domingo - 08/06/2014 - 13:13h
Entrevista à revista Época

Rosalba Ciarlini prevê que “DEM tende a sumir”

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) prevê que o DEM é um partido fadado à morte. “O DEM tende a sumir”, afirma ela em entrevista à revista Época, publicação do grupo Globo, com circulação nacional.

Ela também fala nesta mesma edição, da sua difícil convivência com o senador José Agripino, líder da sigla, além de deixar claro que não teme qualquer adversário numa disputa ao Governo do Estado.

Destaca ainda, sua boa relação política “republicana” com a presidente Dilma.

Veja abaixo a íntegra desse pingue-pongue ou neste link AQUI que vai direto à página virtual da revista:

Governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (Foto: Beto Barata/ÉPOCA)

ÉPOCA – Qual é a importância para o DEM da sua não-candidatura? A senhora é a única governadora do partido.
Rosalba – Eu acho que você tem de perguntar a eles.

ÉPOCA – Mas qual a opinião da senhora?
Rosalba – Só tínhamos dois (governadores). Perdemos um. A única que ficou está sem condições de colocar seu nome. O DEM tende a sumir.

ÉPOCA – Com a decisão de impedir a sua reeleição, o DEM está se apequenando?
Rosalba – Eu acho que, na realidade, era para estarmos lutando para termos mais governadores, como se luta para ter mais prefeitos, que são a base das eleições. Tendo mais governador cresce também a bancada. Muita coisa eu não posso responder por eles.

ÉPOCA – Como foi a reunião da semana passada? A senhora já percebeu um clima desfavorável?
Rosalba – Já percebi, porque na realidade o diretório vem de longas datas, ele (o senador José Agripino Maia) é o presidente do partido, sempre foi. Então, é claro que não tem se renovado muito o diretório. Teve votos nulos, votos em branco, teve abstenções – poucas, mas teve. Então, não havia unanimidade.

ÉPOCA – A votação foi aberta?
Rosalba – Não, foi secreta.

ÉPOCA – O senador Agripino Maia fez algum tipo de consideração?
Rosalba – Não, foi só isso. Ele encaminhou mostrando a necessidade de o partido crescer suas bancadas e, para isso, não poderia ficar só (na disputa eleitoral); que o governo até então não tinha montado uma arco de alianças. Eu ponderei que, para você montar um arco de alianças, você precisa que as lideranças do partido ajudem.

ÉPOCA – A senhora está desapontada com ele?
Rosalba – Eu preferia não fazer nenhuma observação.

ÉPOCA – Por que?
Rosalba – (silêncio) Deixa… Eu estou refletindo.

ÉPOCA – A senhora conversa com o senador Agripino sobre sua situação?
Rosalba – Somos do mesmo estado e o conheço há mais de 50 anos. Frequenta a minha casa e nos tratamos muito bem. Sempre houve confiança de ambas as partes. Durante todo esse período, fui tentada a trocar de partido e isso poderia até ter sido mais promissor para mim politicamente. Mas eu não mudei porque Agripino era o presidente do partido e me mantive no DEM por uma questão de lealdade e respeito a ele.

ÉPOCA – Quais partidos a convidaram para que deixasse o DEM?
Rosalba – Tive convite do PSD, PROS, PTB, PP e de partidos menores. Qual é o partido do Marcelo Crivella? PRB. Tive convite do PRB. Mas fiquei no DEM.

ÉPOCA – Mas o que Agripino disse à senhora recentemente?
Rosalba – Há duas semanas estive com Agripino na casa dele em Natal. Ele disse que se eu tivesse condições eleitorais, poderia tentar. Mas qual seria o problema se eu me candidatasse? Tem candidato que entrou derrotado numa eleição e acabou eleito; e outros que entraram eleitos e saíram derrotados. Uma vez um candidato foi dormir achando que tinha ganhado a eleição em Natal. No outro dia descobriu ter perdido para Aldo Tinoco, um sanitarista que não era muito conhecido. O candidato derrotado foi (o presidente da Câmara) Henrique (Alves) e o povo lá em Natal comenta muito sobre isso. Mas voltando, se eu me candidatasse, o que poderia acontecer? Eu poderia não chegar ao segundo turno. Mas ainda assim o partido seria o fiel da balança no segundo turno e sairíamos ainda mais valorizados. Mas a preocupação era sempre com as eleições para deputados e senador porque não poderia ir só o Democratas. Eu disse que garantiria dois partidos (na aliança) e com chance de angariar o apoio de outros. Mas eu disse a Agripino que precisava de um aceno de que eu seria candidata, porque não posso propor aliança sem saber se vou ser candidata. Aí ele disse que faríamos uma reunião para ouvir o diretório.
>> Felipe Patury: Agripino e Rosalba travam guerra no Rio Grande do Norte

ÉPOCA – Mas quais foram as condições impostas por Agripino para que pudesse apoiá-la?
Rosalba – Ele apontou com clareza as minhas dificuldades. Disse que eu precisava dessas alianças. Também se mostrou preocupado com uma questão jurídica no Tribunal Superior Eleitoral que pede minha inelegibilidade. Mas estou tranquila quanto a isso. No meu caso só cabe uma multa, não a inelegibilidade. O processo fala na chegada de um equipamento a uma semana antes da eleição. Mas eu não estive nesse local da entrega do equipamento e a presidente da comunidade beneficiada disse que eu não estava lá e que ninguém pediu voto.

ÉPOCA – O que a senhora pediu na reunião de segunda-feira?
Rosalba – Pedi que aguardássemos até a convenção do partido para eu ter tempo de costurar as alianças. Historicamente nenhum governador, por mais desgaste que teve, chega a uma eleição com menos de 25% – e eu já estava chegando perto, mesmo sem ser candidata. Aliás, se estou tão desgastada, por que todos têm tanto medo de me enfrentar? O partido cria todo tipo de dificuldade para eu ser candidata. É uma coisa incrível. Depois da reunião os jornais deram destaque que o partido tinha negado a legenda para a minha candidatura. Apesar de não ser oficial, pois o assunto deve ser tratado na convenção, isso dificultou a minha situação ainda mais.

ÉPOCA – E o que aconteceu?
Rosalba – O que me surpreendeu é que o meu apelo não foi levado em consideração. Só que na reunião só se falou sobre eleição proporcional (deputados e senador). Quando isso aconteceu, percebi que se tratava de uma cassação branca. Deixei a reunião para não parecer que estava aceitando aquilo. Fui acompanhada de algumas pessoas. Dizem que dar atenção às eleições proporcionais é uma decisão nacional do DEM com o objetivo de o partido crescer. Acho importante essa preocupação com as eleições proporcionais. Mas fica mais fácil tendo um candidato majoritário. Esse é o meu pensamento. Se na convenção eu percebesse que não teria condições, desistiria. Mas o partido chegou a antecipar as convenções.

