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domingo - 09/05/2021 - 10:32h
Mãe

Maura

De minha Santa Mãezinha, Maura, tenho tantas lembranças que não sei contar.

Mas, cá nessa pandemia, retomo imagem de um Carlinhos asmático na Comunidade de Saúde: sem oxigênio, vendo a morte, ele testemunhava que a aflição dela era maior do que a sua.

Era amor.

Sempre foi.

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Categoria(s): Crônica
domingo - 09/05/2021 - 09:20h

Um jurista misterioso

Por Marcelo Alves

Gaston Leroux (1868-1927), escritor francês, é mais conhecido como o autor da fábula/mistério “Le Fantôme de l’Opéra” (“O Fantasma da Ópera”), de 1910. Inspirada na Opéra de Paris – também conhecida como Opéra Garnier ou Palais Garnier –, nos seus subterrâneos e nas histórias e estórias ali alegadamente sucedidas, “Le Fantôme” de Leroux é ponto de partida de um caso de imenso sucesso.O Fantasma da Òpera Foi reinterpretado e adaptado inúmeras vezes para o teatro e para o cinema (arte da qual Leroux pode ser considerado um dos precursores, com a fundação da Société des Cinéromans, em Nice, em 1919). Sobretudo virou um musical de Andrew Lloyd Webber (1948-), “The Phantom of the Opera” (1986), que bateu recordes de público e permanência na West End londrina e na Broadway novaiorquina, superando o também mui querido musical “Cats” (1981), do mesmo Webber.

O enredo e a música de “The Phantom of the Opera” são fantásticos – e o trocadilho aqui é proposital e preciso. Eu mesmo já assisti ao dito cujo não me lembro quantas vezes (a memória vai ficando fraca com a idade).

E se “Le Fantôme de l’Opéra” é em si um caso a ser “investigado”, há, na vida e na obra de Leroux, “mais mistérios do que ousa imaginar a nossa vã filosofia”, digo, crítica literária.

Primeiramente, há o que podemos chamar de sua produção de romances “góticos”, a exemplo do “Fantôme”, tais como “La Double Vie de Théophraste Longuet” (1904), “L’Épouse du Soleil” (1913) e “La Poupée sanglante” (1924)”. Adoro esse tipo de fábula, admito.

Tem-se a série de estórias de Rouletabille – o repórter detetive de inteligência dedutiva incomum –, iniciada, em 1908, com “Le Mystère de la chambre jaune”. Rouletabille continua o herói de outros romances, tais como “Le Parfum de la dame en noir” (1909), “Rouletabille chez le Tsar” (1913) e “Le Crime de Rouletabille” (1922). Já àquele tempo temos um jornalismo investigativo, embora imaginativo, de primeira qualidade. E, claro, conhecemos um forte concorrente para os mui queridos Sherlock Holmes e Arsène Lupin.

Ainda mais curioso para os profissionais do direito é o fato de que Leroux é também autor de um conjunto de romances marcadamente “jurídicos”. Iniciada em 1913, a série “Chéri-bibi” tem como pano de fundo um erro judiciário e cai num “gênero” de melodrama de muito sucesso na virada do século XIX para o XX. O anti-herói do título é um jovem acusado de um crime que não cometeu, fugido da prisão, simpático malgrado seus crimes abomináveis, que, para explicar seus malfeitos e suas frustradas tentativas de sair da vida do crime, invoca uma peculiar maldição celestial, resumida na alocução latina: “Fatalitas!”.

Aliás, Leroux, por sua vez um jurista “frustrado”, abordou várias vezes o direito em suas obras, até com análises jusfilosóficas, como em sua peça “La Maison des juges”, de 1907, em que ele milita contra a pena de morte, da qual era, na vida civil, um adversário resoluto.    

