segunda-feira - 26/06/2023 - 04:38h
2024

O PT com juízo tem um rumo na sucessão municipal

cabeça, doutrinamento, cérebro, diálogo, informaçãoUma ala do PT de Baraúna delira, acreditando que tem musculatura para uma candidatura própria à prefeitura em 2024.

Outra, majoritária e, com juízo, pensa diferente.

O apoio à prefeita Divanize Oliveira (PSD), nome à reeleição, é mais sensato.

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domingo - 25/06/2023 - 23:52h

Pensando bem…

“Você não pode dar a alguém uma injeção de criatividade. Você tem que criar um ambiente para a curiosidade e um caminho para encorajar pessoas e ter o melhor delas.”

Ken Robinson

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domingo - 25/06/2023 - 17:48h
Série B

ABC sofre mais uma derrota e se fixa na lanterna

O Campeonato Brasileiro da Série B 2023 segue como calvário para o ABC de Natal. O time natalense perdeu, de virada, para o Mirassol-SP, neste domingo (25), pela manhã.

O Leão do interior paulista venceu o lanterna ABC por 3 a 2, pela 13ª rodada da Série B, no estádio José Maria de Campos Maia, o Maião.

Felipe Garcia abriu o placar para o ABC, mas Kauan, Chico Kim e Danielzinho viraram o jogo. A partir de expulsão do atacante Fernandinho aos 24 minutos do segundo tempo, o ABC ganhou fôlego e reduziu a desvantagem, novamente com Felipe Garcia.

O Mirassol é quinto colocado na tabela de classificação com 25 pontos, enquanto o ABC é o último com 6 pontos.

Na 14ª rodada, Mirassol e ABC entram em campo já na próxima quarta-feira. Às 19h, o Alvinegro recebe o Atlético-GO no estádio Frasqueirão.

Às 21h30, o Leão visita o Guarani no estádio Brinco de Ouro, em Campinas.

Com informações do GE RN.

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domingo - 25/06/2023 - 12:32h
Conversando com... Glauber Gentil

Maior franqueado do país fala sobre sustentabilidade e negócios

Por Wellington Ramalho (O Estado de São Paulo)

CEO do Grupo Gentil, Glauber diz: "Você tem que se adaptar."

CEO do Grupo Gentil, Glauber diz: “Você tem que se adaptar”

Está no Nordeste uma das principais referências do País no setor de franquias. Surgido na década de 1980 em Natal (RN), o Grupo Gentil é considerado um campeão entre os franqueados no Brasil. São mais de 120 de pontos de venda das marcas do Grupo Boticário em quatro Estados do Nordeste: Rio Grande do Norte, Maranhão, Ceará e Paraíba.

“No mercado, de fato, não existe outra estrutura franqueada da dimensão da nossa. Isso também se dá muito pela grandeza e relevância do Grupo Boticário enquanto franqueador”, afirma Glauber Gentil, CEO do grupo.

Precursor da família nos negócios, Antonio Gentil, pai de Glauber, abriu a primeira loja vinculada ao Boticário em 1982. A parceria se ampliou no fim do século passado e deu um salto neste, quando o Grupo Gentil passou a operar lojas e outros pontos de venda em Estados próximos.

O grupo cresceu tanto que criou outros braços além da operação de franquias: um de investimentos, inclusive em outras franquias, e um no ramo imobiliário. São 910 funcionários e uma gestão profissionalizada, apesar da preservação de características familiares.

Escolhido para suceder o pai no comando do grupo, Glauber Gentil tem como sócias as irmãs Glênia e Glícia. A estrutura dos negócios também conta com os netos do fundador e com profissionais do mercado em posições importantes.

Glauber tem 45 anos e é formado em administração de empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Em entrevista ao Estadão, ele conta como o ambiente familiar o levou para o setor de franquias, como o grupo cresceu, comenta os desafios que esse crescimento apresentou e como a sustentabilidade ambiental e os preceitos do Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG) podem ser incorporados aos negócios.

Como iniciou a trajetória nas franquias abertas pelo pai?

A família é contagiada por aquele ambiente de necessidade de quem está começando uma jornada empreendedora e entra nos negócios por gravidade. O Boticário é uma marca presenteável nas datas comemorativas.
Então eu passava as férias e as datas comemorativas no negócio.

Entrei por esse caminho e estou vivendo mais de perto o franchising há 25 anos. Você sempre entra na parte mais operacional e em contato com o consumidor, que é uma boa escola.

Eu e minhas irmãs começamos nas funções de atendimento e de estoque. Até que as unidades foram tomando corpo e foi se abrindo uma janela de necessidade de estruturação. Tive uma experiência nos Estados Unidos e na volta comecei uma trilha em funções mais táticas, passando por setores como o financeiro e o administrativo.

Da primeira loja até os 120 pontos de venda atuais, quando aconteceu o grande salto?

Nós operávamos apenas em Natal. Esse negócio já tinha saído de uma loja para 12 unidades. Aí recebemos o desafio de operar a segunda capital do Nordeste, que foi São Luís do Maranhão, em 2006.

As minhas irmãs se deslocaram para São Luís, e eu permaneci em Natal. Isso trouxe os primeiros desafios sobre a necessidade de profissionalizar a gestão. Esse é um momento icônico na nossa jornada porque a gente conseguiu entregar performance em dois mercados importantes, distantes, distintos.

Isso trouxe um reconhecimento dentro da franqueadora para que ganhássemos a confiança de seguir nessa rota da expansão e do crescimento. Na sequência, vieram dois mercados médios importantes no Nordeste, que são Mossoró (RN) e Campina Grande (PB), e regiões mais interioranas do Maranhão, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

A maior conquista é a confiança obtida ao longo do tempo para estarmos há tantos anos juntos. Essa é uma conquista muito valorosa: saber que posso confiar na franqueadora e que a franqueadora confia na gente.

Que desafios esse crescimento trouxe?

O grande desafio é estar preparado para acompanhar o ritmo das mudanças que são imperativas dentro da estratégia do Grupo Boticário. Seja na implementação de um novo modelo de negócio, seja no redirecionamento de uma estratégia, seja na velocidade com que a gente precisa colocar em prática o pensamento da franqueadora.

O grande desafio disso tudo é estar preparado para dar tração a esse organismo que se movimenta de forma muito veloz, dinâmica e com alta capacidade de adaptação. O Boticário vem desfrutando de um crescimento exponencial porque é um provocador contínuo de mudanças.