Época – Quando será a convenção do DEM no Rio Grande do Norte?
Rosalba – Vai ser no dia 15, quando todas serão depois do dia 25. Mal começou a Copa… Era (para ser no dia) 13, é porque já gritaram lá que é o dia do primeiro jogo (da Copa) em Natal! Então, (foi) tudo montado. Assim, pareceu uma coisa muito… como se diz: não quer, não quer, não quer.

ÉPOCA – O governo da senhora tem sido mal avaliado. Numa pesquisa a senhora ficou na pior posição entre os 27 governadores.
Rosalba – Não digo que vou ganhar a eleição. Mas o nosso partido tinha chance de disputar a eleição. Minha candidatura levaria a eleição no Rio Grande do Norte para o segundo turno. Eu teria a oportunidade de esclarecer muita coisa sobre o meu governo.

ÉPOCA – Como a avaliação do seu governo chegou a esse nível? Isso foi levado em conta na reunião?
Rosalba – Não, isso não (foi levado em conta). Até porque eles sabem que isso (a avaliação do governo) vem melhorando. O governo que eu peguei, como eu disse, estava falido. Os hospitais eram o caos do caos. Com toda essa loucura, nós fizemos mutirão de cirurgias para acabar com as filas e acabamos em muitos lugares, aumentamos 88 leitos de UTI, 140 leitos de retaguarda. (o Rio Grande do Norte) É o estado que tem a maior cobertura de SAMU. Nós temos SAMU em todo estado: toda cidade com mais de 20.000 habitantes tem SAMU. Nós avançamos na oncologia, acabamos com a fila, hematologia está funcionando bem, voltamos a fazer até transplante de fígado que tinha parado. Nada é perfeito, tem muito a fazer, mas já melhorou muito. O aeroporto saiu do papel. Mérito da governadora? Luta da governadora, porque não descansei um só segundo. Teve a presença da nossa bancada? Teve e o compromisso da presidenta Dilma, mas ele vinha se arrastando há 17 anos.

ÉPOCA – Quando a senhora teve sinais de que o PMDB, que apoiava seu governo, não a apoiaria num projeto de reeleição?
Rosalba – Teve um determinado momento em que o PMDB, que chegou a ocupar sete secretarias, deixou o governo. Naquele momento, o PMDB já dizia que queria uma candidatura própria. Começamos a ver entrevistas. Havia sinalizações de que ele estava formando um acordo muito grande, inclusive com partidos que têm ideologias diferentes. A candidata dele ao Senado (Wilma Faria) é do partido do Eduardo Campos (PSB). Henrique Alves dizia que apoiava a (presidente) Dilma (Rousseff). Já outros partidos desse acordão querem apoiar o (senador) Aécio (Neves, candidato pelo PSDB).

ÉPOCA – Qual a vantagem do DEM em apoiar Henrique Alves?
Rosalba – Olha, sinceramente, eu não sei. As bases no interior reagem muito porque sempre foram partidos historicamente, adversários. Isso aí só quem pode responder é quem… Eu não discuti isso, né?

ÉPOCA – A senhora temeria confronto com Henrique Alves?
Rosalba – Não temeria confronto eleitoral com ninguém, porque era uma boa oportunidade para esclarecer muita coisa. Quem for governador do Rio Grande do Norte agora, vai encontrar um Rio Grande do Norte melhor. Nós ficamos entre os três estados, dito pelo próprio Tesouro, que fizemos o melhor ajuste fiscal. O Estado do Rio Grande do Norte conseguiu com o Banco Mundial o maior programa para ser desenvolvido da história do Rio Grande do Norte: US$ 540 milhões. Esse projeto começou comigo, começo, meio e fim. Já está andando o programa, começou este ano. (O estado) Nunca tinha conseguido. E conseguiu por que? Porque fez o ajuste fiscal, tem capacidade de pagamento, de endividamento e tem projetos.

ÉPOCA – A senhora tem um bom relacionamento com a presidente Dilma?
Rosalba – Tenho. Relacionamento republicano.

ÉPOCA – Ela ajudou a senhora?
Rosalba – Sempre que procurei, ela não se negou a ajudar. Isso aí eu tenho de lhe dizer: que a presidenta não criou nenhuma dificuldade. Por exemplo: a barragem de Oiticica, que havia uma dificuldade, vai ser, não vai, se é com Dnocs (Departamento Nacional de Obras de Contra às Seca), se é com o estado. Falei com ela, na mesma hora ela ligou para a (ministra do Planejamento) Míriam (Belchior) e mandou fazer a autorização da ordem de serviço.

ÉPOCA – Esse bom relacionamento com a presidente causou algum tipo de constrangimento para a senhora dentro do DEM?
Rosalba – Saíram dizendo que eu votaria em Dilma. Eu disse, na verdade, que poderei votar. E disse isso porque vi ações de combate à seca com as quais eu estava plenamente de acordo. Foi uma posição em cima de algo administrativo e a maneira republicana com a qual eu fui tratada pela presidente.

ÉPOCA – Houve alguma reação contrária do partido a sua manifestação?
Rosalba – Isso não deve ter agradado por eu ter elogiado tanto a presidenta Dilma. Eu disse que se estiver certo, eu aplaudo. Se estiver errado, também vou dizer.

ÉPOCA – Por que o DEM diminuiu tanto de tamanho?
Rosalba – O partido está precisando fazer uma análise de tudo isso. E acompanhar o rumo que o Brasil está tomando. É um tempo de mudanças e o DEM permaneceu muito estático.

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Categoria(s): Política
domingo - 08/06/2014 - 12:45h

Ruim é não envelhecer

Por François Silvestre

Ouvi muitas vezes, de amigos mais velhos, a frase pronunciada com a fisionomia na moldura de uma foto antiga: “A velhice é uma merda”. “Envelhecer é uma bosta”.

Só não envelhece quem morre novo. E quando isso ocorre o morto jovem parte deixando uma sensação de saudade mal resolvida. É uma inaturalidade, uma agressão ao natural.

