto, que “o inferno são os outros”. Já na companhia de um grande livro, com suas narrativas e suas personagens, não dependemos de ninguém. Estaremos sempre bem acompanhados, mesmo estando sozinhos.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica
domingo - 05/11/2023 - 09:38h

Como as startups estão redefinindo a logística?

Por Caio Reina

Ilustração postada na Tiinside

Ilustração postada na Tiinside

A logística, por sua própria natureza, envolve um longo e complexo arranjo de processos – alguns que, inclusive, foram estabelecidos há décadas. Porém, nos últimos anos, a tecnologia e as consequentes mudanças no comportamento dos consumidores demandaram uma significativa evolução nesse setor tão tradicional.

As startups de logística (ou logtechs) surgiram para desempenhar um papel fundamental na abordagem dessas demandas, principalmente no que diz respeito à agilidade. Enquanto as grandes corporações tendem a contar com processos mais burocráticos e sistemas legados, as startups têm a flexibilidade necessária para adotar novas tecnologias e modelos de negócios de maneira rápida e eficiente.

Isso tem sido especialmente perceptível quando se trata de otimização de rotas e gestão de entregas. Nos últimos anos, as logtechs foram cruciais para um salto de inovação nas operações logísticas, que precisaram se ajustar rapidamente a um novo perfil de consumo, demandando maior produtividade para viabilizar  e entregas mais rápidas.

Assistimos então a uma alavancada no uso da inteligência artificial para criar sistemas altamente eficientes, que substituíram tarefas manuais e ofereceram mais visibilidade, tanto para as operações quanto para o consumidor.

Logo, a relação entre startups e as grandes corporações tem sido muito mais colaborativa do que competitiva. Com mais experiência, alcance e recursos, as companhias têm buscado parcerias estratégicas com startups para alavancar suas inovações e soluções tecnológicas, além de se manterem sempre atualizadas em um contexto de sucessivas mudanças.

Os anos de 2020 e 2021 foram grandes exemplos dessa movimentação. À medida que o e-commerce se tornou a salvação para muitos negócios durante o isolamento, as startups emergiram como parceiras essenciais para impulsionar a transformação digital e atender às demandas por entregas mais rápidas e eficientes.

De acordo com um relatório da McKinsey, no auge da pandemia, as logtechs receberam o dobro de investimentos, já que o cenário trouxe consigo desafios sem precedentes para a logística.

Essas parcerias também encontram um terreno fértil quando se trata de enfrentar desafios de sustentabilidade. Graças à adoção de uma abordagem mais inovadora, diversas companhias estão minimizando seus impactos ambientais, reduzindo desperdícios e otimizando a utilização de recursos.

E o futuro parece cada vez mais promissor. Existe ainda um grande horizonte a ser explorado quando se trata de inteligência artificial, internet das coisas, aprendizado de máquina e big data, principalmente para criar experiências mais personalizadas para o consumidor.

Por isso, em um arranjo tão complexo quanto a logística, as startups desempenham um papel valioso: criar ferramentas praticamente sob medida para solucionar problemas específicos.

Caio Reina é CEO e fundador da RoutEasy

Compartilhe:
Categoria(s): Artigo
domingo - 05/11/2023 - 08:38h

Enquanto o sono não vem (culto à noite)

Por Carlos Santos

Foto ilustrativa da página Perito Animal

Foto ilustrativa da página Perito Animal

Boêmio convicto, o jornalista-compositor pernambucano Antônio Maria cunhou uma frase que virou um culto à boa vida noturna carioca, que ele aproveitou intensamente, sobretudo nos anos 50: “A noite é uma criança”.

É verdade. Eu já a embalei muito e a conheço bem. Contei estrelas sob seu teto, tangi-a por aí, sem destino. Com seu consentimento eu bebi todas, bradando aos quatro cantos a minha felicidade.

Para Cazuza, “o banheiro é a igreja de todos os bêbados”. À noite, é também o vômito espalhado no chão, o batom na gola da camisa, recanto das mais sórdidas confissões e daquele inescapável último pingo na cueca.

“À noite todos os gatos são pardos.” Tenho minhas dúvidas. Muitos cintilam e reluzem, para morrer aos primeiros raios de sol da manhã. Outros têm cores próprias e se renovam ao amanhecer. Tem sete vidas.

Na verdade, a noite tem o poder de revelar pessoas, isso sim. Mas elas não são melhores ou piores por causa da noite. Nem adianta culpar a bebida por sua imagem lasciva declarada, longe da identidade diurna.