Do nosso lado, tiveram esses temas internos da chegada da governança, da sucessão, desse crescimento exponencial. Tudo isso foi trazendo pontos de atenção e de melhoria para o negócio e para a operação.

É possível inovar quando você é um franqueado?

É possível inovar desde que de forma alinhada com a franqueadora. A gente é muito contente nessa relação (com o Boticário) por ter espaço aberto para a inovação. A gente tem a sorte e a felicidade de estar dentro de um ecossistema que estimula esse ambiente.

Feliz (também) a franqueadora que consegue ter uma escuta ativa e está aberta a testar pilotos porque respeita a sensibilidade do franqueado que está na ponta. No nosso caso, (é ótimo) ser reconhecido e, às vezes, apontar uma tendência, e a franqueadora abraçar isso e depois multiplicar isso pela rede.

O Boticário, a cada novo projeto de loja, tem a sensibilidade de convidar franqueados para trazerem contribuições ao processo. É uma avenida de mão dupla. Hoje a inovação está muito mais centrada na percepção do cliente e de como é que a gente deve inovar para ele e por ele.

Tenho o hábito de frequentar o campo, de ir para as operações para sentir que tipo de demanda está vindo do campo, para que a gente possa inovar a partir dessa demanda, para que a gente possa chegar nos fóruns adequados e dizer “o consumidor está demandando isso, o consumidor está pedindo aquilo”.

O que se deve fazer nas franquias para se adequar aos preceitos da sustentabilidade ambiental e de ESG?

Primeiro é entender que essa é uma pauta que não pode ser negligenciada. Você tem os agentes econômicos demandando isso e já tem o consumidor também demandando. Tem o tema da diversidade, tem o tema da inclusão, tem vários outros movimentos. Alguns demandam investimento, outros apenas reposicionamento e revisão de modelos.

Tenho de ter a sensibilidade e ao mesmo tempo a racionalidade de olhar para a estrutura financeira do negócio e saber onde vou alocar o capital necessário para investir nessa pauta. Não tem como não abraçar esse movimento. Você tem de se adaptar ao modelo.

Está na sua capacidade de acreditar em fazer essa movimentação. É pensar de forma combinada, entre franqueadora e franqueado, como é que juntos podem fazer isso acontecer. Tem uma série de agendas que podem ser tracionadas conjuntamente.

E como o pequeno empreendedor de franquias deve encarar demandas como a da sustentabilidade?

A gente tem que decifrar essa pauta, sobretudo para quem está começando a tratar com ela, com agendas mais simples. Tem muita coerência quando você trabalha no seu time a separação do lixo, quando começa a colocar o tema de energia na mesa.

A grande mensagem é desmistificar o ESG com essa sigla que quando a gente desdobra parece algo inalcançável. Do mesmo jeito que governança corporativa pode ser traduzida como “o combinado não sai caro”, o ESG pode ter uma conotação de iniciativas e atitudes simples.

Você pode buscar apoiar alguma instituição que já trabalha o tema e contribuir de forma indireta. Você pode ter hábitos de organização, economia e reciclagem, atos simples que às vezes começam em casa, derivam para o ambiente da empresa e você vai contribuindo de acordo com o tamanho que você tiver.

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domingo - 25/06/2023 - 11:24h
Série Acervo

Manuelito, o fotógrafo número 1

O fotógrafo cearense que tornou Mossoró seu principal foco e uma paixão à toda vida

Por William Robson

Manuelito deixou acervo com mais de 40 mil fotos (Reprodução)

Manuelito deixou acervo com mais de 40 mil fotos (Reprodução)

Num texto escrito em 17 de agosto de 1975, o jornalista Emery Costa se referia aos cinquenta anos de profissão do fotógrafo Manuelito: “Ele conseguiu, em quase meio século de vida profissional como artista da fotografia, sintetizar num slogan o atestado maior de sua fama com um atelier dos mais bem montados no interior nordestino”. Emery escreveu no mesmo dia em que Manuelito Pereira dos Santos Magalhães Benigno completava 65 anos de vida

Significando muito para a história de Mossoró, registrando os principais acontecimentos da cidade, Manuelito era um fotógrafo marcante e com força para influenciar. Prestes a se completarem 18 anos da sua morte, amanhã, o profissional é sempre lembrado.

O material de Manuelito é quilométrico. Pelo menos 40 mil fografias foram doadas ao Museu Municipal Lauro da Escóssia pela filha Maria Manolita Pereira Maia, isso sem contar com os milhares de negativos e equipamentos utilizados pelo artista. A particulandade de Manuelito era o tratamento que dava as fotografias.

Desenvolveu um aparelho que iluminava o negativo, a ponto de ele poder fazer o retoque nas fotos e também dava cores a elas quando era dictado “Considero Manuelito como o maior fotógrafo em preto e branco que o Estado já teve”, diz Elias Júnior, da Color Filme.

Pavilhão Vitória ficava na Praça Rodolfo Fernandes, sendo ponto de encontro durante muitos anos (Fotomontagem BCS)

Pavilhão Vitória ficava na Praça Rodolfo Fernandes (Fotomontagem BCS)

O museu se preocupou em oferecer um espaço somente para mostrar um pouco de Manuelito. Afora suas máquinas fotográficas e inúmeras lentes, ainda há livros do acervo pessoal que costumava ler. “Ele gostava muito de ler romance e tinha vários livros”, relembra a filha Maria Manolita. Não apenas de ler, mas de escrever também. Pouco tempo antes de morrer, Manuelito preparava sua autobiografia.

“Nós não somos fotógrafos, porque Manuelito fazia a foto e nós não conseguimos”, declara o fotógrafo Cézar Alves, da GAZETA, referindo-se à técnica que tinha em registrar as imagens em vidros, que serviriam de negativo. “Ele usava um pó de potássio que entrava em funcionamento, quando o flash explodia como um tocha”.

Em duas folhas datilografadas, o fotógrafo – considerado o n°1 de Mossoró – falava de seu nascimento em Fortaleza (CE), de sua iniciação na profissão em 1930, de sua chegada a Mossoró (veja texto nesta edição), além de fazer uma análise das técnicas fotográficas “Fazer um comparativo da arte fotográfica de 1930 a 1977 seria uma longa explanação”, dizia ele, no texto intitulado “Quase Meio Seculo Fotografando”, de 1977. “Contudo, vale ressaltar a diferença das técnicas e recursos durante essas quatro décadas. Acompanhei de perto essa evolução”.

