domingo - 03/08/2025 - 20:28h
Domingo, 03

Bolsonarismo faz movimentação expressiva em Natal

Movimento do bolsonarismo em Natal, neste domingo (03), defendeu anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hostilizou o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) e fez ataques ao presidente Lula e seu partido, o PT.

O senador Rogério Marinho (PL) foi a principal estrela da manifestação expressiva na capital do RN, que ocorreu também em diversas outras cidades do país.

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Categoria(s): Política
domingo - 03/08/2025 - 12:24h
Traição a Magnitsky

Lei usada por Trump contra Moraes é descabida, diz o seu criador

"Ministro não é violador de direitos humanos, tampouco é um cleptocrata", diz William Browder

Por Pedro Dória (Canal Meio)

Sir William Browder fomentou lei que ganhou dimensão internacional, a partir de uma experiência dolorosa (Foto: Canal Meio)

Sir William Browder fomentou lei que ganhou dimensão internacional, a partir de uma experiência dolorosa (Foto: Canal Meio)

“O ministro Alexandre de Moraes não é um violador grave de direitos humanos, não é acusado de sê-lo, tampouco é um grande cleptocrata que ganhou bilhões em corrupção.” A frase é de Sir William Browder, 61 anos, americano naturalizado inglês, financista e, a um tempo entre finais de anos 1990 e princípios deste século, o maior investidor estrangeiro na Rússia. Browder é, também, o pai da Lei Magnitsky, aquela utilizada pelo governo de Donald Trump contra o relator do processo de tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal. “Essas são as únicas categorias pelas quais alguém deve ser sancionado pela lei.”

Em entrevista ao Meio, disponível na íntegra, em inglês, no nosso streaming, Browder se mostrou simultaneamente indignado e aliviado. “Eu temia que eles quisessem acabar com a Lei Magnitsky”, diz sobre o atual governo americano. “Este é claramente um abuso da lei mas, ironicamente, agora eles também estão comprometidos com ela.”

No princípio do governo de Vladimir Putin, o Kremlin começou a partir contra os negócios em que o fundo de Browder havia investido. Era um leque de companhias focadas em energia como Gazprom, Surgutneftegaz, Unified Energy Systems e Sidanco. Foram pressionadas de toda forma, vieram processos estapafúrdios até, no fim, serem encampadas. Para questionar nas cortes o que era o início dos muitos abusos do governo Putin, ele constituiu um jovem advogado tributarista chamado Sergei Magnitsky. Quando descobriu uma fraude fiscal de US$ 230 milhões cometida pelo governo, Magnitsky foi preso, torturado por 358 dias e, ao fim, morto. Tinha 37 anos.

Perante o choque, Browder fez de sua missão de vida constituir um aparato legal que permitisse punir os responsáveis por crimes de alto grau de violência e corrupção como este. A Lei Magnitsky não é apenas americana — há legislações equivalentes a ela no Canadá, no Reino Unido, na União Europeia e na Austrália. A praxe é de que quando um dos governos decide após muita análise punir alguém com ela, que o ato ocorra em concerto com os outros. Esta rede faz com que os grandes corruptos e violadores de direitos humanos tenham muita dificuldade de transitar com seu dinheiro pelo mundo.

Para o criador da Lei Magnitsky, o uso da lei contra Moraes é tão absurdo que, se o governo brasileiro entrar na Justiça americana, ganha já desde a primeira instância. “Os tribunais são independentes; e a lei, escrita de forma muito clara”, ele diz. “As instituições americanas são muito fortes, mas vamos sofrer um tanto porque este presidente ainda tem mais três anos e meio de mandato.”

Sir William, como surgiu a Lei Magnitsky? O que aconteceu?

Fui o maior investidor estrangeiro na Rússia por cerca de uma década, do fim dos anos 1990 ao início dos anos 2000. Comecei a descobrir corrupção nas empresas em que investia e denunciei esses esquemas. Como retaliação, fui expulso do país. Meus escritórios foram invadidos e a polícia confiscou diversos documentos. Pedi a um jovem advogado, Sergei Magnitsky, que investigasse por que estavam apreendendo esses papéis. Ele descobriu que os documentos vinham sendo usados numa fraude fiscal complexa em que autoridades corruptas e membros de organizações criminosas se uniram para desviar e roubar US$ 230 milhões em impostos que minha empresa havia pagado ao governo russo. Sergei expôs o crime, testemunhou contra os envolvidos e, em seguida, foi preso, torturado por 358 dias para tentar fazê-lo retirar seu depoimento e, depois, assassinado sob custódia da polícia russa aos 37 anos. Isso foi em 16 de novembro de 2009. Desde então, abandonei a vida empresarial para dedicar todo o meu tempo, energia e recursos a buscar justiça contra os responsáveis.

Acabei chegando a uma ideia: a Rússia é um país sem justiça, totalmente dominado pelo crime, mas talvez esses criminosos se sentissem pior se seus bens no Ocidente fossem congelados, e eles não pudessem viajar para lá. Levei essa ideia a Washington, depois ao Reino Unido, ao Canadá, à União Europeia e a outros lugares, perguntando: “Podemos congelar os ativos e negar vistos a esses violadores de direitos humanos e cleptocratas russos?”. Essa proposta se tornou a Lei Magnitsky. A lei foi aprovada nos Estados Unidos em 2012, no Canadá em 2017, no Reino Unido em 2018, na UE em 2020 e na Austrália em 2021. Hoje, ela existe em 36 países e é a ferramenta mais poderosa para responsabilizar abusadores de direitos humanos, torturadores, assassinos e grandes cleptocratas que antes eram intocáveis.

Normalmente, quando alguém entra na lista da Lei Magnitsky nos EUA, essa decisão é espelhada no Canadá, no Reino Unido, na UE e na Austrália, certo?

Certo. Não é 100 %, mas, em geral, se uma pessoa é considerada violadora de direitos humanos num país, isso é reconhecido em outros. É muito difícil colocar alguém na lista Magnitsky. É preciso ter feito algo realmente horrível. Por exemplo, os responsáveis pelos campos de concentração dos uigures em Xinjiang, na China — cinco ou seis generais envolvidos em genocídio —, estão na lista. Autoridades nicaraguenses que mandaram atirar em manifestantes pacíficos também. É preciso ser alguém bem perverso para entrar ali.

Pois o governo americano atual optou por usar a lei politicamente e incluiu um ministro do Supremo Tribunal Federal brasileiro. Não temos uma democracia perfeita no Brasil, mas há Estado de Direito: um ex-presidente está sendo julgado por tentar um golpe por um colegiado, e esse ministro, que conduz o julgamento, agora aparece na lista. O que isso significa?

Até onde sei, o juiz Alexandre de Moraes não é um grande violador de direitos humanos nem um cleptocrata que ganhou bilhões com corrupção — as duas categorias que justificam sanções pela Lei Magnitsky. Apontar alguém por razões políticas é um abuso da lei. Além disso, se um governo usa essa lei para ajustar contas políticas em outro país, essa decisão degrada o objetivo nobre da legislação. Não é um bom dia para a Lei Magnitsky.

A lei existe para incentivar comportamentos corretos e fortalecer democracias. Quando ela é usada assim…

A Lei Magnitsky foi pensada para países sem Estado de Direito — lugares onde assassinos e torturadores são intocáveis e vítimas não têm recurso. São esses indivíduos que devem ser sancionados. Veja o exemplo da África do Sul sob Jacob Zuma, um governo totalmente corrupto. E muitos sujeitos ajudaram Zuma a operar sua corrupção. Os irmãos Gupta, da Índia, supostamente roubaram dezenas de bilhões do Estado, e o país não conseguia puni-los. Os EUA e outros usaram a Lei Magnitsky contra eles. Esse é o uso correto da lei.

Quais são as consequências de usar esse poder contra democracias consolidadas que combatem corrupção e autoritarismo? Se os EUA impõem sua própria visão a outras democracias, o que acontece?

