“Os investimentos em conhecimento geram os melhores dividendos.”
Benjamin Franklin
Jornalismo com Opinião
“Os investimentos em conhecimento geram os melhores dividendos.”
Benjamin Franklin
A Prefeitura de Martins, sob a gestão do prefeito Paulo César Galdino (PSB), o “César Móveis”, decretou situação de emergência administrativa, financeira e de infraestrutura no município, nessa segunda-feira (6). A medida, publicada no Diário Oficial, é válida por 120 dias e poderá ser prorrogada mediante justificativa.
O decreto tem como objetivo garantir a continuidade dos serviços públicos essenciais, em meio a uma série de irregularidades e dificuldades administrativas identificadas no processo de transição de governo.
Faltam informações e documentos essenciais, como contratos administrativos, situação financeira e contábil. Estima-se que exista uma dívida de R$ 2.897.168,72 com a Receita Federal do Brasil e Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Os números da dívida fundada (obrigações financeiras assumidas pela Administração Pública, geralmente de longo prazo) e passivo circulante (obrigações de curto prazo, como salários, fornecedores etc.) ainda são apurados.
Desorganização nos serviços essenciais: A ausência de contratos vigentes para transporte, saúde pública, fornecimento de oxigênio hospitalar e coleta de lixo comprometeu o atendimento à população.
Infraestrutura precária: A frota de veículos e maquinários da Secretaria de Obras foi encontrada em condições inadequadas de uso, enquanto o almoxarifado apresenta estoque insuficiente para as necessidades administrativas e falta de pessoal: Não há servidores suficientes para manter os serviços essenciais, nem concursos públicos válidos para suprir a demanda.
As medidas previstas contém contratações emergenciais durante o período do decreto, que serão realizadas com base na nova Lei de Licitações (Lei 14.133/2021) para assegurar serviços como assistência médica, transporte público, limpeza urbana e fornecimento de materiais básicos para a administração pública.
Vitória
Martins era governado por Maria José de Oliveira Gurgel Costa (DEM), a “Mazé”, que não conseguiu se reeleger. O estreante em disputa eleitoral, César venceu o pleito com 3.529 votos (54,01%), contra 3.005 votos (45,99%) de Mazé. Seu vice-prefeito é Gileno Oliveira Carvalho (PP).
Martins está localizado na mesorregião do Oeste Potiguar e microrregião de Umarizal, distante 380 Km de Natal. O turismo é uma de suas principais fontes econômicas, devido altitude que chega a 705 metros.
Do Canal Meio e outras fontes
Após amargar uma série de derrotas eleitorais em 2024, o PSDB negocia uma fusão com o PSD de Gilberto Kassab, partido que saiu mais fortalecido das eleições municipais. O presidente do diretório paulista dos tucanos, Paulo Serra, reuniu-se com Kassab e disse que a conversa sobre a fusão está adiantada.
“Precisamos crescer e a fusão, incorporação ou federação podem ser alternativas”, afirmou.
Após governar o país por dois mandatos com Fernando Henrique Cardoso, chegar ao segundo turno em quatro eleições presidenciais e exercer um domínio quase inquebrantável sobre o estado e a cidade de São Paulo, o PSDB definhou a ponto de não eleger um único vereador na capital paulista nem em Belo Horizonte, os dois maiores colégios eleitorais do país. (Estadão)
Nota do BCS – No estado de São Paulo, o PSDB elegeu apenas 22 prefeitos. Situação ainda mais humilhante foi do PT, com apenas quatro (veja AQUI).
No RN, o PSDB segue com vigor, mas também sofreu queda. Conseguiu a vitória de 14 prefeitos, contra 31 em 2020 (veja AQUI). Foram 17 prefeituras a menos.
Quanto à vereança, ano passado elegeu 197 vereadores no RN. Em 2020 foram 252, ou seja, 55 a menos (veja AQUI).
“Técnica é o que você usa quando falta a inspiração.”
Rudolf Nureyev
Por Vicente Serejo (Coluna Cena Urbana, Tribuna do Norte)
O ex-governador Garibaldi Filho (MDB), apesar da derrota à Câmara Federal em 2022, é o único sobrevivente do grupo Alves. Não pelo voto, mas por acordos políticos.
Seu filho, Walter, é vice-governador; o irmão, Paulo, é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE); e Felipe, o sobrinho, é secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura de Natal.
O prefeito mossoroense Allyson Bezerra (UB) começou uma conversa ao pé do ouvido com integrantes de sua equipe de primeiro escalão.
Sede da municipalidade, o Palácio da Resistência não é muro das lamentações nem virou confessionário, que fique claro.
Mas o prefeito tomou como indispensável o papo reto para aprumar o leme.
A segunda administração está só começando.
O Festival Parafolclore que acontece de 29 de janeiro a 1º de fevereiro, dentro da programação geral da 30ª Feira Internacional de Artesanato (FIART), em Natal, estará com inscrições abertas a partir desta terça-feira, dia 07 de janeiro. Prazo para habilitação ao evento será concluído dia 20 próximo.
Poderá ser feito através do formulário oficial de inscrição disponibilizado pelo link: //forms.gle/uRgR22uQPwtRozD66. Os grupos interessados deverão preencher o formulário para validar a inscrição.
“O nosso Festival Parafolclore funciona como impulso, fomento e manutenção dessa dinâmica das comunidades tradicionais, num processo de renovação dos brincantes da cultura popular. A edição de 2025 da Fiart marca os 30 anos de história e mantemos a realização do Festival Parafolclórico como salvaguarda de manifestações espontâneas, agora com patrocínio do Banco do Nordeste através da Lei Rouanet que tem realização do Ministério da Cultura e Governo Federal”, comenta Tatiane Fernandes, idealizadora e produtora do Festival Fiart Cultural.
Podem participar da disputa no Festival Parafoclore grupos que se autodeclararem “Parafolclóricos”, sediados no nordeste brasileiro e que tenham mais de 03 anos de atuação. Os inscritos passarão por duas fases: habilitação e seleção. Os grupos selecionados serão anunciados no dia 22 de janeiro e se apresentarão na fase semifinal eliminatória de 29 a 31 de janeiro. Os finalistas serão anunciados no dia 31 de janeiro e a grande final acontecerá no sábado, 01 de fevereiro, mesmo dia em que acontece o anúncio dos vencedores. Todas as apresentações acontecem no Centro de Convenções de Natal durante a programação cultural.
Mais Informações: @feirafiart
O bispo da Diocese de Santa Luzia de Mossoró, Dom Francisco de Sales, anunciou neste fim de semana novas áreas missionárias e seus administradores.
Confira:
Área Missionária Janduís e Messias Targino – administrador: padre Wennel Narciso de Oliveira – data: 09/02/2025;
Área Missionária Rafael Fernandes e Água Nova – administrador: padre José Mário Freitas Viana Segundo – data: 15/02/2025
Área Missionária Frutuoso Gomes e Lucrécia – administrador: padre Francisco Gessenilton do Nascimento – data: 22/02/2025;
Área Missionária Felipe Guerra – administrador: padre Demétrio de Freitas Júnior – data: 23/02/2025;
Área Missionária Coronel João Pessoa e Venha Ver – administrador: padre Glaudio Fernandes Costa – data: 19/03/2025;
Área Missionária Major Sales e Paraná – administrador: padre Miquéias Pascoal de Lima Carvalho – data: 01/06/2025.