Mossoró fazia parte da vida de Manuelito

“Fotografel a vida e a morte. Alegrias e tristezas”. Manuelito pôde afirmar que viveu as várias metamorfoses da cidade, bem como de sua profissão. O fotógrafo tinha um objetivo em mente: fotografar para deixar marcado na história a vida de Mossoró no passado.

Inauguração da primeira ponte no Centro da cidade (Reprodução)

Inauguração da primeira ponte no Centro da cidade (Reprodução)

O material de Manuelito, que está no Museu Municipal Lauro da Escóssia, registra fatos politicos importantes e passagens pela cidade de presidentes da República, como Juscelino Kubtischek, Getúlio Vargas, João Goulart, entre outros.

“Cliquei também ministros de Estado, governadores, prefeitos, politicos em geral, misses e diversas personalidades do mundo artistico e cultural”, disse em sua autobiografia.

Fotografar Mossoró era muito mais que um compromisso com a cidade, mas consigo mesmo. Para Manuelito, o arquivo que conseguiu montar não tem preço, porque fazia parte de sua vida. “Ele adorava Mossoró e não trocava por cidade nenhuma”, afirma a filha do fotográfo, Maria Manolita.

Considerando o seu trabalho como um Muscu da Imagem, Manuelito tinha o propósito de manter viva a história mossoroense. Che-gou a se dispor para qualquer um que mostrasse interesse em realizar uma pesquisa sobre a cidade nos últimos 40 anos. “Esta obra de grande valor estará sempre à mostra daqueles que desejarem conhecer”, dizia o profissional, que também desenhava e coloria as fotografias com tintas especiais importadas.

Fotógrafo veio de Fortaleza a pedido dos Escóssia

Quando Manuelito chegou a Mossoró, em 4 de outubro de 1933, a cidade não dispunha de fotógrafo. Para ser um fotógrafo não era como hoje, tão simples. “Antigamente eram poucos fotógrafos porque o equipamento não era de acesso fácil”, conta a filha Maria Manolita. Manuelito veio de Fortaleza a pedido da família Escóssia.

Antigo Hospital da Caridade de Mossoró, depois Hospital Duarte Filho (Reprodução)

Antigo Hospital da Caridade de Mossoró, depois Hospital Duarte Filho (Reprodução)

Manuelito já era profissional da fotografia havia três anos. Sua competência era incontestável bem como sua preocupação em dar tons artísticos a seu trabalho. Por isso, rapidamente conseguiu instalar seu próprio negócio na Praça Vigário Antônio Joaquim e ser reconhecido como o fotógrafo número 1 de  Mossoró.

O estúdio foi arrendado no finalzinho dos anos 70 e vendido poucos anos depois. O comprador foi Elias Júnior, hoje proprietário da Color Filme. Ao ser arrendado, Manuelito  ficou vivendo de sua aposentadoria e fotografava por puro prazer. “Fotografia é uma coisa que me empolga e faz a gente gostar e se apaixonar pelo que ela pode dar e ensinar”, acreditava.

Um infarto fulminante no dia 10 de agosto de 1980 dava fim à trajetória de Manuelito. Seu legado nunca foi esquecido, bem como o seu talento. Fotos históricas, que marcaram a cidade, estão em exposição permanente no Museu Municipal Lauro da Escóssia.

*Reportagem especial publicada no jornal Gazeta do Oeste em 9 de agosto de 1998, assinada pelo jornalista William Robson, que agora em blog com seu nome reproduz matérias diferenciadas que fez ao longo de décadas de profissão. Essa série tem o nome de “Acervo” (veja AQUI).

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domingo - 25/06/2023 - 10:48h

Das pessoas de bem

Por Marcelo Alveso-ultimo-baluarte-do-falso-moralismo-por-aldo-fornazieri-hipocrisia-1280x720

O conto/novela “Bola de Sebo” (“Boule de Suif”, 1880), do francês Guy de Maupassant (1850-1893), é considerado uma verdadeira obra-prima. Para alguns, o melhor conto já escrito. Está entre os melhores, seguramente. E o seu autor é, na companhia de Edgar Allan Poe (1809-1849), Anton Tchekhov (1860-1904), O. Henry (1862-1910) e Jorge Luis Borges (1899-1986), para citar os mais badalados, um dos maiores contistas de todos os tempos.

“Bola de Sebo” foi originalmente publicado em 1880, como parte da coleção “Les Soirées de Médan”, uma publicação de estilo literário naturalista, versando especialmente sobre a Guerra Franco-Prussiana de 1870-1871. A trama se passa no ano de 1870. Em resumo, um pequeno grupo – formado de pequenos e grandes burgueses, de nobres, de religiosos etc. – decide abandonar a cidade de Rouen, recém-ocupada pelo exército prussiano. Mas em meio à turma de “virtuosos” está Bola de Sebo, a prostituta de bom coração Elisabeth Rousset.

O grupo, como um todo, é um microcosmo da sociedade francesa da época. Na penosa viagem, em princípio, Bola de Sebo é esnobada, para não dizer humilhada, pelos “representantes da virtude”. Mas todos têm fome, sendo que apenas Bola de Sebo trouxe alimento, que ela compartilha com os demais passageiros. Eles aceitam, para depois novamente rejeitar a benfeitora. A caravana é detida pelo exército inimigo. Um dos oficiais prussianos apaixona-se por Bola de Sebo.

Os virtuosos passam a implorar a Bola de Sebo para que durma com o oficial apaixonado. Após a inicial recusa de Bola de Sebo, ela é convencida pelos companheiros de viagem a ceder às investidas do oficial. Bola de Sebo é uma heroína, e a caravana é liberada.

Mas tão logo eles continuam a viagem, os “representantes da virtude”, que haviam implorado a ajuda da boa prostituta, voltam a ignorar e humilhar Bola de Sebo – até mesmo comem novas provisões, recém-adquiridas, sem de volta compartilhar com a outrora benfeitora –, que soluça lágrimas de desespero.

“Bola de Sebo”, por seus próprios méritos, ganhou o mundo. Inspirou parcialmente, segundo reconhece o seu diretor, John Ford (1894-1973), o faroeste “No Tempo das Diligências” (“Stagecoach”, 1939), obra-prima do cinema. E é ainda hoje cantada entre nós na composição “Geni e o Zepelim”, do nosso Chico Buarque (1944-). Da Geni, acredito, todos vão se lembrar.

