terça-feira - 23/09/2025 - 16:00h
Complicações

Céu escuro e trovejante sobre a cabeça de Rogério Marinho

Sem Bolsonaro e com outro Bolsonaro empilhando estupidezes, mais problemas (Foto com recurso de Inteligência Artificial)

Sem Bolsonaro e com outro Bolsonaro empilhando estupidezes, mais problemas (Foto com recurso de Inteligência Artificial)

O senador Rogério Marinho (PL) está com duas grandes preocupações, que se interligam, trovejando sobre sua postulação ao Governo do RN.

A primeira: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preso e de bico calado, prejuízo enorme à sua campanha. Um estandarte no canto da parede.

A segunda: o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) nos EUA dando de graça um discurso que faltava ao presidente Lula (PT), que estava em viés de baixa.

Ô luta medonha!

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terça-feira - 23/09/2025 - 13:40h
Pesquisa Agora RN/Exatus

Styvenson é 1º ao Senado; Fátima e Zenaide lutam por 2ª vaga

Arte do Agora RN

Arte do Agora RN

Do Agora RN

A pesquisa Exatus também mediu a intenção de voto para o Senado, que em 2026 terá duas vagas em disputa. O senador Styvenson Valentim (PSDB) aparece como favorito nas menções espontâneas, citado por 16,4% dos eleitores. Ele é seguido pela governadora Fátima Bezerra (PT), lembrada por 4,4%, e pela senadora Zenaide Maia (PSD), também com 4,4%.

Outros nomes citados foram o ex-prefeito Álvaro Dias (0,8%), o prefeito Allyson Bezerra (0,6%), o senador Rogério Marinho (0,6%), além do presidente do PL em Natal, Coronel Hélio (0,2%).

Na pesquisa estimulada, quando é apresentada ao eleitor uma lista de possíveis candidatos, o senador Styvenson Valentim (PSDB) lidera como primeira opção, citado por 35,3% dos entrevistados.

Em seguida, aparece a governadora Fátima Bezerra (PT), lembrada por 14,2%, e a senadora Zenaide Maia (PSD), com 7,7%. Outros nomes somaram percentuais menores: o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos), com 7,6%; o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PSD), com 7,1%; Coronel Hélio Oliveira (PL), presidente do PL em Natal, citado por 1,5%; e o presidente da Femurn, Babá Pereira (PL), com 1%. Ainda assim, 18% dos eleitores disseram que não votariam em nenhum candidato e 7,8% não souberam ou não responderam.

Quando o levantamento considerou a segunda opção dos eleitores para o Senado, Styvenson voltou a liderar, desta vez com 17,4%. A senadora Zenaide Maia aparece em seguida, citada como segunda escolha por 10,3%, e o ex-prefeito Álvaro Dias praticamente empata, com 9,1%. Fátima Bezerra figura como segunda opção para 7,6%, e Carlos Eduardo tem 6,9%. Coronel Hélio (4%) e Babá Pereira (0,7%) também foram lembrados, embora em menor escala. Nesta rodada, a taxa de indefinição foi ainda mais alta: 28,1% não apontaram nenhum nome e 16% não souberam ou não quiseram responder.

Leia tambémAllyson lidera disputa ao governo em todos os cenários

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
terça-feira - 23/09/2025 - 08:20h
Pesquisa Agora RN/Exatus

Allyson lidera disputa ao governo em todos os cenários

Arte do Agora RN

Arte do Agora RN

Do Agora RN

Embora não tenha anunciado oficialmente que vai para a disputa, o prefeito mossoroense Allyson Bezerra (UB) é quem aparece à frente da corrida estadual segundo pesquisa realizada pela Exatus Consultoria e Pesquisa. O levantamento ouviu 2.029 eleitores entre os dias 18 e 21 de setembro, em todas as regiões do Rio Grande do Norte.

Trata-se da pesquisa mais ampla feita até agora no Estado – outros levantamentos anteriores ouviram um número menor de entrevistados — e marca o início de uma série que vai acompanhar a evolução da disputa eleitoral.

Estimulada

Nos cenários testados, Allyson aparece sempre na liderança. Em um confronto direto com o senador Rogério Marinho (PL) e o secretário estadual de Fazenda, Cadu Xavier (PT), ele soma 39,4%, contra 27,4% de Rogério e 6,9% de Cadu. Nessa simulação, 19,4% dos eleitores disseram que votariam em branco ou nulo, e 7,1% não souberam responder.

Quando o vice-governador Walter Alves (MDB) entra no cenário no lugar de Cadu, Allyson mantém praticamente o mesmo desempenho: 39,1% das intenções de voto, contra 26,4% de Rogério e 3,9% de Walter. Branco ou nulo somam 22,9%, enquanto 8% não sabem ou não quiseram responder.

Em cenários mais amplos, Allyson amplia a distância. Contra Rogério, Cadu e o ex-prefeito de Natal Alvaro Dias (Republicanos), o prefeito de Mossoró chega a 45,8%, enquanto Álvaro marca 12,9% e Cadu 7,1%. Branco ou nulo somam 24,7%, e 9,7% não souberam responder.

Num quadro em que a disputa inclui Álvaro e Walter, Allyson também lidera com 45,8%, seguido por Álvaro com 12,5% e Walter com 3,8%. Segundo o levantamento, 27,8% responderam que votariam em branco ou nulo e 10,3% não sabem ou não quiseram responder.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, Governo do Estado – quando o entrevistado responde sem que nomes sejam apresentados — o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), aparece em primeiro lugar, citado por 13,1% dos eleitores. O senador Rogério Marinho (PL) surge em se-guida, com 10,4%, enquanto o “can-didato de Fátima” foi lembrado por 3,7% e o secretário de Fazenda, Cadu Xavier (PT), por 1,8%.

Outros nomes tiveram menções menores, como o senador Styvenson Valentim (PSDB), com 1,2%. A resposta “Opção do PT” foi dada por 0,5 por cento dos entrevistados, enquanto “Operação contra o PT” foi lembrada por 0,4%. O ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos) E a deputada federal Natália Bonavides (PT) Foram citados por 0,3 por cento, cada.

Apesar das citações, a pesquisa revelam um alto índice de indefinição entre os eleitores: 59,6% disseram não saber em quem votariam se a eleição fosse hoje, esquanto 7,2% declararam voto branco ou nulo.

O resultado mostra que, embora Alisson e Rogério despontem como os nomes mais lembrados de forma espontânea, a disputa ainda está em fase inicial, com a maioria do eleitorado sem posição consolidada.

Nota do BCS – Infelizmente, a pesquisa não traz informação sobre “rejeição”.

Leia também: 96 FM/AgoraSei – Allyson lidera disputa estadual; Rogério tem maior rejeição

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 22/09/2025 - 23:50h

Pensando bem…

“A justiça nunca será feita, até que aqueles que não são afetados se indignem como aqueles que o são.”

Benjamin Franklin

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
segunda-feira - 22/09/2025 - 18:42h
Contrato irregular

MPRN e Defensoria ajuízam ação contra prefeitura e cooperativa

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e a Defensoria Pública do Estado (DPE) propuseram uma ação civil pública contra o Município de Lajes e a Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Educação do Estado do RN (COOPEDU). A medida foi ajuizada em razão de supostas irregularidades na contratação de profissionais da educação pela Prefeitura por intermédio da cooperativa, visando suprir uma necessidade permanente da rede de ensino.