A Prefeitura de Mossoró divulgou o calendário de pagamento de servidores para o exercício do ano 2025, no âmbito da Administração Pública Direta e Autárquica do Município.
O documento destaca que o pagamento do 13º salário dos servidores efetivos da Prefeitura de Mossoró será realizado no mês de aniversário.
Os demais servidores, o pagamento será efetuado até o dia 19 de dezembro deste ano.
Calendário
JANEIRO: 31 de janeiro (sexta-feira);
FEVEREIRO: 27 de fevereiro (quinta-feira);
MARÇO: 31 de março (segunda-feira);
ABRIL: 30 de abril (quarta-feira);
MAIO: 30 de maio (sexta-feira);
JUNHO: 30 de junho (segunda-feira);
JULHO: 31 de julho (quarta-feira);
AGOSTO: 29 de agosto (sexta-feira);
SETEMBRO: 29 de setembro (segunda-feira);
OUTUBRO: 31 de outubro (sexta-feira);
NOVEMBRO: 28 de novembro (sexta-feira);
DEZEMBRO: 30 de dezembro (terça-feira).
O decreto nº 7.318, de 02 de janeiro de 2025, que trata do calendário de pagamento, está publicado no Diário Oficial de Mossoró (DOM) de quinta-feira (2).
Estudantes de todo o país se preparam para concorrer às vagas nas universidades brasileiras por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU 2025). As notas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM 2024) serão divulgadas no dia 13 de janeiro e as inscrições do SiSU 2025 serão realizadas no período de 17 a 21 de janeiro por meio do site //sisu.mec.gov.br.
A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) se prepara para receber novos estudantes nos campi de Mossoró, Assú, Caicó, Natal, Patu e Pau dos Ferros. Ao todo serão ofertadas 2.509 vagas em 66 opções de cursos de graduação, na modalidade presencial.
A Uern terá novidades no Processo Seletivo de Vagas Iniciais (PSVI 2025) deste ano. Uma das novidades é com relação à classificação de estudantes que concorrem no sistema de cotas – Pretos, Pardos e Indígenas (PPI), Pessoa com Deficiência (PcD) e Estudantes de Escolas Públicas (EEP).
A partir de agora, candidatos cotistas serão classificados inicialmente dentro da categoria Não Cotista, caso a pontuação seja suficiente para serem aprovados, assumem vaga nesta categoria. Caso a pontuação não seja suficiente, serão classificados dentro da categoria na qual se inscreveram.
Outra novidade é a suspensão do Argumento de Inclusão Regional, por determinação do Ministério da Educação (MEC), em cumprimento à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que estabeleceu que as bonificações regionais não devem ser computadas no SiSU 2025. Com isso, candidatos da Ampla Concorrência, que cursaram o ensino fundamental e médio em escolas do RN não terão direito ao bônus aplicado à nota do Enem.
A Pró-reitora de Ensino de Graduação, Fernanda Abreu, informa que o edital com todas as normas e procedimentos relacionados ao Processo Seletivo de Vagas Iniciais – PSVI SiSU/Uern 2025 – será publicado em breve e trará outras novidades.
Conforme o cronograma do MEC, a convocação dos aprovados na Chamada Regular do SiSU 2025 está prevista para o dia 27 de janeiro de 2025.
As vagas ofertadas pela Uern serão distribuídas nas categorias:
Cota Social – Contempla 50% do total de vagas disponibilizadas pela Uern. Esta cota está subdividida da seguinte forma: 60% para quem se declara Preto, Pardo ou Indígena (PPI) e que pode ter cursado os ensinos fundamental e médio em escolas públicas ou privadas; 40% para Estudantes de Escolas Públicas (EEP), ou seja, quem estou todo o ensino fundamental e ensino médio em escolas públicas.
Cota para Pessoas com Deficiência – Reserva de 5% do total de vagas, para Pessoas com Deficiência (PcD);
Não Cotista – Direcionada a quem não às Cota Social ou Cota para Pessoas com Deficiência e disputam na Ampla Concorrência.
Termina nessa terça-feira (7 de janeiro de 2025), o prazo para que o eleitor que não compareceu para votar no 2º turno das Eleições Municipais 2024, ocorrido em 27 de outubro, justifique a ausência à Justiça Eleitoral.
A justificativa vale para o eleitorado faltoso para o qual o voto é obrigatório, segundo previsto no artigo 16 da Lei nº 6.091/1974 e no artigo 126 da Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.659/2021 .
A justificativa pós-eleição pode ser feita em casa ou no cartório, presencialmente. Confira as opções:
E-Título
Por meio do aplicativo e-Título, da Justiça Eleitoral, disponível para download em dispositivos Android ou iOS, é só acessar o link “Mais opções” e, em seguida, selecionar o local do pedido de justificativa de ausência. Logo após, é preciso preencher o formulário com os dados solicitados. Para justificar a ausência pelo app, é necessário que a eleitora ou o eleitor esteja com o título eleitoral regular ou suspenso.
Depois, é gerado um código de protocolo para que a pessoa possa acompanhar o andamento da solicitação. O requerimento será transmitido à zona eleitoral responsável pelo título da eleitora ou do eleitor para análise. Após a decisão sobre a aceitação ou não da justificativa, a pessoa será notificada.
Autoatendimento Eleitoral
A justificativa de ausência ao pleito também pode ser feita pelo Autoatendimento Eleitoral. Na página direcionada, é possível fazer uma solicitação de justificativa ou acompanhar o andamento de pedido encaminhado à Justiça Eleitoral. Em ambos os casos, é preciso informar o número do título eleitoral ou do CPF ou o nome, a data de nascimento e o nome da mãe (caso conste).
Justificativa presencial
Além das duas formas digitais, é possível justificar a ausência ao pleito de maneira presencial. Nesse caso, a eleitora ou o eleitor deverá preencher o formulário de Requerimento de Justificativa Eleitoral (pós-eleição) e entregá-lo no cartório eleitoral mais próximoou enviá-lo via postal à autoridade judiciária da zona eleitoral responsável pelo título.
Assim que for aceita, a justificativa será registrada no histórico do título da eleitora ou do eleitor. Se ela for negada, será necessário quitar o débito (a multa) com a Justiça Eleitoral.
E se eu não justificar?
O não cumprimento do prazo de apresentação da justificativa pode resultar em multa. Além disso, há outras consequências para quem não vota, não justifica e não paga as multas eleitorais. Nesse caso, a pessoa fica impedida de:
tirar o passaporte e a carteira de identidade;
inscrever-se em concurso público;
renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;
tomar posse ou receber remuneração de cargo público, entre outras restrições.
Não se esqueça de que cada turno eleitoral é considerado uma eleição independente pela Justiça Eleitoral, para efeito de comparecimento.