O conto/novela denuncia a ingratidão e a hipocrisia do ser humano. Mas, dia desses, encontrei uma definição quase perfeita, que corta a nossa própria carne, para “Bola de Sebo”. Consta de bela página do livro “A biblioteca e seus habitantes” (Achiamé/Fundação José Augusto, 1982), do mais que nosso Américo de Oliveira Costa (1910-1996): “De Boule de Suif, aliás, se assinalará que são ‘mil e quinhentas linhas sobre a canalhice das pessoas de bem’”.

Sempre desconfiei dos homens (e das mulheres, por que não?) que se dizem “de bem”. Muitas vezes arrotam virtudes que não possuem ou não praticam. Exigem dos outros padrões de comportamento, quando eles mesmos, às escondidas, não os adotam ou os extrapolam. E, se admitem a prática de alguns “pecados”, são os seus pecados, que eles acham naturais ou, ao menos, veniais; já os pecados dos outros são imperdoáveis, capitais. Se fôssemos falar aqui da hipocrisia direta ou indireta quanto ao comportamento sexual das “pessoas de bem”, “mil e quinhentas linhas” não seriam suficientes, a não ser para alguém com o talento de síntese de um Guy de Maupassant.

Todos nós cometemos pecados, mas esses moralistas…

Na verdade, o que temos é uma multidão de falsos moralistas. E aqui solto uma outra frase cortante, que até hoje não sei se é de H. L. Mencken (1880-1956), do nosso Millôr Fernandes (1923-2012) ou minha mesmo: “a única diferença entre um moralista e um falso moralista é que o primeiro ainda não foi desmascarado”. As tais “pessoas de bem” são capazes de escrever – e deveras – milhares de linhas, até de páginas, de própria e pura canalhice.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 25/06/2023 - 09:44h

Escritores – Gustavo Sobral

Por Honório de Medeiros

Sobral, um jovem com obra vasta e múltipla (Foto: Web)

Sobral, um jovem com obra vasta e múltipla (Foto: Web)

Gustavo Sobral é surpreendente.

Enquanto escritor, e ainda bastante jovem, em pouco tempo deixou relevante marca, em áreas distintas, na escrita norte-rio-grandense.

Ensaísta, é o autor de Rodolfo Garcia; Autores Locais; Oswaldo Lamartine, a Biografia de uma Obra; Berilo Wanderley, o Cronista da Cidade. 

Historiador, lançou Governo do Rio Grande do Norte (1935-2018), em parceria com Honório de Medeiros e André F. P. Furtado e participação de vários escritores potiguares; História da Cidade do Natal; Memórias do Jornalismo no Rio Grande do Norte; As Memórias Alheias; Augusto Severo Neto, Obras Inéditas; e Arquitetura Moderna Potiguar. 

Cronista, legou-nos Cenas Natalenses; Cinco Cronistas da Cidade (publicação, preparação dos originais, seleção, organização e posfácio); e Petrópolis. Na literatura infantil, escreveu e publicou, dentre vários outros, Luísa e a Flor em um Convite para o Chá; Naty e a Natureza; Eva e Bóris.

A par de tudo isso, editou, ilustrou, prefaciou, pesquisou e reuniu acervos históricos e literários quase desaparecidos, muito importantes. Para tanto, viajou, pesquisou e estudou. Recuperou, assim, do limbo, escritores e personagens da história submersos no pó do tempo. E, ainda, organizou revistas, catálogos e textos de ciclos de palestras.

Alguns dos livros exclusivamente seus são obras de referência, sempre consultados, como Oswaldo Lamartine, a Biografia de uma Obra; Rodolfo Garcia; e Memórias do Jornalismo no Rio Grande do Norte. Há diversos, claro.

Um outro, o Governo do Rio Grande do Norte (1935-2018), nele participou, também, com sua apresentação:

Em 1939, o historiador Luís da Câmara Cascudo apareceu com “Governo do Rio Grande do Norte”, reunindo a história e a trajetória dos governantes que andaram por aqui de 1597 até 1935. O tempo foi passando e ficou uma lacuna a ser preenchida com os que vieram depois.

Foi esta a deixa que levou André Felipe Pignataro, Gustavo Sobral e Honório de Medeiros, em 2018, a reunir uma plêiade de pesquisadores e escritores, dentre eles, historiadores, juristas, jornalistas, professores, e continuar até os dias de hoje.

O resultado vem a público em e-book, apresentando a trajetória dos governantes do Rio Grande do Norte de 1935 a 2018. O livro traz, a princípio, uma listagem organizada por ordem cronológica, contemplando cada um dos governos, a que se segue os perfis dos 25 governos que administraram o Estado neste período.

Autores: Adilson Gurgel de Castro; André Felipe Pignataro; Carlos Roberto de Miranda Gomes; David de Medeiros Leite; François Silvestre; Honório de Medeiros; Gustavo Sobral; Isaura Rosado; José Antônio Spinelli; Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira; Maria do Nascimento Bezerra; Ramon Ribeiro; Ricardo Sobral; Roberto Homem de Siqueira; Saul Estevam Fernandes; Sérgio Trindade; Tarcísio Gurgel; Thiago Freire Costa de Melo; Vicente Serejo; Walclei de Araújo Azevedo.

Como se percebe, um conjunto respeitável de escritores potiguares participou do livro.

Dono de um estilo peculiar, Sobral está em sua plenitude no Oswaldo Lamartine, um livro para quem gosta de ler, correr os olhos por um texto muito bem escrito, cuja forma é uma obra de arte e o conteúdo, muito relevante.

Logo no início do livro, dizendo a respeito da opção temática do seu biografado, observa que para a escrita do livro,

Oswaldo Lamartine de Faria tratou de pesquisar, erigir e revelar, série de estudos cujos olhos estão voltados para, dentre os sertões que há, o Seridó, cravado no Rio Grande do Norte por fazendas de gado e algodão, serras e açudes. Oswaldo tratou de construí-lo por mais de cinquenta anos, entalhando-o em suas pesquisas publicadas em jornais, revistas, plaquetes e livros. Proposta que o filia a tradição brasileira dos que se debruçaram sobre o tema1. A opção de Oswaldo se volta para explorar caça, criação de abelhas, construção de açudes, ferros, aspectos do criatório.