A “persona” (máscara) não cabe em qualquer um, é bom que fique claro. Ela se esconde na maquiagem borrada, na moral encardida.

Hemingway disparou: “Paris é uma festa”. Tem sido assim há décadas. E a noite?

Temos muito de Paris, do Sena que nos corta à Bastilha que nos prende. A Champs Élysées que parece infinita é como aquela noite que nunca devia acabar, de tão boa.

A “baladeira” (rede) me aguarda dadivosa. Tadinha, tão surrada, mas acolhedora. A noite engatinha e o sono não chega. É como meu novo bebê, vivo num imaginário dividido e partilhado, pronto para nascer. Estou à sua espera infinitamente.

O que seria da humanidade pós-moderna se não fosse Twitter, MSN, Facebook etc.? Sobreviveria, lógico, mas assim mesmo quero ir para Pasárgada. Sem querer ser esnobe, vou logo avisando: lá não faço questão de ser amigo do rei.

Sou velho mesmo. Do tempo que puxava o sono ouvindo a Rádio Mundial, folheava a Playboy às escondidas, com olhar rútilo, jogava conversa fora à calçada para engolir as horas e fazia do sarro o ápice do “amor”.

Bom tempo.

Sou do tempo que a madrugada insone, de boemia inocente, terminava no Mercado Central, na esquina de casa, na praça com o sol dando “bom-dia”. Feliz pela camisa amarrotada, por sentir outro perfume no corpo ou conformado com a solidão de muitas vozes ininteligíveis, sem que umazinha sequer me acalentasse.

Saudosista? Não. Vivo hoje o melhor dos meus dias terrenos, sem medo de olhar para trás e enxergar minhas próprias pegadas.

O meu tempo não é o da saudade. Fico a falar do que passou, porque passou sem ir embora. É como aquele livro bom, socado entre outros na estante, que a gente sempre consulta numa releitura que se renova.

É, muitas vezes, um volver para rir das próprias desgraças. Passeio por desventuras próximas as de “Geraldo Viramundo”, personagem de Fernando Sabino, sempre envolto em situações picarescas e estapafúrdias. Um Dom Quixote sertanejo.

Ah… e se eu fosse poeta? E se tivesse um violão? Não quero nem pensar. A sarjeta seria minha pátria. Bardo solto por aí, crente na imortalidade, não estaria aqui, balbuciando essas palavras. A noite teria minha vigília permanente à janela de Rapunzel.

Talvez fosse “um menino passarinho, com vontade de voar”, como escreveu Luiz  Vieira. Até pediria que copiassem o próprio Sabino com um etipáfio parecido àquele posto em seu túmulo, para fechar minha história:

“Aqui jaz Carlos Santos, que nasceu homem e morreu menino”.

Boa noite. O sono chegou.

São 3h15… zzzz!!!

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos (Canal BCS)

*Texto originalmente publicado nesta página no dia 13 de fevereiro de 2011 (veja AQUI).

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica
domingo - 05/11/2023 - 07:44h

Quando a casa cai

Por Marcos Ferreira

Ilustração Web

Ilustração Dreamstime Web

Existem certos golpes que nós sofremos e precisamos de muitos anos para assimilar. Passamos por céus e terras, terremotos e vendavais psicológicos, até conseguirmos (se pudermos) seguir em frente. Nesse ínterim, como às vezes ocorre, o mercurocromo do tempo cuida de cicatrizar as feridas do coração e do espírito. Aí o sujeito toma fôlego, retorna à superfície e encara a correnteza da vida.

Mas nem todo mundo consegue cruzar o rio enfestado de crocodilos e chegar ileso à outra margem. Alguns cansam, ficam no meio do caminho, e são devorados pelos répteis.

Essas metáforas todas são para recordarmos do quanto somos (há exceções) pequenos e falíveis. Pois da noite para o dia, de uma hora para outra, num momento em que julgamos desfrutar de plena saúde, poder e riqueza, súbito nos damos conta de que tudo isso ruiu e o céu desabou sobre as nossas cabeças.

Vivenciamos coisas terríveis, incontornáveis, das quais nunca conseguimos nos recuperar. Por mais que tentemos nos reerguer ou nos iludir com a autossugestão de que batemos a poeira e demos a volta por cima, os traumas e sequelas ficarão para sempre e jamais seremos os mesmos. Como afirmou o ator e filantropo americano Robin Williams, ganhador, entre tantas outras premiações, de um Oscar: “Ninguém finge que está com depressão. As pessoas fingem que estão bem”.