Do Canal Meio e outras fontes
Fernanda Torres, 59, fez história na madrugada desta segunda-feira (06), ao se tornar a primeira atriz brasileira a receber o Globo de Ouro, um dos mais importantes prêmios do cinema internacional, concedido pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood. Ela conquistou a estatueta de melhor atriz em drama pelo papel de Eunice Paiva em Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que perdeu para Emilia Pérez, do francês Jacques Audiard, a disputa de melhor filme em língua não inglesa.
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o longa conta a história da luta da esposa do ex-deputado Rubens Paiva após a prisão e assassinato do marido pelos militares durante a ditadura. Fernanda dedicou o prêmio à mãe, Fernanda Montenegro, indicada em 1999 por Central do Brasil. “Vocês não têm ideia… Ela estava aqui há 25 anos. Isso é uma prova de que a arte persiste através da vida, mesmo em momentos difíceis, como os que Eunice Paiva viveu.” (g1)
Em seu discurso improvisado, ela se mostrou surpresa com a estatueta por ter sido um ano incrível para atrizes que admira muito, e agradeceu ao diretor Walter Salles (“meu parceiro, meu amigo”), ao seu marido, Andrucha Waddington, ao ator Selton Mello e aos filhos. Assista na íntegra. (CBN)
Concorrência pesada
A atriz brasileira concorreu com as seguintes atrizes na categoria de Melhor Atriz de Filme de Drama:
Pamela Anderson, por “The Last Showgirl”;
Angelina Jolie, por “Maria”;
Nicole Kidman, por “Babygirl”;
Tilda Swinton, por “O Quarto Ao Lado”;
Kate Winslet, por “Lee”.
Das indicadas, apenas Angelina Jolie, Nicole Kidman e Kate Winslet já venceram o prêmio em outras edições. As três também são vencedoras do Oscar.
O último prêmio do Brasil havia sido na categoria de “Melhor Filme Estrangeiro” por “Central do Brasil”, também do diretor Walter Salles. “Orfeu Negro”, de Marcel Camus, em 1960, foi outro a ser premiado. O filme é ítalo-franco-brasileiro.
A atuação de Fernanda vem encantando crítica e público desde sua aclamação no Festival de Veneza, coroando uma carreira marcada pela versatilidade. (Meio)
Veja AQUI, em nosso Instagram, pronunciamento de Fernanda Montenegro logo após premiação.
“Todo dia é uma ocasião especial. Guarde apenas o que tem que ser guardado: lembranças, sorrisos, poemas, cheiros, saudades, momentos.”
Martha Medeiros
Por Bruno Ernesto
Praticamente não há quem não admire plantas. Entretanto, mais uma vez recorro a Liev Tolstoi e sua inigualável percepção de mundo: Há quem passe por um bosque e só veja lenha para a fogueira.
É inegável que qualquer paisagem ou ambiente fica mais ameno e agradável se tiver plantas, e que andar por entre elas é reconfortante e as flores são mais que simbólicas; tanto na alegria, quanto na tristeza.
Posso dizer que fui privilegiado por, desde sempre, viver por entre elas e ver minha mãe manter e cuidar do seu jardim; sempre diverso, perfumado, exuberante e colorido.
Já vi inúmeros jardins com a assinatura do famoso paisagista Burle Marx, e digo, sem modéstia, que o da minha mãe é muito mais bonito. Pois é.
Quem chegasse à minha casa, inevitavelmente, o primeiro assunto abordado era o seu jardim, ainda que não estivesse na pauta.
Ela sempre fala com orgulho dele e contava com a assistência do meu pai, tanto física – mudando os jarros de posição, podando ou adubando – quanto técnica – era engenheiro agrônomo.
Quando criança, costumava regar com auxílio de um pequeno balde um batalhão de plantas cultivadas em jarros, além de outras tantas encravadas diretamente no solo por todo terreno da casa, e finalizava o serviço aspergindo água por cima delas, feito chuva de final de tarde, só para sentir o cheiro de terra molhada. Embora meu pai protestasse dizendo para economizar água.
Tempos depois, descobri que esse cheiro característico tem até nome científico: petricor. Aliás, ainda hoje, quando ela viaja, tenho que ir à casa para regá-las.
De todas as plantas para se ter no jardim, a que mais me fascina é a bougainville. É de encher os olhos. Em qualquer parte do mundo você verá bougainville, acredite.
Nunca deixo de admirar essa trepadeira, que também pode ser cultivada como se tivesse um tronco firme, com os seus galhos se agarrando em tudo em busca do céu, com folhas de um verde intenso e flores que parecem ser feitas de papel machê.
O nome da planta, por si só, passa a impressão de que não é natural do Brasil. Contudo, é brasileiríssima, encontrada especialmente na Mata Atlântica.
Sua fama mundial se deu após ser encontrada pela naturalista francesa Jeanne Baret, que integrava a expedição do navegador francês Louis Antoine de Bougainville, que liderou a primeira circum-navegação mundial a mando do rei Luís XV, e que aportou na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1767, tendo ele espalhado a sua beleza mundo afora. Daí o seu nome.
Quem mantém um pequeno jardim, também cultiva outra tradição: conseguir mudas, a qualquer custo ou conseqüência, diga-se de passagem.
Invariavelmente via alguém puxando os galhos dos bougainville multicoloridos que alcançavam a rua por cima do muro. Decerto era alguém em busca de uma muda deles.
Pelo que me recordo, quando tinha por volta de oito ou dez anos de idade, quando tocavam a campainha lá de casa, normalmente eu que ia abrir o portão.
Tempos depois, passei a observar que algumas senhoras e moças bem sérias tocavam a campainha e me perguntavam se podiam colher as flores dos bougainville. Eu dizia que sim e elas colhiam tudo que podiam e levavam. Não raro, outras pessoas apareciam com mesmo intuito.
Tempos depois, tocaram novamente a campainha e, dessa vez, quem pediu para colher as flores do bougainville foram umas três crianças, mais ou menos da minha idade.
Antes de autorizar perguntei para que elas precisavam das flores e elas me responderam que era para um velório. Não falei mais nada e disse que podiam pegar as flores que quisessem. Colheram e foram embora. Nunca mais ninguém pediu flores.
O tempo passou, e numa recente viagem à Paris, num dia muito frio e bastante chuvoso, após passar pela célebre livraria Shakespeare and Company, avistar a Catedral de Notre-Dame na iminência de ser reaberta após o terrível incêndio ocorrido em 2019, rumamos a pé, por entre os prédios da Sorbonne, em direção ao Panteão – preterido em outras passagens pela cidade – e lá me deparei novamente com o nome bougainville.
Naquele silêncio ensurdecedor do subsolo do Panteão, percorrendo aqueles corredores a meia-luz, reconheci os nomes de notáveis como Victor Hugo, Voltaire, Émile Zola, Louis Braille, Jean-Jacques Rousseau, Marie Curie, Alexandre Dumas, Josephine Baker, e tantas outras personalidades francesas.
