segunda-feira - 25/03/2013 - 09:18h
Mossoró e RN

Potocas e despreparo na crise do setor petrolífero

Há poucos dias, o secretário-adjunto do Desenvolvimento Econômico do RN, Sílvio Torquato, deu entrevista ao Bom Dia RN, da InterTV Cabugi, em que falou de medidas do Governo do Estado para atenuar efeitos de recuo de investimentos da Petrobras no estado.

Seus argumentos foram tão patéticos, que o entrevistador antecipou o fim do bate-papo.

Torquato garantiu que o Rio Grande do Norte está vivendo um “ciclo de otimismo”.

Também disse que a energia eólica aproveitaria muito da mão-de-obra que fosse descartada do setor petrolífero, além de garantir que cadastamento de desempregados era outro encaminhamento, para agilizar novos empregos.

Três bobagens que só uma pessoa medianamente idiota ou completamente estúpida pode levar a sério.

A Petrobras ensejou a demissão de centenas e centenas de pessoas nos últimos meses, vários contratos com terceirizadas foram encerrados, levando-as para longe da região de Mossoró.

O que a estatal vende como “investimento”, não passa de potoca.

São projetos em andamento há cerca de cinco anos.

Governo do Estado, setor empresarial e sindicatos engolem moscas e funcionam como carro velho: de segunda.

É fácil ouvirmos relatos sobre dezenas de jovens e gente mais experiente no setor, que após demissão bota uns trapos na mochila e corre para Macaé-RJ (preferencialmente), tentando a sorte em projetos ligados ao Pré-sal.

Mossoró sente claramente esse “desmanche” em sua economia.

Amadorismo, desleixo e despreparo de pessoas que deveriam enxergar bem antes esse problema iminente agravam mais ainda o problema.

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segunda-feira - 25/03/2013 - 08:51h
Mesmo enredo

Milho e helicóptero para as vítimas da seca

Durante a reunião da Associação dos Municípios do Oeste do RN (AMORN), sábado (23), em Apodi, a presidente da entidade – prefeita mossoroense Cláudia Regina (DEM) – manteve-se em contato com o deputado federal Henrique Alves (PMDB), presidente da Câmara Federal.

Na conversa telefônica, Henrique prometeu a utilização dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para o traslado do milho que será distribuído entre o homem do campo vitimado com os efeitos da seca no Rio Grande do Norte.

Tem mais: assegurou que faria esforço com a presidenta Dilma Russeff (PT) para que sobrevoe a região do semiárido potiguar durante sua visita prevista para a segunda quinzena de abril, com intuito de dimensionar os efeitos negativos da estiagem.

Nota do Blog – Outro helicóptero na história, mais um sobrevoo dispensável, em face de uma realidade que é multissecular.

Em documentos oficiais da Coroa Portuguesa e de jesuítas eram relatados casos de seca na região Nordeste, ainda no século 16, primeiras décadas após o descobrimento oficial do que hoje conhecemos como Brasil.

Puro jogo de cena, sem qualquer serventia.

Na verdade, mais um jogo de marketing, dentro do que nossa classe política é mais hábil em promover: “pão e circo”. No caso, milho e helicóptero.

Pobre RN Sem Sorte!

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segunda-feira - 25/03/2013 - 08:36h
Mossoró do presente

Lugar seguro para bicicleta é no alto de uma árvore

"Magrela" parece mais segura no alto da árvore de galhos retorcidos do que no chão

Na Rua Damião Germano de Queiroz, Nova Betânia, Mossoró, um webleitor e repórter “ad hoc” deste Blog, identificou cena inusitada que de uma forma bizarra dá a dimensão do temor quanto a furtos e roubos em Mossoró, terra sem lei.

Nessa artéria, onde se situa o conhecido “Sélect Noveau”, endereço de eventos noturnos, o proprietário de uma bicicleta resolveu amarrar e dependurar seu veículo no alto de uma árvore, entre seus galhos secos e retorcidos.

A foto tirada no pino do meio-dia identifica que qualquer meliante, interessado na “magrela”, terá que se arriscar à prova de alpinismo e aos riscos inerentes à “profissão” de ladrão.

Mossoró do Presente.