A questão vai além da Lei Magnitsky. O atual governo está abusando de outras leis: tarifas via IEEPA (International Emergency Economic Powers Act), o chamado “Alien Invasion Act” e mais. Isso faz muita gente estremecer. Democracias costumam cooperar. A Lei Magnitsky existe em vários blocos democráticos justamente para isso. Mas hoje há um grande país que se retirou de acordos como o Acordo de Paris e de instâncias da ONU. Os EUA, antes âncora do Estado de Direito e da democracia, se afastaram.

Há quem acuse grandes democracias de hipocrisia. Usar a Lei Magnitsky desse modo parece confirmar isso, não?

O mundo é vasto, com muitas opiniões. Democracia, Estado de Direito, bem e mal não desapareceram. Muitos tentam fazer o certo; alguns não. Também se pode criticar o Brasil por se alinhar a Vladimir Putin na guerra da Ucrânia. É complicado.
Trump sancionou o juiz porque seu amigo Bolsonaro está na berlinda, assim como ele esteve. Ele vai longe por isso. O mundo — e a Lei Magnitsky — seguirão. Eu temia que Trump desmontasse a lei, mas, ironicamente, ao abusar dela, ele também se compromete com ela. Este é um abuso específico. Se Moraes recorrer à Justiça dos EUA para contestar a sanção, provavelmente vencerá.

Túmulo de Sergei Magnitsky (Foto: James Hill - The New York Times)

Túmulo de Sergei Magnitsky (Foto: James Hill – The New York Times)

Esse caminho jurídico é viável?

Com certeza. Os tribunais nos EUA são independentes do Executivo, e a lei é clara: ele não se enquadra nas categorias. Se fosse ele, entraria com revisão judicial imediatamente.

Democracias no mundo se sentem atacadas pelo atual governo dos Estados Unidos. Trump é um erro passageiro corrigível no próximo mandato ou estamos diante de uma crise prolongada?

Não acredito que o movimento Maga (Make America Great Again) represente a maioria dos americanos. É uma minoria barulhenta. Muitos se sentem sem opção. Mas um grande grupo quer um governo normal — sem “britadeiras” de notícias todo dia. Confio na força das instituições americanas. Vi na Rússia o que é um governo tomado por criminosos. As instituições dos EUA são fortes. Teremos de aguentar mais — este presidente ainda tem três anos e meio —, mas eleições intermediárias, juízes, imprensa e estados decidirão as coisas. Um grupo só não toma um país sem representar a maioria.

No Brasil, muitos políticos se sentem reféns do bolsonarismo, como republicanos do Maga. Acham que precisam escolher entre ter votos ou ter uma espinha dorsal. O que lhes diria?

Não sei bem o que dizer a essas pessoas. Ao governo atual eu diria: se vocês não entregam para a maioria e continuam atendendo só a um grupo pequeno, líderes populistas surgirão. Foi o que ocorreu nos EUA — o governo Biden não entregou para a maioria, e um populista raivoso, com promessas falsas, capturou a atenção do público. Isso acontece em qualquer lugar onde o governo falha com a maioria. As pessoas têm razão de estar frustradas, mas precisam decidir se acreditam em promessas vazias ou em quem realmente entrega resultados.

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domingo - 03/08/2025 - 10:38h

Em defesa (moderada) do juridiquês

Por Marcelo Alves

Arte ilustrativa com recurso de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recurso de Inteligência Artificial para o BCS

O direito está mais intimamente ligado à linguagem do que ousa imaginar a nossa vã filosofia. Nós, os juristas, trabalhamos simbioticamente com a linguagem. E, em princípio, tendo por base a mesma linguagem comum ao homem médio.

Mas essa linguagem “comum” dos homens, independentemente do idioma que se utilize, é um veículo imperfeito para a expressão segura dos conceitos jurídicos. Por isso, assim como os médicos, os filósofos, os economistas etc. desenvolveram um vocabulário próprio, os juristas também o fizeram (ou tentam fazer). Afinal, toda ciência/arte precisa de uma linguagem técnica própria.

É verdade que essa linguagem técnica dos juristas é muitas vezes cafonamente distorcida. Vira o famoso e odiado “vocabulário empolado dos juristas”, o “juridiquês”, complicado não só para os leigos, mas também, em grande medida, para nós, supostos juristas.

De toda sorte, mesmo correndo o risco de ser mal compreendido, hoje vou fazer uma defesa do juridiquês, digamos assim, moderado. Até porque acredito ser um dos grandes desafios do jurista contemporâneo (falo aqui do jurista de verdade) estudar e trabalhar melhor sua linguagem.

André Karam Trindade e Roberta Magalhães Gubert (no texto “Direito e literatura: aproximações e perspectivas para se repensar o direito”, que faz parte do livro “Direito & literatura: reflexões teóricas”, publicado pela Livraria do Advogado Editora em 2008), embora o fazendo com propósitos diversos dos nossos, apontam algumas características da linguagem/discurso jurídico. Essas características estão intimamente relacionadas ao caráter e aos objetivos próprios desse discurso.

Enquanto a linguagem comum é em grande medida informal, emotiva e dinâmica, o discurso jurídico busca a abstração e a generalidade, a convenção e a clareza, o comando e a segurança, a padronização dos seus conceitos e dos seus sujeitos.

De fato, o direito e o seu discurso – e isso vale muito para um país filiado à tradição romano-germânica, como é o nosso – trabalham sobremaneira com a abstração e a generalidade como características fundamentais dos códigos e das leis.

O discurso jurídico organiza a realidade através de fórmulas e procedimentos preestabelecidos, com um conjunto de significações já convencionadas, formando um sistema quase fechado, com direcionamentos, obrigações e interdições linguísticas e vocabulárias bem claras. “Intimem-se”, “não provimento”, competência, ação, parte, recurso, sentença, acórdão etc., para ficar apenas no direito processual, são alguns dos muitíssimos exemplos de fórmulas e termos jurídicos com significações já previamente convencionadas e de usos recomendados.

E do texto jurídico espera-se sobretudo um comando claro, íntegro e coerente (não podemos viver de embargos de declaração), seja ele uma decisão, uma ordem, uma interdição, uma sanção, uma medida justa, um mandado ou um mandato e por aí vai.

Ademais, nas palavras de André Karam Trindade e Roberta Magalhães Gubert, “a função do direito é estabilizar as expectativas sociais, em busca da segurança jurídica”, o que requer, na medida do possível, a “perenização” do tempo e das coisas, o aprisionamento dos sentidos e o extermínio das emoções e dos afetos no texto jurídico.

Por fim, conforme ensinam os recitados André Karam Trindade e Roberta Magalhães Gubert, é próprio e esperado do discurso jurídico produzir/normatizar os seus diversos sujeitos/personagens – bem como investir as pessoas nos papéis normatizados, concedendo-lhes os direitos e os deveres convencionados –, cujos estatutos modelares devem servir como padrão das condutas no foro/lides jurídicas e como arquétipos esperados dos indivíduos na vida em sociedade. Aí temos tanto o juiz, o promotor, o advogado, o policial, como o pai de família, o administrador público, o comerciante, o empregado, o comprador e por aí vai, numa lista de necessários personagens/sujeitos jurídicos, linguisticamente padronizados, impossível de terminar.

Bom, para atender a tudo isso, então, viva a um moderado juridiquês!

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 03/08/2025 - 09:48h

Ao redor do buraco, tudo é beira

Por Bruno Ernesto

Traíra em açude seco (Foto: Bruno Ernesto)

Traíra em açude seco (Foto: Bruno Ernesto)

Um dos pontos esquecidos sobre o chamado “período do banditismo”, que eclodiu nos sertões profundos do Nordeste brasileiro no final do século XIX e que se intensificou até a década de 1940, foi a paradoxal relação entre o santo e o profano.