Já de saída, quase por acaso, li numa pequena placa na porta de uma cripta: Vice-Amiral Comte L. A. de Bougainville 1729-1809.
De imediato lembrei-me daquelas pessoas que tocavam a campainha em busca das flores do bougainville lá de casa para homenagear seus entes queridos, sem saber, sequer, os seus nomes.
Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor
Por Marcelo Alves
“Envolvente em sua indiferença, admirável em sua frieza, pertinaz em sua determinação, ele é o Chacal, um assassino de aluguel contratado pela OAS, Organização do Exército Francês, inimiga da independência da Argélia, para fulminar o General De Gaulle com uma bala de fuzil. Sem identidade, mas com gestos refinados e elegantes, o Chacal trabalha nas sombras e mata friamente quem se interpõe em seu caminho. Um plano macabro. Conseguirá o inominável Chacal executá-lo?”, essa é a chamada da contracapa do célebre romance “O dia do Chacal” (Abril Cultural, 1980), do inglês Frederick Forsyth (1938-2010).
Evidentemente, não vou responder à pergunta. Não faço spoiler.
Quero aqui, na verdade, para além de ressaltar a excelência desse best-seller, falar do seu caráter duplamente “imitativo”, já que ele imita a vida e a vida acaba o imitando.
Segundo consta, Forsyth teria imaginado o enredo de “O dia do Chacal” quando, trabalhando para a agência Reuters, observou a labuta das forças de segurança em torno do General De Gaulle. Escrito em estilo marcadamente jornalístico, o livro principia narrando um fato histórico: a tentativa frustrada, em 22 de agosto de 1962, patrocinada pela OAS (no original “Organisation de l’Armée Secrete”), através do tenente-coronel Jean-Marie Bastien-Thiry, de assassinar o heroico líder francês. Nesse ponto, o livro é um bom exemplo de ficção histórica.
Se a arte imita a vida como no princípio de “O dia do Chacal”, é também danado para, a partir da ficção policial, numa mistura infeliz de loucura com pura criminalidade, a vida imitar a arte. “O dia do Chacal” parece ser um caso clássico desse tipo de influência no mundo real.
O próprio método para adquirir passaporte e identidade falsos, como descrito no romance, restou doravante imitado e conhecido, sobretudo no Reino Unido, como “Day of the Jackal fraud”. Consta que vários assassinos e terroristas eram fanáticos leitores do romance de Forsyth. Com Yigal Amir, que assassinou primeiro-ministro de Israel Yitzhak Rabin em 1995, foi encontrada uma cópia em hebraico de “O dia do Chacal”.
Sobretudo temos o caso do terrorista venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, notadamente apelidado de “Carlos, o Chacal”, uma vez que também teria sido encontrada uma cópia do romance nos pertences do dito cujo. Tido como marxista-leninista radical, ele foi o responsável por uma série de assassinatos e atentados terroristas nos anos 1970 e 1980, inclusive na França. Esteve entre os criminosos internacionais mais procurados. Foi finalmente capturado no Sudão e transferido para a França, onde atualmente cumpre várias penas de prisão perpétua. Quem sabe algum dia não falamos sobre o caso real de Carlos, o Chacal?
É fato que o romance “The Day of the Jackal”, desde quando originalmente publicado em 1971, tem sido um sucesso de crítica e de público. Venceu o prêmio Edgar, da Mystery Writers of America, no ano seguinte ao seu lançamento. Ainda hoje popular, figura sempre nas listas dos romances mais lidos da literatura inglesa e universal. E, já em 1973, com o mesmo título, foi excelentemente adaptado para a grande tela, com direção de Fred Zinnemann e estrelado por Edward Fox e Michael Lonsdale. O filme ganhou um BAFTA, além de outras merecidas indicações para o mesmo prêmio, para o Globo de Ouro e para o Oscar. Tornou-se um clássico.
Por sinal, acabei de descobrir que o livro de Forsyth foi recentemente adaptado para a TV. “The Day of the Jackal” (2024) é uma nova série da televisão britânica, estrelada por Eddie Redmayne e Lashana Lynch, que, desde a estreia em novembro último, virou sucesso mundial. Logo indicada ao Globo de Ouro (melhor série – drama), batendo recordes de audiência nos Estados Unidos e no Reino Unido, com a segunda temporada já anunciada, ela chegou ao Brasil por meio da plataforma de streaming Disney+. Para quem quer menos badalação no verão, esse “novo” Chacal é uma boa opção, não?
Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da Repúblicao, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL
Falta de energia em áreas de Mossoró, nesse sábado (04), deixou milhares de pessoas sem atendimento. Só no Nova Betânia foram quase 7 mil endereços. A Neoenergia Cosern emite esclarecimentos:
A Neonergia Cosern informa que uma ventania intensa provocou o entrelaçamento de cabos da rede de média tensão na Avenida Antônio Vieira de Sá, em Nova Betânia, Mossoró, causando interrupção no fornecimento de energia para 6.845 unidades consumidoras às 18h02 deste sábado (04).
De imediato, 11% da região teve o serviço restabelecido, 77% em 44 minutos e 100% dos clientes foram normalizados às 20h21. Duas equipes de plantão atuaram no local e a distribuidora reforçou o contingente no final de semana tanto em Mossoró quanto em Tibau para atuar o mais rápido possível.
A distribuidora reforça que, por medida de segurança, a população sempre mantenha distância da rede elétrica.
Prejuízos de consumidores
Com relação ao relato de possíveis queimas de eletrodomésticos, todas as informações sobre como fazer a solicitação de ressarcimento estão disponíveis no site da distribuidora (www.neoenergia.com/web/rn), no telefone 116, no WhatsApp (3215-6001) ou na Loja de Atendimento da Neoenergia Cosern de Mossoró (Rua Dr. Almino Afonso, 310, Centro, das 09h às 18h de segunda a sexta e das 09h às 13h aos sábados). . As regras são definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Por Odemirton Filho
O cronista, por vezes, ressente-se da falta de assunto. Aliás, a maioria já escreveu sobre esse vazio de ideias. Às vezes, sentamos diante da tela do computador e não conseguimos extrair algo para ser dito. Ficamos a matutar. E nada.
Olhamos para um lado, para o outro. Tomamos um gole de café. Olhamos pela janela, e a danada da inspiração não vem. Pensamos até em não enviar texto algum para ser publicado.
Entretanto, temos uma necessidade. Algo que nos impele, força-nos a escrever algumas linhas, e terminamos por fazer. Por obrigação? Não, não, por prazer.
Escrever nos deixa leves. Colocamos a nossa alma nos textos. Deixamos registrados em palavras os nossos sentimentos, o nosso coração, angústias, sonhos, alegrias e tristezas. Como sabemos, entra ano, e sai ano, e a vida se repete.
Por isso, é preciso oxigenar a vida, fazer valer a pena os nossos dias neste plano terrestre. Fazer o que se gosta, amar e ser amado, viver ao lado daquelas pessoas que nos fazem bem.
Como é bom cultivar o que é prazeroso. Assim, eu escrevo sem qualquer pretensão de reconhecimento literário. Sei das minhas limitações. A minha paga é simplesmente o prazer de escrever, de compartilhar um pouco de mim.