 

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segunda-feira - 25/03/2013 - 08:24h
Irregularidade

Cargos acumulados na Uern e o silêncio da Cac

A Comissão de Acumulação de Cargos (CAC) da Universidade do Estado do RN (UERN) precisa aperfeiçoar seu “pente fino”.

O Blog recebe denúncia de casos notórios de servidores que acumulam 40 horas na instituição e têm igual carga horária em outras repartições (do Estado e Município de Mossoró).

Esses servidores estão em cargos técnicos e, sem o dom da onipresença, é humanamente impossível o cumprimento de 80 horas de trabalho, por semana.

A informação, conforme relato da fonte, com material documental, já é do conhecimento do CAC – que estranhamente estaria dormindo no “ponto”.

 

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segunda-feira - 25/03/2013 - 07:43h
Futebol

Veja classificação final da Copa RN

Por Edmo Sinedino (Blog No Ataque)

Com os resultados da última e decisiva rodada da Copa Rio Grande do Norte ficamos conhecendo os finalistas da Copa Rio Grande do Norte.

América x Coríntians decidem a competição que equivale ao primeiro turno.

O vencedor garante vaga da Copa do Nordeste e Copa do Brasil de 2014.

O América venceu o Alecrim de 2 a 0, o ABC sapecou uma goleada sobre o Assu de 5 a 0, e o Coríntians venceu ao Baraúnas de 1 a 0.

Na partida que nada decidia, Potiguar e Santa Cruz ficaram no empate de 1 a 1.

Classificação Campeonato Potiguar

Clube PTs G GC V D
1º América-RN 16 10 6 5 1
2º Corintians 16 15 12 5 1
3º ABC 13 16 5 4 2
4º ASSU 13 9 12 4 2
5º Potiguar-MO 8 11 10 2 3
6º Santa Cruz 5 6 9 1 4
7º Alecrim 5 9 16 1 4
8º Baraúnas 2 4 10 0 5
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domingo - 24/03/2013 - 23:55h

Pensando bem…

“Um homem nunca descreve o próprio caráter de forma tão clara quanto descreve o de um outro”.

Jean Paul Richter

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domingo - 24/03/2013 - 13:27h

Lugar de concursado da Saúde é em hospital público

Carlos Santos,

Sou a favor – assim como todos os Mossoroenses – pela continuidade do Hospital da Mulher.

Agora tem coisas que não dá para entender. Como?

Existem 140 pessoas aprovadas no concurso público da saúde, pessoas com experiência nessa área aguardando suas convocações e o Estado não convoca.

Esses candidatos não querem ocupar o lugar de ninguém, eles apenas lutam por um direito legítimo, conseguido através de um concurso público.

Por que não colocar essas pessoas para trabalharem no Hospital da Mulher?.

Recentemente Fernando Mineiro (PT) foi mal interpretado por defender os direitos de quem passou nesse concurso. Fernando Mineiro defende o instituto do concurso público que ultimamente não está sendo respeitado.

Gente, quem é aprovado em um concurso dentro do número de vagas estabelecidos pelo edital tem todo direito a suas nomeações, embora na prática isso não ocorra.

Hoje muitos estudantes universitários, estudantes de nível médio, estão desacreditados e desistimulados para realizarem um concurso público devido justamente a frustração de não serem nomeados.

Gilvan Sousa – Webleitor

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domingo - 24/03/2013 - 13:13h

Vou ali bater perna…

Por Honório de Medeiros

A partir de amanhã entro de férias. E vou bater perna na Europa velha de guerra, enquanto posso. Flanar.

Viver a rotina dos cafés, das livrarias, das feiras ao ar livre, das igrejas – como eu gosto delas, e quanto mais antigas, melhor! – dos sebos, dos antiquários.

Nada que eu não faça aqui mesmo em Natal, Mossoró, Martins, Pau dos Ferros, São Paulo, os chãos que eu sempre piso, os lugares nos quais eu sempre ando, na condição de vivente curioso acerca da faina humana e supostamente um pouco acima do analfabetismo  institucional que galopa Brasil adentro mais rapidamente que a Moça Caetana no seu mister de povoar o céu, o purgatório e o inferno.