O velho, não. O corpo envelhece e prepara a naturalidade do desfecho. Começa pelo arquivando de desejos. Coisas indispensáveis, na mocidade, vão se tornando arquivos, deixando lembranças e arrumando conformação. É a cerimônia do adeus, de que falava Simone de Beauvoir, ao ver no sofá a mancha de urina de Jean-Paul Sartre.

“A vida é apenas um demorado adeus”. E Esse adeus demorado ou breve é pra ser vivido intensamente. Sem culpas, preconceitos ou hipocrisia.  Sem ligar para o fascismo dos costumes, que é o moralismo. E se faltar coerência, que sobreviva a honestidade.

O desejo não é mais do que a vontade de uma necessidade estimulada. A fome, a sede, a libido, são necessidades estimuladas pelo desejo. O conjunto do ciclo forma a vontade. A volição que cobra a satisfação do estímulo. Quando o corpo vai transformando a vontade numa gradação mais serena, menos impulsiva, começa a preparar o fim do ciclo, com naturalidade.

A única coisa que a velhice tem de ruim mesmo, e sem jeito, é a perda de pessoas queridas. A perda de amigos sem ser pela inimizade. Ou a imponderação dos acidentes.

Nascer é um bambo maior do que qualquer percentual restritivo de loteria. Para o seu nascimento foi preciso que a sequência de todos os ancestrais tenham sido exatamente o que foi. E se o sexo dos pais houvesse ocorrido minutos antes ou depois, certamente o espermatozoide seria outro a chegar à ovulação. É ou não é uma loteria do destino? Nascer é um acaso, morrer é uma naturalidade inevitável; e necessária à vida.

A velhice não é um castigo, é um prêmio; só chega lá quem ganhou do tempo. Só o tempo não envelhece; mas tudo que ocupa espaço envelhece e finda. Há coisas, na velhice, que não mudam do que foram na juventude. O caráter, o temperamento, os princípios. Pelo contrário, acentuam-se.

O velho impaciente foi jovem impulsivo. O velho velhaco foi jovem ladrão. Dostoievsky disse que se Deus não existisse tudo seria permitido. Não é verdade. A boa ou má ação não é matéria de fé ou de razão, mas de caráter. O mundo está entregue aos deístas, que tentam destruir o que eles dizem que Deus fez. Quem desmanda no mundo são os fervorosos; cristãos, muçulmanos e outras denominações.

O bom caráter tem no remorso o limite das ações. Seja ele deísta ou ateu. O mau caráter tem um “deus” particular que é seu cúmplice. O Diabo envelhece vitorioso porque seus combatentes teóricos são seus aliados da prática.

Té mais.

François Silvestre é escritor

* Texto originalmente publicado no Novo Jornal.

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 08/06/2014 - 12:29h

Só Rindo (Folclore Político)

O “ferro” que pode ferir

Finzinho de tarde, o motorista e amigo do prefeito Raimundo Soares, o conhecidíssimo Chico Burrego, é o primeiro a chegar ao “Bar IP.” Antes dele, só mesmo o proprietário João Pinheiro.

Tradicional ponto de encontro de políticos e outros interlocutores, como comerciantes e profissionais liberais, o IP é preparado para maior aglomeração de clientes à noite.

À calçada ainda, os dois tangem uma conversa despretensiosa, enquanto percorrem com os olhos os passantes e carros que cruzam a rua.

João resolve brincar ao ver um homossexual passar e olhar, com jeito supostamente insinuoso, para Burrego:

– Rapaz jeitoso esse aí…

– É… – assenta Chico Burrego, sem maior entusiasmo.

– E sempre que ele passa por aqui olha para você… por que você não o pega? – provoca João Pinheiro, com ar sério, compenetrado.

Fazendo sinal negativo com a cabeça e com braços já na defensiva, cruzados, Burrego não perde a deixa:

– Tem futuro não, João. Na Bíblia diz que “quem com ferro fere, com ferro será ferido”. Vai que eu goste!! Nãm!!

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Categoria(s): Folclore Político
domingo - 08/06/2014 - 11:58h
Conversando com Randolfe Rodrigues...

“É preciso oferecer um outro caminho ao país”

Pré-candidato à Presidência da República, o senador Randolfe Rodrigues, do PSOL-AP, concedeu entrevista exclusiva ao Blog Carlos Santos.

Não obstante sua agenda cheia na atividade como congressista e pré-candidato, parou para atender ao Blog.

Randolph Frederich Rodrigues Alves, mais conhecido como Randolfe Rodrigues, nasceu em Garanhuns-PE, em 6 de novembro de 1972.  Mas desde os oito anos de idade que vive no Amapá, onde se formou em História pela Universidade Federal do Amapá e atuou como professor.

Randolfe defende redução drástica no número de ministérios no Governo (Foto: divulgação)

Com formação socialista, foi integrante do PT, mas deixou o petismo insatisfeito com os rumos do partido. Porém pela legenda ele obteve dois mandatos como deputado estadual.

Em 2010, foi o senador mais votado do estado do Amapá com 203.259 votos,tornando-se o mais jovem integrante Senado Federal da atual legislatura.

Em 1° de dezembro de 2013, o PSOL escolheu-o como candidato do partido para a presidência. Derrotou a pré-candidata Luciana Genro, em votação promovida no 4° Congresso Nacional do partido.

Veja abaixo, um rápido pingue-pongue com o senador, sobre temas nacionais pertinentes.

O Brasil vive há décadas sob a batuta de partidos e forças econômicas poderosas, que se acusam, se digladiam e prometem mudanças. Como o Psol pode ser, de fato, mudança a esse modelo plutocrático, oligárquico e reducionista?

Randolfe Rodrigues – A população brasileira, especialmente os jovens, ocupou as ruas em junho do ano passado demonstrando claramente um cansaço com esta forma de fazer política. É um duplo cansaço. De um lado, por que a democracia formal virou sinônimo de negociatas, corrupção e toma-lá-dá-cá entre os grandes partidos. De outro lado, os serviços públicos são precários e a sensação de que pagamos impostos e não somos recompensados é evidente. Quero oferecer ao povo brasileiro a oportunidade de virar esta página de nossa história.

Quero inaugurar uma nova governabilidade, baseada na participação direta do cidadão. No meu governo, pela primeira vez na história recente, figuras como Sarney e tantos representantes da oligarquia estarão na oposição.

Sempre se fala na necessidade de “governabilidade”, na relação perniciosa – histórica – entre Executivo e Congresso Nacional. O Psol, no comando do país, tem como enfrentar velhas práticas com visão tão excludente de alianças e de coabitação com contrários?