A ação pede a anulação imediata do contrato, a cessação dos repasses de recursos financeiros à cooperativa e a condenação do Município a preencher as vagas por meio da convocação de candidatos aprovados em concurso público anterior que ainda estejam no cadastro de reserva.

Alternativamente, o pedido sugere a realização de um novo concurso público ou, em caso de comprovada necessidade temporária de excepcional interesse público, um processo seletivo simplificado para contratação por tempo determinado. A ação ainda solicita que, em caso de descumprimento da decisão, seja aplicada multa diária ao Município e multa diária pessoal ao prefeito.

Recomendação

O MPRN já havia emitido uma recomendação para que a Prefeitura anulasse o contrato com a Coopedu, por entender que esse tipo de contratação para intermediação de mão de obra que exige subordinação, pessoalidade e habitualidade é vedada por lei.

Além disso, MPRN e DPE constataram que o projeto que justificaria a contratação foi elaborado pela própria cooperativa. O documento indica a necessidade de 50 professores, 5 profissionais para equipe multiprofissional e outros 70 profissionais, como cuidadores, auxiliares e monitores. E que todos “contribuirão para a continuidade das atividades escolares”, evidenciando que a contratação visa suprir uma necessidade permanente da rede de ensino, e não uma demanda temporária.

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segunda-feira - 22/09/2025 - 16:38h
Lançamento

Programa de Recuperação de Rodovias terá segunda etapa

Recuperação de estradas será ainda esse ano e no próximo, avisa DER/RN (Foto ilustrativa)

Recuperação alcançará 664 quilômetros em três lotes (Foto ilustrativa)

A governadora Fátima Bezerra (PT) assina nesta terça-feira, 23, as ordens de serviço para a segunda etapa do Programa de Recuperação de Rodovias Estaduais. A assinatura acontece na sede da Governadoria, em Natal, às 11 horas.

A segunda etapa do Programa de Recuperação de Rodovias Estaduais contempla a recuperação de 664 quilômetros de estradas, divididos em seis lotes abrangendo as regiões Oeste, Seridó, Agreste e Litoral Norte. O cronograma prevê o início das obras para outubro e conclusão em 12 meses.

O atual Programa de Recuperação de Rodovias Estaduais é o maior já realizado na história do Rio Grande do Norte, começou a ser executado em 2019 e vai até 2026.

A meta é renovar mais da metade da malha rodoviária estadual, promovendo segurança viária, desenvolvimento regional e impulsionando setores estratégicos da economia, como turismo, agropecuária, comércio e indústria.

No total, o Governo do RN restaurou 800 quilômetros em todas as regiões do estado só na primeira fase do programa. Foram investidos cerca de R$ 430 milhões, em recursos oriundos de empréstimo realizado através do Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF).

O trabalho de recuperação da malha rodoviária do RN seguirá melhorando as estradas e dando maior conforto e segurança para todos os potiguares e visitantes do estado.

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Categoria(s): Administração Pública
  • Repet
segunda-feira - 22/09/2025 - 14:24h
Setembro Dourado

Seminário aborda diagnóstico precoce do câncer infantil

Banner de divulgação

Banner de divulgação

No próximo dia 24 de setembro, quarta-feira (24), a Prefeitura de Mossoró realiza um seminário em alusão ao “Setembro Dourado”, mês de conscientização sobre o câncer infantojuvenil.

O evento será no auditório da FACS/UERN, das 13h30 às 17h e contará com a participação do Grupo de Apoio à Criança com Câncer do Rio Grande do Norte (GACC-RN), através de palestra da assistente social Jussara Almeida e participação da equipe, sobre sinais e sintomas comuns e importância do diagnóstico precoce nessas patologias.

O seminário é voltado para profissionais da Atenção Primária em Saúde, equipes multiprofissionais (EMulti), residências em saúde, além de profissionais do AMI, PAM e CAPS Infantil, reforçando o compromisso em capacitar e sensibilizar a rede de saúde para identificar sinais de alerta do câncer infantojuvenil.

Equipe GACC
•⁠ ⁠Amós Oliveira – Médico voluntário
•⁠ ⁠Ana Paula Azevedo – nutricionista
•⁠ ⁠Jussara Almeida – Assistente Social
•⁠ ⁠Rosemary Santana – psicóloga

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segunda-feira - 22/09/2025 - 13:10h
Educação

Colégio Sagrado Coração de Maria começa fase de reestruturação

Nova fase do CSCM preserva princípios e ganha nova dinâmica a serviço da educação e formação cidadã (Foto: divulgação)

Nova fase do CSCM preserva princípios e ganha nova dinâmica a serviço da educação e formação cidadã (Foto: divulgação)

Ao longo da semana passada, o Colégio Sagrado Coração de Maria (CSCM) realizou reuniões com toda equipe, estudantes e famílias, juntamente com os padres Charles Lamartine e Flávio Augusto, para compartilhar os primeiros passos da parceria estabelecida entre a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição e a Diocese de Santa Luzia de Mossoró.

Entre os encaminhamentos anunciados está a criação de um Fórum de Pais, Estudantes e Professores, espaço dedicado ao diálogo e à escuta ativa. A proposta busca incentivar a participação coletiva nas decisões pedagógicas e institucionais, garantindo maior proximidade com a comunidade escolar, o que contribui para a construção de um ambiente cada vez mais colaborativo e inovador.

Durante os encontros, a direção também comunicou oficialmente a abertura do Ensino Médio para o ano letivo de 2026. A novidade amplia a proposta educacional da instituição e marca um momento importante em sua história, ao consolidar o compromisso em oferecer uma formação integral, voltada às exigências do presente e às perspectivas do futuro dos jovens.

“Com essas ações, o Colégio Sagrado Coração de Maria reafirma sua missão de educar com qualidade, atento às necessidades da comunidade. A instituição mantém o propósito de formar estudantes preparados para os desafios do mundo contemporâneo, fundamentada em valores humanos e empenho pela excelência”, assinala sua direção.

Leia também: “Colégio das Irmãs” passa a ter gestão compartilhada com Diocese.

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Categoria(s): Educação
  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
segunda-feira - 22/09/2025 - 12:26h
História do TJRN

Desembargador Deusdedith Maia é homenageado em livro

Desembargador aposentado é uma referência histórica do TJRN (Foto: Divulgação)

Desembargador aposentado é uma referência histórica do TJRN (Foto: Divulgação)

Do Blog Território Livre

O curso de Direito da Universidade Federal do RN (UFRN) vai além da produção acadêmica e se propõe também a ser guardião da história recente do Judiciário do Rio Grande do Norte, com grandes personagens ainda atuantes, apesar da aposentadoria da Magistratura.

Amanhã, terça-feira (23), haverá o lançamento de obra dedicada à trajetória do desembargador Deusdedit Chaves Maia, magistrado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). O evento será às 9h, no auditório de Pós-Graduação em Direito, localizado no Núcleo de Práticas Jurídicas
(NPJ).