Esqueci Cabaceiras, na Paraíba, no Pai Mateus, Sertãozão de Meu Deus, pedras e mais pedras, rochas e mais rochas, terra, mato rasteiro, céu de um azul sem igual, noites estreladas de tirar o fôlego, e emas, seriemas, veados, gato-do-mato, mocós, arapongas, jacus, toda a fauna do Sertão que a fome e descuido dos homens praticamente extinguiu, o linguajar arrastado contando “causos”, o chiste permanente, o cavaqueado dos meus irmãos paraibanos no centro do seu, do nosso Paraíso sertanejo.

Pois bem, mas na República Tcheca só me programei para fazer duas coisas: procurar a casa onde nasceu Hans Kelsen, o mais original e profundo dos filósofos do Direito, se é que ela ainda existe, e visitar o Cemitério Judeu. Nada mais.

O resto é andar, perambular, deambular, flanar, pensar no sentido da vida, na origem das coisas, enquanto o tempo passa, pastorar o espírito de Vaclav Havel, com quem gostaria de trocar dois dedos de prosa, e assim por diante.

De lá, Hungria, onde vou segurar a vontade de fazer carreira até a Romênia para visitar o Castelo de Vlad Drakul, o Conde Drácula. Segurada a vontade, a goles de Tokay, pretendo vadiar pelo Danúbio, o quanto puder, escutando os magiares falando seu idioma incompreensível, olhar atento à possibilidade de encontrar uma cigana que leia a minha mão e me diga, em inglês macarrônico igual ao meu, que eu vou ser feliz, ter muita saúde, e morrer bem velhinho, imensamente rico.

Então Viena.

Em Viena, os cafés, para mim, o Castelo de Sissi para minha amada. Eu vou a Sissi, claro, com ela; e, ela, claro, vem aos cafés comigo, e vamos celebrar a vida, e nos deleitarmos com a beleza da capital austríaca, e eu vou lhe contar acerca do surgimento do Positivismo Lógico naquela Viena do começo do Século XX que viveu seu apogeu intelectual antes que os nazistas chegassem.

Quem me conhece sabe que procurarei, de todas as formas possíveis, os rastros de Karl Popper, o maior filósofo do século XX, um dos maiores de todos os tempos, seja na política, com sua análise de Platão, Hegel e Marx, seja na ciência com sua epistemologia, construída a partir da teoria da seleção natural.

Filósofo, músico, matemático, lógico, epistemólogo, Popper foi, com certeza, o último dos polímatas.

Depois Portugal. Ah, Portugal!

Bom, agora vou pedir licença para somente falar em Portugal um pouco mais à frene, se e quando os excelentes vinhos do Douro me permitirem. Mas lá vou à procura de Eça de Queirós, paixão antiga.

E, como não poderia deixar de ser, pretendo mergulhar fundo no Sertão de Portugal. Ou Certão, como se dizia em Português arcaico…

Até mais ver.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do Estado do RN * Texto originalmente postado pelo autor no último dia 18 de março (segunda-feira)

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domingo - 24/03/2013 - 12:55h

Uma viagem no tempo à cidade amada

Por Carlão de Souza

Cheguei à redação da Tribuna do Norte cedinho, queria ver meu amigo Carlos Peixoto para conversar. Enquanto o esperava fui abrindo minha correspondência para ver os livros que estavam chegando. Peguei então este Rastros nas Areias Brancas, de José Nicodemos, Sarau das Letras, Mossoró. Ao começar a folhear o livro, minhas mãos começaram a tremer.

Uma emoção estranha foi se apoderando de mim e fui arrebatado pela leitura deste singelo livro de um conterrâneo que vi poucas vezes, mas ainda me lembro dele.

José Nicodemos escreve à maneira antiga, parnasianamente, mas para quem vive ou viveu em Areia Branca, e se importa com a memória de uma cidade desmemoriada, não existe leitura melhor. Li a introdução do professor Leontino Filho, às pressas, parando a cada vez que via um nome conhecido.

Raimundo Noronha, Manoel do Vale, Nego Veio, Antonio Militão, Chico Paula, Dimas Ramos, Doutor Willon Cabral, Dimas Ramos, Zé Filgueira… Aí eu já não conseguia conter minha emoção. A casa onde nasci ficava a uma rua da Praia de Zé Filgueira, na verdade, uma praia de foz de rio.