Pondo de lado o legado de “Le Fantôme de l’Opéra”, decerto a obra-prima de Leroux é o seu romance “Le Mystère de la chambre jaune” (“O mistério do quarto amarelo”), um clássico de enigma de quarto fechado. E é da minha edição de poche desta obra (da Maxi-Livres, 2005) que retiro uma pequena biografia jurídico-literária do autor: “Nascido em Paris em 6 de maio de 1868, Gaston Leroux trabalha como advogado após estudar direito. Mas, às coisas das lides, ele prefere as maravilhas da arte e sonha em ser escritor. Para viver da pena, ele começa por fazer jornalismo. Seu conhecimento do direito lhe permite começar como repórter judiciário no diário Le Matin. Foi nas colunas desse jornal que ele publicou, em 1903, o seu primeiro romance, Le Chercheur de trésors: ele faz sua entrada na carreira literária, mas não exatamente como havia imaginado, já que ele vai se tornar um dos mestres do romance-folhetim policial. Grande repórter, à maneira do seu futuro herói Joseph-Joséphin, dito Rouletabille, jornalista profissional e detetive amador, ele percorre a Europa para o seu jornal (…)”. O resto é história e estórias.

Bom, quedo muito curioso sobre esse “jurista misterioso”. Vou reler “Le Mystère de la chambre jaune”. Já não me lembro mais do seu fim. Como dito, a memória já está ficando fraca.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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domingo - 09/05/2021 - 08:12h

Livro de linhagens

Por David Leite

Foi dito alhures que há distinção entre poetas que trabalham para a permanência e poetas que trabalham para o tempo. Paulo de Tarso Correia de Melo elegeu o “tempo” como uma das vertentes de sua poética, abrangendo, assim, significados lírico, metafórico e sentido cronológico.

Alencart e Tarso, Portugal e Brasil, afinidades e linhagem intelectual e poética (Foto: cedida)

Alencart e Tarso, Portugal e Brasil, afinidades numa linhagem intelectual e poética (Foto: cedida)

Livro de Linhagens (Ed. Sarau das Letras, 2011) revela um traço presente em todos os volumes publicados pelo poeta: intencional unidade temática. Observa-se, a partir daí, que cada trabalho desse literato potiguar delineia um corte temporal. Tempo que inclui, necessariamente, discussão do momento cultural escrutinado.

O próprio autor diz no texto que epigrafa o tomo: “Estas linhagens me ocuparam desde o meu primeiro livro de poemas”. Sânzio de Azevedo, escritor e crítico literário, em comentário na contracapa, declara: “Percorrer os poemas deste Livro de linhagens, de Paulo de Tarso Correia de Melo, é navegar, no espaço e no tempo, rumo às terras de Portugal e da Grécia”.

Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, com pós-graduação na Universidade de Michigan (EUA), Paulo de Tarso esboça tentativa de resumo da marca helênica no mundo neolatino, amalgamando recorte temporal e metáfora.

No segundo capítulo do livro, intitulado “Caderno de viagem grego”, ocorre um hipotético encontro entre Píndaro e Apolo:

“O vento quase estival

em face hoje enrugada

veio da Grécia, é igual

ao de uma idade passada.

 

Passou em pele onde restava

o ouro e o sol de outro verão

e uma ou outra marca que ficava

das aventuras da estação…”.

As duas estrofes acima transcritas iniciam o “Velho marinheiro do porto de Bríndisi”. Na sequência, no mesmo azimute, emergem os poemas “Palavras rituais: Cassandra” e “Passante em Glyfada”.       Paulo de Tarso explora temas do além-mar e, rumando para o epílogo do livro, encontraremos poemas do mesmo quilate, a exigirem leitura mais acurada: “Reflexão do aprendiz de Fídias”, “Diário de bordo dos argonautas”, “Alexandre” e “Poiesis”.

Em 2011, resultado de parcerias editoriais, a obra de P.T.C.M. extrapola limites da província, ocorrendo lançamentos em Portugal, que, segundo o conimbricense Eduardo Aroso, “persiste ancião e menino”, como também, na Espanha, pátria de Don Miguel de Unamuno.

Momentos que marcam Paulo de Tarso: “Não tenho muitas ilusões. Consola-me os ecos positivos dos Encontros Ibero-americanos de Poesia em Salamanca, aos quais tenho comparecido recentemente e que já me renderam figurar em uma dúzia de antologias internacionais, bem como as traduções de dois volumes por Alfredo Pérez Alencart”.