As reminiscências que, vez ou outra, trago a este espaço são um deleite para a alma, pois alegram o nosso cotidiano. Lembrar o que nos fez bem é tão bom.
Assim, escrevo este pequeno texto para me manter fiel ao que me dá prazer; livre, como se estivesse em pleno voo.
Tentarei escrever por mais um ano neste espaço plural, repleto de boa gente. Continuarei a oferecer um pouco de mim; o leitor, a sua agradável companhia.
Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos
Por Antônio Cícero
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro
Do que um pássaro sem voos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.
Antônio Cícero – (1945-1924) foi poeta, crítico literário, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras
*Vídeo gravado do programa Conversa com Bial, com Antônio Cícero e a irmã cantora Marina Lima.
Por Flávia Tavares (Canal Meio)
José de Souza Martins está para virar santo. Vá lá, seu homônimo português, José de Sousa Martins, médico do último rei de Portugal que atendia os desvalidos gratuitamente, dando-lhes saúde e, frequentemente, dinheiro. Filho de carpinteiro, morreu aos 33 anos e, não à toa, “com cheiro de santidade”, conta o xará. O Sousa Martins lusitano é de Alhandra, um lugar à beira do Rio Tejo, não muito longe de Lisboa, que era um reduto comunista, repleto de fábricas. “Os comunistas encamparam o santo local, fizeram dele seu patrono.” E dizem que ele era kardecista. Esse tipo de contradição em termos, de um santo comunista não católico, e que nos acostumamos a testemunhar no sincretismo daqui, é a essência do que estuda o nosso José de Souza Martins, esse um sociólogo bem brasileiro.
86 anos, ele é professor titular aposentado do Departamento de Sociologia e Professor Emérito (2008) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).
Como um dos maiores especialistas do país em relações de trabalho — do operário ao rural e à escravidão — e em linchamentos — e, portanto, na natureza extremamente cruel de nosso povo —, Martins se debruça sobre as inconsistências da sociedade brasileira. Mas com muita generosidade, a típica dos cientistas, capazes de distanciamento para diagnosticar, e embebidos de empatia para tratar. Martins, o nosso, é um sociólogo cuja experiência se desenrola desde o ABC paulista e seu trabalho infantil numa fábrica até a Universidade de Cambridge, com incontáveis títulos acadêmicos e livros escritos. Ele estava lá no trabalho da Comissão Pastoral da Terra na gênese do Partido dos Trabalhadores, tentando compreender quem eram e o que queriam esses trabalhadores, afinal. É com a autoridade de quem entende tão profundamente a divisão de classes, a ponto de classificá-la como insuficiente para qualificar a sociedade atual, que Martins repreende duramente o PT, enquanto reconhece sua relevância. É com a autoridade de quem enxerga e compreende as técnicas sociais de manipulação que ele crava que o olavismo e o consequente bolsonarismo não deveriam ter lugar num país minimamente democrático.
Martins é também fotógrafo. Tem o olhar treinado para, mesmo pessimista, ver poesia na inospitalidade. Conversar com ele é trafegar entre causos e teorias de forma mista e instrutiva. Ele comenta que visitou a estátua do xará Sousa Martins, em Lisboa, diante da Faculdade de Medicina. Ao redor, mulheres vendiam flores para os devotos do quiçá futuro santo. Lá do alto, o médico, de beca, observa tudo. E há placas com os dizeres: “ao professor José de Sousa Martins, pela graça alcançada”. “Eu faço milagre em Portugal. No Brasil, não consigo fazer.” Ele diz que o milagre que faria aqui é inconfessável. Mas dá algumas pistas na entrevista concedida ao Meio, que de tão especial abre o ano de 2025 para nossos assinantes premium. Confira os principais trechos.
Como o senhor enxerga o movimento da renovação do trabalho e da dificuldade das esquerdas de se conectar com essa massa de trabalhadores?
José de Souza Martins – Essa é uma questão muito complicada no Brasil. Aqui, o Partido Comunista não nasce como um partido operário, mas como um partido ideologicamente inspirado na classe operária. Claro que houve muito operário no Partido Comunista, mas não tantos quanto existiam e ainda existem no Brasil. Esse é o problema de toda a esquerda no país. Ela é de classe média. Sou do ABC paulista, cresci e trabalhei em fábrica. O ABC do PT, por exemplo, é o ABC da elite da classe operária. Eram os operários altamente qualificados, com grande capacidade de reivindicação política. Tenho um irmão que era um operário altamente qualificado, ganhava o que queria. No fim da adolescência, já tinha comprado um terreno no centro de São Bernardo e equipado nossa casa com televisão e rádio grande. Os primeiros carros foram comprados pelos operários da indústria automobilística. A esquerda brasileira é anômala, porque ela não tem o substrato social que define o que a esquerda deve ser. Claro que tem muita gente de classe média, muito burguês que pode ser de esquerda. Pode até ser comunista. O pessoal sempre fala do Caio Prado Júnior — a Dona Veridiana Prado foi a mulher mais rica do Brasil. Houve muito militar comunista também. É uma esquerda muito peculiar.
E hoje?
JSM – Com a chamada reestruturação produtiva, a classe operária começou a encolher e surgiram as outras profissões dos setores médios, que não são propriamente trabalho criador de valor, mas muito mais trabalho da distribuição do valor criado. Isso muda tudo do ponto de vista teórico. A esquerda começou a ficar confusa.
Pode explicar melhor esse conceito da distribuição do valor criado?
JSM – Olha, a classe operária é a classe da linha de produção, é a que cria riqueza. É o trabalho que cria valor. A grande massa de valor, chamada a massa da mais-valia, não fica apenas na mão da burguesia. Desde o século 19, ela é distribuída pelos outros setores: o do comércio, o de finanças. E você pode dizer distribuída também indiretamente para a classe operária. A mais-valia não é atenuada apenas pelo tanto que se paga do salário do operário. Ela é atenuada também pelo tanto de mais-valia que é distribuída através dos hospitais, de instituições culturais das empresas. Pense num Moreira Salles, em alguns setores dos Matarazzo. Isso é a distribuição da mais-valia. Não é apenas o salário que dignifica o trabalho. A distribuição de cultura é um bem necessário. É o que Henri Lefebvre e Ágnes Heller chamavam de necessidade radical. Então, essa coisa de pensar a luta de classes como uma luta pelo salário, simplesmente, é também. Mas hoje em dia não é mais nem principalmente.
Que outras lutas estão se travando?