RR – A atual governabilidade aprisionou o país aos interesses particulares, seja aquele dos caciques da política, seja de grupos empresariais que financiam candidaturas e, após eleição, recebem os dividendos deste investimento. É possível governar de forma diferente? Não somente é possível, como é uma demanda da sociedade. Governaremos respeitando o parlamento, mas pondo fim ao toma-lá-dá-cá. O parlamento precisa cumprir sua obrigação de fiscalizar o executivo e estar atento aos anseios da sociedade.

O que pode ser feito de forma diferente, no Executivo do país?

RR – No primeiro dia de mandato encaminharei ao Congresso uma proposta de reforma política que, dentre outras providências, acabe com o financiamento empresarial de campanha, garanta participação direta dos cidadãos nas decisões cruciais para o país e torne mais transparente e eficiente o controle da sociedade sobre os recursos públicos. E uma providência imediata será acabar com tantos ministérios (39 no Brasil e 15 na França), fruto desta governabilidade e não de exigências sociais. E iremos reduzir drasticamente o número de cargos comissionados, valorizando os funcionários de carreira.

O Brasil viveu a era dos “tucanos” e nos últimos anos convive com ciclo da “estrela” do PT? Que contribuição os dois deram, de fato, à construção de um Brasil moderno e capaz de reduzir uma de suas principais chagas, as desigualdades sociais?

RR –  Não posso afirmar que não melhorou nada em nosso país. Seria equivocado de minha parte, mas anos de governo tucano e petista guardam coerência entre os dois períodos. Os tucanos privatizaram nossas empresas estratégicas e os petistas continuaram privatizando rodovias e portos. Os tucanos quebraram o monopólio da Petrobrás e os petistas continuaram desmantelando a empresa e entregaram o pré-sal pro capital internacional. Os dois blocos mantiveram uma política econômica semelhante, reservando metade do que o povo brasileiro paga de impostos para agradar cinco mil famílias credoras de nossa divida pública e reservaram migalhas para pagar a divida social.

Randolfe (dia 19 de maio deste ano, ao lado do vereador Marcos do Psol (Natal), é entrevistado na redação do Jornal de Hoje (Foto: Jobson Galdino)

Esse modelo pouco acrescentou algo positivo ao país?

RR – A persistência da desigualdade regional é um bom exemplo de como esta política fez pouco pelo país. Temos demandas que estão bloqueadas desde antes da ditadura, como a questão agrária. É preciso oferecer um outro caminho.

Caso os brasileiros estejam satisfeitos com a política e com a economia podem votar em um dos 3 candidatos representantes do que está aí. Se quiserem mudar de rumo, ofereço o meu nome.

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domingo - 08/06/2014 - 11:08h

Fui sabendo de mim

Por Mia Couto

Fui sabendo de mim

por aquilo que perdia

pedaços que saíram de mim

com o mistério de serem poucos

e valerem só quando os perdia

fui ficando

por umbrais

aquém do passo

que nunca ousei

eu vi

a árvore morta

e soube que mentia

Mia Couto é poeta e escritor nascido em Moçambique

* Extraído do livro “De raiz de orvalho e outros poemas”

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Categoria(s): Poesia
domingo - 08/06/2014 - 10:52h
Crise no PSD

Deputada desiste de projeto de reeleição e critica partido

Do Blog Panorama Político

A deputada estadual Gesane Marinho confirma que não será candidata à reeleição em 2014. De acordo com a parlamentar, essa decisão foi motivada pela falta de atenção do Partido Social Democrático (PSD), ao qual é filiada, de viabilizar condições favoráveis para que seus membros concorram ao mandato de deputado estadual.

Gesane: muita decepção

Ainda segundo Gesane, a direção estadual do PSD está preocupada apenas em se lançar na concorrência ao Governo do Estado, esquecendo-se de outras candidaturas existentes dentro do partido.

Gesane afirma que procurou a direção do partido no início do ano para manifestar a sua preocupação e que recebeu da legenda o conforto de que “nenhum passo seria dado se qualquer um dos seus membros pudesse ser prejudicado”.

No entanto, ela conta que foi surpreendida há algumas semanas com a informação de que não haveria coligação do PSD para deputado estadual e que as articulações partidárias estariam restritas às eleições majoritária e para a disputa por vaga de deputado federal.

“Decidi procurar novamente a direção do PSD para conversarmos e foi aí que percebi que a eleição para deputado estadual não estava sendo tratada com respeito pelo partido. O PSD não se preocupou em organizar uma nominata, com nomes que pudessem lhe fortalecer e grande parte das lideranças filiadas ao partido não havia recebido nenhuma orientação para defender as candidaturas de correligionários. Para agravar ainda mais, não foi viabilizada uma coligação para todos com os partidos aliados”, destacou a parlamentar.

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Categoria(s): Política
  • Repet
domingo - 08/06/2014 - 10:44h

A RCP inútil…

Por Francisco Edilson Leite Pinto Junior

“Art. 1º – É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente em fase terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal.”

(Resolução CFM 1805/2006)

“Rápido! Adrenalina 1mg: fazer EV, agora! Continue a massagem cardíaca! 28, 29 e 30! Duas ventilações, agora! Pessoal, já chegou o desfibrilador?! Vamos lá! Todo mundo se afastando que eu vou chocar! 1, 2 e 3: choque administrado! Voltem as compressões torácicas! Prepare 300mg de Amiodarona!…”.

Acabara de chegar ao hospital, e vi toda a equipe envolvida, tentando fazer uma Reanimação cardiopulmonar (RCP), em um paciente. Perguntei se queriam ajuda. Ninguém respondeu! Todos estavam tão concentrados em exercer da melhor forma possível as suas funções, que acho que nem escutaram a minha oferta… De repente, do nada, apareceu uma criança. Parecia até que era a mesma criança do conto de Hans Christian Andersen: “A roupa nova do rei”.

Logo pensei comigo: “Quem a deixou entrar aqui, logo nesta hora?”. Mas, antes de alguém responder o meu questionamento, a criança rindo, gritou – não que o rei estava nu-, mas sim: “Ei, todos vocês! Não percebem que estão reanimando um cadáver?!”.

Aquela óbvia constatação congelou a todos. Vi, na face de cada membro da equipe, instalar um sentimento de vergonha… Havia algo de podre, não no reino da Dinamarca, mas naquela RCP…

Todos ficaram parados! Parecia até que tinham recebido uma carga de desfibrilação de mais de 200 joules… A ficha caiu! E todos, em um silêncio profundo, começaram a recolher o material utilizado nesta RCP inútil… Sem saber o que fazer – tão desnorteado quanto todos da equipe de reanimação-, corri em direção à criança e perguntei:

“Você conhece este paciente?”. “Claro!”, respondeu à criança, “Ele se chamava AMIZADE!”.