Nestes tempos de pandemia, um tanto reticente, Paulo de Tarso deixa escapar que segue produzindo: “Um diário poético a ser chamado Caderno de Quarentena e um volume que não sei se levarei a termo”.

Paulo de Tarso Correia de Melo, que frequentou o concorrido terraço do casarão de Câmara Cascudo (1898–1986), segue ancorado na “aldeia de Poti”, contemplando o azul do mesmíssimo Atlântico, sem procelas.

David Leite é escritor, professor, advogado e doutor pela Universidade Salamanca (Espanha)

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Categoria(s): Crônica
domingo - 09/05/2021 - 06:42h

China atacada – vacinação em risco

Por Ney Lopes

Tenho reafirmado a posição de que a CPI da Covid poderia ter sido adiada a sua instalação, embora considere legal a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e o cumprimento do acórdão pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Justifico invocando outra alternativa que poderia ter sido acolhida pelo STF, com base na sua própria jurisprudência.Negócios-Brasil-e-China-1A Corte acumula entendimento diverso, quando constata a existência de “situações atípicas”, que não anulam a regra de que toda ofensa legal é reprovável. Apenas, define o alcance e os limites dos juízes.

Nos casos anteriores, em que o STF considerou “situações atípicas”, aplicou-se o “juízo de conveniência”, que consiste nos princípios da “proporcionalidade, razoabilidade, conveniência e oportunidade”. Tais critérios ponderam os valores e riscos envolvidos na demanda.

Na realidade atual, a crise sanitária é indiscutivelmente uma “situação atípica”. Desde 1993, a Corte legitimou essa jurisprudência (Adin n° 855-2? PR), ao interpretar o parágrafo 2º, art. 5º, da Constituição, que abrange as partes não-escritas dos direitos e garantias constitucionais.

Tal entendimento se justificaria, por ser público e notório, que a pandemia está em ascensão e a CPI afetará as ações de combate, além de antecipar o debate eleitoral de 2022.

Diante do fato consumado, não há como lamentar o leite derramado.

O que se observa é a transformação da CPI em palco de conflitos e “bate boca”, que podem conspirar para a indispensável credibilidade do relatório final.

Os desvios cometidos envolvem oposição e governo.

Vejamos.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prestou depoimento com humildade, calmo, defendendo pontos de vista médico-sanitários.

Foi acusado de não ter denunciado o presidente Bolsonaro de omisso e criminoso pelo uso indevido da cloroquina

O ministro Queiroga esclareceu várias vezes, que defende todas as medidas sanitárias preventivas. Entretanto, ao ser jogado de encontro a parede, para opinar “sim” ou “não” sobre certas posições (realmente equivocadas) do presidente, ele preferiu não fazer juízo de valor.

O ministro exerceu direito, garantido na lei.

A testemunha não emite opinião. Se o fizer, incorrerá em falso testemunho. A CPI não pode exigir somente respostas, que lhes convenham.

De outro lado, o presidente Bolsonaro não se cansa de dar tiro “no próprio pé”.

Em solenidade no Planalto, insinuou que a China fez guerra química e o vírus foi propagado pelo país.

O presidente diz não ter citado a China. Mas, disse claramente, que seria “aquele país que o PIB cresceu na pandemia”. Ora, esse país obviamente é a China.

A China já reagiu, através do porta-voz Wang Wenbin, que condenou a “politização e estigmatizarão do vírus”.

Enquanto isso, o Butantan está à beira de paralisar a produção da Coronavac, pelo fato de depender da chegada dos insumos chineses, em tempo.

Não se sabe o que irá acontecer, diante do risco de represálias às declarações do presidente.

A única verdade é que a China atacada, a vacinação no Brasil estará em risco.

Nesse quadro complicado, dois auxiliares diretos da Presidência são candidatos a “ataques cardíacos” iminentes,

São eles: o ministro das Relações Exteriores, que não tem como explicar a reincidência de ataques à China.