Williams cometeu suicídio em agosto de 2014, aos sessenta e seis anos. Sofria de depressão, ansiedade e foi diagnosticado com mal de Parkinson. Ainda há indivíduos que dizem que isso é malandragem, besteira, frescura.

Um sem-número dos melhores psiquiatras e psicólogos fazem uso da mais avançada psicologia e de um arsenal de medicamentos poderosos, no entanto, às vezes, esse conjunto de ciência e aconselhamentos finda derrotado por uma única mente atormentada. Não importa que o céu esteja azul e propício para um banho de mar, que os pássaros cantem lindamente, que o Sol brilhe, que nasça e se ponha todo santo dia, que as estrelas e a Lua ainda sejam uma fonte inesgotável de poesia. Embalde. Chega um dia em que vemos que a casinha do nosso amor-próprio caiu.

Antes que a casa de nossa alma caia, é preciso tomar algumas providências cruciais: fortalecer nossas fundações psíquicas, tirar o salitre do coração, pintar tudo de branco, exceto as portas e janelas, que podem ficar agradáveis na cor azul.

Se houver sótão ou porão, afugentar os fantasmas com pinturas de Laércio Eugênio, Túlio Ratto e Airton Cilon. Não esquecer de extinguir os cupins do pessimismo que danificam a madeira que sustém o teto do nosso bom humor. Recomenda-se também colocar um arco-íris em nossa moringa, como naquela canção do Paulo Diniz.

Existe a possibilidade de que nada dê certo, que nademos bravamente e morramos na praia. Contudo, reunindo as últimas fibras do nosso instinto de autopreservação, quem sabe possamos nos agigantar diante da morte e mandá-la para os quintos. Aí será possível reaprendermos que viver sempre valerá a pena.

Marcos Ferreira é escritor

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica
domingo - 05/11/2023 - 04:38h

Cascudo sempre!

Por Honório de Medeiros

Câmara Cascudo em seu habitat (Foto: Web)

Câmara Cascudo em sua biblioteca, à máquina: textos para o prazer da boa leitura (Foto: Web)

Releio, mais uma vez Na Ronda do Tempo, do mestre Câmara Cascudo. E mais uma vez me deixo encantar, fico seduzido pelo seu talento de escritor.

Gosto de ler esses seus livros memorialísticos, tal qual Ontem e Pequeno Manual do Doente Aprendiz, lentamente, saboreando as palavras, a construção das frases, o bordado do texto que se delineia ante nossos olhos. O prazer da boa leitura!

Cascudo é inquestionável quanto ao conjunto da obra. Denso, complexo, eterno, se tivesse nascido na Europa ou nos Estados Unidos seria cultuado.

Neste “Brasil” que segundo suas próprias palavras, em Na Ronda do Tempo, “regiamente recompensa aqueles que não servem e se servem dele, condescendendo em ser vaca de leite para malandros escorregadios, atingindo todas as alturas, rastejando e babando”, o merecimento, o respeito que se tem por sua produção, é episódico e fragmentado.

Resiste bravamente pelo denodo de alguns enquanto ele, Cascudo, o pensador, o polímata, em sua própria Região, o Nordeste, se transformou em personagem folclórico. “Vá ler em Cascudo, ignorante”, dizem. Ironia do destino.

Já em 1969, no Ronda do Tempo, fino observador do que se lhe passa em seu entorno, e à Montaigne, um dos seus prazeres literários sempre renovados, observou: “Para mim, compra-se infinitamente maior quantidade de livros, mas a leitura é muito inferior e rara.”

E continuou, cáustico:

Desapareceram aqueles embaixadores da Cultura Axilar, na classificação de Agripino Grieco, passeando com o volume debaixo do braço. Deduzo esse resultado no contato de amigos e audição de palestras intelectuais sobre autores. Dá-me a impressão de viagem aérea. Não há pormenor, figuras, episódios, boiando na memória. Há visão de conjunto, síntese, resumos impressionistas, marchas, flashes. A opinião virou parecer técnico. A maior massa adquiriu para ter o volume que a voga apregoou e é um decesso ignorá-lo, como a um recanto pitoresco ou Night Club consagrado pelos cronistas da Vanity Fair. As alusões e conclusões ao autor são sempre vagas e genéricas. E essa minoria que lê pertence aos concorrentes reais ou em potencial. Já não existe aquela memória fiel às preferências literárias, recitando trechos e lembrando frases felizes. O restante olha sem ver. Muito Best-seller dormindo nas cestas dos “saldos”.

Impressionante. O olhar do sábio reconstrói, no presente, com a messe do passado, aquilo que será o futuro.