O protoreligiosismo sertanejo, com suas rezas incisivas, especialmente de proteção e fechamento do corpo, com alguma pouca incursão no sincretismo religioso, mas acentuada correlação entre a injustiça terrena e a salvação divina, foi a gênese do que se renova hoje no Brasil, sob outra tutela e cosmovisão, porém com mesmo proselitismo e interesses econômicos, sempre subjacentes.

Religiosidade nos grotões do sertão Nordestino sempre foi um fenômeno endêmico, peculiar, e de uma mistura mística difícil de compreender, e que deixou marcas indeléveis.

Nos tempos revoltosos do sertão, a mão que pedia a bênção e debulhava o terço, era a mesma que erguia o punhal, puxava o gatilho ou apertava a carne.

A religiosidade primitiva, se assim podemos dizer, guarda inúmeras facetas. O perdão nem sempre se conquista com a fé.

Lembro muito bem a colocação do escritor Honório de Medeiros, autor da importante obra “Histórias de Cangaceiros e Coronéis”, que destaca que o coronelismo foi o braço forte desse movimento, com nomes que até hoje reverberam entre nós, porém com pouca correlação de poder econômico e paralelo daquele tempo, como Veras, Maias, Saldanhas e tantos outros.

A religiosidade sempre foi esteio do povo, especialmente no meio da miséria econômica. Que o diga Cícero Romão.

O poder da palavra é exponencialmente maior do que o da força bruta, ainda que essa também lhe sirva.

No caldeirão nordestino daquele tempo, podia se dizer que, ao redor do buraco, tudo é beira. ‎

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 03/08/2025 - 08:50h

Seu Lula Nogueira

Por Honório de Medeiros

Reprodução de foto do autor da crônica

Reprodução de foto do autor da crônica

Ali e acolá, em livros que somente alguns leem, seja porque deliberadamente os procuram, seja por um desses acasos da vida, me deparo com seu nome.

Está posto em um pé-de-página, ou em algum parágrafo.

Recentemente, ao reler a literatura norte-rio-grandense acerca da saga lampiônica em Mossoró – Raul Fernandes e Raimundo Nonato da Silva – lá estava seu nome, “en passant”, como teria dito, trazendo expressões próprias do jogo de xadrez, que tanto amava, para o cotidiano.

Foi exatamente o jogo de xadrez que me levou a conhecê-lo. Eu e vários de minha geração, a quem ele pacientemente ensinou a jogar.

Tínhamos em torno dos oito anos e nosso mundo era muito simples: brincar no Colégio Diocesano, brincar no patamar da Igreja de São Vicente, brincar em casa nas raras vezes em que a rua nos era proibida.

Assim como brincar de aprender a jogar xadrez nas tardes provincianas de Mossoró, anos sessenta, na pequena casa onde Lula Nogueira – “Seu” Lula – vivia sozinho com o filho solteirão – uma figura misteriosa a quem quase nunca víamos e acerca de quem falávamos aos sussurros.

“Seu” Lula morava nessa casinha branca que tinha uma área de entrada diminuta, porta e janela dando imediatamente para a salinha de visita e jantar, ao mesmo tempo. Do lado esquerdo de quem entrava dois quartos: o primeiro, com janelão para a rua, era o seu; o outro, do filho.

A sala emendava com uma pequena cozinha dela separada por uma mureta onde pontificava um filtro de água de cerâmica e um varal de madeira de empilhar pratos, meio escondidos por um pano.

Tudo muito normal, tudo muito comum, não fosse uma mesa oficial de xadrez colocada perpendicularmente à janela da sala para aproveitar a luz do sol, na qual ficavam postados, desde sempre, livros e revistas argentinas acerca do jogo, além de majestosas e manuseadas peças tipo “Stauton”, para os embates enxadrísticos.

Embora possa lembrar de “Seu” Lula conversando na nossa rua, principalmente na roda de “Seu” Napoleão, onde o escutei, entre perplexo e admirado, certa vez, afirmar enfaticamente que somente morreria após a passagem do ano 2000, tais incursões eram raras.

Certo, mesmo, era passar em frente à sua casinha, fosse manhã ou tarde, e encontra-lo defronte ao tabuleiro de xadrez, mão esquerda com dedos polegar e indicador apoiando a cabeça, cigarro esquecido embora aceso entre os dedos médio e anular, enquanto a mão direita movia as peças para cima e para baixo, para um lado e para o outro, ou na diagonal, na tentativa de criar ou solucionar problemas enxadrísticos que já haviam lhe granjeado reputação nacional.

Podia, também, ser o caso de estar, simplesmente, reproduzindo uma partida de xadrez de grandes mestres internacionais.

Depois eu, como os outros, fui embora. O mundo nos esperava. Entretanto, nunca esquecemos – aqueles que fomos seus alunos – nosso professor de xadrez.

A ele ofereci, em silêncio, minha primeira medalha de ouro nos Jogos Estudantis do Rio Grande do Norte, disputando pela então Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte.

Basta, ainda hoje, ver peças tipo “Stauton”, ou mesmo um tabuleiro oficial, que volto no tempo para aqueles dias já longínquos quando um menino magro, tímido, e um ancião de mãos nodosas, emoldurados pela claridade solar que ultrapassava a janela da sala e escandia a fumaça dos muitos cigarros fumados ou esquecidos, jogavam intermináveis partidas nas quais somente a profunda gentileza do professor impedia uma humilhação contínua ao aluno.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura de Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Crônica
domingo - 03/08/2025 - 08:00h

O Efeito Casulo – Dia 10

Por Marcos Ferreira

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Hoje à tarde, ao contrário da inércia que tenho vivido há dez dias, fechado nesta casa à Rua Pedro Velho, no Santo Antônio, feito um fora da lei, um bicho assustado, reuni coragem e coloquei a cara fora. Mas apenas por força das circunstâncias. Depois de hesitar, vesti calça, camiseta, tênis, peguei a carteira, o celular e a bicicleta e fui a um supermercado a cerca de meio quilômetro daqui.

Devo dizer que tive um dia sobressaltado. Aliás, para ser sincero, o simples ato de ir ao mercado é que foi uma experiência desconfortável, senão assustadora. E tudo (sei agora) por nada mais do que caraminholas de meu cérebro enfermiço, receios e sensações oriundos de meu estado de nervos. É isso mesmo. Embora muitas vezes eu me permita abater por alguns mal-estares, fobias e paranoias, tenho consciência de que o problema quase sempre é fruto tão só do meu juízo, desta cabeça exponencialmente perturbada desde que o doutor Epitácio Coelho me apresentou aquele diagnóstico, a condição sem escapatória de meu câncer já em estágio quatro, metastático. Fiquei, e continuo, desconcertado. Não é fácil a gente descobrir de repente que está à beira da morte, com um pé na sepultura, restando poucos meses de vida.

É segunda-feira, 28 de julho deste infeliz (para mim) 2025. Olho o canto inferior direito do notebook e constato que são precisamente dezenove horas e vinte e quatro minutos. O dia inteiro transcorreu nublado, e eu me animei com a acentuada possibilidade de chuva. Dias sombrios, de preferência com chuva torrencial e duradoura, é algo que me agrada sobremaneira. De início choveu pouquinho; fiquei na vontade. Bem, não é acerca de eventos pluviométricos que desejo falar.

Tranquei, antes das cinco da tarde, a bicicleta no estacionamento do mercado e entrei naquele sortido comércio. Contrariando o horário, que eu imaginei não fosse tão disputado, deparei-me com a loja muito frequentada. Considerei excessivo o volume do sistema de alto-falantes, que se referia a produtos em promoção, discurso de local perfeito para economizar, diversas vantagens que, ao fim e ao cabo, têm mais de propaganda enganosa do que veracidade. Incomodou-me também o vozerio, o burburinho da clientela, o vaivém de elementos empurrando carros de compras ou portando cestas de plástico vermelhas.

Fiquei com a sensação de que todos me olhavam com indiscrição, com cenhos carregados. Um tipo de desconforto que me fez imaginar que o nome câncer estivesse escrito em uma placa pendurada no meu peito com letras muito legíveis. Por que me encaravam daquela forma? Não faço ideia.