O livro é intitulado “Construtores do Poder Judiciário no Rio Grande do Norte – homenagem ao Desembargador Deusdedit Maia.” Um projeto para valorizar personalidades que marcaram a história do Poder Judiciário.

“Trata-se de uma merecida homenagem a um magistrado cuja trajetória de credibilidade, de liderança, de amizade e de gratidão se confunde com a própria história do Poder Judiciário potiguar”, afirma Erick Pereira, professor do curso de Direito da UFRN e organizador da homenagem.

A atividade será aberta ao público, com a presença de discentes, docentes, ex-alunos e juristas, e promete ser um momento de celebração e memória do legado do desembargador Deusdedit Maia.

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segunda-feira - 22/09/2025 - 11:30h
Experience Day

Novas variedades de melão e melancia vão ser apresentadas

Carroção de melão amarelo produzido na Fazenda Nova Califórnia, sede da Nolem (Foto: arquivo)

Evento entre os dias 23 e 26 será voltado para mercado de exportação (Foto: arquivo/Foto ilustrativa)

A HM. Clause apresentará novas variedades de melão e melancia com foco no mercado de exportação durante a 5ª edição do Experience Day, que acontece de 23 a 26 de setembro de 2025, em sua Estação de Pesquisa e Desenvolvimento em Mossoró (RN). Entre os destaques estão melancias dos grupos Crimson (Mambo, Excelsior e Exceed) e Tiger (Sarabi e Mufasa), além de melões dos tipos Gália (Sertanejo), entre outros. Todas foram desenvolvidas com foco em resistência, sanidade de campo e qualidade pós-colheita, atributos essenciais para atender às demandas dos importadores internacionais.

“Para operar no mercado de exportação, não basta produzir com alta produtividade. As variedades que estamos apresentando no Experience Day são resultado de melhoramento genético focado em firmeza do fruto, resistência a doenças e integridade durante o transporte. Isso significa que o produtor pode reduzir perdas pós-colheita e garantir frutos que atendam aos padrões exigidos por mercados como União Europeia e Oriente Médio”, explica Ciro Brito, Consultor Técnico de vendas da HM. Clause Brasil.

Exportações em crescimento

O Brasil exportou em 2024 um total de 1.076.437.027 kg de frutas, o que representou R$ 1.287.059.846 em receitas. Nesse cenário, o melão e a melancia ocupam posição de destaque. Somente na safra 2023/24, o Brasil exportou cerca de 213 mil toneladas de melão entre agosto e março, com crescimento de 6% no volume e de 13% na receita em comparação à safra anterior.

Já no caso da melancia, o país embarcou mais de 24 mil toneladas entre agosto e setembro de 2024, a segunda maior cifra desde 1997, com receita superior a US$ 12 milhões. Para a safra 2024/2025, as exportações de melão e melancia no Rio Grande do Norte devem crescer cerca de 8% em relação ao ciclo anterior.

Protagonismo potiguar

A importância estratégica do Rio Grande do Norte fica evidente nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2024, o estado produziu 505.212 toneladas de melão, com valor estimado em R$ 858 milhões, área colhida de 18.930 hectares e rendimento médio de 26.688 kg/ha, consolidando Mossoró como maior polo produtor do país. Já a produção de melancia alcançou 147.901 toneladas, movimentando R$ 124 milhões, com área de 10.158 hectares, produtividade de 14.560 kg/ha e rendimento de R$ 12.161,65/ha, novamente com destaque para Mossoró como região líder. Esses números reforçam o protagonismo do semiárido potiguar na fruticultura voltada à exportação.

Somente em agosto de 2025, o Rio Grande do Norte movimentou US$ 531 milhões em comércio exterior, sendo que melancias frescas (US$ 4,5 milhões) e melões frescos (US$ 3,3 milhões) figuraram entre os principais produtos exportados. Os principais destinos foram Reino Unido, Canadá, Países Baixos, Tailândia e Estados Unidos, que concentraram quase 68% das vendas externas potiguares.

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
segunda-feira - 22/09/2025 - 10:38h
Saúde animal

Mossoró imuniza mais de 6 mil cães e gatos no fim de semana

Vacinação ocorreu com grande procura (Foto: Wilson Moreno)

Vacinação ocorreu com grande procura (Foto: Wilson Moreno)

A Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realizou no último sábado (20) o “Dia D” de vacinação contra a raiva e ultrapassou a marca de mais de 6 mil animais imunizados na ação.  A campanha de vacinação antirrábica no município começou em julho pela zona rural e a partir de agosto estará na zona urbana.

A Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) disponibilizou 24 pontos de vacinação espalhados pelas quatro regiões da cidade. Segundo o levantamento da UVZ, foram vacinados no “Dia D” 6.354 animais, sendo 4.129 cães e 2.225 gatos, respectivamente.

Coordenadora de Saúde e Bem-estar Animal, Ana Liza agradeceu a participação maciça da população mossoroense ao chamado para imunizar o seu animal de estimação no “Dia D”. “Quero agradecer a população mossoroense responsável por levar seus pets para a vacina no último sábado. Tivemos um número de 6.354 animais vacinados nos 24 pontos espalhados na nossa cidade. Fica aqui minha gratidão para a população que atendeu nosso chamado e vacinou seu animal de estimação”.

Ana Liza também acrescenta que a campanha antirrábica terminou no último sábado com a realização do “Dia D”, mas que a Unidade de Vigilância em Zoonoses, localizada na rua Doutor Moisés da Costa Lopes, no bairro Nova Betânia, permanece como ponto de vacinação constante, das 7h às 11h e das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira.

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segunda-feira - 22/09/2025 - 09:18h
Protestos

PEC da Blindagem e PL da Anistia são rejeitados nas ruas do país

Mobilização aconteceu nesse domingo em várias partes do país (Foto: redes sociais)

Mobilização aconteceu nesse domingo em várias partes do país (Foto: redes sociais)

Do Canal Meio e outras fontes

Atos contrários à PEC da Blindagem e ao projeto que anistia envolvidos na tentativa de golpe de Estado no Brasil levaram manifestantes às ruas em várias capitais do país neste domingo. Em São Paulo, o protesto reuniu 42,3 mil pessoas na Avenida Paulista, segundo cálculo do Monitor do Debate Político do Cebrap e da ONG More in Common. O número é semelhante ao da manifestação pró-anistia de 7 de setembro de 2025, convocada pelo pastor Silas Malafaia, que reuniu 42,2 mil manifestantes.