O livro abre com uma epígrafe do saudoso poeta Deífilo Gurgel, areia-branquense de boa cepa. Começa como um diário, textos de um homem que buscou o exílio no Rio de Janeiro e levou sua cidade querida no coração, quem não?

Aí ele começa a falar no primeiro cinema da cidade, Cine Coronel Fausto, que ficava na Rua do Meio. Não alcancei este cinema. No meu tempo já existiam o Cine São Raimundo e o Cine Miramar. Mas percorrendo as páginas de José Nicodemos é como se eu o tivesse visto mesmo.

Aliás, ler este livro é como entrar numa deliciosa máquina do tempo. O tempo de meu pai e minha mãe. O cronista lamenta o fim de um tempo, detonado pela chegada dos americanos (sempre eles) para fazer o Porto-Ilha.

Para você ter uma ideia do que estou falando, vou reproduzir um trecho aqui: “Na minha terra, era o Beco da Galinha Morta, entalado entre os fundos da Rua do Meio e da Rua da Frente. Duas casas, apenas. No canto com a praça da matriz, a casa de Caneco Amassado, cujo nome de batismo nunca soube, e no outro extremo era a casa de Caboclo, de cujo nome de batismo também nunca ouvi falar. Ou não lembro”.

O que é uma cidade sem a história de seus becos? Nicodemos persegue suas lembranças. Assim como persegue as águas dos rios: Rio Pedrinhas, Rio Upanema, Camboa de Panelada, depois Camboa das Damas, por causa das mulheres “da vida” que frequentavam suas margens para fazer sexo.

E lá vai ele se lembrando de personagens que não conheci, mas sei que meus amigos mais velhos conheceram. Chico de Neco Carteiro, o hotel de Dona Selé, o Café de Tica, Alcinda Trajano, o sapateiro Antonio Chaves, os amigos, pescadores sem nome, professorinhas que ficaram só na lembrança de menino apaixonado… Que belo livro antigo.

Depois ele vai me presenteando com nomes de ruas que nem sei se existem mais, Rua de Bagaé, Rua das Almas, Rua do Progresso, travessa dos Calafates (essas duas últimas existem ainda com os mesmos nomes). Fico pensando nos meus amigos que se foram para sempre e nos outros que preferiram ficar em Areia Branca vivendo suas vidas, criando seus filhos, bebendo, rindo e lembrando-se do passado nas tardes de lazer.

“Areia Branca era no meu tempo de menino rodeada de águas salgadas. Onde hoje é rua, era gamboa, ou camboa, como se chama lá. Não era preciso ir longe para pescar. Pescava-se mesmo dentro da cidade, quase. Era uma ilha. Ali pela volta dos anos de 1940 navios de calado raso recebiam o carregamento de sal nas salinas. Navios e iates. De certos pontos da cidade a gente os via passar rumo ás salinas. Era um cenário animado pelo vento”.

Veja que ele se distancia de seu objeto amado, “como se chama lá”.

Todos nós trazemos nossa cidade como uma fotografia na parede. Distante, desejada, mas como dói. Pois sabemos da impossibilidade de voltar. A volta, sempre dolorosa e inalcançável. Alguns amigos tentaram voltar e não conseguiram. Outros voltaram e ficaram por lá. Outros ainda vão e vêm, e voltam com o olhar estupefato de quem viu fantasmas. Eu raramente vou. Não quero ir.

José de Nicodemos me trouxe tudo isso naquela manhã comum enquanto ia folheando seu livro. Na segunda parte, dedicada a seus muitos artigos publicados em jornais de Mossoró, desponta o leitor insaciável, o homem de letras que ficou famoso um dia por ter encontrado um erro num livro de gramática, adotado pelas escolas da cidade.

Vejo que ele gosta de Carlos Drummond de Andrade, mas ainda se lembra de Humberto de Campos, um poeta parnasiano que já foi Best seller no Brasil de antanho.

Obrigado José de Nicodemos por me trazer de volta essa Areia Branca que vive escondida no fundo de meu coração.