Daí a pouco uma idosa de maquiagem azul nos olhos arregalados segurou meu braço esquerdo e afirmou com voz roufenha: “Você é um morto-vivo! Não deveria estar aqui. O seu lugar é em uma cova no São Sebastião. Você está se decompondo, começa a cheirar mal. Vai morrer! Se não exatamente agora, entretanto o seu fim está bastante perto!” Meu coração ficou aos pulos.

Na sequência, quando me dei conta, eu estava cercado por pessoas estranhas, homens, mulheres e até crianças; cidadãos de várias idades. Sim. Encontrava-me rodeado, debaixo de olhares carrancudos. Senti que meu oxigênio ia diminuindo lentamente. Aqueles olhos me fitavam com severidade. Cogitei que tiveram acesso ao texto que publiquei no domingo.

Recordei-me, em especial, do comentário de uma leitora chamada Bernadete Lino, de Caruaru, que fez duras e arrazoadas críticas ao meu relato de ontem, 27. O círculo parecia se estreitar. Súbito, como num gesto de desespero, empurrei o meu carrinho por entre a velha e um rapaz e me afastei daquele grupo de elementos mal-encarados. No mesmo minuto olhei para trás; não avistei ninguém. Não daquele modo: aglomerados. Então concluí que aquilo não tinha sido real.

Minha respiração voltou à normalidade, o ar regressou aos pulmões. Virei-me umas duas ou três vezes para ver se estava sendo seguido pela velha raivosa. Nada. Nem sinal daquele rosto iracundo; nenhum outro semblante me apareceu com aspecto aborrecido. Tratei de encontrar (nas seções específicas) os produtos e gêneros alimentícios que me interessavam. Fui ao setor de massas e peguei dez pães franceses, um pacote de bolachas salgadas, um bolo de macaxeira e quase quatrocentos gramas de bolinhas de queijo, iguaria quentinha que a moça acabara de colocar em um recipiente de alumínio cujas bordas tinham cerca de cinco centímetros.

Comprei três pacotes de macarrão, um pote de manteiga, duas barras de chocolate meio amargo, seis pacotes de café, dois quilos de açúcar, leite em pó, creme dental, xampu, sabonetes, três sacos de bebidas lácteas, frutas, verduras, feijão, arroz, queijo de coalho, sobrecoxas de frango, pasta de amendoim, cinco latas de sardinha e outras cinco de atum.

Se não estou me esquecendo de nada, acredito que foram essas as coisas. Dirigi-me a um caixa com fila um tanto menor, arrumei as compras em três sacolas grandes, amarrei as alças destas e consegui acomodar as sacolas no bagageiro da bicicleta com uma corda elástica provida de ganchos nas pontas. Cheguei à boca da noite, a chuva ameaçava retornar, contudo a Pedro Velho (próximo deste meu domicílio) se encontrava cheia de vizinhos com suas cadeiras nas calçadas. Outra vez tive a sensação de que todos passaram a prestar atenção em mim. De imediato refleti e considerei essa impressão semelhante à espécie de surto que tive no mercado.

Com os itens guardados nos devidos lugares, tomei um banho e agora me encontro descrevendo o esforço, a aventura de ir às compras. É óbvio que não existiu nenhuma idosa de maquiagem azul nos olhos proferindo maledicências contra mim, entretanto, no justo instante em que redijo este capítulo, momento em que, felizmente, a chuva voltou com abundância, não pude me esquecer de uma única daquelas palavras de mau agouro: “Você é um morto-vivo! Não deveria estar aqui. O seu lugar é em uma cova no São Sebastião. Você está se decompondo, começa a cheirar mal. Vai morrer! Se não exatamente agora, entretanto o seu fim está bastante perto!” Decorrido todo esse tempo, tal prognóstico ainda me dá certo frio na espinha. Embora a mulher não passe de um delírio, o tipo de mal que me rouba o sono e a paz é concreto.

Não estava nos meus planos morrer com apenas cinquenta e dois janeiros. Exato! Nasci aos 27 de janeiro de 1973. Preciso me reunir o quanto antes com os amigos e escritores Marcos Araújo e Clauder Arcanjo, indivíduos de grande sensibilidade e recursos econômicos, aos quais deixarei a batata quente de publicar meus livros inéditos, inclusive esta narrativa desesperada, correndo contra o tempo. Chamarei os dois aqui para falar sobre minha enfermidade e fornecer algumas orientações acerca da edição das obras que almejo sejam lançadas em edições póstumas.

Não sei se mereço tanto crédito e vultoso investimento depois de morto. Não sou o que se possa chamar de mossoroense exemplar, de literato querido e bem-comportado. Longe disso. Apesar de tudo, torço que meus hipotéticos editores atendam este meu último desejo quase no leito de morte. Se acaso se comprometerem e depois abandonarem o compromisso, asseguro que meu espírito (acaso isso exista) voltará para aturdir esses autênticos luminares de nossa intelectualidade.

Tais cavalheiros honrarão nosso trato.

Marcos Ferreira é escritor

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 1

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 2

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 3

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 4

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 5

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 6

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 7

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 8

Leia também: O Efeito Casulo – Dia 9

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Categoria(s): Conto/Romance
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domingo - 03/08/2025 - 06:32h

O velho e o mar

Por Odemirton Filho

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

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Reli o livro O Velho e o Mar, do escritor norte-americano Ernest Hemingway. Dessa vez, porém, reli o livro devagar, apreciando o desenvolver do texto, as palavras, a cadência da história.

Enquanto escritor, Hemingway adotou um estilo direto, talvez, valendo-se de sua formação em Jornalismo. No decorrer da vida escreveu vários clássicos, a exemplo de Adeus às Armas e Por quem os sinos dobram.

Em apertada síntese, O Velho e Mar trata da vida do velho pescador Santiago e do seu único amigo, o garoto Manolin.

O livro conta a história de um velho pescador que passa dias e dias sem fisgar nenhum peixe, trazendo para os seus sofridos dias um enorme desalento. Aliás, não sei por qual razão essas histórias de pescador me fascinam.

Talvez, seja porque eu sempre encontro pescadores lá pelas praias das areias brancas e, vez em quando, troco um dedo de prosa com eles. Quantas vezes eu tive que esperar pescadores voltarem do alto-mar para que pudesse efetivar a intimação? Muitas e muitas, não conto as vezes.

No livro, o velho Santiago parte mais uma vez para o alto-mar em busca de uma farta pescaria. Depois de alguns dias, consegue fisgar um grande peixe. Inicia-se, então, uma luta renhida para conseguir mata-lo e colocá-lo junto ao barco.

São dias de uma batalha que parece interminável. O grande peixe puxa o barco do velho pescador mar adentro. Porém, o velho, apesar de cansado, e sofrendo com a linha que feria as suas mãos, com pouca água e comida, permanece firme, fazendo-se forte.

“O homem não feito para a derrota, pensava, um homem pode ser destruído, mas nunca derrotado”. Assim é a nossa vida, repleta de batalhas. Umas conseguimos vencer, outras, não. Entretanto, precisamos continuar firmes, mesmo que machucados, pois a vida não é fácil para ninguém.

Como diria o velho pescador, “é uma estupidez não ter esperança, acho que é um pecado perder a esperança”.

E lá vamos nós singrando nossos mares. Às vezes, navegamos por mar calmo, outras vezes, revoltos. Além disso, enfrentamos tubarões, como fez o velho pescador. Tubarões de todas as espécies e tamanhos. Vencê-los é a nossa luta diuturna. Sem esquecer, decerto, que inúmeras vezes a nossa luta é solitária, sem ninguém para nos ajudar a remar o barco.