Os atos deste domingo foram convocados pelas redes sociais por movimentos de esquerda, organizações civis e artistas. No Rio de Janeiro, a manifestação reuniu 41,8 milpessoas em Copacabana, com apresentações musicais de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Djavan, Paulinho da Viola e outros. (UOL e Globo)

Uma das imagens mais marcantes do ato na Avenida Paulista foi a abertura de uma imensa bandeira do Brasil pela multidão, em contraponto à bandeira dos Estados Unidos estendida pelos bolsonarista no mesmo local há duas semana. (Poder360)

Veja imagens dos protestos em diversas partes do país. (BBC Brasil)

Em meio aos protestos, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), afirmou à GloboNews que pretende pautar a votação da PEC na próxima reunião do colegiado, prevista para quarta-feira. “[Vou pautar] para sepultar de vez esse assunto no Senado”, disse. O relator da proposta, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), já disse que seu parecer será pela rejeição da PEC que busca proteger parlamentares contra a abertura de processos penais no Supremo Tribunal Federal (STF). (g1)

Reforçando a previsão de Alencar, um levantamento do Globo indica que a PEC não deve passar nem mesmo da CCJ. Dos 27 integrantes do colegiado, 17 responderam que votarão contra, ante três a favor. Outros sete não quiseram antecipar a posição. Ainda que a proposta chegasse ao plenário, o levantamento aponta que seria derrubada, já que 46 dos 81 senadores se declaram contrários à medida. Seis afirmam ser favoráveis, outros seis disseram ainda não saber como votarão e os demais não responderam. (Globo)

Nas redes sociais e aplicativos de mensagens, as manifestações da esquerda ultrapassaram o engajamento dos atos de 7 de setembro convocados pelo bolsonarismo. Segundo monitoramento em tempo real realizado pela Palver, a cada 100 mil mensagens trocadas, cerca de 865 faziam referência ao protesto do dia 21, contra 724 durante as mobilizações da direita duas semanas antes. O levantamento mostrou ainda que figuras do governo não tiveram protagonismo entre as mensagens trocadas. (Folha)

Bela Megale: “A ordem é minimizar, mas, em reservado, aliados de Jair Bolsonaro — de dentro e de fora do Congresso — afirmam que se assustaram com o tamanho das manifestações deste domingo”. (Globo)

Andréia Sadi: “A ideia de atrelar a tramitação da anistia à blindagem foi, nas palavras de um aliado de Bolsonaro, um tiro no pé, pois deixou de herança o desgaste de tentar aprovar duas medidas amplamente impopulares, além do carimbo de que a direita patrocinou o movimento de blindagem a parlamentares.” (g1)

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Categoria(s): Política
  • San Valle Rodape GIF
domingo - 21/09/2025 - 23:56h

Pensando bem…

“Como é bela a decepção que nos liberta dos apegos.”

Alejandro Jodorowsky

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domingo - 21/09/2025 - 10:06h

Além das estações

Por Bruno Ernesto

Foto ilustrativa do autor da crônica

Foto ilustrativa do autor da crônica

Talvez tenha passado despercebido, mas você também gosta de Mozart, Chopin, Bach, Strauss, Wagner, Tchaikovski, Schubert, Beethoven e Vivaldi. 

Busque na memória e perceberá que muitos filmes, desenhos animados, séries de televisão, novelas, peças teatrais e comerciais a que você assistiu, tem a música clássica como fundo musical. Ora lenta, ora tensa. Ora acelerada, ora dramática. E o ápice, o nirvana.

Acredito que se a substituírem por outro gênero musical, soará tão estranho que a cena do filme perderá o encanto.

Escute As Quatro Estações, de Vivaldi, brilhantemente executada por Julia Fischer (//youtu.be/vy-2K9AIqdA?si=F0ft5dXz3-LnIjPO) , ou A Valquíria, de Richard Wagner (//youtu.be/hQM97_iNXhk?si=R-rjNIhpz7zPJ70Q), e perceberá a diferença.

Assista, por exemplo, à dramaticidade da ária de Mozart, nos sentimentos extremos da Rainha da Noite, na ópera “A Flauta Doce” (//youtu.be/YuBeBjqKSGQ?si=n3bWD3ZMbYKteYcY). Certamente você lembrará da melodia.

Não, não é necessário ser um expert em música clássica para apreciá-las. Aliás, música alguma. Certamente você já dedilhou ou tamborilou ao escutar uma música.

Claro, além de refletir nosso estado de ânimo, também reflete nossas crenças, tradições, nos insere num determinado grupo social e, por vezes, é um instrumento de resistência.

Beethoven dizia que o segredo da música não está no toque da nota, mas no silêncio entre elas. Não por onde, se formos falar sobre a letra de uma canção, surgem incontáveis possibilidades de interpretação.

Ela invoca certas lembranças que há muito estão adormecidas num cantinho de nossa memória, e que, num breve momento, tal qual o ritmo sincopado de uma música, aos poucos resgata esse turbilhão de lembranças e sentimentos que simplesmente nos leva àquele perdido momento; seja ele bom ou não.

A música não pede licença à sua memória. Pelo contrário. Ela fustiga o que há de melhor e pior em nós. É como um trem que partiu e vai parando de estação em estação, embarcando e desembarcando esses sentimentos e essas memórias.

Basta escutar o primeiro acorde.

Bruno Ernesto é professor, advogado e escritor

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  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
domingo - 21/09/2025 - 09:30h

Do analógico ao digital

Por Odemirton Filho

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Dia desses assisti a um vídeo interessante. Disse o autor do vídeo, não lembro quem era, que quem tem atualmente cinquenta anos, ou mais, teve que se adaptar as mudanças do mundo, principalmente, ao rápido avanço da tecnologia.

Com efeito, quem viveu em outra época sabe como as coisas eram diferentes. Há algum tempo, não imaginávamos o uso do aparelho celular. Ter um telefone fixo em casa era um luxo. Para muitas famílias possuir uma televisão na sala era um sonho inalcançável. Muitas pessoas assistiam a televisão na casa do vizinho “rico” ou nos aparelhos que ficavam em algumas praças da cidade ou na zona rural.

Computador? Ora, era coisa de filme americano. Quem viveu na Mossoró das antigas, certamente foi aluno da Escola de datilografia São Lázaro. Eu fui. E foi uma luta danada para aprender a usar a máquina de datilografia. Aliás, eu somente conheci duas pessoas que eram datilógrafos de mão cheia: meu pai, que aprendeu o ofício quando trabalhou em cartório, e Olivar, servidor do Detran.

As mensagens eram enviadas por meio de cartas, telegramas ou cartão-postal. WhatsApp e outros aplicativos de mensagens não faziam parte do nosso dia a dia; troca de mensagem por e-mail nem pensar. Quando o Fax apareceu foi um assombro tecnológico (salvo engano, o editor deste Blog enviava uma publicação via Fax. Herzog Press, ainda nos anos 90 do século passado, há mais de 25 anos).

Os funcionários dos jornais que circulavam na cidade, por exemplo, entravam pela madrugada para fechar a edição do dia.

Para assistir a filmes, íamos ao Cine Pax, Caiçara ou Cine Cid. Netflix e outras plataformas não existiam, mesmo porque o aparelho celular e outros dispositivos eletrônicos são coisas recentes. Para se comprar um celular, o famoso “tijolão”, era preciso esperar numa enorme fila. E a fila nos bancos? Já fiquei várias vezes por horas para pagar um simples boleto, nada de aplicativos para fazer transações bancárias nem Pix para transferências, como ocorre hoje em dia.

Ademais, à guisa de ilustração, os automóveis de tempos pretéritos possuíam carburadores, e não essa tecnologia de hoje em dia. Perdi as vezes que fui limpar o carburador de um velho buggy, lá na oficina de Souza, no bairro Paraíba. Agora, iniciamos a onda dos carros elétricos.