Carlão de Souza é jornalista

* Texto originalmente publicado no jornal Tribuna do Norte

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Categoria(s): Crônica
domingo - 24/03/2013 - 12:39h

Meu Brasil de canto a canto tem suor de nordestino

Por Antônio Francisco (Música e interpretação  Genildo Costa)


Quando a seca vem devora
Do Nordeste toda flora
Nordestino vai embora
Para o Sul a todo instante
Trabalhar como gigante
E ganhar como menino
Molhando o solo sulino
Com sangue, suor e pranto.
Meu Brasil de canto a canto
Tem suor de nordestino.

Numa favela jogado
Lá no Rio de Janeiro
Sem emprego e sem dinheiro
Na sombra do Corcovado
Todo o tempo ajoelhado
Esse pobre peregrino
Pedindo a Jesus divino
Que lhe cubra com seu manto.
Meu Brasil de canto a canto
Tem suor de nordestino.

Foi soldado da seringa
Lá pelas bandas do Norte
Brincou lá com sua sorte
Longe de sua caatinga
Seu suor ainda pinga
Dos galhos do cipó fino
Num testemunho divino
Que o nordestino é um santo.
Meu Brasil de canto a canto
Tem suor de nordestino.

Por esse pau-de-arara
Brasília foi construída
Esse pedaço de vida
Tem ferida que não sara
Gastou o suor da cara
No governo Juscelino
Merecia estátua e hino
Quem trabalha do seu tanto.
Meu Brasil de canto a canto
Tem suor de nordestino.

Antônio Francisco é poeta e escritor mossoroense

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Categoria(s): Poesia
  • Repet
domingo - 24/03/2013 - 12:12h

A agulha e a linha

Por Francisco Edílson Leite Pinto Junior

Nunca gostei de trampolins. Em criança, no Aeroclube de Natal, ficava olhando, lá de baixo da piscina, todos se despencarem, lá de cima. Era água pra tudo que é lado. E quanto mais gorda era a pessoa, maior era o espetáculo. Todos se divertiam, menos eu…

No início, achei que não gostava deles (dos trampolins) por medo de altura. Mas, depois que conheci o Zaratustra – de Nietzsche – e ouvi-o dizer que “Aquele que escala montes ri-se de todas as tragédias da cena da vida”, percebi, então, que não era a acrofobia, o meu problema com os trampolins.

Hoje, vejo que na verdade, o que me incomodava naquele objeto em forma de prancha, que serve para as pessoas saltarem e caírem nas piscinas, é o fato de despertar em mim certo sentimento de pena, de tristeza e, algumas vezes, também, de revolta…

Tenho dó dos trampolins. Ficam ali – solitários e tão expostos ao calor, aos ventos, e porque não dizer: a todos os tipos de pessoas. Principalmente, àquelas que querem se dar bem “à custa dos outros”. Esses oportunistas pulam, pulam e pulam… Divertem-se como nunca! E quando estão satisfeitos – saciados de tudo –, abandonam seu trampolim em busca de outros mais “interessantes”. Medeia – de Eurípides-, tinha razão quando gritou para Zeus:

“Por que dotastes os homens de meios certos para reconhecer o ouro de má qualidade, e por que não há, no corpo humano, marca natural que distinga o malvado do bom…!”.

É por isso que eu tenho pena, fico triste e me revolto quando me lembro dos trampolins. Pois, eles nada mais são do que objetos descartáveis. Ah! E como é doloroso ser um objeto descartável… Vejam o exemplo das seringas de plástico. Após servirem de veículo para administrarem um medicamento essencial para manutenção de uma vida, são logo colocadas no balde de lixo, para serem incineradas.

Como seria bom se as seringas, após o seu uso, pudessem ser lavadas e oferecidas para alguma criança, que a usaria como brinquedo de lança água. Mas não! O objeto descartável – até pelo próprio nome-, após o seu uso, é desprezado: ficando sem utilidade.

Outro dia, numa reunião do Departamento de Cirurgia da UFRN, encontrei um professor já aposentado. Ficamos horas conversando. Não matando o tempo – pois se assim o fizéssemos, ele, o tempo, é que nos enterraria – como lembrava o Machado de Assis. Estávamos, mesmo, era colocando os assuntos em dia. Aí, ele me saiu com essa do Oscar Wilde: “O drama da velhice consiste, não em ser velho, mas em ter sido moço”.