JSM – No mundo inteiro, a grande discussão que estamos tendo, e aqui de forma muito mal conduzida, é sobre a jornada de trabalho. A salvação para o capitalismo, se é que existe alguma salvação, tem de passar por uma redefinição da jornada de trabalho. O Brasil adotou a jornada de 8 horas em 1908. Desde então, pouquíssimas vezes se alterou a jornada de trabalho. Comecei a trabalhar com 11 anos em fábrica. Era ilegal. Eu ganhava um sexto do salário do menor que trabalhava ali. Eu era empregado de uma fábrica de um homem que trabalhava em outra fábrica como operário. Eu era o proletariado dele. Trabalhava seis dias por semana. Era um serviço insalubre, perigoso, tenho problemas físicos até hoje, e eu trabalhava para que o filho dele pudesse fazer o ginásio. Fui para outro emprego em que a jornada de trabalho era de seis dias por semana, mas no sábado era só meio dia. Isso foi na década de 1950. Levou 42 anos para ter uma redução na jornada de trabalho. Depois eu fui trabalhar numa fábrica maior, que me mandou estudar e pagava 15 salários por ano. A mais-valia vinha por formas indiretas. Há técnicas sociais para transformar o trabalhador num cúmplice daquilo que ele faz. Depois, quando entrei na universidade, tinha outro emprego numa grande empresa e só trabalhava cinco dias por semana. Vivi o único período em que houve mudanças na jornada de trabalho.
E quais foram as consequências?
JSM – Nenhum empresário ficou pobre por causa disso. O capitalismo não fica rico se matar o operário. Ele precisa do operário não só como trabalhador, mas como consumidor. O tempo ganho com a redução da jornada é empregado em atividades culturais. Um argumento que se usou para convencer a direita evangélica é que o trabalhador poderia ir à igreja, ao culto. Isso é uma bobagem. Você tem que usar como argumento aquilo que emancipa a classe operária das suas carências descabidas. É isso que tem que ser feito. Isso deve melhorar o nível das próprias empresas. Se você tem um operário analfabeto, ele não sabe ler uma ordem de serviço. O operário é um sócio cultural da empresa.
Faz sentido falar em operário em 2025? Ou estamos tratando do trabalhador em geral?
JSM – Quem criou a ideia do “trabalhador em geral” no Brasil foi o PT. Os petistas inventaram uma categoria mais abrangente para ter mais gente no partido. Com isso, também enfiaram os trabalhadores rurais na categoria. Trabalhei muito com a população do campo, assessorei a Pastoral da Terra várias vezes. Uma das coisas que fiz, junto com Carlos Rodrigues Brandão, foi uma pesquisa com trabalhadores rurais do Sul de Goiás. Uma das coisas que a Pastoral da Terra, que estava envolvida na fundação do PT, queria saber era qual compreensão eles tinham da categoria “trabalhador”. Era uma pesquisa participante: os próprios trabalhadores fizeram entre eles a pesquisa e depois produziram um relatório. Para desencanto dos militantes do PT que estava nascendo, havia para o trabalhador rural mais de 100 categorias diferentes de trabalhadores.
Por exemplo?
JSM – O aluno que vai à escola e que, portanto, deixa de trabalhar para o pai na hora da aula é um trabalhador. Porque ele está fazendo alguma coisa no lugar do trabalho a que ele está obrigado como membro da família. A escola é parte de uma transformação na vida dele como trabalhador. E por aí ia um monte de categorias que obviamente o PT não tinha a mínima condição de reconhecer como trabalhador.
Por quê?
JSM – Porque não é o trabalhador da doutrina petista. Ele é produtor direto dos meios de vida, uma coisa que o operário não é. O operário é o trabalhador cuja realidade social produziu, para Marx, a base de interpretação do que é a condição operária, do que é a luta de classes e do que é o capitalismo. Mais ainda, do que é a superação do capitalismo. Veja, o capitalismo não é para você ser contra. Na ideia do confronto de classes, o capitalismo é para ser superado. Ele é um poço de contradições e as contradições só podem ser resolvidas se superadas. O operário oferece a base social de interpretação teórica dessa possibilidade.
Outros trabalhadores não oferecem?
JSM – Não, porque a classe média não produz nada, vive da distribuição da mais-valia. Uma parte da mais-valia paga os salários da classe média. Se nós pararmos de trabalhar não acontece nada. Tem estudante que quer imitar o operário e para de estudar. A elite fica feliz, porque vai deixar de gastar dinheiro com a universidade. Eles querem mesmo diminuir esse negócio. Nunca o estudante vai causar um grande dano se fizer greve e deixar de estudar. Então, é muito complicado discutir, analisar e interpretar essas realidades sociais que não estão no miolo explicativo do que é o capitalismo e do que é a sua superação.
O que o senhor está dizendo é que o Partido dos Trabalhadores, desde sua gênese, não entendia a totalidade dos trabalhadores.
JSM – O PT via o trabalhador fenomênico, o trabalhador como expressão da condição de alguém que trabalha, recebe um salário. Nesse sentido, todos nós somos parecidos. Mas o PT não via a substância da condição de trabalhador que explica a existência do capitalismo e suas contradições, inclusive as de sua superação. Por que o PT é um partido que só atua com eficácia, com garra e com êxito contra o outro? Eles fizeram bobagens do tamanho de um bonde, como definir Fernando Henrique Cardoso como direita. Enquanto eles brincavam de atacar FHC como direita, que ele nunca foi, Bolsonaro e o bolsonarismo se criaram na sombras desse equívoco. Quando acordaram, a direita toda estava organizada em bases diabólicas.
Que bases são essas?
Pega o Olavo de Carvalho. É basicamente isso, não é? Não é ser a favor de nada. É ser contra aquilo que se opõe a eles. O [historiador] João Cézar de Castro Rocha [entrevistado no Conversas com o Meio], que é brilhante, tem o melhor entendimento do que aconteceu, do que está acontecendo e do que pode acontecer ainda. Ele mostra como o Olavo de Carvalho cria uma realidade de oposições em que só existe um núcleo de referência, que são eles mesmos. Só eles são de Deus, são da pátria, são da família. Eles são o bem. O resto é demonizado. Logo, não há alternativa sem eles. O que o Castro Rocha não levou em conta foi o sociólogo que está por trás disso.
Quem foi?
JSM – Harold Garfinkel, um sociólogo americano que recebeu uma encomenda do Pentágono para criar uma nova disciplina na área de Ciências Sociais, a etnometodologia. Ela trabalha com o senso comum. Não trabalha com consciência de classe. É uma ciência que faz experimentos com seres humanos. Garfinkel fez experimentos em hospitais, com autorização da direção, em que pessoas com variados problemas chegavam lá e conversavam com ele, mas não o viam, estavam em recintos separados. A pessoa dizia qual era o problema, fazia perguntas de sim ou não, e a resposta que ele dava era sorteada de um saquinho, aleatória, sem a pessoa saber disso. Lembro de um caso: um rapaz judeu namorava uma menina não judia. “Devo continuar namorando com ela?”. Garfinkel sorteia a resposta e vem que sim. A conversa segue. “A gente deve ter filhos?”. Novo sorteio, e a segunda resposta, aleatória, contradiz a lógica da primeira. Vai-se criando uma tal confusão na cabeça das pessoas que elas não têm mais referências. É o que está acontecendo no Brasil. Aquele bando de idiotas no dia 8 de janeiro, na porta dos quartéis, eles estavam todos manipulados. Achavam que estavam fazendo uma coisa, mas estavam fazendo outra, que estava na cabeça de outras pessoas. A ideia é essa. Criar um país em que as pessoas não são donas da sua própria consciência, das suas opções, um país não democrático em todos os sentidos.