Como esquecer a fila que se formava para comprar um botijão de gás no depósito de Porcino, sob um sol causticante? Atualmente, é bom demais, temos delivery, e qualquer mercadoria chega rapidinho as nossas casas.

Pois é, vivemos à luz da modernidade. A tecnologia mudou e facilitou sobremaneira as nossas vidas. Passamos da era analógica para a digital. No entanto, consumimos boa dose do nosso tempo nas redes sociais e na internet, em vez de aproveitar a vida real.

De fato, o mundo está bem diferente de outrora. Pelo menos, em alguns aspectos, a humanidade evoluiu.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
domingo - 21/09/2025 - 08:00h

Escritor e sábio

Por Marcelo Alves

Victor Hugo, escritor francês (Reprodução)

Victor Hugo, escritor francês (Reprodução)

Victor-Marie Hugo (1802-1885) está no Panteão dos franceses. Literalmente, descansando no famoso edifício mausoléu, sito no Quartier Latin de Paris, cujo frontispício reconhece: “Aux grands hommes, la patrie reconnaissante” (“Aos grandes homens, a pátria é grata”). E literariamente, como um dos maiores escritores – de ensaios, de teatro, de poesia e, sobretudo, de romances – nascidos em França, no caso dele, na belíssima Besançon, capital do Franche-Comté.

Quem já leu ou ouviu falar de “O corcunda de Notre-Dame” ou “Nossa Senhora de Paris” (“Notre-Dame de Paris”, 1831), “Os Miseráveis” (“Les Misérables”, 1862) e “Os trabalhadores do mar” (“Les Travailleurs de la mer”, 1866) há de concordar comigo.

Todavia, para além de escritor, Victor Hugo foi sobretudo um “sage” (leia-se “sábio”). Mais do que muita sabedoria encontramos na fábula de Esmeralda, Quasímodo e Clode Frollo, que se antagonizam na “Notre-Dame de Paris”. Em “Les Misérables”, aprendemos, até demasiadamente, com a saga de Jean Valjean, a rigidez religiosa de Javert, a miséria de Fantine, o exemplo-exceção de bondade do Bispo de Digne, a malevolência de Gravoche e a infelicidade de Cosette, só no final redimida nos braços de Marius. Com “Les Travailleurs de la mer” eu aprendi algo que nunca esqueci: não podemos vencer a natureza.

Mas, hoje, para confirmar a minha tese sobre a “sagesse” (leia-se “sabedoria”) de Victor Hugo, eu gostaria de chamar a atenção para um título específico de sua vasta obra, aquele provavelmente mais relacionado ao direito, que é “O último dia de um condenado” (“Le dernier jour d’un condamné”, 1829).

Com “Le dernier jour d’un condamné”, o escritor e também homme politique Victor Hugo aparenta-se a Dostoiévski (“Recordações da Casa dos Mortos”, 1862), John Howard (“O estado das prisões”, 1777), Oscar Wilde (“A balada da prisão de Reading”, 1898) ou com os nossos Graciliano Ramos (“Memórias do Cárcere”, 1953), Plínio Marcos (“Barrela”, 1958) e Assis Brasil (“Os que bebem como os cães”, 1975), que tão bem relataram a vida carcerária e a dos seus condenados, cada um com as suas especificações, evidentemente.

Sob os pontos de vista filosófico, sociológico, psicológico e jurídico, o romance de Hugo cruamente nos apresenta o diário de um condenado à morte, anônimo, que não é herói nem vilão, nas últimas 24 horas anteriores a sua execução. Mas como se julga o ato do homem (ou do seu agrupamento em forma de Estado) que decide e impõe a morte a um outro homem? É o que procura fazer o autor.

Trata-se do que os franceses chamam de “roman à thèse”. Serve de libelo contra a pena de morte, tema tão importante para o direito (e aqui já deixo minha assertiva oposição à pena capital imposta pelo Estado). É verdade que a pena de morte, depois de muita luta, está hoje abolida na grande maioria dos países ditos “civilizados”. Mas, com Hugo e seu livro, na França e por onde a sua literatura se irradia, a luta por essa abolição atingiu consciências e sensibilidades.

Poucos fizeram tanto para abolir a “maldita” como o bom reformista/ativista Victor Hugo (e penhoradamente agradecemos!). Até porque, as maiores batalhas da humanidade foram ganhas não só com a razão/inteligência, mas, também, empregando-se a alma e o coração.

Aliás, na edição que possuo de “Le dernier jour d’un condamné” (Le Livre de Poche, 1989), na contracapa, consta:

“V. Hugo escreveu admiráveis poemas, ele escreveu admiráveis romances e admiráveis dramas; mas, para nós, sua obra capital – quando a guilhotina tiver sido definitivamente abolida – será ter ajudado a abolir essa guilhotina. Há algo maior que um grande poeta ou um grande romancista. É um sábio. E há algo mais belo, mais invejável, que a imaginação. É o coração”.

Bom, Victor Hugo redirecionou sua arte para servir a uma das mais nobres causas da humanidade. Quem é mesmo sábio, e não apenas inteligente, tende a ter um bom coração. Podem ter certeza.

Marcelo Alves é Procurador Regional da República, Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e escritor

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Categoria(s): Artigo
  • Repet
domingo - 21/09/2025 - 06:44h

O Efeito Casulo – Dia 17

Por Marcos Ferreira

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Entrega. Abnegação. Perseverança. Altruísmo. Não é fácil a gente pensar em literatura, em arte da palavra escrita, quando o que temos pela frente é uma sentença de morte, um futuro de cinco ou seis meses; isto raciocinando com certo otimismo. Portanto, em um confronto cuja derrota é inevitável, e como quem se vinga da cruezadeste momento desferindo uma zombaria, um deboche perante o fim, esta minha almacondoreira se nega a ajoelhar-se. Porque escrever, mesmo à beira do abismo, é a segurança e conforto que ainda me restam. Não vou simplesmente cruzar os braços e aguardar o apagar definitivo das luzes. O corpo ainda luta. A mente não se verga ao carrasco absoluto. Afrontando o destino, exibindo um acinte, um escárnio, seguirei osacerdócio do meu verbo até minhas últimas fibras de vigor e lucidez. Que se dane a Moça da Foice; que espere esgotar-se o derradeiro hálito de oxigênio que eu possua.

Eis meu epitáfio. A busca do vocábulo exato, justo, medido, seguirá como um ato de rebeldia e provocação. Já não importam (nunca importaram) as futricas, os engodos das igrejinhas literárias. Minha mensagem é de resiliência, um tapa na cara do próprio tempo. É isto. Esse tempo escasso, tão mesquinho e insensível, corre contra mim. Sobretudo nesta terminante quadra dos meus anos. É preciso cumprir a jornada, manter o passo. Desistir da carpintaria das letras não é uma opção. Necessito seguir com esta manufatura da linguagem desejosamente artística. É o que ambiciono. Então continuo com este tear solitário e silencioso sem recompensa, sem aplauso nenhum. Um senso de compromisso com este mister da língua portuguesa não pode parar, acovardar-se, morrer de véspera. Não. O artesanato da linguagem, obscuro e quase sempre inglório, não vai entregar os pontos sem que haja luta. Jogar a toalha? Não! Ainda há um rito a se cumprir, um ciclo a se fechar. Parodiando Guimarães Rosa, o que a literatura quer da gente é coragem. Uma duvidosa e improvável coragem que desponta subitamente como uma grande tocha afugentando as trevas. Desistir, repito, não é opção.