Ao fim e ao cabo de vários dias, depois de uma longa e exaustiva batalha, o velho pescador voltou pra sua humilde cabana. Ao seu lado, somente o garoto, seu único e fiel amigo.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
domingo - 03/08/2025 - 04:04h

O Brasil e o quadro “Xeque-Mate” – a esperança na última jogada

Por Marcos Araújo

Friedrich Moritz August Retzsch, em pintura óleo sobre painel, 1831 (Reprodução)

Friedrich Moritz August Retzsch, em pintura óleo sobre painel, 1831 (Reprodução)

Há uma famosa pintura atribuída a Friedrich Moritz August Retzsch, artista alemão do século XIX, intitulada “Xeque-Mate”. A obra retrata uma cena tensa: de um lado da mesa, o Diabo triunfante; do outro, um jovem abatido, desesperançado. No tabuleiro de xadrez entre eles, parece não haver mais escapatória: o Diabo sorri, certo de sua vitória, enquanto o jovem vê todas as peças alinhadas contra ele. Mas, a despeito das aparências, há uma peça esquecida: o rei ainda não foi vencido. Existe uma última jogada.

Esse quadro tem servido, ao longo dos tempos, como metáfora poderosa da luta entre o bem e o mal, entre o desespero e a resistência. E talvez não haja figura mais apropriada para ilustrar o momento que vivemos no Brasil.

Vivemos um tempo em que o tabuleiro nacional parece dominado por forças hostis à racionalidade, à liberdade e ao senso comum. A política se vê encurralada por polarizações que se retroalimentam. A sociedade, fraturada, busca identidade em extremos. E o Direito — última trincheira da civilidade — parece por vezes cooptado por conveniências ideológicas, ativismos institucionais ou silêncios convenientes.

Em nome de causas, esquecem-se os princípios. Em nome da ordem, rasga-se o devido processo legal. Em nome do bem comum, toleram-se abusos que seriam intoleráveis em qualquer democracia madura. O povo — como o jovem do quadro — observa o tabuleiro com crescente desesperança, como se os lances já tivessem sido todos feitos e a derrota fosse inevitável. Mas talvez, como no quadro de Retzsch, o jogo ainda não esteja perdido.

Conta-se que um grande enxadrista, ao observar essa pintura, exclamou: “O jogo ainda não acabou! O rei ainda tem uma última jogada!”.  A observação partira do lendário campeão de xadrez Paul Morphy (1837–1884). Essa frase, que virou quase uma lenda, carrega um ensinamento poderoso: a esperança não está em negar a gravidade do cenário, mas em enxergar além do óbvio. O que parece xeque-mate pode ser apenas aparência — se houver sabedoria, coragem e fé.

O Brasil precisa reencontrar essa última jogada.

Talvez ela esteja na redescoberta dos valores republicanos, na restauração dos freios e contrapesos constitucionais, na recuperação da confiança entre as instituições e os cidadãos. Talvez esteja na sociedade civil, que pode — e deve — abandonar a passividade e exigir ética, técnica e decência na política. Talvez esteja na juventude, nos educadores, nos pequenos atos de resistência ao cinismo e à mentira.

A democracia brasileira não pode ser reduzida a um duelo de torcidas nem a um teatro de vaidades togadas. É tempo de nos lembrar de que o jogo da história nunca está encerrado enquanto houver um povo disposto a lutar, pensar e crer.

Como no quadro de Retzsch, pode parecer que o Diabo venceu. Mas o rei ainda pode se mover. Ainda há uma última jogada…Nas mãos do povo.

Marcos Araújo é advogado, escritor e professor da Uern

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sábado - 02/08/2025 - 23:24h

Pensando bem…

“Procura a satisfação de veres morrer os teus vícios antes de ti.”

Sêneca

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sábado - 02/08/2025 - 21:12h
De novo, outra vez…

Fátima volta a ser vaiada em evento popular

Na abertura da 1ª edição da Feira Nacional Boné Brasil em Serra Negra do Norte, nessa quinta-feira (31), a governadora Fátima Bezerra voltou a ser vaiada.

Episódio semelhante aconteceu na mesma região Seridó, na sexta-feira anterior, em Caicó.

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sábado - 02/08/2025 - 10:22h
Negociação

Servidores do Detran suspendem greve, mas seguem mobilizados

Movimento grevista anunciou decisão tomada nessa sexta-feira à noite (Fotomontagem: Luta Detran-RN)

Movimento grevista anunciou decisão tomada nessa sexta-feira à noite (Fotomontagem: Luta Detran-RN)

Reunidos em Assembleia nesta sexta-feira (01), servidores do Departamento Estadual de Trânsito DETRAN/RN) decidiram suspender a greve da categoria, iniciada em 28 de julho. A suspensão ocorreu após os profissionais identificarem avanços nas negociações com o Governo do Estado, retomadas em audiência com o Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do RN (SINAI-RN), na quinta-feira (31).

Esses avanços, apontam os dirigentes do Sindicato, não significam que a gestão Fátima Bezerra atendeu à principal reivindicação do movimento grevista. Contudo, os servidores do Detran acreditam que a reabertura das negociações sobre a majoração do auxílio alimentação, suspensas desde 2024, é um sinal positivo.

Agora, como de praxe, a categoria vai retomar as atividades na segunda-feira (04). No entanto, o Sinai-RN alerta que a mobilização em defesa dos direitos dos trabalhadores do DETRAN vai continuar.

Recentemente, nos dias 08 e 15 de julho, os trabalhadores da autarquia promoveram paralisações por tempo determinado. Essas paradas sinalizaram que a categoria estava disposta a entrar em greve.

Reivindicações

Entre outras coisas, os trabalhadores do Detran-RN reivindicam a majoração do Auxílio Alimentação, a autonomia administrativa e financeira da Autarquia, o fim das terceirizações, a implantação de um Programa de Incentivo à Qualificação (PIQ), a adoção de pisos salariais profissionais; e a atualização do PCCR, com reenquadramento e reconhecimento de atribuições.

Na concepção da categoria e do Sindicato, essas reivindicações podem ser atendidas porque a arrecadação do DETRAN-RN cresce e a folha de pagamento representa apenas 18% da receita do órgão (0,41% da folha estadual).

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sábado - 02/08/2025 - 09:16h
Mossoró

Escola de Formação Feminista tem segundo módulo de aulas e debates

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Nos dias 5 (terça-feira) e 6 (quarta-feira) de agosto em Mossoró, às 9h, o Centro Feminista 8 de Março (CF8) realiza aula virtual aberta como parte do segundo módulo da Escola de Formação Feminista. A atividade integra uma série de ações do Projeto Autonomia Econômica e Cuidado desenvolvido em parceria com a Secretaria Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, e conta com o apoio institucional do Ministério das Mulheres.

A aula será transmitida ao vivo pelo canal do CF8 no YouTube, com possibilidade de participação via plataforma Google Meet, mediante inscrição prévia.

No dia 5 de agosto, o debate será centrado no tema “Divisão sexual e racial do trabalho”, com a presença da renomada socióloga Helena Hirata, doutora em Sociologia Política com o foco de pesquisa em Sociologia do Trabalho e pesquisadora da Universidade de Paris. Também participa da mesa a vereadora de Mossoró, Plúvia Oliveira (PT), que é militante da Marcha Mundial das Mulheres. A mediação será feita por Conceição Dantas, do CF8.

Já no dia 6 de agosto, a aula abordará o tema “Defesa dos bens comuns contra as corporações transnacionais: justiça climática, luta contra a mineração e os impactos da energia eólica e solar”. A discussão faz parte das atividades de mobilização da 6ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, neste ano de 2025. Estarão presentes Tica Moreno, militante da Marcha Mundial das Mulheres, e Katiana Barbosa, agricultora e assistente social. A mediação será conduzida por Adriana Vieira, do CF8.

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sábado - 02/08/2025 - 08:00h
Liga de Mossoró

Agosto Branco tem campanha de enfrentamento ao câncer de pulmão

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O mês de agosto é de conscientização e prevenção ao câncer de pulmão. Por isso, a Liga de Mossoró – de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC) dá início à campanha do “Agosto Branco.” Tratada de forma precoce, essa modalidade da doença tem bons índices de cura.