O poeta inglês William Blake, no seu poema “Augúrios de inocência”, já tinha nos solicitado a “Ver o mundo num grão de areia/ E um céu numa flor de campo/ Capturar o infinito na palma da mão/ E a eternidade numa hora”…  Pois bem! Aquela criança, na sua inocência verdadeira, fazia tudo isso: via o grão de areia, o infinito, a eternidade… Via o óbvio! Enxergou o que ninguém conseguiu ver. A AMIZADE tinha virado um cadáver! Sem nenhuma possibilidade de RCP…

A criança saiu correndo. Foi embora. Muito provavelmente para aprontar mais uma das suas: ver se algum rei estava nu; ver se tinha jiboia dentro do chapéu; ver se estavam reanimando cadáveres por aí… Tentei alcançá-la. Mas foi inútil. Ela era mais rápida do que eu. Cansado e desnorteado, parei! E fiquei pensando: “Por que a AMIZADE tinha morrido?! Quem tinha tido a ousadia de matá-la?!”.

Sim, alguém a matou! Pois a AMIZADE, segundo Mario Quintana, é um amor que nunca morre. Então, se morreu, foi porque alguém a matou… Mas quem?! Quem seria o culpado (ou culpados?), que teria atentado contra o maior de todos os sentimentos, a maior de todas as riquezas?

Não foi à toa que Xenofonte, historiador e filósofo grego, há mais de dois mil anos, nos alertava: “Um bom amigo é o mais precioso de todos os bens. Está sempre pronto a auxiliar”… Vinícius de Morais afirmava que enlouqueceria se morressem todos os seus amigos.

Acredito que o pai da “Garota de Ipanema” não só enlouqueceria, mas morreria também, já que a AMIZADE nada mais é do que uma alma em dois corpos, como ensinava Aristóteles. Beethoven, na sua magnífica Nona Sinfonia, bradava a AMIZADE: “Quem já conseguiu o maior tesouro/ De ser amigo de um amigo… Rejubile-se conosco! Mas aquele que falhou nisso que fique chorando sozinho”… Cristo, tão abalado com a morte de Lázaro, chorou… Afinal, “Queremos amigos”, ensinava Sêneca, “Para ter alguém por quem eu possa morrer!”…

A história de Damon e Pítias mostra exatamente o que o verdadeiro amigo – a verdadeira AMIZADE-, é capaz de fazer: “Dionísio, rei de Siracusa, prendeu Pítias e o condenou a morte, acusado-o de está incitando a população contra o seu reinado. Certo de que ia morrer, Pítias pediu ao rei, que o liberasse para se despedir da família. O rei sorriu: ‘Você acha que eu sou otário de liberar você, para fugir?’.

Calado até então, Damon disse ao rei: ‘Pode liberá-lo que eu ficarei em lugar de Pítias e se ele não voltar, pode me matar!’… e assim foi feito. Os dias se passaram e nada de Pítias voltar. O rei, então, mandou matar Damon. E este até o último momento acreditava que Pítias voltaria. E ele voltou. O rei ficou tão impressionado com a lealdade, dessa AMIZADE, que revogou a pena e implorou aos amigos que lhe ensinasse a receita de tão sólida AMIZADE”.

Pensando em todas essas frases e história, bateu-me uma sensação de tristeza: a AMIZADE morreu! Mataram-na!

Caminhei lentamente em direção ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), com o intuito de saber a Causa Mortis da AMIZADE. E estava lá no laudo de necropsia e no boletim do atestado de óbito: “Ingratidão; Inveja; Grosseria; Indiferença; Mentira; Desonestidade; DESCONFIANÇA!”.

Pena! Muita pena de quem fez isso! Pois matar a AMIZADE é o mesmo que perder a oportunidade de unir o céu e a Terra. Já que o amigo é uma testemunha do passado, que divide o amor, esperanças, fracassos, suportando o nosso sucesso – sem inveja…  e sem tê-lo, a nossa possibilidade de ser feliz é mínima…

Lamento também! Mas acabou…

Francisco Edilson Leite Pinto Junior é professor, médico e escritor.

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Categoria(s): Artigo
domingo - 08/06/2014 - 04:07h

Copa do Mundo: o chute inicial foi dado pela sociedade civil

Editorial da Amarribo

O Brasil está no centro das atenções de todo o mundo com a Copa do Mundo 2014 que começa no próximo dia 12 de junho. Porém, as manchetes diárias não falam apenas sobre futebol e nunca antes os brasileiros estiveram tão apáticos à Copa do Mundo, apesar dela ser na nossa casa, o País do futebol.

Em 2007, quando o país foi indicado para sediar a Copa, surgiu uma oportunidade e um desafio. Não houve, mas se houvesse uma consulta pública provavelmente os brasileiros teriam votado a favor de receber o Mundial. Há sete anos esperava-se que o país soubesse aproveitar a oportunidade que o evento representa e trouxesse um legado para sua população. Hoje o cenário é outro.

Segundo os últimos dados apresentados pelo governo federal, a Copa do Mundo no Brasil custará cerca de R$28 bilhões, quase dez vezes mais do que o previsto quando o país foi eleito como sede do Mundial, e a previsão é que os investimentos alcancem R$33 bilhões. A conta pode ser maior ainda se consideradas as obras fora da Matriz da Copa e a renúncia fiscal cedida a FIFA. Além disso, a proposta inicial era que os custos seriam bancados em sua maioria pela iniciativa privada, o que não ocorreu, sendo que a maioria desse valor saiu dos cofres públicos. De acordo com o Ministério dos Esportes, o país vai custear 85,5% das obras relacionadas ao evento, com dinheiro dos governos federal, estaduais e municipais.

Apesar dos esforços da mídia, não vemos todas as ruas pintadas de verde e amarelo, nem casas e carros com bandeiras do Brasil, como vimos em outras edições da Copa. Estamos mais tímidos, mais revoltados e mais críticos. O sentimento é diferente e a população, de forma geral, não está satisfeita. Apesar de prontos para torcer pela seleção brasileira, a mensagem que a população deixa é clara: não concordamos com a forma como foi organizada a Copa do Mundo no Brasil.