Em “Nota de Rodapé”, acrescenta:

Do primeiro romance temático escrito por José Alencar aos sertões de Euclides da Cunha, José Américo de Almeida, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Guimarães Rosa, Ariano Suassuna e tantos outros. Na literatura do Rio Grande do Norte, abarca o contista Afonso Bezerra, o poeta Othoniel Menezes e o romancista José Bezerra Gomes. A opção de Oswaldo filia-se a uma tradição de estudos sertanejos no Rio Grande do Norte aos escritos de Manoel Dantas, Eloy de Souza, Felipe Guerra, Juvenal Lamartine e José Augusto Bezerra de Medeiros, todos eles em que o embate é não ficcional, e sim revelado nas suas riquezas e agruras, denunciado como fez Euclides da Cunha. 12 Oswaldo assim se firma no papel de etnógrafo e pesquisador do que ele chamaria depois de “o sertão de nunca-mais”.

Outro exemplo notável é a qualidade do Memórias do Jornalismo no Rio Grande do Norte, assim como do pequeno ensaio Rodolfo Garcia, sem desdouro dos demais.

Não menos interessante, muito antes pelo contrário, é sua larga contribuição na literatura infantil, que vai além dos títulos citados neste texto.

Tudo isso, sem que se mencionasse, com detalhes, sua contribuição intelectual não somente em jornais, mas também em revistas como a “Galo” assim como as da Academia Norte-rio-grandense de Letras, e a do Instituto Histórico do Rio Grande do Norte, dentre várias.

Não por outra razão, aos poucos, mas com consistência de sua parte e respeito dos que o leem, seja como escritor, jornalista, historiador, ou editor, sem esquecer a qualidade dos desenhos de sua autoria com os quais ilustra seus textos, Gustavo Sobral firma seu nome dentre aqueles cuja produção intelectual, no Rio Grande do Norte, adquire significativa relevância.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Crônica / Cultura
domingo - 25/06/2023 - 07:24h

Sobre o marco temporal

Por Odemirton Filho 

Movimento dos povos originários (Foto: Uol)

Movimento dos povos originários (Foto: Uol)

Nos últimos tempos o debate sobre as terras dos povos originários tem ganhado destaque nas discussões jurídicas. O Supremo Tribunal Federal (STF), guardião da Carta Maior, debruça-se sobre a temática, com o objetivo de encontrar uma solução para o caso. Na verdade, não é uma discussão simples, pois envolvem questões culturais, sociais e econômicas.

Desse modo, suscita-se a tese jurídica chamada de marco temporal, a qual pretende modificar a forma da demarcação de terras ocupadas pelos indígenas.  De acordo com a tese, somente os grupos indígenas que ocupassem as terras no momento da promulgação da Constituição Republicana de 1988, cinco de outubro, teriam direito de reivindicar a posse das terras.

Conforme o Art. 231 da Constituição Federal são reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

Sobre o mencionado Artigo, ensina o professor José Afonso da Silva: “O tradicionalmente refere-se, não a uma circunstância temporal, mas ao modo tradicional de os índios ocuparem e utilizarem a terra, e ao modo tradicional de produção, enfim, ao modo tradicional de como eles se relacionam com a terra, já que há comunidades mais estáveis, outra menos estáveis (…).

Pois bem. O caso sob julgamento perante a Corte Maior, diz respeito à reintegração de posse, requerida pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), de uma área localizada em parte da Reserva Biológica do Sassafrás (SC), declarada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) como de tradicional ocupação indígena.

Em setembro de 2021, o relator da ação, ministro Edson Fachin, asseverou que o direito à terra pelas comunidades indígenas deve prevalecer, ainda que elas não estivessem no local na data de promulgação da Constituição. Em sentido contrário, o ministro Nunes Marques entendeu que essa data deve prevalecer.

O julgamento do Recurso Extraordinário n. 1017365 foi suspenso, em razão de um pedido de vista do ministro André Mendonça. Na ocasião, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que “é uma questão que vem afetando a paz social por séculos sem que haja, até hoje, um bom e efetivo modelo a ser seguido”. Há de se levar em conta a segurança jurídica, sem dúvida.

É inegável que existem sensíveis interesses sociais e econômicos em questão. De um lado, os povos originários, de outro, há aqueles produtores rurais que adquiriram as terras de boa-fé, produzindo e gerando riqueza. Segundo Moraes, nesse caso, comprovando-se que os proprietários adquiriram legalmente as terras, a União deveria indenizá-los.

Entretanto, no julgamento do marco temporal não pode esquecer que os povos originários já ocupavam o território brasileiro antes, muito antes, da promulgação da Constituição. Delimitar uma data, seria, como dizem alguns, apagar a história dos silvícolas que aqui já viviam. Por outro lado, sempre há grupo de pessoas, de lado a lado, utilizando-se de má-fé. É fato.

Portanto, o julgamento do marco temporal é uma questão que envolve valores culturais e sociais, além de impactos econômicos, devendo o Supremo Tribunal Federal julgar o caso com razoabilidade, compatibilizando os relevantes interesses em disputa, preservando-se direitos históricos, sem esquecer o desenvolvimento do país.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 25/06/2023 - 05:54h

Vida Fugaz

Por Marcos FerreiraVida fugaz

Antes, ao ir contar o cabelo, eu achava ruim quando, aqui e acolá, caía um fiozinho branco sobre o pano. Hoje, trinta anos depois, fico contente se, vez por outra, um fio preto despenca sobre o tecido. A barba negra e macia de outrora virou uma moita branca, espinhenta, hirsuta. Ah, como é perverso o tempo! Contra tudo atenta. Até contra o mármore dos campos-santos, o aço e o ferro. Imaginem contra nós, seres provisórios, passageiros, presas fáceis dos calendários e relógios. Ainda há quem diga que faz certas coisas apenas para passar o tempo. Tolice. Nós é que passamos, enquanto ele segue íntegro, irredutível, indomável, sem que lhe possamos pôr um freio.

Quando jovens, afoitos, cheios de pressa e desperdício, tínhamos a mais completa certeza de que todo o mundo e os relógios giravam a nosso favor. Torcíamos pela chegada disso e daquilo, contávamos as horas, dias, meses e anos, por exemplo, para atingirmos a maioridade e adquirirmos uma cédula eleitoral, uma carteira de habilitação. Ora! Quanta ingenuidade! Não fazíamos ideia do terreno movediço em que estávamos pisando, da areia fininha a se filtrar na cintura da ampulheta.

Alguns de nós já nos metamorfoseamos. De belas, rútilas e doces uvas nos transformamos em ameixas secas, engelhadas, azedas. Perdemos (não todos) a doçura e, em determinados casos, até a ternura. Como é perverso o tempo, senhoras e senhores! A juventude, permitam-me a metáfora, é uma distraída gazela cruzando águas fervilhando de crocodilos. Nunca a coitadinha alcançará a outra margem.