Morrer escrevendo não é derrota, é conquistar a posteridade. Não tenho alternativa nem desejo outro fim. Escrever é um exercício de imortalidade. Um diaqualquer alguém haverá de ler estas linhas e, respirando fundo, dirá consigo próprio: “Esse escritor maldito não morreu, apenas trocou de pele. Ele é uma espécie de cobra. Ainda ouviremos falar a respeito desse indivíduo. Não hoje. Talvez não amanhã nem depois, contudo não se enganem; esse dia chegará mais cedo ou mais tarde. Percebem?!Já não me sinto mais derrotado. Não ao menos no tocante ao presente.

Venham, palavras! Tantas e de tantos. Símbolos gráficos que equivalem a tijolos do meu edifício de letrinhas, do meu castelo de sílabas e sons, cores e caminhos. Aqui estão elas. Sempre estiveram ao nosso alcance. Disponíveis como uma fruta madura na ponta de um galho acessível. Ei-las! Algumas são ásperas; outras, adocicadas. Têm pétalas, perfume, espinhos. Oferecem sumo e doçura, dão água na boca e cócegas nos nossos olhos e ouvidos. Benditas sejam! Cada uma com o seu tamanho, relevo e literariedade. Como são diversas e difusas, repletas de encantamento e significado!Basta tão só que as colhamos das árvores do idioma com o visgo de nossos neurônios,inventividade e reverência que elas nos ofertam. Que isto façamos com calma, sem atropelo, sem descuido, sem precipitação. Quem sabe uma por uma, de maneira que possamos sentir-lhes o peso, a textura, gosto e aroma. Tais verbetes, além de tijolos na edificação de ideias pétreas, de mensagens duras, comportam delicadeza. Ainda mais sereunidas em uma “página branca de susto”, como naquele aforismo de Quintana.

Sim! O insigne poeta maior Mario Quintana, rejeitado pela politiqueira Academia Brasileira de Letras. Que vergonha para aqueles supostos imortais! Logo oQuintana, que, segundo ele próprio, nunca escreveu uma vírgula que não fosse uma confissão. O que diria (latifundiário de um vasto plantio de verbetes) acerca destes meus relatos impróprios para consumo interno, conforme escrevi certa feita. É isso! Sou um autor pungente, nada bem-comportado. Minha verve (ou estômago) não consegue comungar com essa pompa dos grupelhos intelectuais, uma turma que se autopromove e se reveste com seus fardões acadêmicos, espadas e medalhas de falso brilho.

Retomemos o verbo. Deixemos os imortais com sua ilusão de imortalidade artística. A verdade, porém, é que o ofício de literato nesta pátria de chuteiras nunca foi tão maltratado e banalizado como hoje em dia. Aqui tanto quanto além, os impostores lotam as rodinhas do elogio mútuo; todos se masturbam com recíproca bajulação e gozam no final. Isto não tem a ver com inveja ou despeito. Trata-se de bom senso, de enxergar os embustes, as farsas que permeiam essas patotinhas. Há gente por aí escrevendo demais sem dizer coisa alguma. É uma malversação, um desperdício de letras que, por exemplo, acomete metade dos escritores deste município. Melhor não mexer no vespeiro. Todos são adultos e responsáveis por suas produções. Não sou o sujeito mais indicado para dar palpites acerca dessa literomania presunçosa do País de Mossoró. Antes que comece a chover canivetes sobre a minha cabeça, retorno ao meu casulo. Acho que coloquei o dedo na ferida, e isso por aqui é algo imperdoável.

Vejo que cheguei ao final de mais um relato concebido a duras penas, um registro desses dias agônicos e desesperançados. Os medicamentos vão se tornando cada vez menos eficazes. Mas que se foda o meu câncer! Apesar do meu estadodebilitado, precário, da gravidade de minha doença, sei que ainda tenho muito o que debater, confrontar e expor ao longo dessa época de revoltas e padecimentos. Isto não representa, que fique bem claro, nenhuma forma de escapismo, de autopiedade ou vitimismo. Não! Exponho neste blogue, ao longo de algumas semanas, um relatohonesto, nu e cru do meu cotidiano. Os amigos já têm conhecimento da minha sentença de morte. O telefone não para de tocar. Querem me ver, ouvir pessoalmente tudo o quanto o meu editor segue gentilmente e pacientemente publicando. Muito obrigado.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Conto/Romance
domingo - 21/09/2025 - 03:58h

Esquerda e direita

Por Cid Augusto

Arte ilustrativa (Reprodução)

Arte ilustrativa (Reprodução)

 

Desde o advento do bolsonarismo, o brasileiro quebra a cabeça com as concepções de “esquerda” e “direita”, sem descuidar do “centro” com as suas oscilações pendulares, “pra lá… para cá… pra lá, pra cá, pra lá”, como na musiquinha infantil. A Folha de S.Paulo até criou um teste on-line prometendo ajudar a resolver crises ideológicas de identidade. Usei a ferramenta, mas fiquei encafifado com a resposta. Segundo o jornal, eu seria de “centro-esquerda”: esquerda na pauta de costumes e liberal em temas econômicos.

Faz algumas semanas – embora obstinado a comprar apenas livros digitais, para fazer jus ao investimento no Kindle –, adquiri, em papel, Direita e Esquerda – razões e significados de uma distinção política, de Norberto Bobbio. Finalizada a leitura, apaziguei-me. A inquietação tem razão de ser, e eu, que nem entendo do assunto, estava certo: não existem dois lados definidos, delimitados em bolhas homogêneas. São várias as direitas e esquerdas, todas flutuantes no tempo e no espaço.

Extrema esquerda, esquerda moderada, centro-esquerda, liberais socialistas, progressistas, anarquistas, comunistas, socialistas, esquerda autoritária. Extrema direita, direita moderada, centro-direita, conservadorismo, teocracia, fascismo, liberalismo, nazismo, direita democrata. Do mesmo modo, as bandeiras partidárias, muito além da simples alteração do nome – Arena, PDS, PFL, Democratas, União Brasil – tremulam ao sabor dos ventos definidores de suas pautas no tabuleiro do jogo do poder.

Quando pesquisei sobre o perfil dos proprietários do O Mossoroense, na primeira fase do periódico – 1871 a 1876 –, observei que eles eram filiados ao Partido Liberal, considerado vanguardista em oposição ao Partido Conservador. O PL assumia o papel da esquerda no século XIX, ao defender a abolição da escravatura, as eleições diretas, as liberdades religiosa, intelectual, política e individual. Agora, do lado de baixo do Equador, a mesma agremiação é associada ao extremo conservadorismo.