Essa apatia demonstra que faltaram transparência e integridade nesse processo. Há sete anos os brasileiros desconheciam as exigências antidemocráticas da FIFA. Ninguém esperava as remoções arbitrárias e violentas de dezenas de milhares de famílias. Esperava-se o cumprimento de todas as obras de infraestrutura necessárias.

Protesto da ONG Rio de Paz em frente ao Congresso Nacional (Foto: Jorge William / O Globo)

Esperava-se um processo mais participativo e transparente, com maior controle sobre os gastos. Esperava-se um legado. Mesmo com a estrutura dos Comitês Populares e outras tentativas de mobilização da sociedade, ficou difícil para o cidadão construir um marco seguro de informações.

A guerra de informações sobre o uso de recursos públicos, as remoções forçadas, os modelos de contratação, a isenção de impostos a FIFA e tantas outras questões confundiram quem queria entender. Houve dificuldade em entender quais eram as ações e obras da Copa e quais só foram relacionadas para aproveitar a oportunidade. Faltou informação clara e compreensível, faltaram fontes confiáveis, faltou transparência no processo de decisão e construção do Mundial. Faltaram esforços na tentativa de cumprir prazos e deixar transparente o processo de construção da Copa do Mundo no Brasil. Não viemos bem até aqui.

Na justificativa de se terminar as obras da Copa em tempo foi criado o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que prometeu muito e não cumpriu. Nenhuma obra foi concluída com êxito e 100% dentro do prazo e do orçamento previsto. Faltaram projetos básicos e executivos de qualidade e aditivos foram feitos e refeitos e refeitos.

O RDC provou ser um modelo que representa um canal grave para permitir desvios e que não foi bem sucedido. E apesar dos alertas e críticas vindas do Ministério Público, OAB e de toda a sociedade, o Congresso tentou, por intermédio da MP 630/13, ampliar o uso do regime para todas as obras públicas do país. No dia 20 de maio, no entanto, o Senado rejeitou a proposta.

Em relação à transparência ativa, aquela divulgada nos portais, mesmo com a iniciativa do Portal da Transaprência da Copa 2014, muitas informações só vieram através da cobrança da sociedade civil, construindo um legado da publicação das informações. Assim, ao falarmos em transparência, a sociedade civil soube se preparar muito melhor para tentar contribuir com essa agenda e não deixar a oportunidade apresentada pela Copa do Mundo passar em branco.

Iniciativas vindas da sociedade civil, como o ‘Projeto Jogos Limpos Dentro e Fora dos Estádios’, do Instituto Ethos, souberam reunir a temática esportiva, em especial o futebol, que é uma paixão brasileira e vetor de fortalecimento da unidade da nação, com a luta anticorrupção.

O Projeto Jogos Limpos Dentro e Fora dos Estádios veio para estimular a transparência, a integridade e o controle social. Através de indicadores se mensurou o nível de transparência nas cidades e estados-sedes da Copa do Mundo, estimulando uma construção coletiva para melhorar a transparência. O controle social gerou uma competição positiva entre as cidades avaliadas.

A melhora das avaliações de um ano para o outro demonstram que a estratégia do projeto é acertada e pode contribuir muito para melhorar as políticas públicas do tema. É uma iniciativa pioneira, não houve uma iniciativa como essa na Copa da Alemanha ou na da África do Sul.

A execução do projeto demonstrou que mesmo com a divulgação dos números e criação dos portais de transparência, nem sempre as informações chegaram aos cidadãos de forma clara e precisa. De outro lado, o cidadão não está preparado para entender e exercer o controle social dos gastos públicos.

Os portais da transparência ainda precisam evoluir para que a informação não só chegue ao cidadão, mas também seja compreendida. A transparência e a melhoria dos portais é um legado provocado pela sociedade civil. Hoje, todos, ou a maioria, dos Estados e cidades-sede estão sendo forçados por pressão popular a prestar contas.

E como legado do projeto, criado pela oportunidade da Copa do Mundo, e assim como um legado também do Mundial, foi criado o ‘Projeto Cidade Transparente’, com os mesmos objetivos dos Jogos Limpos, mas com foco na gestão municipal para além da Copa do Mundo. O projeto, ainda em fase de testes, deve sair das capitais e avaliar o nível de transparência de cerca de 50 municípios. Assim, através do Cidade Transparente, o Projeto Jogos Limpos invoca a sociedade civil a não deixar a iniciativa e dar continuidade a ela. Esse é um legado.

Ao lado da transparência, a sociedade também saiu em defesa do direito à liberdade de expressão e manifestação pacífica durante a Copa do Mundo. A Anistia Internacional lançou mundialmente a campanha “Brasil, chega de bola fora”.

Manifestações que ocorreram no País em 2013 levaram membros do Congresso Nacional a colocar em pauta projetos de lei que podem ser usados para criminalizar manifestantes e restringir o direito à liberdade de expressão e manifestação pacífica. O recado é claro: não aceitaremos mais violações de direitos humanos em nome do Mundial. Os brasileiros têm o direito e o dever de protestar.

Com esse cenário complexo que se desenvolveu desde 2007, a AMARRIBO Brasil espera que a Copa do Mundo ocorra de forma tranquila e que, independente do resultado, a sociedade saia campeã. O crescimento do processo de reflexão e crítica por parte da população e a ocupação dos canais de participação e manifestação não podem ser deixado de lado após o apito final.

Amarribo (Amigos Associados de Ribeirão Bonito) é uma organização sem fins lucrativos, com título de OSCIP (organização da sociedade civil de interesse público) pioneira no combate à corrupção no país, que atua em sinergia com a sociedade civil, a administração pública, lideranças políticas e a iniciativa privada, para acompanhar a gestão dos bens públicos, promover a probidade, a ética e a transparência.

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Categoria(s): Gerais / Política
  • Repet
sábado - 07/06/2014 - 23:32h

Pensando bem…

“Faço com os meus amigos o que faço com os meus livros. Guardo-os onde os posso encontrar, mas raramente os utilizo.”

Ralph Emerson

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sábado - 07/06/2014 - 11:16h
Mossoró

“Pingo da Mei Dia” abre o Cidade Junina hoje

Seis atrações musicais fazem parte hoje da abertura do “Mossoró Cidade Junina”. Começa ao meio-dia no Centro, Avenida Rio Branco.

É o evento denominado de “Pingo da Mei Dia”.

Três trios-elétricos – Brocoió, Oxigênio e Trio da 51 – levarão a música de Renata Falcão e banda.

Depois virão Dayvid Almeida, Forró dos Plays, André Luví, Municipal Santos e Saia Rodada.