Assim também somos nós, gazelas bípedes, vulneráveis, sujeitas à abocanhada fatal e ao giro da morte a qualquer instante. Poucos realizam essa travessia ilesos, sem nenhuma cicatriz na carne ou na alma. Felizes os que conseguem envelhecer dignamente.

Toda sorte de limitações é destinada aos sobreviventes. Algumas, em grau menor; outras, em grau maior. A longevidade é um luxo e uma bênção. Ainda assim há cobranças inegociáveis: quando não caem, os cabelos embranquecem; as pernas ficam bambas; os joelhos emperram; a vista se torna curta; a audição diminui. Até a voz, num e noutro indivíduo, fica rouquenha, nasalada. Ninguém pode contar vantagem diante do tempo. Mais cedo ou mais tarde ele nos pega. Não perdoa.

Cadê o pulmão de atleta, a musculatura rígida, a libido infalível? Nenhuma sombra ou vestígio. Porque tudo é passageiro, fugaz, transitório. Refugiamo-nos nas recordações, no acervo afetivo. Ao menos aqueles que dispõem de boas memórias para reprisar. Então praticamos mil e uma ações para nos sentirmos produtivos.

Engendramos filhos, criamos netos, deitamo-nos tarde, levantamos cedo. Porque de repente descobrimos que já passamos pela cinturinha da ampulheta e que a areia que nos resta é bem pouca. Buscamos atrasar o relógio, ludibriar o calendário. Mas o tempo não tem nada de bobo. Nós é que somos tolos ao achar que damos as cartas.

Isso, no entanto, não é uma descoberta. É fato revelho e notório. Temos mais passado que futuro. Aí começa a corrida em busca da imortalidade de nossa biografia. Fulano decide escrever um livro, sicrano pinta uns quadros, beltrano compõe uma música. É um deus nos acuda. Porque estamos morrendo. Mais cedo ou mais tarde.

Todavia a perpetuidade da alma é um alento. No fim das contas compreendemos que só o amor nos torna imortais, nos eterniza. Amar é viver além da morte.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
sábado - 24/06/2023 - 23:56h

Pensando bem…

“Só é útil o conhecimento que nos torna melhores.”

Sócrates

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sábado - 24/06/2023 - 23:52h
Lançamento

“Relíquias” é o mais novo livro-álbum de Fernando Chiriboga

Pedro de Alcântara, em Santa Catarina (Reprodução)

Pedro de Alcântara, em Santa Catarina (Reprodução)

São mais de 200 páginas de pura beleza arquitetônica e cultural. O mais novo livro-álbum do equatoriano, radicado em Natal-RN, Fernando Chiriboga, retrata as belezas da região sul do país. “Relíquias – patrimônio arquitetônico do Sul do Brasil” terá lançamento neste mês, dia 29, a partir das 18h, na Galeria Fernando Chiriboga (3º piso do Shopping Midway Mall).

A obra é o terceiro livro-álbum da série “Relíquias”, lançada com o intuito de comemorar o Bicentenário da Independência do Brasil, com patrocínio da EDP, Cisa Trading, MDS Brasil, Banco Luso Brasileiro e Grupo Tejofran. A coleção conta com quatro livros dedicados ao registro fotográfico do patrimônio arquitetônico, das regiões do país. São obras e edificações construídas ao longo de cinco séculos que retratam a história entrelaçada de Brasil e Portugal.

Neste volume, Chiriboga entrega ao público mais de 200 fotografias que exibem o patrimônio histórico e arquitetônico de 17 cidades dos três estados que compõem a região Sul do Brasil:  Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Vivemos um momento único, onde a consciência da preservação merece conquistar um lugar especial no coração da sociedade. É preciso conhecer para preservar, encantar-se para defender”, exprime Fernando Chiriboga.

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sábado - 24/06/2023 - 23:46h
Natal

RN se despede da advogada Kátia Nunes

Kátia Nunes foi sepultada nesse sábado mesmo (Foto: Web)

Kátia Nunes foi sepultada nesse sábado mesmo (Foto: Web)

Faleceu à madrugada desse sábado (24), a advogada Kátia Nunes, 62, que integrou os quadros do Movimento Democrático Brasileiro do Rio Grande do Norte (MDB-RN). Dedicou boa parte de sua vida e trabalho em defesa dos direitos humanos, segurança e luta feminina.

Kátia foi vitimada pelo câncer após anos de tratamento.

O MDB do RN e várias outras instituições e figuras públicas expressaram pesar pela perda de Kátia Nunes.

Seu velório ocorreu na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RN), em Natal. O sepultamento aconteceu no  cemitério Morada da Paz, em Emaús.

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sábado - 24/06/2023 - 23:34h
MCJ 2023

Fátima Bezerra acompanha última noite do “Chuva de Bala”

Marleide Cunha, Fátima, Isolda Dantas e Pablo Aires acompanham o Chuva de Bala (Foto: cedida)

Marleide Cunha, Fátima, Isolda Dantas e Pablo Aires acompanham o Chuva de Bala (Foto: cedida)

“A cada ano o espetáculo está mais bonito. ‘Chuva de bala’ é cultura, é arte e é também o fortalecimento da interiorização do turismo no nosso estado”. A afirmativa foi dada pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), durante a última exibição do espetáculo “Chuva de Bala no País de Mossoró”, nesta sexta-feira (23), durante a 26ª edição do Mossoró Cidade Junina 2023.

O evento é uma das festas juninas mais tradicionais do Nordeste e a peça teatral é uma das atrações mais importantes da festividade.

O espetáculo, apresentado a céu aberto, retrata a resistência do povo de Mossoró à invasão do bando de Lampião em 13 de junho de 1927. Com 21 anos de exibição, a peça  é adaptada do texto original do escritor potiguar Tarcísio Gurgel. Com a participação de mais de 150 profissionais mossoroenses e é considerada um patrimônio cultural do Rio Grande do Norte.

Encerrando 11 dias de apresentações, o evento começou pontualmente às 21h e teve entrada gratuita para o público.

Acompanharam a governadora Fátima Bezerra, a secretária Lyane Ramalho (Sesap), o secretário Gustavo Coelho (SIN), o diretor-presidente da FJA, Gilson Matias, e o secretário adjunto do GAC, Ivanilson Maia.

Também participaram a deputada estadual Isolda Dantas (PT), e os vereadores de Mossoró Marleide Cunha (PT) e Pablo Aires (PSB).