A simplicidade com a qual escreve é algo invejável, inatingível. Com uma frase expõe um espaço significativo da realidade. E o faz rendendo homenagens, sempre, ao estilo, como nessa frase, colhida do seu livro já citado, por meio da qual critica a excessiva produção literária daquele tempo (imaginemos o que diria hoje!): “Passeio furtivo pelas livrarias. Montanhas de livros. Dá-me o remorso de ser cúmplice.”

Que mais poderia ambicionar um leitor contumaz ao ler um livro, a não ser se deparar com uma frase como essa?

Cascudo sempre!

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura de Natal e do Governo do RN

*Crônica extraída do livro De uma longa e áspera caminhada, pela Editora Viseu.

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica
sábado - 04/11/2023 - 23:58h

Pensando bem…

“Apaixone-se primeiro por você. Pela vida. Depois, por quem você quiser.”

Frida Kahlo 

Compartilhe:
Categoria(s): Pensando bem...
sábado - 04/11/2023 - 20:34h
Vereança

Uma ideia política em gestação para 2024

Em novo papel, Robinho, o "Mossoró", segue o mesmo dos tempos das reportagens (Foto: cedida)

“Robinho,” o Robson Carvalho,  em pose num de seus papeis na vida (Foto: cedida)

Fotojornalista dos bons, bacharel em direito e policial penal em Minas Gerais, Robson Carvalho – o “Robinho” – maquina possibilidade de concorrer à vereança em Mossoró no próximo ano.

Está maturando a ideia.

Aqui e ali, ele sussurra no ouvido de amigos e familiares esse plano ainda primário para 2024.

Se é para avançar, vá em frente, cabra.

Nós sabemos que tirando todos os defeitos, você é gente boa e pode ser muito útil à política.

Cuida!

Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Threads AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Gerais / Política
sábado - 04/11/2023 - 15:30h
Reportagem especial

A nova serra dos potiguares está em obras, mesmo sem estrada

Por Tárcio Araújo (FM 95 Mossoró, especial para o BCS)

Beleza, clima agradável e tranquilidade e investimentos desenham nova realidade na serra (Fotomontagem do BCS)

Beleza, clima agradável, tranquilidade e investimentos desenham nova realidade (Fotomontagem do BCS)

Nos últimos cinco anos, a Serra de João do Vale, situada entre os municípios de Jucurutu-RN, Triunfo Potiguar-RN, e Belém do Brejo do Cruz-PB, a 132 km de Mossoró e 275 de Natal, têm vivenciado um momento de ebulição no que se refere à expansão de novos imóveis, além do turismo e outros negócios. Parece que “agora vai”, usando-se aqui um bordão muito em moda.

Até 2018, a localidade tinha crescimento tímido, praticamente inexistente, apesar de uma população estimada em 2.500 moradores nativos vivendo no seu platô.

Mas foi após a chegada de alguns investidores vindos de outras plagas, que a região passou a ter um dinamismo mais acentuado. Tanto na expansão das construções quanto na divulgação do potencial turístico e ainda em termos de cobrança social por melhorias em sua estrutura pública, como a sonhada estrada pavimentada.

“Eu vejo que esse novo momento faz a serra de João do Vale despontar no cenário do interior do estado como próximo destino serrano do Rio Grande do Norte, mesmo sem dispor ainda de acesso rodoviário com asfalto.” Quem pensa assim é o advogado caicoense Fábio Leite, que ergueu uma casa no lugar, tendência que muitos seguem. São dezenas as construções com esse perfil na serra.

Enquanto a estrada não sai do papel, a expansão imobiliária segue em ritmo acelerado por toda a extensão da chapada de “Pepetama” (nome dado pelos índios pegas, seus primeiros habitantes).

Em obras

Pelas contas do empreendedor e morador da localidade, Cássio Medeiros, 55, há hoje na serra de João do Vale entre 50 a 80 imóveis em construção. A maior parte é casa para descanso nos fins de semana, onde as famílias aproveitam a disponibilidade do clima, mirantes e outros encantos da natureza.

Pousadas, restaurantes e casas privadas estão ganhando vida no lugar (Fotomontagem do BCS)

Pousadas, restaurantes e casas privadas estão ganhando vida no lugar (Fotomontagem do BCS)

Medeiros, que é natural de Caicó, vislumbrou esse potencial desde 2019 quando inaugurou o seu ‘Mirante do Sossego’, com casa, espaço de alimentação, varanda e dois chalés para hospedagem. Atualmente ele está ampliando a capacidade de receptivo com a construção de mais dois novos apartamentos.