A campanha será aberta na próxima quinta-feira (07), às 14h, no Hospital da Liga, com explanação do dr. Hugo Amorim, oncologista, além da participação de estudantes do curso de Fisioterapia da Uninassau, ofertando massagens e procedimentos estéticos para os presentes.

Serão disponibilizadas 100 tomografias ofertadas pelo SUS, além de consultas com oncologista especializado em pulmão.

O público alvo são pessoas entre 50 e 80 anos, fumantes ou que já deixaram o vício nos últimos 15 anos.

Os interessados devem se dirigir ao Hospital da Liga, na antiga Casa de Saúde Santa Luzia, na Praça dos Hospitais, de segunda a sexta, com cartão do SUS, RG, CPF e comprovante de residência(originais e cópias).

A campanha será aberta na próxima quinta-feira (07), às 14h, no Hospital da Liga, com explanação do dr. Hugo Amorim, oncologista, além da participação de estudantes do curso de Fisioterapia da Uninassau, ofertando massagens e procedimentos estéticos para os presentes.

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sábado - 02/08/2025 - 07:22h
Mossoró

Fagner é atração na 22ª Convenção do Comércio e Serviços do RN

Artista é uma das atrações do evento (Foto: Divulgação)

Artista é uma das atrações do evento (Foto: Divulgação)

Mossoró receberá show da comemoração dos 50 anos de carreira do cantor Fagner.

A apresentação será no encerramento 22ª Convenção do Comércio e Serviços do Rio Grande do Norte que corre nos dias 05 e 06 de setembro no Garbos Recepções.

Outra atração confirmada no show de encerramento é o sambista potiguar radicado no Rio de Janeiro, André da Mata, que fará uma verdadeira roda de samba no Garbos Recepções convidando o público para cantar junto.

A Convenção é o maior evento corporativo do setor de comércio se serviços do estado promovida pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Norte (FCDL RN) em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Mossoró – CDL Mossoró.

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sexta-feira - 01/08/2025 - 23:10h

Pensando bem…

“Chorar é diminuir a profundidade da dor.”

William Shakespeare

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sexta-feira - 01/08/2025 - 19:40h
Justiça Eleitoral

Prefeito e vice-prefeito são cassados abuso de poder político e fake news

Cletson Rivaldo de Oliveira e o vice-prefeito Caio Ferreira têm direito a recurso (Foto: Reprodução de campanha)

Cletson Rivaldo de Oliveira e o vice-prefeito Caio Ferreira têm direito a recurso (Foto: Reprodução de campanha)

O juiz eleitoral Wilson Neves de Medeiros Júnior cassou os mandatos do prefeito de Equador/RN, Cletson Rivaldo de Oliveira, e do vice-prefeito Caio Ferreira.

Foram denunciados por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante o pleito de 2024. Entre os meios utilizados em pré-campanha e campanha, perfis falsos em redes sociais. Foram armas poderosas para ataques a adversários, com insultos, achincalhes e noticias falsas.

A decisão também tornou ambos inelegíveis por oito anos e foi prolatada nesta sexta-feira (01). Mas, cabe recurso.

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sexta-feira - 01/08/2025 - 18:26h
Economia

Estado anuncia medidas para atenuar impactos do ‘tarifaço’ no RN

Reunião de trabalho ocorreu nesta sexta-feira (Foto: Carmem Félix/Governo do RN)

Reunião de trabalho ocorreu nesta sexta-feira (Foto: Carmem Félix/Governo do RN)

A governadora Fátima Bezerra (PT) recebeu representantes de entidades do setor produtivo do Rio Grande do Norte, na manhã desta sexta-feira (1º), e apresentou as medidas que serão adotadas pelo Governo do Estado com o objetivo de reduzir os efeitos nocivos à economia potiguar em função das novas tarifas impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump. Entre as medidas estão o aumento da desoneração do ICMS às empresas do Proedi e a busca por novos mercados para os produtos sobretaxados.

O “tarifaço” abrange diversos produtos brasileiros e, no Rio Grande do Norte, a sobretaxa de 50% passa a incidir sobre 45 itens dos 47 produtos da pauta de exportações do RN para o mercado norte-americano.

Isso significa que 96% da produção potiguar destinada aos Estados Unidos da América sofrerá com a sobretaxa, excetuando os derivados de petróleo e, possivelmente, as castanhas de caju.

O Governo do RN publicou, ainda nesta quinta-feira (31), o decreto nº 34.771/2025, que aumenta a desoneração do ICMS às empresas beneficiadas pelo Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (PROEDI).

A governadora Fátima Bezerra lamentou a nova política dos EUA e, por isso, reuniu os setores afetados e representantes do governo em um diálogo para construir, juntos, ações que reduzam o impacto na economia local. “Este é um dos momentos de maior ataque à nossa soberania, e as consequências são muito danosas porque elas resultam em menos emprego e, portanto, menos cidadania e menos desenvolvimento. É um ataque frontal e brutal às empresas; e, atacando elas, está atacando algo fundamental para a vida do nosso povo, que é o emprego”, destacou Fátima Bezerra.

Entre janeiro e junho de 2024, as exportações do RN com destino aos Estados Unidos totalizaram US$ 67,1 milhões, colocando os EUA entre os três principais parceiros comerciais do RN.

“Desde o primeiro momento em que tomamos conhecimento, designei o Cadu e o Alan Silveira, nas secretarias da Fazenda e de Desenvolvimento Econômico, que abrissem imediatamente o diálogo com a Agricultura, com a indústria, com o comércio, para que juntos pudéssemos construir as alternativas mais adequadas para mitigar os impactos diante dessa medida inaceitável que é o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos”, explicou Fátima.

A partir desse diálogo, o Governo do Estado e os representantes do setor produtivo têm construído ações para amortecer os impactos das medidas impostas pelo governo dos Estados Unidos, com efeitos diretos e indiretos na economia do RN, entre eles o desemprego.

Medida já em prática

“O Governo do RN jamais poderia ficar omisso diante de uma situação como essa. Então, por meio do diálogo construtivo com a representação do setor produtivo do nosso estado, chegamos às medidas mais adequadas para mitigar os impactos”, afirmou Fátima.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC), Alan Silveira, enfatizou que parte dessas medidas já está sendo colocada em prática. “O Governo do Estado apresentou uma proposta para todos os setores produtivos do Rio Grande do Norte que estão sendo afetados pelo tarifaço. Essa proposta foi acatada e vem para beneficiar e tentar mitigar os danos causados por essa nova política tarifária”, explicou Silveira.

Consta na proposta a ampliação do benefício do Proedi e também a compensação financeira da exportação. Paralelamente a isso, o governo mantém o diálogo com o governo federal, que, junto aos estados e aos diversos setores produtivos, busca reverter ou reduzir esse impacto à economia dos estados e, consequentemente, ao país.

O secretário da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, explicou como o programa chegará às empresas e ao povo. “Essa iniciativa do Governo é para proteger os empregos gerados por essas empresas. Estamos atuando de duas formas. Primeiro, com a liberação dos créditos de ICMS. Isso é recurso direto às empresas. São créditos acumulados de empresas que realizam exportação, e vamos fazer a liberação no dobro do valor que fazíamos mensalmente, e esse valor acrescentado é exclusivo para as empresas impactadas pelo tarifaço”.

A segunda medida impacta diretamente as empresas participantes do Proedi. Se uma empresa tiver 10% do seu faturamento oriundos de exportação para os EUA, terá um acréscimo de 10% no seu benefício como forma de mitigar o impacto do tarifaço. “Essas duas medidas vão ajudar as empresas, mas a finalidade maior é manter os empregos gerados”, completa Cadu Xavier.