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sábado - 24/06/2023 - 23:08h
UTI

Ex-deputado Laíre Rosado é internado e passará por cirurgia

Laíre Rosado, 72 anos, estava de plantão em UPA do Belo Horizonte quando foi preso por agentes da PF (Foto: Web)

Laíre Rosado tem cirurgia agendada para a próxima segunda-feira (Foto: Web)

Do Blog Saulo Vale

O médico e ex-deputado federal Laíre Rosado está internado na UTI do Hospital Wilson Rosado, desde a sexta-feira (23).

Exames de rotina apontaram necessidade de uma cirurgia de ponto de safena (cardíaca).

O procedimento cirúrgico está agendado para a próxima segunda-feira (26).

Saúde. Vai dar certo.

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sexta-feira - 23/06/2023 - 23:52h

Pensando bem…

“Na condução das questões humanas não existe lei melhor do que o autocontrole.”

Lao Tsé

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sexta-feira - 23/06/2023 - 19:42h
Sábado, 24

“Boca da Noite” promete arrastar multidão no encerramento do MCJ

Boca da Noite é o fechamento do MCJ 2024 (Foto: Wilson Moreno)

Boca da Noite é o fechamento do MCJ 2024 (Foto: Wilson Moreno)

No “Mossoró Cidade Junina” o público se despede das festividades do São João neste sábado (24) com o “Boca da Noite”. A festa terá 8 atrações em 6 horas de grandes shows, reunindo artistas locais e nacionais. Serão 4 trios elétricos embalando uma enorme multidão no Corredor Cultural, na avenida Rio Branco. Iniciando na “boca na noite”, às 18h, o evento contará com Claudia Leitte, Parangolé, Darlan Dias, Lucas Lima, entre outros.

No São João mais cultural do mundo, além do forró, que é tradição no Nordeste, outros hits vão contagiar o público, marcando em grande estilo o encerramento do MCJ 2023. No trio elétrico, o artista Davson Davis abre a noite de shows às 18h, com concentração ao lado da arena Deodete Dias. Marcelo Miranda também será atração da noite, iniciando sua apresentação por volta das 18h30.

A festa continua com o grupo Parangolé, arrastando o público na avenida Rio Branco por volta das 19h. Em seguida tem Ewerton Linhares e Banda Bakulejo. Darlan Dias chega para fazer a festa com seu repertório atualizado e diversificado, às 20h. Na sequência têm Júnior Farra no Corredor Cultural.

No encerramento do MCJ 2023 Lucas Lima e a fenomenal Claudia Leitte fecham com chave de ouro a programação do maior e melhor São João de todos os tempos. A cantora e compositora traz ao “Boca da Noite” seus grandes sucessos, hits que emocionam o público e fãs por onde ela passa.

“A festa está linda, um sucesso. O ‘Mossoró Cidade Junina’ fez história nesta edição. O evento está consolidado como o maior e melhor de todos os tempos. O ‘Boca da Noite’ vem para fechar em grande estilo essa festa mágica. Além dos artistas nacionais, teremos uma grande participação dos nossos artistas da terra, que vão abrilhantar o encerramento do São João mais cultural do mundo”, destacou Igor Ferradaes, secretário municipal de Cultura.

O São João de Mossoró reuniu nesta edição mais de 400 atrações em 22 dias de festa. O MCJ foi oficialmente aberto no  dia 3 de junho, com o tradicional “Pingo da Mei Dia”, que reuniu mais de 210 mil pessoas. A festa seguiu durante todo o mês de junho, com programação todos os dias, com shows repletos de grandes artistas, humoristas consagrados, festivais regionais e espetáculos, além do Festival de Quadrilhas Juninas de diversas partes do Brasil.

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sexta-feira - 23/06/2023 - 19:00h
Mossoró

Evento do comércio e serviços é um grande sucesso

Painel sobre sucessão familiar abriu programação (Foto: BCS)

Painel sobre sucessão familiar abriu programação (Foto: BCS)

A 21ª Convenção do Comércio e Serviços do RN teve essa sexta-feira (23) como dia de painéis, palestras e outras atividades principais. Um programação com centenas de participantes e denso conteúdo.

Ocorreu no Requinte Buffef – em Mossoró.

Em particular, acompanhei o painel “Os desafios da sucessão familiar” com experiências dos grupos Gentil e GB, através de seus executivos Antônio Gentil e Glauber Gentil, Genivan Batista e Marcelo Rosado.

Segundo Marcelo Rosado, no Brasil 90 por cento das empresas são abertas como célula familiar. Porém, apenas 3% chegam à terceira geração. CEO do Grupo Gentil, Glauber Gentil lembrou que os empreendedores são exemplos como pais e gestores, com enorme capacidade de renúncia.

Antônio Gentil e Genivan Batista falaram dos primórdios familiares, sacrifícios pessoais e a crença inabalável no êxito, pelo trabalho, pela educação.

Aplausos pela iniciativa.

A programação faz parte das comemorações dos 60 anos da Câmara de Dirigentes Lojistas de Mossoró (CDL Mossoró), entidade representativa do setor do comércio e serviços local, também como iniciativa da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RN (FCDL/RN).

Amanhã (sábado, 24), a programação é para cumprimento de roteiro turístico na região.

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sexta-feira - 23/06/2023 - 18:26h
Recomendação

MPF promove reuniões com movimentos sociais no RN

Procurador Emanuel de Melo abriu diálogos (Foto: Mossoró Hoje)

Procurador Emanuel de Melo abriu diálogos (Foto: Mossoró Hoje)

O Ministério Público Federal (MPF) iniciou uma série de reuniões com representantes de diversos movimentos sociais no Rio Grande do Norte. Os encontros são conduzidos pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão substituto, Emanuel de Melo Ferreira, seguindo recomendação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Já foram realizadas três reuniões e uma inspeção ministerial, compondo atuação inicial do MPF para ouvir e identificar demandas dos segmentos da sociedade.

A primeira reunião ocorreu em 17 de maio, na sede do MPF em Mossoró (RN), com a doutora e professora da Universidade do Rio Grande do Norte (UERN) Eliane Anselmo da Silva, para discutir a situação de refugiados venezuelanos.

Também em 17 de maio, foram recebidos representantes do Fórum das Comunidades Tradicionais de Terreiros de Matriz Afro-Ameríndia de Mossoró (RN).

Em 25 de maio, o encontro foi com líderes de movimentos sociais sobre questões agrárias.