Logo em seguida, ele me lembrou de quando ainda estava na ativa, e via toda aquela legião de alunos correndo atrás dele: ora para ser indicado como auxiliar de alguma cirurgia; ora para ser indicado como monitor da sua disciplina. E passados todos esses anos, ao entrar novamente no hospital, onde tinha dedicado quase toda a sua vida, via os mesmos alunos daquela época – agora na qualidade de professores-, virarem o rosto, fazendo de conta que não o conhecia.

Camus foi verdadeiro, e ao mesmo tempo sombrio, quando afirmou: “Envelhecer é passar da paixão, à compaixão”. E foi por pura compaixão – por ver aquele homem e os seus olhos umedecidos pela ingratidão-, que resolvi lhe falar sobre um conto chamado “Um apólogo”, de Machado de Assis, para aliviar, portanto, um pouco a sua dor (e a minha também).

E assim comecei: “Era uma vez uma agulha, que perguntou a um novelo de linha: – por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa nesse mundo? Então, toda orgulhosa respondeu a linha: – você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados…

– Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que faço e mando…

– Também os batedores vão adiante do imperador.

– Você imperador? Questionou a agulha. A linha toda soberba, deu a “cutilada” final: – ora, agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira?

A agulha ficou calada e triste, até que um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: – Anda, aprende, tola. Cansa-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida… Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico!”.

Quando terminei essa estória, vi o meu antigo mestre rir, para comentar logo em seguida, como o Machado de Assis fez, no final do seu conto:

“Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!”.

Francisco Edílson Leite Pinto Junior Professor, médico e escritor

* Texto escrito em 19 de março de 2006

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sábado - 23/03/2013 - 23:30h

Pensando bem…

“O pessimismo cessa logo que começamos a agir”.

Louis Lavelle

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  • Repet
sábado - 23/03/2013 - 16:52h
Natal

PSDB promoverá convenção nesse domingo

Os vereadores Dickson Nasser Júnior e Aroldo Alves serão reconduzidos no Diretório Municipal do Partido da Social democracia Brasileira (PSDB) do Natal, para os cargos de Secretário Geral e Presidente, respectivamente.

A convenção acontece neste domingo (24), a partir das 9h, no plenário Érico Hackradt da Câmara Municipal do Natal.

Contará com a presença do ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves (PMDB), governadora do Estado, Rosalba Ciarlini (DEM), além do secretário estadual do Desenvolvimento, Rogério Marinho (PSDB).

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sábado - 23/03/2013 - 14:47h
Amorn

Entidade filia 16 prefeitos numa única reunião

Na primeira reunião ordinária de 2013 da mesa diretora da Associação dos Municípios do Oeste do Rio Grande do Norte (AMORN), prefeitos de 16 municípios assinaram a ficha de filiação na entidade, presidida pela prefeita de Mossoró, Cláudia Regina.

O evento foi aberto à manhã de hoje, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores da Lavoura, em Apodi.

Foram filiados os prefeitos dos seguintes municípios: Apodi, Pau dos Ferros, Patu, Olho D’água dos Borges, Tabuleiro Grande, Upanema, Martins, Governador Dix-sept Rosado, Felipe Guerra, Baraúna, Grossos, Portalegre, Venha-Ver, Umarizal, Francisco Dantas e Itaú. Já haviam se filiado, após a posse da nova mesa diretora, os municípios de Mossoró, Major Sales, Riacho da Cruz e Riacho de Santana.

A presidente da associação, prefeita Cláudia Regina (DEM), disse que, somente através da união dos municípios é que a associação pode buscar ações efetivas para melhoria da região Oeste.

“Vamos juntar forças para buscar os melhores caminhos para resolução de problemas como o da Seca, que tanto aflige as famílias do semiárido”, disse.

A primeira reunião ordinária da mesa diretora da Amorn foi prestigiada por lideranças da região e ainda pelo representante do Comitê das Ações de Combate à Seca, Gilberto Jales; Francisco Edilson Neto, presidente do Sindicato da Lavoura de Apodi; Abraão Júnior, representando o Ministério da Pesca; o vice-presidente da Federação das Câmaras Municipais do RN (FECAM), João Evangelista, vereador de Apodi.