Todas as empresas impactadas se enquadram nas medidas adotadas pelo Governo do RN. Parte delas, incluídas no Proedi, serão beneficiadas com o aumento da desoneração, e as que não estão no Proedi serão beneficiadas com a liberação de créditos do ICMS.

Diálogo

Hugo Fonseca, secretário-adjunto da Sedec, detalhou que, além das medidas adotadas, o Governo do RN segue em diálogo para diversificar ainda mais os mercados. Atualmente, o RN tem negócios com mais de 80 países. “Ao mesmo tempo em que apresentamos essas medidas de suporte voltadas à questão do ICMS, também temos um plano de políticas públicas para, justamente, a abertura de novos mercados. Tudo isso de forma bem planejada, com vários cenários estabelecidos, a curto, médio e longo prazos”.

Roberto Serquiz, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), celebrou as medidas que ajudarão o setor produtivo nesse momento difícil. “Reconhecemos o esforço. É importante que o governo esteja, nesse momento de dificuldade, pensando em apoiar essas empresas que exportam. E colocamos, então, a permanência da abertura do diálogo, do canal de comunicação, porque essa análise da dimensão vai ser feita individualmente, empresa a empresa e setor a setor. Então, é muito importante o que o governo está fazendo, sobretudo na questão do diálogo aberto, para que possamos ter interlocução”, disse o presidente da FIERN.

A reunião contou ainda com a participação de Ivanilson Maia, secretário-adjunto do Gabinete Civil; Marcelo Júnior, secretário-adjunto da Agricultura e Pesca; Vilmar Pereira, vice-presidente da FIERN; Arimar França Filho (Sindpesca); Airton Torres (SIESAL); Diogo Maia (Sindpesca); Paulo Henrique Macedo, diretor-presidente da Codern; Laumir Barreto, diretor-executivo da Fecomércio; Zeca Melo, superintendente do Sebrae-RN; e José Vieira, presidente da Faern/Senar.

Medidas apresentadas pelo Governo do RN

Aumento da desoneração do ICMS às empresas beneficiadas pelo PROEDI;

Duplicação do valor mensal de créditos acumulados de ICMS para empresas exportadoras. Essa medida se restringe às empresas exportadoras afetadas pelo aumento das tarifas pelo governo norte-americano;

Mapeamento com precisão das barreiras tarifárias e não tarifárias em vigor para cada produto nos EUA;

Investimento na capacitação técnica de exportadores locais sobre exigências sanitárias e padrões internacionais;

Fomento a acordos comerciais e protocolos fitossanitários bilaterais, inclusive via articulação federativa;

Incentivo ao reposicionamento de produtos em cadeias de valor globalizadas, com foco em diferenciação e sustentabilidade;

Apoio à busca por novos mercados-alvo, especialmente na Ásia e na América Latina.

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sexta-feira - 01/08/2025 - 17:34h
Pesquisa Fecomércio/RN

Cidade Junina movimenta R$ 366 milhões e supera 2023 e 2024

Luciano Kleiber fez apresentação dos números (Foto: Divulgação)

Luciano Kleiber fez apresentação dos números (Foto: Divulgação)

A Prefeitura de Mossoró recebeu nesta sexta-feira (1º) a comitiva de dirigentes e técnicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (FECOMÉRCIO/RN) para apresentação de pesquisa de avaliação do Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2025. Os números comprovam o crescimento do evento e coloca o São João da cidade como um dos maiores do Brasil. A edição deste ano do “MCJ” movimentou R$ 366 milhões, um dado histórico, superando os anos de 2023 e 2024.

Realizada desde 2017, o trabalho é do Instituto Fecomércio do RN (IFC), reconhecido pelos estudos científicos desenvolvidos em todo o Estado. A avaliação contou com a opinião de empreendedores e população durante todo o mês de junho.  Ao todo, foram ouvidos 700 participantes e 200 empresários dos setores de comércio e serviços.

O retorno do investimento para o município também foi comprovado pela circulação de valores dentro da cidade. Em um dos itens, o aumento do abastecimento pelos comerciantes proporcionou também o giro de mercado, garantindo impulsionamento. Outro dado mostra que cada Microempreendedor Individual teve um faturamento líquido próximo a R$ 30 mil com o evento. Além disso, o MCJ conquistou ainda mais o coração dos cearenses que gastaram mais de R$ 16 milhões no evento. O investimento médio dos negócios aumentou mais de 11%.

Maior evento no RN

“Em termos de valores, esta é a maior movimentação de um evento público, gratuito da história dos eventos trabalhados e analisados pela Fecomércio”, pontuou o diretor de Inovação da Fecomércio, Luciano Kleiber.

Em avaliação geral, o MCJ teve nota expressiva de 9,51 e quase 95% do público garantiu ter interesse em retornar, o que consolida que o evento caiu no gosto da população. Pontos como divulgação, segurança além do espaço físico e estrutura foram destacados como positivos.

“Parabenizamos toda a organização por todo esse evento maravilhoso que leva o nome de Mossoró não apenas pelo Estado, mas por todo o Brasil. Os números históricos nos alegram e reafirmam a importância desse investimento que tem um retorno direto para a população”, afirmou o presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz.

“Os números apresentados pela Fecomércio têm comprovado ano após ano, a grandiosidade do Mossoró Cidade Junina. São dados que dão notoriedade a todo o trabalho desempenhado pelas nossas equipes nos últimos anos e que nos ajudam a compreender, de fato, o impacto real do São João de Mossoró”, afirmou o prefeito Allyson Bezerra (UB).

Leia também: CDL e Uern apresentam estudo sobre MCJ 2025.

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Categoria(s): Economia / Gerais
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sexta-feira - 01/08/2025 - 08:55h
Ufersa

Ministra Marina Silva receberá título de Dra. Honoris Causa

Marina: mesmo foco (Foto: arquivo)

Marina Silva: uma mulher extraordinária (Foto: arquivo)

O Conselho Universitário (CONSUNI) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) aprovou a concessão do Título de Doutora Honoris Causa à atual ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

A decisão foi tomada durante a sétima Reunião Ordinária de 2025, na tarde desta quinta-feira, dia 31 de julho, véspera do aniversário de 20 anos de transformação da Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM) em Universidade.

O reitor da Ufersa, professor Rodrigo Codes, também presidente do Conselho Superior, ressalta a importância da condecoração. “A ministra Marina Silva é um símbolo potente de coerência e uma defensora aguerrida do Meio Ambiente. Marina se tornou educadora nacional e isso, mais do que qualquer coisa, é credencial à deferência desta Casa. Não há desenvolvimento sem educação, nem progresso sem a proteção dos nossos biomas”, ressalta Codes.

Mais homenagens

O órgão colegiado, instância máxima da Universidade, também aprovou na mesma reunião outras três condecorações. As comendas e honrarias serão entregues no dia 29 de agosto, durante a Assembleia Universitária, que acontece às 19h, no Requinte Buffet, em celebração pelos 20 anos de transformação da ESAM em UFERSA.

O Título de “Professor Emérito” será entregue ao professor doutor José Espínola Sobrinho, aposentado do quadro da Ufersa, e a medalha “Professor Jerônimo Vingt-Un Rosado Maia” será outorgada a Isaura Amélia Rosado de Souza, também professora aposentada da Ufersa.

Já para receber o Diploma de Mérito Administrativo, serão agraciados os servidores técnicos Antônio Aldemir Fernandes Lemos, Marcus Vinícius Rocha Herculano e o professor Josivan Barbosa Menezes Feitosa, ex-reitor.

Nota do BCS – Uma mulher extraordinária. Aplausos, por favor.

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sexta-feira - 01/08/2025 - 08:34h
Sobras eleitorais

Sete deputados perdem mandato por decisão do Supremo

Eleições devem encolher número de partidos (Foto: Luís Macedo/Arquivo))

Plenário da Câmara dos Deputados em Brasília (Foto: Luís Macedo/Arquivo))

A mesa diretora da Câmara dos Deputados declarou a perda de mandato de sete deputados federais. O ato normativo foi divulgado nesta quarta-feira (30) e segue uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que mudou a regra sobre a distribuição das chamadas sobras eleitorais, como é chamado o sistema proporcional, responsável por definir a eleição de deputados estaduais, federais e distritais e vereadores.