Lembrei-me agora do meu flerte com o comunismo. Foi por volta dos 11 anos de idade, quando o Brasil ainda vivia a ditadura iniciada com o golpe de 1964. O general João Batista Figueiredo presidia a Nação. Havia dois partidos principais, PDS e PMDB, que, em Mossoró, todavia, desdobravam-se em quatro. De um lado, o PDS 1 de Tarcísio Maia e o PDS 2 de meu avô Vingt Rosado. Do outro, o PMDB que detestava os Rosados e o PMDB que, em agradecimento a eles pelo “Voto Camarão”, defendia o “Voto Cinturão”.

Devo explicar essa história de “Camarão” e “Cinturão” antes de retornar ao comunismo? Sim? Pois vamos lá! No pleito de 1982, o voto era vinculado, ou seja, o eleitor só podia sufragar candidatos do mesmo partido, dispostos assim na chapa eleitoral: governador, senador, prefeito, deputado federal, deputado estadual e vereador. Tentando a reeleição a deputado federal, Vingt queria, mas não podia pedir voto para os candidatos a governador e senador do PMDB, pois a mistura anularia a cédula.

A saída foi pedir o voto em branco para governador e senador. Como tais cargos estavam na cabeça da lista, surgiu o apelido “Voto Camarão”. Para constar, geralmente, arranca-se e não se come a cabeça desse saboroso crustáceo. Figueiredo, inclusive, foi a Mossoró para dizer que comeria camarão com cabeça e tudo. Não dobrou Vingt. Em contrapartida, os peemedebistas agradecidos pediam o “Voto Cinturão”, o sufrágio em branco para prefeito, cargo situado na cintura da cédula eleitoral.

De volta ao comunismo. Justamente naquela época, contei ao meu pai, Laíre Rosado, que decidira ser comunista, influenciado sabe-se lá por quem. Com a tranquilidade que lhe é peculiar, ele se dirigiu à prateleira – estávamos na biblioteca –, arrastou um livro da estante e me entregou dizendo: “Leia, aprenda o que é comunismo para ser um comunista consciente”. Não vou fingir costume. Entendi bulhufas! E, pior: nem me lembro do título. Só sei que era fininho e tinha na capa uma foto de Karl Marx.

Descobri, depois, que papai tinha a mania de difundir “obras subversivas”. Chegou a responder a um Inquérito Policial Militar (IPM) no 16º Batalhão de Infantaria Motorizado de Natal (16 RI), sob a acusação quase verdadeira de disseminar literatura de países da Cortina de Ferro no RN. Digo “quase” porque a intimação do Exército para esclarecer os fatos antecedeu – e frustrou – a chegada de livros que ele pedira, por carta, a embaixadas de vários países, sem observar se os governos eram de esquerda ou de direita.

Luiz Alves Neto, ex-preso político cuja companheira, Anatália Melo Alves, foi “suicidada” no DOPS do Pernambuco, contou-me que o seu ingresso no comunismo se deu, entre outros fatores, pela leitura de livros que Laíre lhe doou. As obras proibidas já não existem. Dona Iracema, uma das irmãs de Lulu, disse-me, em determinada ocasião, que enterrou tudo no quintal de casa ao receber a notícia de que o irmão militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) havia sido capturado.

Não aderi ao comunismo, apesar do apreço pelas leituras marxistas, incluindo o próprio Marx, Foucault e Bakhtin. Aliás, nunca desejei filiação partidária, ainda menos agora, diante da volatilidade do pensamento ideológico ocidental. Desde quando Bolsonaro reacendeu o orgulho da extrema direita, no Brasil, sufocando as outras direitas, lançaram-se luzes sobre a fragmentariedade do campo político. Assim, dizer-se esquerda ou direita soa ingênuo na liquidez da modernidade. Qual esquerda? Qual direita?

Se eu tivesse que me autodeclarar, dir-me-ia de esquerda moderada, aquela que admite a economia de mercado, sem, contudo, descuidar dos direitos dos trabalhadores e dos consumidores; que promove o bem-estar social por meio de políticas afirmativas, da defesa do meio ambiente, do provimento das necessidades básicas do ser humano; que faz justiça fiscal, a partir de políticas tributárias equitativas; que diverge dentro das leis e disputa o poder pelas vias democráticas.

A Folha quase acerta. Perdeu o gol por não perceber que, entre as barras laterais da trave existem fatores aquém e além do goleiro. Bem assim, nas páginas da história, não há somente a mancha de impressão entre as margens do papel. Há textos, subtextos, imagens. Gritos! Silêncios… Discursos, interdiscursos. Há subjetividades em trânsito por linhas e entrelinhas capazes de se refletir e se refratar, de convergir e de se opor, de morrer e de renascer – do nada como a onda autoritária que aterroriza o mundo democrático.

————–

Da série, faça você mesmo, seguem testes que prometem revelar o seu perfil ideológico:

1) //www1.folha.uol.com.br/poder/teste-esquerda-direita-centro/

2) //especiais.gazetadopovo.com.br/quiz-politico-ideologico/?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=dinamico&gad_source=1&gad_campaignid=20802200119&gbraid=0AAAAADlVTPeofzII6LYkj2-0wYz5Ono99&gclid=CjwKCAjwobnGBhBNEiwAu2mpFCOHdC3JIZRqir4tes-A2iKXlS-RxWYdE2j4roCIUyiSbciPCr_KXRoCQ6kQAvD_BwE

3) //infograficos.oglobo.globo.com/politica/eleicoes-2024-esquerda-centro-ou-direita-descubra-seu-perfil-ideologico.html

Cid Augusto é jornalista, advogado, professor e poeta

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Categoria(s): Crônica
  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
sábado - 20/09/2025 - 23:54h

Pensando bem…

“As coisas que amamos nos dizem o que somos.”

São Tomás de Aquino 

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Categoria(s): Pensando bem...
sábado - 20/09/2025 - 12:24h
TRE/RN

Processo Judicial Eletrônico terá sistema de segurança ampliado

CNJ revela preocupação com manifestações de magistrados (Foto ilustrativa)

CNJ emitiu orientação para entrar em vigor dia 3 de novembro (Foto ilustrativa)

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), seguindo orientações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conforme a Portaria CNJ nº 140/2024 e o Ofício-Circular nº 265/2925/SG, informa que, a partir de 3 de novembro de 2025, o acesso de usuários externos ao sistema do Processo Judicial Eletrônico (PJe) será, obrigatoriamente, realizado por meio de autenticação em dois fatores.

A medida tem como objetivo reforçar a segurança dos serviços digitais do Poder Judiciário e o novo acesso se dará de duas formas: para usuários com certificado digital e usuários do gov.br.

Usuários com certificado digital

O usuário se autentica no portal jus.br utilizando certificado digital ou login e senha;

No primeiro acesso, será exibido um QR Code para configuração de um aplicativo autenticador (como Google Authenticator, FreeOTP ou similar);

O código temporário de 6 dígitos gerado pelo aplicativo deverá ser inserido para concluir o login;

Nos acessos seguintes, o procedimento será repetido com os passos 1 e 3.

Usuários com conta gov.br

O usuário se autentica no portal jus.br escolhendo a opção “Entrar com gov.br“;

É necessário ter o aplicativo gov.br instalado e possuir uma conta com nível Ouro.