O deputado Federal Fábio Faria (PSD) e o deputado estadual Getúlio Rêgo (DEM) também integraram o encontro.

Com informações da Amorn.

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sábado - 23/03/2013 - 10:05h
Mossoró

Interesses e interesses nos intramuros do poder

Algo intrigante e pertinente precisa de resposta.

Conhecendo bem os intramuros do poder oligárquico mossoroense, não custa indagar:

– Será que a cassação da prefeita Cláudia Regina (DEM) interessa apenas ao bloco oposicionista e ao Ministério Público Eleitoral (MPE) ou, dentro do seu próprio grupo, essa amputação de mandato seria ‘bem aceita’?

Vá pensando, vá pensando…

A projeção político-pessoal de um nome não-Rosado, em Mossoró, nunca foi de bom alvitre para esse clã.

Vá pensando, vá pensando…

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Categoria(s): Política
sábado - 23/03/2013 - 09:22h
Patrimônio nosso!

Dix-sept Rosado e Hospital da Mulher são fundamentais

Em sete dias deste mês de março, a Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR) realizou 102 partos.

Seus números, antes da existência do Hospital Materno-Infantil Parteira Maria Correia (Hospital da Mulher), impressionavam.

Garantia regularmente mais de 600 partos/mês.

Hoje, os números oscilam entre 450 e mais de 500/mês. Ou seja, continuam impressionando.

Esta semana, uma médica obstetra chegou a participar de 11 partos num único dia.

No Hospital da Mulher, a média de partos/mês fica em torno de 120 – em estrutura nova e com equipamentos de ponta, mas custo superdimensionado – conforme as informações coletadas por auditoria do próprio Governo do Estado e apurações do Ministério Público.

Nota do Blog – O Hospital da Mulher e a CSDR precisam de investimentos equilibrados, vigilância quanto à aplicação de seus recursos e nosso zelo como cidadãos.

Toda e qualquer campanha para fechá-los parte de mentes insanas, da estupidez humana e do desatino politiqueiro.

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sábado - 23/03/2013 - 08:55h
Prefeitura e Dix-sept Rosado

Respeito à vida salva mães e bebês em Mossoró

Civilidade, espírito público, humanismo e o bom senso parece que estão de volta à área de Saúde da Prefeitura de Mossoró.

Ah, que bom!

Quando era uma “gerência”, em vez do status atual de secretaria, a pasta da Saúde em oito anos de gestão da prefeita de direito Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”, promoveu uma desenfreada, cega e nazifascista perseguição à Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR).

A ordem era fechá-la.

Essa obsessão chegou a ponto de empurrar várias gestantes para Russas (CE), por falta de meios à natividade em Mossoró.

Agora, as relações entre Município e CSDR são outras.

Esta semana, sem alardes, a secretária da Saúde, contabilista Jackeline Amaral, participou de esforço para disponibilizar equipamento vital à vida de recém-nascidos na CSDR. Sua maternidade estava asfixiada  ainda mais por atendimentos, em face da crise no Hospital da Mulher.

Reunião com setores da Saúde ocorreu ano passado, antes da posse (Carlos Costa)

O gesto parece natural, mas não é bem assim. Deveria ser normal e elementar, mas não ocorria antes.

Sob o comando do hoje vereador Chico Carlos (PV), aboletado no posto do todo-poderoso secretário da Cidadania, a Gerência da Saúde sitiou a CSDR e por pouco não conseguiu inviabilizá-la de vez.

Até volumosos recursos financeiros foram seguros durante cerca de nove meses, potencializando atrasos salariais e outros enormes débitos.

Nessa operação, que tinha também um viés eleitoreiro, parte considerável da imprensa mossoroense cumpriu papel deprimente. Jogou a opinião pública contra a Casa de Saúde Dix-sept Rosado.

Omissão

Em relação ao descalabro no Hospital da Mulher, a postura é inversa: de omissão ou maquiagem da verdade.

Sem pensar nas consequências desse crime hediondo, essa mesma imprensa quase era cúmplice de uma tragédia de proporções inimagináveis. Faria inveja ao célebre rei Herodes, que determinou a morte de crianças na Galileia, temendo o nascimento do Messias.

Com o desmanche do Hospital da Mulher e o fechamento da CSDR, onde nasceriam cerca de 600 crianças/mês em Mossoró?