Toda uma infra-estrutura está montada na área, além de ter sido planejado o esquema de segurança.

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sábado - 07/06/2014 - 09:47h
Alerta

Hospital está abarrotado em dia de grande festa

Através de seu endereço no Twitter, rede social na Internet, o cirurgião vascular Yvis Serra, do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), faz um delicado alerta:

– Hospital já lotou. Pingodameidia que não caia, nem leve tiros.

Ele refere-se ao evento denominado de “Pingo da Mei Dia”, promovido hoje pela Prefeitura de Mossoró, que deve aglomerar milhares de participantes no centro da cidade.

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sábado - 07/06/2014 - 08:41h
Política

Após “guerra santa” pró-Rosalba, Ney sairá do DEM

Por Vicente Serejo (O Jornal de Hoje)

O ex-deputado Ney Lopes anunciou ontem, na FM 98, que deixa o DEM logo depois de encerrada a campanha eleitoral.

Ney queria ser candidato a senador ao lado de Rosalba e o partido não permitiu.

Nota do Blog – A “guerra santa” de Ney em defesa de Rosalba, nos últimos dias, tinha uma razão de ser.

Ney é um dos bons quadros do DEM, que a própria Rosalba e seu marido Carlos Augusto Rosado (DEM) desprezaram.

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sexta-feira - 06/06/2014 - 23:43h

Pensando bem…

“Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou”.

Albert Einstein

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sexta-feira - 06/06/2014 - 19:36h
Mais problema

Aeronaves do Estado não têm lugar para serem guardadas

Do Portal G1

O Governo do Rio Grande do Norte está sem hangar para abrigar as três aeronaves que possui – dois aviões e o helicóptero Potiguar I.

O hangar dessas aeronaves ficava no aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim, por força de um contrato firmado entre o governo e a Infraero. Desde o sábado (31), o Augusto Severo deixou de receber voos civis e passou a ser base militar.

Os voos civis agora são operados no Aeroporto Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante.

O helicóptero Potiguar I é o único do estado que faz serviço de patrulhamento de ruas e socorrimento de feridos. No sábado, segundo uma fonte do G1 na Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), o helicóptero decolou do Augusto Severo e, após uma patrulha, não teve autorização de pouso no hangar.

Desde esse dia, a aeronave pousa e decola do campo de futebol do quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Natal.

Os dois aviões do governo continuam pousados no Augusto Severo. Segundo a fonte, se essas aeronaves decolarem, também não poderão pousar nesse aeroporto.

Em nota enviada ao G1, a Força Aérea Brasileira (FAB) confirma que as três aeronaves não têm permissão de pouso no Augusto Severo. “O contrato de concessão de uso do aeroporto Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, dá à concessionária o direito de explorar, com exclusividade, os voos da aviação civil em Natal.

Contrato

Portanto, a partir da ativação do novo aeroporto, todas as operações aéreas dessa natureza, que eram feitas no aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim, foram transferidas, por força contratual, permanecendo a Base Aérea de Natal apenas com as operações militares”.

O impasse se dá porque o governo tinha um contrato com a Infraero, que administrava o Augusto Severo. Com o início das operações do Aluízio Alves, esse contrato perdeu validade. A Infraero não administra mais nenhum aeroporto no Rio Grande do Norte.

Por meio da assessoria de comunicação, o Governo do Estado informou que tem contrato com a Infraero até 2018. Sobre o helicóptero Potiguar I, o governo disse que a aeronave “está no quartel do Comando Geral da PM para facilitar deslocamento entre Natal e cidades adjacentes”.

O consórcio Inframérica, que administra o aeroporto Aluízio Alves, antecipou ao G1 que já foi procurado pelo governo do estado para estudar a possibilidade de instalar o hangar no novo aeroporto do RN. Ainda não há previsão de quando isso pode ocorrer.

 

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sexta-feira - 06/06/2014 - 19:05h
Assembleia Legislativa

Reitor da Uern quer fazer exposição para deputados

Em visita à Assembleia Legislativa, o reitor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Pedro Fernandes, se colocou à disposição da Casa para falar sobre a instituição.

Fernandes conversa com Motta e Dantas (ao lado) em AL (Foto: Agecom da Uern)

Pedro Fernandes conversou com o presidente, deputado Ricardo Motta (PROS), a quem solicitou espaço para debater com os parlamentares questões como a Lei que cria cota de 5% das vagas para os portadores de necessidades especiais (PNE), aprovada à unanimidade do legislativo; emendas parlamentares, possibilidade de adesão ao Sistema de Seleção Unificada (SISU) , através do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM); Núcleos de Ensino e outros temas de interesse da comunidade acadêmica e sociedade potiguar.

Outro assunto tratado no encontro que teve a presença do deputado Fábio Dantas (PCdoB), foi a aprovação da alteração no projeto de lei que destina R$ 6,2 milhões para os campi de Natal e Caicó. O reitor agradeceu o apoio dos deputados às modificações encaminhadas no projeto pelo Executivo que haviam sido propostas pela universidade.

Plenário

O deputado Ricardo Motta elogiou a disposição de diálogo, adiantando que será marcada uma data para que a UERN possa ir ao plenário da Casa expor a política de gestão e os avanços nas áreas de ensino, pesquisa e extensão.

“A UERN tem como foco a formação de recursos humanos e o desenvolvimento regional”, esclareceu o reitor.

Antes de se reunir com o presidente da Assembleia, o reitor visitou os gabinetes dos deputados estaduais, entre eles, o de José Dias (PSD), relator do Orçamento Geral do Estado.

Com informações da Agência de Comunicação da Uern (AGECOM).

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sexta-feira - 06/06/2014 - 18:37h
Hospital Tarcísio Maia

Médico cobra, pela internet, pagamento em atraso

A situação no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) parece um poço sem fundo. São inesgotáveis seus problemas e o Governo Rosalba Ciarlini (DEM) é um dos mais desacreditados, quanto a compromisso.

Através de redes sociais, hoje o médico ortopedista Manoel Fernandes fez desabafo e cobrança pública ao secretário estadual da Saúde Pública, Luiz Roberto Fonseca.

– Senhor secretário, até agora nada de pagamento dos plantões extras do HRTM! Infelizmente não dar para continuar desta forma! É absurdo! – bradou.

O secretário mandou resposta, também pela Internet: “Amigo… Segunda-feira encaminho a guia de deposito bancário. Dai você vai poder cobrar com o documento em mãos!!!”