O bolsonarismo revelou a sociedade brasileira que sempre existiu ou revelou uma nova configuração da sociedade brasileira?
JSM – Nós nunca fomos um povo politizado. No Império, havia escravidão. A República manteve essas restrições estamentais. Uma sociedade baseada na exclusão social, na exclusão da condição de cidadania. As pessoas pensam assim até hoje. Só que agora é uma alienação manipulada. Não existe nada de novo. Existe o velho com novas técnicas sociais de manipulação. Essa mulher que foi botar uma coroa de flores na porta da casa do Lula esses dias foi presa porque usou uma expressão racista contra o policial. Ela e mais alguns milhões de brasileiros são esses desconectados por esse experimento de manipulação de consciência. Isso não faz deles inocentes. Eles são culpados. Devem ser processados, ter as penas aplicadas, porque isso vai inclusive revelar o fato de que o sistema político brasileiro é profundamente defeituoso tanto na esquerda quanto na direita. Claro que a esquerda tem uma consciência crítica, mas não a de que foi criado um fantasma de uma direita que não era direita, na sombra de um equívoco de polarização ideológica de que o PT foi ativo. O PT é incapaz de fazer coalizões políticas.
E a frente ampla? E a eleição municipal em São Paulo?
JSM – A coalizão aqui em São Paulo foi muito mais por iniciativa do PSOL do que por iniciativa do PT. O PSOL tem mais clareza sobre as coisas. O Partido Socialista, o PSB, tem características interessantes também. A realidade social é diversificada, não é um monobloco. O Brasil tem de assumir que a frente política não tem de ser de esquerda necessariamente. Ela será de esquerda se for democrática. Isso é a esquerda na atual situação. Não é mais a esquerda lá de O Capital. É isso que tem que conviver na frente democrática de esquerda. Houve esse problema com a Igreja Católica também.
De que maneira?
JSM – Na questão da opção preferencial pelos pobres. A Teologia da Libertação que se desenvolveu no Brasil não tem uma referência social substantiva para se firmar. Eles aplicaram a teoria da luta de classes numa diferenciação social que não é de classe. O pensamento que informa a Teologia da Libertação no Brasil, que é diferente daquele do padre [Gustavo] Gutiérrez, o peruano que é o pai da teoria, é do [Louis] Althusser. Ele era da Ação Católica, não vem de uma tradição marxista. Ele não leu Karl Marx, só passou os olhos. Eles produzem um pensamento de esquerda para conciliar com o totalismo explicativo do catolicismo. Você não podia chegar para os católicos e dizer que eles estão divididos em classes sociais. Isso acaba com a militância, com a própria Igreja Católica. As pastorais sociais estão encolhendo por conta desse equívoco na base.
Qual é a alternativa das esquerdas?
JSM – Tentar fazer aquilo que Lefevbre chama de coalizão dos resíduos. Juntar tudo que escapou da captura pela dominação do capital e da direita e criar uma frente democrática pluralista.
Mas não é o que o Lula fez?
JSM – Eu não acho. Penso mais no que o PSOL fez aqui em São Paulo e, ainda assim, com problemas. Penso numa outra categoria de militante que é residual da era PT. Veja, o PT tem sua importância e vai continuar tendo. Sem ele nós estamos fritos, porque qualquer esquerda sairá enfraquecida. No entanto, é preciso ampliar o leque do reconhecimento da diversificação social daqueles que são residuais em relação a esse tipo de dominação que deu no triunfo indiscutível de uma direita burra, inescrupulosa, perigosa, antidemocrática e anti-humana.
Ainda faz sentido falar de classe social?
JSM – Só como referência teórica.
Na prática, então, como se analisa a sociedade hoje? A partir de qual recorte?
JSM – De nenhum, porque ela está profundamente diferençada. A condição de classe não influencia mais a práxis política. A costura da práxis é possível, em nome dos valores históricos da tese sobre as classes sociais. Na essência, a sociedade capitalista continua sendo uma sociedade de classes. Só que tem um processo de diferenciação social das classes que vem da transformação do proletariado em classe média, das aspirações de classe média. O pobre não quer fazer a opção preferencial pelos pobres. Ele quer deixar de ser pobre. Tem um livro maravilhoso do nosso fotógrafo Sebastião Salgado, Êxodos, e alguém disse que esse é um grande livro sobre multidões tentando escapar do capitalismo. Se você olhar bem as imagens, você descobre que são multidões tentando escapar para o capitalismo, entrar nele finalmente. Isso é revolucionário, porque o capitalismo não tem lugar para todo mundo. Esse é o grande drama. Ele exclui. Aliás, eu sou contra essa coisa de falar em exclusão social, porque o que você tem é uma inclusão social perversa. Nós temos trabalho escravo. E não só no Brasil. Eu fui da comissão de trabalho escravo da ONU. Como é que o capitalismo chega ao século 21, com tudo que ele pode fazer, criando e recriando escravidão? O capitalismo precisa do escravo por causa do lucro extraordinário que a pobreza e o subdesenvolvimento criam. Isso não se explica estritamente pela concepção de classe social.
Por quê?
A concepção de classe pressupõe que o trabalhador que recebe o salário, o operário, recebe um salário que ele considera justo. Ou, se ele considerar injusto, não é porque seja efetivamente injusto. Mas porque é menos do que ele precisa para sobreviver. O patrão comprou a força de trabalho dele. Só que o patrão também não sabe, isso é uma coisa de Marx, que ele não comprou somente a força do trabalho. Comprou, pelo preço da sobrevivência do trabalhador, mais do que esse trabalhador precisa para sobreviver. Tem essa diferença. Esse mais é invisível. Esse mais está na falsa consciência. O proletariado não é um portador de uma consciência verdadeira. Isso é do [György] Lukács, História e Consciência de Classe. Para ser operário e viabilizar o capitalismo, ele tem de ser portador de uma falsa consciência. Quando ele descobre que a coisa pode ser diferente, descobre antropologicamente errado, porque não tem como sobreviver sem a falsa consciência. Isso complica muito. Se você diz isso para o militante de esquerda… bem, eu já desisti, não digo mais para ninguém. Se você diz isso, pulam no seu pescoço e dizem que você é de direita. Fizeram comigo várias vezes.
Aproveitando essa deixa para abrir um grande parênteses, o senhor é talvez o maior estudioso de linchamentos do mundo. Tendo sofrido esse tipo de cancelamento, real e virtual, consegue fazer uma analogia entre cancelamentos e linchamentos?