Segundo o empreendedor, a oferta de leitos na serra de João do Vale ainda é baixíssima. Ele conta que são apenas 05 chalés em toda serra, com limite de acomodar até uma dúzia de pessoas, não mais que isso.

A empresária Rosa Maria, proprietária do ‘Mirante do Vale’, foi a pioneira na visão do turismo local. Em 2015, ela abriu os dois primeiros chalés. O espaço é considerado uma das vistas mais belas da serra de João do Vale, com varanda estendida e espaço verde.

Atualmente mais três novas pousadas estão sendo erguidas por outros investidores. Estima-se que até o final de 2024, a serra de João Vale tenha uma capacidade de hospedagem para cerca de 100 pessoas.

Por enquanto, uma das saídas para quem procura hospedagem na região tem sido o aluguel de casas particulares para os finais de semana. O preço médio de uma locação residencial em casa ampla com vista para os mirantes está em torno de R$ 500 (Quinhentos).

Outro empreendimento que chama a atenção pela beleza arquitetônica e decoração, é o restaurante e pousada ‘Mirante do Lobo’, também em fase de construção. Um ambiente gastronômico que promete cozinha especial e uma vista para encher os olhos e a alma, além de outras atrações como trilha ecológica e passeio de charrete.

Maquete da Pousada Santarém de Janúncio Tavares (Reprodução)

Maquete da Pousada Santarém de Janúncio Tavares (Reprodução)

Entretanto, talvez quem mereça uma medalha de ouro pela coragem e empenho para conseguir com que a serra de João do Vale fosse descoberta, seja Janúncio Tavares, 35, que também negocia terrenos na serra desde 2013. “A gente tem vendido muito,” afirma.

Outro investimento dele é a Pousada Santarém, já em construção. Promete ser um grande diferencial em termos de hospedagem, em local muito privilegiado.

Situada na chapada pelo lado de Triunfo Potiguar e vista para o pôr do sol, terá 12 quartos com suíte e mais dois chalés, devendo ofertar 42 novos leitos após concluída.

E a estrada?

Apesar de muitas carências e muito a ser vencido, a serra como destino turístico carece de algo delicado e que há décadas está na promessa ou no “quase.” É o maior gargalo para alavancar a atividade turística no lugar: a construção da rodovia que liga a localidade até a cidade de Jucurutu, numa extensão de 17 km. O que tem sido uma luta que perdura por quatro décadas, mas que também se fortaleceu nos últimos anos graças ao engajamento dos próprios investidores locais.

“Esse grupo de pessoas têm reunido esforços para que a construção da estrada seja reiniciada o quanto antes”, conta o advogado Fábio Leite, que instigou Ação Civil Pública no Ministério Público Federal (MPF) para investigar denúncias de irregularidades na construção da obra. Os serviços estão paralisados desde março do ano passado.

No último mês de setembro, uma audiência pública foi realizada na cidade de Jucurutu com a presença de autoridades políticas e parlamentares, representantes do Governo Federal, prefeitos e diversos segmentos da sociedade. No encontro foi firmado um compromisso público por representantes do governo e deputados federais para que os serviços sejam retomados através da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (CODEVASF).

Natureza exuberante, clima e tranquilidade revelam potencial turístico do lugar (Fotos: Francinildo Silva)

Serra de João do Vale fica entre municípios de Jucurutu, Triunfo Potiguar e Belém do Brejo do Cruz (Fotos: Francinildo Silva/Arquivo)

Veja AQUI links para uma série de matérias sobre a serra de João do Vale, de sua história ao potencial econômico, belezas, ecologia e gente.

Acompanhe o Blog Carlos Santos (BCS) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Threads AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Gerais
sábado - 04/11/2023 - 12:34h
TJRN

Juiz da Vara da Fazenda é cotado para ser desembargador no RN

Cícero Martins tem largo conceito na magistratura (Foto: TN/Arquivo)

Cícero Martins tem largo conceito na magistratura (Foto: TN/Arquivo)

O juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública de Natal, Cícero Martins de Macedo Filho, é um nome cotadíssimo para compor o Tribunal de Justiça do RN (TJRN).

A propósito, judicante muito respeitado na magistratura potiguar.

Aguardemos, pois.

Acompanhe o Blog Carlos Santos (BCS) pelo Twitter AQUI, Instagram AQUI, Threads AQUI, Facebook AQUI e YouTube AQUI

Compartilhe:
Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público
Home | Quem Somos | Regras | Opinião | Especial | Favoritos | Histórico | Fale Conosco
© Copyright 2011 - 2024. Todos os Direitos Reservados.