Na Recomendação nº 61/2017, o CNMP sugere aos ramos do Ministério Público que promovam encontros com movimentos sociais. Entre os objetivos dos encontros, estão: aproximar os membros das demandas da sociedade; identificar eventuais ameaças aos direitos fundamentais; contribuir para o aprofundamento da democracia e da participação social, capacitação das lideranças dos movimentos sociais sobre os serviços prestados pelo órgão na defesa dos direitos, e estabelecer metas.

No documento, o CNMP define movimento social como toda manifestação coletiva e organizada da sociedade civil para fins lícitos, com o fim de obter visibilidade e conferir voz política a demandas objetivamente identificáveis, como combate ao racismo, defesa dos direitos de minorias, reforma agrária e proteção a direitos fundamentais, como saúde, moradia, educação, entre outros.

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  • Art&C - PMM - Sal & Luz - Julho de 2025
sexta-feira - 23/06/2023 - 17:20h
"Doutora"

Justiça Federal nega liminar de reitora, que segue com título anulado

Do Blog Saulo Vale

Ludimilla teve seu doutorado anulado (Foto: redes sociais)

Ludimilla teve seu doutorado anulado (Foto: redes sociais)

A 1ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, em decisão publicada nesta sexta-feira (23), negou a liminar da Reitora da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Ludimilla Oliveira.

Ela tentava derrubar a decisão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que anulou o seu título do doutorado por plágio em sua tese.

Ludimilla apontou vícios no processo, argumento não acatado pela Justiça, que destacou a autonomia universitária para essa tomada de decisões.

“A demandada UFRN entendeu pela ocorrência de má-fé e afastou a decadência. Trata-se de decisão da Academia que este juiz, historicamente, tem evitado adentrar no seu mérito salvo em casos de explícito erro teratológico, o que aqui não ocorreu. Em outras palavras: a UFRN, no âmbito da sua autonomia em todos os sentidos, e através de decisão colegiada, não deve sofrer reparos do judiciário em suas questões internas, salvo ilegalidades flagrantes. E na quadra presente não se enxerga ilegalidade flagrante em seu proceder”, escreveu o juiz.

Recurso

A decisão da Justiça Federal ainda cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, com sede em Recife.

No início da semana, Ludimilla também teve outro recurso negado ao tentar reverter a anulação do título de doutorado no âmbito administrativo, na própria UFRN.

Caso siga com decisões desfavoráveis, Ludimilla poderá ser deposta do cargo pelo Conselho Universiário (Consuni), uma vez que só pode ser Reitor quem tem doutorado ou professor que esteja nos dois níveis mais elevados da carreira.

No Consuni, instância máxima da instituição, ela tem minoria de votos.

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sexta-feira - 23/06/2023 - 16:28h
Livro

Professora-doutora Zildenice Guedes lança sua mais nova obra infantil

Livro de Zildenice Guedes - Nina“Nina e o nosso mar”.  Eis o título do mais novo da professora-doutora Zildenice Guedes dirigido ao público infantil, que desperta nos leitores o interesse por mais uma aventura de Nina, uma menina que desde pequena tornou a curiosidade e o amor pelos livros suas grandes paixões.

“Escrever um livro infantil é realmente uma jornada muito especial. Contar histórias está relacionado às nossas memórias, e no meu caso, essa obra trata de forma muito carinhosa, das minhas memórias afetivas”, justifica a escritora.

Em sua nova aventura, a personagem vai mobilizar as pessoas para proteger o mar e a sua biodiversidade.

A obra está na fase de pré-venda no site da Opera Editorial, e em breve será feito o lançamento em Mossoró e em outras cidades do Estado. Antecipe sua compra no site da editora clicando AQUI.

Zildenice Guedes é escritora, professora, pós doutoranda em Ciências Ambientais (UFERSA) e doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UERN), além de cientista, pesquisadora, poetisa, mãe de Maria Thereza e Humberto e uma apaixonada pelos livros.

Criadora da personagem  Nina, cujo primeiro livro tem como título “Os livros falam? Nina diz que sim!”, escreveu também “Bela e a vila” para o livro de contos “Era uma vez da editora Cartola.”

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  • San Valle Rodape GIF
sexta-feira - 23/06/2023 - 15:48h
Mudanças

Senadora Zenaide propõe audiência pública sobre o Revalida

RevalidaA senadora Zenaide Maia (PSD – RN) apresentou, nesta quinta-feira (22), requerimento à Comissão de Educação do Senado (CE) para a realização de uma audiência pública sobre o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, o Revalida. A parlamentar tem feito críticas às mudanças adotadas, a partir de 2019, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), órgão do Ministério da Educação responsável pela aplicação do exame.

De acordo com Zenaide, os testes práticos, que constituem a segunda etapa do certame, são feitos sem pacientes reais e em um só dia. “O Inep contrata um hospital, sem pacientes, por 24 horas; contrata atores e atrizes para fazerem o papel de pacientes e usam aquelas bonecas que parecem bebês de verdade.”, explica.

No requerimento de audiência, que ainda precisa ser aprovado na CE, a senadora propõe a presença do presidente do Inep, Manuel Fernando Palacios da Cunha.

Os questionamentos sobre o Revalida começaram durante os debates da Medida Provisória que recriou o Programa Mais Médicos (MP 1.165/2023). Zenaide foi a relatora da MP e, em seu relatório, propôs mudanças no exame: a aplicação passaria a ser quadrimestral, e não mais anual; os intercambistas brasileiros e estrangeiros não precisariam revalidar o diploma no primeiro ciclo de formação (4 anos); e para renovar o contrato com o Mais Médicos por igual período, os médicos participantes não precisariam fazer a segunda etapa do Revalida – ponto retirado do texto durante a votação na Câmara.

“O que propus no relatório é que, durante quatro anos, médicos preceptores de universidades avaliarão o profissional em sua atividade no Mais Médicos. Na minha opinião, isso é muito melhor do que uma prova com atores e atrizes – com todo respeito – e bonecos”, argumentou a senadora.

Zenaide não questionou a retirada desse item quando da votação da MP no Senado para evitar que o texto voltasse para o crivo dos deputados. “Atrasaria a aprovação de uma das políticas públicas mais importantes para a saúde dos brasileiros que vivem em áreas vulneráveis! Enquanto a gente discute aqui, tem gente tendo AVC porque não teve médico na atenção básica para receitar um medicamento para a hipertensão.”, justificou.

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quinta-feira - 22/06/2023 - 23:54h

Pensando bem…

“Eu detesto quando as pessoas confundem educação com inteligência. Você pode ter um diploma e ainda ser um idiota.”

Elon Musk

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