JSM – O verdadeiro linchamento tem sangue. Isso é decisivo. O fato de ter sangue e morte, e uma morte muito cruel, é muito mais que cancelamento. Não dá para juntar, porque isso encobre a gravidade e a violência própria do linchamento. Nós somos um povo muito cruel. Criei um índice de crueldade para fazer o meu estudo. É uma fórmula. Começa um linchamento, por qualquer motivo. Como é que ele acontece? Um linchamento dura, em média, uns 20 minutos — pode durar muito mais ou um pouco menos. Alguém é identificado como uma vítima possível de alguma coisa, que é o linchamento, mas que as pessoas que vão linchar ainda não sabem que é o linchamento. Alguém pega uma pedra, um pau, chega perto. Todo linchador é covarde. Por isso, todo linchamento à noite é muito mais violento. Porque à noite a possibilidade de alguém reconhecer o linchador é muito pequena. As pessoas primeiro começam a correr atrás de quem vai ser linchado, recuam, correm, é um jogo de gato e rato. De repente, tem gente com faca, revólver. Daqui a pouco, estão furando os olhos e pondo fogo nela. O típico linchamento termina com a vítima queimada viva.
E lincham-se mais negros?
JSM – Não é verdade. Tem negro linchando muita gente. O motivo do linchamento não é racismo. Muitas vezes, o motivo é besta. Frequentemente, não é. O estupro de uma criança, de uma mulher indefesa, todo tipo de violência que atinge os mais frágeis. Há um senso de justiça ali, o que, evidentemente, não o torna recomendável. Agora, à medida que o linchamento vai progredindo, se a vítima for negra, o índice de crueldade aumenta. O fato de a vítima do linchamento ser negra traz para fora do subconsciente de quem está linchando um ódio racial. A culpa é do negro. É sutil e é algo que não se resolve combatendo o racismo. Porque esse substrato invisível da consciência vai continuar invisível. O racista não se reconhece como racista, o linchador não admite que linchou. É um vai e vem de consciência, lucidez e discernimento muito grande.
Mas, socialmente, o ato de cancelar alguém não passa por caminhos similares? De anular a pessoa?
JSM – Passa pela mesma cultura de fatores que induzem à prática da eliminação do outro. É a intolerância, é considerar o outro insuportável porque ele é diferente de mim.
Considerar o outro perigoso?
JSM – A diferença é perigosa numa sociedade reacionária como a nossa. O brasileiro não suporta a diferença. Vê perigo na diferença. Nós não fomos educados e não somos educados, nem nas escolas nem em lugar nenhum, a aceitar as diferenças. Não é só a diferença de cor. É a diferença de mentalidade, de gosto. Tem gente que gosta de samba, tem gente que gosta de Bach. Mas aí você começa a achar que quem gosta de Bach é fresco. Numa sociedade como a brasileira, a diversidade de identidades se tornou intolerável. Quem difama o outro por causa da sua diferença não percebe que está dando ao outro direito de também tratá-lo pela sua diversidade como uma anomalia social. A sociedade é relacional. Tudo tem reciprocidade. A política também é relacional. Ela significa você ser tolerante com a pluralidade. Isso faz a diferença do Olavo de Carvalho, que é um idiota, que não reconhece a questão da pluralidade. Olavo de Carvalho não poderia existir numa sociedade democrática. Agora, querem mexer na educação. Essa história de colocar as escolas na mão da Polícia Militar ou do Exército, isso é a conspiração final contra a educação plural. É uma educação autoritária, unívoca, unilateral, linear e completamente antidemocrática.
O olavismo, então, também promove a falsa consciência?
JSM – Não, não. O olavismo pegou uma via alternativa para promover a negação da verdadeira consciência. É muito mais radical. É a negação absoluta da possibilidade da consciência. A negação absoluta. As pessoas precisam de alguém que defina a consciência por elas. Isso é incompatível com a ideia de práxis, que é o que explica tanto a verdadeira quanto a falsa consciência. A falsa consciência é uma modalidade de consciência para ser superada e o trabalhador pode fazer isso observando as contradições que existem no trabalho dele. Eu vou te contar uma historinha para ilustrar.
Sim, por favor.
JSM – Fui convidado para um retiro, não espiritual, mas de estudos de trabalhadores cortadores de cana do interior de São Paulo. O cortador de cana é um assalariado. Então, em princípio, ele está muito perto da condição de operário do campo. Fui convidado pelo sindicato, porque os donos dos canaviais estavam mudando a técnica de remuneração do trabalho. Em vez de pagar o que vinham pagando, que já era pouco, pagavam por tonelada de cana colhida. É o período em que os pais tiram os filhos da escola e levam com eles para o canavial para completar o salário. Só que no fim do mês, diziam eles, tinha sobrado mês no fim do salário — o que já é uma clareza sociológica sobre a diferença de classe. Ficamos três dias lá reunidos. Expliquei que o que eles estavam me contando se chama exploração do trabalho. Você ganha menos do que a riqueza que o trabalho cria. Fui de um por um perguntando: “Você se considera explorado? Por quê?”. Quase todos diziam que sim, porque no fim do mês iam comprar tudo que precisam para suas famílias comerem e o dinheiro não dá. Então, quem explora é o dono da venda. Isso é a falsa consciência.
Todos tinham essa falsa consciência?
JSM – Tinha um casalzinho jovem. E a moça, diferentemente das outras mulheres, não tinha ainda aquelas rugas do trabalho. Eu vi muito isso acontecer na fábrica, aquela pele envelhecida no rosto, mas de um jeito diferente, não pela idade, pelo trabalho. Bem, ela disse que se considerava explorada. Eu pedi que ela explicasse. “Porque quando eu faço amor com meu marido o meu corpo dói. Quando eu estou cortando cana no canavial o meu corpo não dói. Eu sou explorada, porque meu corpo não é mais meu. O meu corpo é do canavial.” Nem Salomão, em toda a sua sabedoria profética, jamais pensou nisto. Nem Karl Marx.
JSM – Talvez porque nenhum deles fosse mulher.
Claro.
“Lembre-se de que a natureza nos deu dois ouvidos e uma boca para nos ensinar que vale mais ouvir do que falar”
Zenão
No dia 15 de janeiro de 2025, às 18h30, no Garbos Trade Hotel em Mossoró-RN, acontecerá o Coquetel de Lançamento do projeto de turismo “Turistar RN – Rotas & Roteiros do Oeste Potiguar”.
No evento será apresentada a nova marca turística #EncantosDoOestePotiguar, o portal/site turístico TuristarRN, além de um inovador app de geolocalização turística: GNOMON.
Os convidados são empresários do trade turístico da região, autoridades públicas, imprensa local e entidades representativas.
A iniciativa é da Cooperativa de Profissionais e Promoção do Turismo do Rio Grande do Norte (ProTurismo/RN).
Yoanis Infante Rodriguez, conhecido como Dr. Cubano, eleito com 1.515 votos a vereador de Mossoró, pelo PSDB, já emitiu diversos sinais.
Está tudo muito claro.
Se o prefeito reeleito Allyson Bezerra (UB) quiser contar com ele na bancada governista, já composta por 15 vereadores, é só convocar.
Único vereador eleito pelo PSDB do ex-candidato a prefeito oposicionista, Lawrence Amorim, o médico cubano naturalizado brasileiro foi à passeata da vitória de Allyson Bezerra no dia 6 de outubro. No último dia 1º último, posse do governante, posou a seu lado na sede da municipalidade.
Então…
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