De acordo com o ato, a perda do mandato dos deputados levou em consideração o parecer da Corregedoria Parlamentar. O documento é assinado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Os deputados que perderam os mandatos são: Silvia Waiãpi (PL-AP), Sonize Barbosa (PL-AP), Professora Goreth (PDT-AP), Augusto Puppio (MDB-AP), Lázaro Botelho (PP-TO), Gilvan Máximo (Republicanos-DF) e Lebrão (União-RO).

No lugar deles, devem entrar: Paulo Lemos (PSOL-AP); André Abdon (Progressistas-AP); Rodrigo Rollemberg (PSB-DF); Aline Gurgel (Republicanos-AP); Tiago Dimas (Podemos-TO); Rafael Fera (Podemos-RO); Professora Marcivania (PCdoB-AP).

As alterações permitiam que apenas partidos com ao menos 80% do quociente eleitoral e candidatos com no mínimo 20% desse índice pudessem concorrer às sobras.

Em março deste ano, o STF decidiu que a participação de todos os partidos políticos na divisão das sobras eleitorais, e não apenas dos que atingiram a cláusula de desempenho, vale a partir das eleições de 2022.

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Categoria(s): Política
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sexta-feira - 01/08/2025 - 08:04h
Politica nacional

Lula e STF se unem em defesa de Moraes e reação ao tarifaço

Lula teve dia de intensa articulação política em Brasília (Foto: Sérgio Lima/AFP)

Lula teve dia de intensa articulação política em Brasília (Foto: Sérgio Lima/AFP)

Do Canal Meio e outras fontes

O dia seguinte à oficialização do tarifaço americano e às sanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes foi de muita avaliação e definição de estratégias sobre como o Brasil vai agir a partir de agora. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tirou a quinta-feira para debater com seus ministros e com os integrantes do Supremo, ouvir conselhos, traçar planos e definir formas de ação conjunta. O primeiro encontro foi com o núcleo duro do governo. Lula recebeu no Planalto os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Alexandre Padilha (Saúde), Rui Costa (Casa Civil) e o secretário de Comunicação, Sidônio Palmeira. Alckmin não esteve presente por ter ido a São Paulo participar do programa Mais Você, da Rede Globo.

Lula decidiu que só vai anunciar as medidas econômicas na semana que vem. À noite, o presidente ofereceu um jantar aos ministros do STF para discutir quais estratégias serão adotadas na defesa do ministro Alexandre de Moraes, sancionado pela Lei Magnitsky. (Estadão)

Lula fará pronunciamento

Lula já decidiu que fará, mais uma vez, um pronunciamento à nação por meio de cadeia de rádio e TV. O presidente quer se dirigir ao país para defender o ministro Alexandre de Moraes e ressaltar a importância de lutar pela soberania nacional. O presidente ainda não decidiu se a mensagem irá ao ar nesta sexta-feira ou no domingo. (Metrópoles)

O Brasil vai recorrer das tarifas de 50% que vão incidir sobre todos os produtos brasileiros que não entraram na lista de isenções. Mesmo com a Organização Mundial do Comércio sofrendo de inanição e sem capacidade concreta para alterar o rumo das coisas, o Brasil vai recorrer ao organismo internacional. A avaliação do governo é de que a OMC ainda tem representatividade internacional, ainda que simbólica. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil também vai recorrer do tarifaço nos Estados Unidos, no que ele classificou como “instâncias devidas”.

Haddad considera que a isenção de quase 700 produtos brasileiros demonstrou interesse dos americanos em negociar. “Esta semana é o começo de uma conversa mais racional, mais sóbria, menos apaixonada”, disse o ministro. (Folha)

Abertura de negociações?

De Washington começam a chegar indícios de que o presidente americano Donald Trump vai abrir um canal de negociação com o Brasil, fechado desde que a Casa Branca anunciou sua nova e agressiva política tarifária. De acordo com empresários de setores estratégicos para os EUA, emissários do governo americano revelaram que o Brasil será chamado à mesa de negociação, mas não neste momento.

Segundo esses oficiais, Trump vai dar prioridade aos países que têm uma balança superavitária com os Estados Unidos, o que não é o caso do Brasil, que apresenta um déficit comercial antigo com os americanos. (Broadcast)

Erro 

As primeiras pesquisas de opinião pública mostram que a escalada americana contra o Brasil teve efeito profundamente negativo entre os brasileiros. De acordo com o Datafolha, 89% da população acredita que o tarifaço americano vai prejudicar a economia do país. O Datafolha ainda quis saber o que os brasileiros acham das sanções americanas contra Moraes.

Para 57% dos entrevistados, Trump erra ao tentar intervir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em uma pesquisa nas redes sociais, a Quaest detectou que o tarifaço e as sanções a Alexandre de Moraes tiveram 60% de postagens negativas. (Folha e UOL)

PL expulsa deputado

Na oposição, o dia seguinte à escalada americana foi confuso, com diferentes atores atuando de forma pouco coordenada. O governador de Minas Gerais e anunciado pré-candidato à Presidência da República, Romeu Zema (Novo), afirmou que o ministro Alexandre de Moraes “colheu o que plantou” e que o Brasil comete um erro ao fazer parte dos Brics. Em Brasília, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, expulsou sumariamente o deputado federal Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), que havia criticado Trump na quarta-feira. (Globo)

Eduardo Bolsonaro promete mais

Já Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o principal articulador das sanções contra Moraes, enviou recados aos ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes de que eles podem ser os próximos a serem atingidos pelo governo americano. (Globo)

Corte dos EUA analisa tarifaço

Nos Estados Unidos, o tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump começa a ser analisado nos tribunais. Nesta quinta-feira, os 11 juízes de uma corte de apelações do circuito federal em Washington fizeram as primeiras arguições aos representantes do governo americano a respeito da legalidade da aplicação das tarifas sem aprovação do Congresso dos EUA.

A maior parte dos magistrados demonstrou ceticismo em relação às justificativas apresentadas pelos advogados do governo. Nenhuma decisão foi tomada. (Washington Post)

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sexta-feira - 01/08/2025 - 07:38h
Vagas ao Senado

Máquina de moer reputações do governismo não rebaixa Styvenson

Styvenson aparece com 45,5% de intenções de voto (Foto: Senado/Arquivo)

Styvenson aparece com dianteira, mas Fátima é pressionada pela companhia de Zenaide Maia (Foto: Senado/Arquivo)

Eis uma das várias constatações que a pesquisa estadual TCM/TSDois mostrou em relação ao cenário de disputa pelo voto em 2026: a máquina de moer reputações do esquema da governadora Fátima Bezerra (PT) não conseguiu tirar do topo a pré-candidatura à reeleição do senador Styvenson Valentim (PSDB).

Ele segue em primeiro lugar absoluto, bem à frente dela, que deixará o governo para disputar uma das vagas ao Senado.

Há alguns meses, que a mídia alinhada e aliada da governadora e vozes políticas governistas torpedeiam Valentim, no intuito de desnutri-lo eleitoralmente.

Até aqui, sem bons resultados.

Paralelamente, a governadora é acossada pela senadora Zenaide Maia (PSD), sua aliada e nome à reeleição. Ela é sua real ameaça à vitória ao Senado. Por isso, que o ‘descarte’ da senadora começou a ser trabalhado (veja links abaixo). Styvenson não é o adversário imediato de Fátima Bezerra e, sim, Zenaide Maia do PSD.

Os números

Na pesquisa veiculada pela TV Cabo Mossoró (TCM Telecom), Canal 10, Styvenson Valentim apareceu com 32,0% das intenções de voto. Fátima Bezerra surgiu com 22,1% e Zenaide Maia somando 21,7% (veja AQUI).

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