O usuário deverá informar o código temporário de 6 dígitos gerado pelo aplicativo gov.br para concluir o acesso e nos acessos seguintes, o usuário seguirá os passos 1 e 3.

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público
  • Art&C - PMM - PAE - Outubro de 2025
sábado - 20/09/2025 - 11:50h
Saúde

Doença renal rara tem tratamento aprovado pela Anvisa

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o cloridrato de iptacopana para o tratamento de adultos com Glomerulopatia por Complemento 3 (C3G). Trata-se do primeiro medicamento disponível para tratar a C3G, uma doença renal rara que causa inflamação e danos aos glomérulos renais, responsáveis por filtrar o sangue e produzir a urina.

O medicamento destaca-se por ser o único inibidor oral da via alternativa do complemento que atua seletivamente no que se acredita ser a causa subjacente da doença, pois reduz a proteinúria (quantidade anormal de proteínas na urina).

A Glomerulopatia por Complemento 3 (C3G) é uma doença renal rara, complexa e progressiva. A doença afeta pessoas de todas as idades, começando na infância e na vida adulta jovem. De modo geral, a C3G é mais comum em homens do que em mulheres. A cada ano, aproximadamente 1 a 2 novos casos de C3G por milhão de pessoas são diagnosticados em todo o mundo.

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Categoria(s): Gerais / Saúde
sábado - 20/09/2025 - 10:22h
ALRN

Encontro de Sustentabilidade quer caatinga em pauta da COP 30

Hermano Morais anunciou carta de intenções com propostas do evento (Foto: Eduardo Maia)

Hermano Morais anunciou carta de intenções com propostas do evento (Foto: Eduardo Maia)

A segunda parte do “I Encontro de Sustentabilidade e Meio Ambiente do Legislativo Potiguar – Desafios e Caminhos para a Sustentabilidade no Rio Grande do Norte, rumo à COP 30” – continuou, na tarde desta sexta-feira (19), na Assembleia Legislativa do RN.

Dando continuidade aos debates, o terceiro painel do evento, cujo tema foi “Energia Limpa e Transição Justa”, contou com a participação do presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia do RN (CERNE/RN), engenheiro Darlan dos Santos.

Para ele, o RN é um caso a ser estudado em todo o país, pois, embora seja um estado pequeno, representa 30% de toda a produção de energia eólica nacional.

“Mas, ainda assim, nós deveríamos ter um parque eólico mais efetivo”, acrescentou.

O engenheiro falou também da relação entre as comunidades e as empresas do setor eólico, além de explicar o papel principal do CERNE, que é debater e realizar diagnósticos.

“Atualmente, o que a gente precisa é atrair não só empresas que produzam energia, mas principalmente aquelas que consumam a energia em si, como as indústrias de aço e minério”, frisou.

Ainda segundo o presidente do CERNE, a transição energética deve gerar oportunidades, valorizar os biomas e respeitar as comunidades circunvizinhas.

“Para termos uma transição justa, é preciso melhorar as leis trabalhistas, os salários devem acompanhar a evolução dos lucros das empresas e, obviamente, as comunidades precisam ter acesso à energia”, finalizou.

Injustiça ambiental

Na sequência, o Painel 4, intitulado “Justiça Ambiental e Vulnerabilidade Social”, foi apresentado pela professora da UFRN, Julie Antoinette Cavignac, que iniciou abordando a situação das comunidades afetadas pelas energias renováveis.

“A injustiça ambiental acontece no Nordeste, desde a época da colonização. E é o que passam os povos indígenas, quilombolas, agricultores familiares, pescadores, enfim, esses cidadãos sofrem o chamado ‘racismo ambiental’, que é quando a injustiça social se junta à injustiça ambiental. Eles ficam apenas com os riscos ambientais, são altamente prejudicados, e em nada se beneficiam do progresso ao seu redor”, destacou.

De acordo com a professora, Currais Novos é um exemplo de município que possui muitas comunidades afetadas pelas eólicas e pela mineração.

“Apesar das mudanças estruturais ocorridas desde as primeiras colonizações para cá, o modelo ainda é o de exploração de recursos naturais. Por exemplo, apesar de ter sido a região que mais conheceu catástrofes climáticas nos últimos 30 anos no Brasil, na COP 30 ninguém fala do Nordeste, sobretudo da caatinga, que é um bioma único no mundo, em que vivem mais de 30 milhões de pessoas”, criticou.

Segundo Julie Cavignac, 90% dos empreendimentos eólicos do país estão no Nordeste – e 85% deles na caatinga. Ao mesmo tempo, 70% da população quilombola e 31% dos indígenas se encontram na região, e eles são extremamente afetados por tais empresas.

A professora expôs também os riscos e prejuízos envolvendo a atividade da mineração e os moradores vizinhos, como poeira constante, rios secos, explosões cotidianas e rachaduras nas casas.

Estudos superficiais

Por fim, acerca dos licenciamentos ambientais, a docente afirmou que os seus estudos são muito superficiais.

“Eles se limitam às comunidades tituladas pelo INCRA ou FUNAI e aos bens registrados pelo IPHAN, deixando de lado as questões sociais e culturais”, disse, acrescentando que é preciso “aplicar a legislação e as medidas de proteção para os patrimônios e as comunidades tradicionais”.

No quinto e último painel, o tema abordado foi “Crise Hídrica e Segurança Hídrica no Semiárido”, com a participação do secretário Paulo Lopes Varella Neto, da SEMARH (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos).

“O grande desafio da humanidade neste momento é o desenvolvimento ambiental harmônico. E eu acredito que seja uma vontade de todos, especialmente num momento em que estamos realmente passando por transformações climáticas. Então, este é um assunto que cria um elo entre diferentes pessoas, países e culturas, em todo o mundo”, disse o secretário.

Para ele, é necessário construir pontes e discutir soluções em conjunto (classe política, academia e sociedade civil).

“É um desafio de cooperação e equilíbrio, pois o desenvolvimento não pode ser sustentável somente sob determinado aspecto; ele também precisa ser inclusivo”, frisou.

Paulo Lopes Varella Neto falou ainda sobre as particularidades das regiões do Rio Grande do Norte, com seus problemas hídricos, soluções e as ações que estão sendo planejadas e tomadas.

Avanços

No encerramento do evento, o deputado Hermano Morais agradeceu a presença de todos e enfatizou os avanços, reforçando que o Legislativo Potiguar tem feito a sua parte a respeito de todos os temas abordados no encontro.

Finalizando seu discurso, o parlamentar ressaltou que será elaborada uma carta de intenções, pela equipe da comissão, com as propostas e reflexões apresentadas durante o evento.

“Também pediremos para que o bioma da caatinga seja inserido e discutido na COP 30. Encaminharemos o documento para a Assembleia Legislativa do Pará, que está mais próxima à organização do evento e com a qual temos dialogado bastante. Portanto, nós iremos levar nossas preocupações e sugestões, de forma que nós tenhamos condições de construir um presente melhor, com políticas públicas que possam garantir para as futuras gerações um planeta mais saudável e onde haja mais justiça social. Muito obrigado a todos!”, encerrou o deputado estadual.

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Categoria(s): Política
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