Nas redações ou nas mansões e apartamentos luxuosos dos donos do poder?

Nessa mudança no relacionamento institucional, há também o dedo da prefeita Cláudia Regina (DEM). No dia 11 de dezembro do ano passado, antes de sua posse, ela apressou-se em se reunir com dirigentes do hospital, representantes do Ministério Público e de outros segmentos da Saúde, para firmar um pacto à vida. Sem politicalha criminosa.

Chegou a disponibilizar o seu número telefônico pessoal e direto a dirigentes da CSDR, para dirimir qualquer dúvida ou desobstruir caminhos.

Nossas mães e bebês agradecem.

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sábado - 23/03/2013 - 08:14h
Câmara de Mossoró

Pequenos abalos e prováveis misturas

A Câmara Municipal de Mossoró é o epicentro de alguns sismos. À maioria dos mortais, os tremores são praticamente imperceptíveis.

Mas não custa seguir a recomendação deste Blog:

– Ouvido ao chão como bom índio Sioux, Apache, Cherokee, Comanche ou Navajo.

A mistura é conhecida. Vai dar certo?

Decifra-me ou te devoro.

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sábado - 23/03/2013 - 04:47h
Amorn

Prefeitos se reúnem em Apodi e discutem sobre seca

A prefeita de Mossoró, Cláudia Regina (DEM), preside neste sábado (23) a primeira reunião ordinária da nova mesa diretora da Associação dos Municípios do Oeste do Rio Grande do Norte (AMORN), que acontece no município de Apodi.

Cláudia ouve servidora na UPA do Santo Antônio (Foto: Assessoria de Comunicação)

A prefeita assumiu a presidência da associação no início deste ano. A reunião acontecerá às 11h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apodi.

Cláudia Regina vai discutir com os prefeitos de municípios da região Oeste ações a serem implantadas para minimizar os efeitos da seca na vida das famílias que vivem nesta região.

Os prefeitos de Apodi, Flaviano Monteiro (PCdoB), e de Pau dos Ferros, Fabrício Torquato (DEM), confirmaram filiação à Amorn, durante o evento.

Surpresa

Ao final da tarde dessa sexta-feira (22), Cláudia Regina (DEM) fez uma visita surpresa à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do bairro Santo Antônio, núcleo estratégico no sistema de saúde pública do município.

Ouviu reclamações, opiniões e sugestões.

A prefeita, de imediato, determinou algumas providências e encaminhou soluções.

Ela tem adotado o “desembarque” em repartições e obras do município, sem aviso prévio, para identificar eventuais problemas e ouvir manifestações espontâneas de usuários de serviços e equipamentos públicos municipais.

Oportunidade também para o contato direto com o próprio servidor público.

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Categoria(s): Política
sábado - 23/03/2013 - 04:33h
Por Garibaldi Filho

Todos os cargos que o PMDB deseja… e 2014 chega já

“O PMDB precisa continuar a escrever sua história e hoje tem condições de disputar todos os cargos que desejar”.

Para bom entendedor…

A frase pertence ao senador-ministro Garibaldi Filho (PMDB), pronunciada à manhã dessa sexta-feira (22), na Câmara do Natal, em evento comemorativo dos 47 anos de criação do PMDB.

E não custa lembrar: 2014 bem aí, menos de légua e meia de distância.

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Categoria(s): Política
  • Art&C - PMM - Climatização - Agosto de 2025
sábado - 23/03/2013 - 03:50h
Mossoró

Desemprego no setor petrolífero será debatido

Na próxima terça-feira(26) às 10h, na sede do Sindicato dos Petroleiros (SINDIPETRO/RN) em Mossoró, será realizada uma reunião com os sindicatos da Construção Civil, Metalúrgicos, Rodoviários e o Sindicato da Limpeza (SINDILIMP).

O objetivo é debater o desemprego na área do petroleo na cidade.

O assunto ganha dimensão considerável.

O desemprego causa estrago crescente na economia local e regional.

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Categoria(s): Economia
sexta-feira - 22/03/2013 - 23:52h

Pensando bem…

“Domina o prazer, não quem se abstém, mas quem sem deixar-se arrastar por ele, sabe usar dele.”

Stobeu

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