Manoel já avisara antes ao próprio secretário, por seu endereço na rede de microblogs Twitter que “plantões extras do HRTM da escala de Traumatologia e Ortopedia serão suspensos este fim de semana, por falta de pagamento!”

Profissionais começaram mês de junho sem receberem sequer o pagamento de abril.

Faltam medicamentos básicos por lá.

Sobram “promessas de boca”.

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sexta-feira - 06/06/2014 - 18:30h
Eleições 2014

Walter Alves e Fafá são nomes do PMDB à Câmara Federal

Por Allan Darlyson (Portalnoar)

Com a proximidade da convenção, marcada para o próximo dia 27 de junho, o PMDB já definiu duas candidaturas à Câmara federal para o pleito deste ano. Disputarão o cargo pelo partido o deputado estadual Walter Alves e a ex-prefeita de Mossoró Fafá Rosado.

A candidatura de Fafá foi definida ontem, em reunião entre ela, o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), o ministro Garibaldi Filho (PMDB) e o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), pré-candidato ao governo.

A ex-prefeita de Mossoró contará com o apoio logístico do PMDB em Mossoró e na região Oeste, onde terá sua candidatura polarizada contra a da deputada federal Sandra Rosado (PSB), que será candidata à reeleição.

Fafá e Leonardo estão afinados com o projeto do PMDB para chegar ao governo do estado. Também apoiarão a candidatura da ex-governadora Wilma de Faria (PSB) ao Senado. O reforço de Fafá e Leonardo gera uma mudança positiva para o grupo  liderado pelo PMDB em Mossoró.

Nota do Blog – A ideia de polarização com Sandra (PSB), que também apoiará Henrique Alves ao Governo do Estado, é meio canhestra.

Divergentes quanto à política paroquial, na prática terão o mesmo palanque.

A realidade política de Mossoró não é tão simplista assim, como a postagem do Portal Noar aponta.

Depois trataremos do assunto.

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sexta-feira - 06/06/2014 - 18:24h
Sondagem registrada

Uma pesquisa de olho nas eleições de 2014

Tem pesquisa registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). É a primeira a ser divulgada, nessa fase de pré-campanha estadual.

O Instituto Consult apresentará os números, em trabalho contratado pela FM 96 de Natal.

Dados deverão ser divulgados pela emissora no início da próxima semana.

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sexta-feira - 06/06/2014 - 17:52h
Eleições 2014

PPS marca convenção estadual para o dia 14

A Convenção Estadual 2014 do Diretório Estadual do Partido Popular Socialista do Rio Grande do Norte – PPS/RN – ocorrerá no próximo dia 14 de junho. Será das 8h às 15 hs.

Está definida para acontecer na Assembleia Legislativa do RN.

Na ocasião serão definidas as coligações e as escolhas dos candidatos a: presidente, senador, governador, deputados federais e estaduais. Além disso, serão expostas as estratégias eleitorais a serem adotadas pelo partido.

A convocação é assinada pelo presidente estadual da sigla, ex-deputado estadual Wober Júnior.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 06/06/2014 - 10:38h
Reconhecimento

Art&C ganha mais um prêmio Abril de Publicidade

Aplausos para a Art&C de Arturo Arruda Câmara.

Ganhou mais um prêmio de grande repercussão, por seu trabalho de qualidade.

Campanha para o Governo do Rio Grande do Norte, com conteúdo educativo, alertando para os efeitos danosos de trotes contra o Samu, resultou no sexto Prêmio Abril de Publicidade 2014 para essa agência natalense.

Para o Governo do Estado, cliente, e para a turma da Art&C, todos os aplausos do mundo.

Veja clicando nessa caixa-boxe no centro da postagem, a peça em vídeo da campanha vencedora.

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  • Art&C - PMM - Climatização - Agosto de 2025
sexta-feira - 06/06/2014 - 10:22h
Larissa Rosado

Deputada vai estrear na área empresarial de moda

A deputada Larissa Rosado (PSB) vai estrear no mundo empresarial.

Ela e as filhas filhas Marina e Lara entregam a Mossoró na próxima terça (10), entre 9 e 19h, a franquia local da Avohai, no Kiko’s Mall, na Avenida João da Escóssia, 259, no bairro Nova Betânia.

A marca foi destaque da novela “Flor do Caribe”, exibida recentemente pela Rede Globo no horário das 18h, vestindo vários personagens.

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Categoria(s): Economia / Política
sexta-feira - 06/06/2014 - 09:55h
Cordel

Aluno de escola mossoroense ganha prêmio de literatura

Com o tema “Um estado abençoado, um estado de energia”, o estudante Patrick de Carvalho Xavier, da Escola Municipal Professor Manoel Assis, venceu o VII Prêmio Cosern de Literatura de Cordel, categoria Ensino Fundamental. Estreante no concurso, o aluno de apenas 12 anos de idade não escondeu a emoção ao ouvir seu nome o grande vencedor da noite.

Vencedor é ladeado por secretária Iêda Chaves e diretora escolar (Foto: PMM)

“Nossa, eu não acreditava que pudesse ganhar e muito menos em primeiro lugar. Foi o meu primeiro cordel. Fiz depois de uma pesquisa e seminário na escola e nem pensei que tivesse ficado tão bom. Estou muito feliz”, falou Patrick abrindo um enorme sorriso.

Além do troféu, o estudante teve sua produção publicada em um livro e ainda recebeu R$ 1.000.00. “Ainda não sei o que vou fazer com esse dinheiro, mas o livro vou mostrar a todo mundo e guardar com muito orgulho”, disse mostrando um exemplar.

Outros premiados

A solenidade de divulgação e premiação do concurso aconteceu nesta quinta-feira (05/06) na Escola de Artes e contou com a presença da Secretária Municipal da Educação e do Desporto, Ieda Chaves; jornalista Bruno Falcão, representando a Cosern e Roberta Cavalcante, Gerente de Eventos da Oficina da Notícia, responsável pela realização da Feira do Livro.

Além de Patrick, o estudante Saulo Gabriel, da Escola Rotary foi agraciado com o segundo lugar na mesma categoria. O estudante produziu o cordel Minha Terra de Energia e representou a Escola Estadual Dom João Costa, onde estudava em 2013. O terceiro lugar ficou com João Marcelo de Umarizal com o cordel Energia do Sertão.

Com informações da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Mossoró.

Nota do Blog – Bacana demais esse tipo de certame.

É, de fato, estimulante para os estudantes.

Desperta o interesse por nossa cultura de raiz.

 

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Categoria(s): Cultura
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