E o ministro da Saúde, a toda hora sendo desmentido pelos comportamentos do presidente, contrários às cautelas recomendadas e criando atritos desnecessários.

Nesse torvelinho, o risco maior é faltar vacina e a terceira onda chegar.

Deus proteja o Brasil!

Ney Lopes é jornalista, ex-deputado federal e advogado

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domingo - 09/05/2021 - 05:18h

Vivendo um pesadelo

mar e sol, águas do mar, oceano,Por Paulo Menezes

Estou hoje, recolhido no meu “cantinho”, na praia do meio, em Natal. Isolado do mundo. Diferente de tantas outras vezes, em que do meu pequeno,  porém aconchegante apartamento, me mostrava um cenário de uma beleza sem par.

Ao fundo a ponte Newton Navarro, o estuário do rio Potengi e a beleza do majestoso oceano, que em dias ensolarados, como hoje, limpava a vista, extasiado com a beleza da cor verde azulada do sagrado mar.

Só que hoje, o que vejo é um cenário totalmente diferente. Triste, interrogativo e indefinido. Mesmo assim, esperançoso, pois sou um homem de fé.

É que apesar de ter tomado duas doses da vacina para a Covid-19, o cuidado de sempre usar dupla máscara, preocupado com o distanciamento social, até por pertencer ao grupo de risco, para minha surpresa, após um exame laboratorial, na tarde de hoje (sexta-feira, 6), testei positivo para  a horrível praga.

Como a viagem não estava prevista, fui convocado de última hora por meus filhos e noras em caráter de emergência, alegando os mesmos que aqui teriam mais condições de me darem uma assistência maior. E é o que tem ocorrido.

Nessa mudança de endereço, que com a graça de Deus, creio, será temporária, deixei em Mossoró, meus livros de cabeceira, que nessas horas difíceis, serve como um verdadeiro bálsamo para o espírito. “Dias de Domingo” e “Veredas do meu Caminho” do mestre Dorian Jorge Freire, que segundo o professor Vingt-Um Rosado, era o gênio da raça mossoroense.

Esses companheiros que sempre conduzo comigo, no atropelo da viagem, deixei na terrinha e está me fazendo muito falta. Mas, como dizia no início dessa narrativa, hoje o que se apresenta para mim é um misto de dúvida e interrogação. A doença é cruel e traiçoeira.

Entra em nossa vida sem pedir licença, para infernizar nossos dias e nos privar de ver nossos entes mais queridos, razão maior de nossa vida nos dias atuais.

Deus, me deu a graça de ter Simone, minha companheira há 57 anos, dois filhos maravilhosos, duas noras admiráveis e quatro netos que todo avô gostaria de ter. Por isso mesmo, tendo a família formidável que tenho, acometido da terrível doença, me vejo questionando sobre a vida.

E sobre o tema, alguém usando o anonimato afirmou que: “A vida é imprevisível e é isso que a torna bonita. Não podemos saber o que o futuro reserva, portanto, tudo é possível. Não somos a mesma pessoa a cada acontecimento em nossa vida. Nos reinventamos constantemente depois dos tropeços, das dores, das feridas, dos dissabores, buscando na fé e na vontade de seguir, um motivo a mais para continuar nossa caminhada”.

Paulo Menezes é meliponicultor e cronista

Nota do Blog – Vai dar tudo certo, Paulo! Estamos todos na torcida e na fé!

Amém!

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domingo - 09/05/2021 - 04:00h

Saudades do papel

lendo jornal, jornal impresso, leitor de jornal, homens lendo jornalPor Marcos Ferreira

Porque hoje é domingo, e os domingos são especialíssimos para mim, embora muita gente goste mais das sextas-feiras e dos embalos do sábado à noite, bateu-me esta saudade romântica, singular quanto plural. Coisa de um passado ainda jovem, desabrochado numa quadra de 1997. Ano mágico em que fundamos neste município a Poetas e Prosadores de Mossoró (Poema).

Aqui tento remoçá-la — a saudade — pelo rememorar de sons, cores, olfato, legendas, fotografias. Pois é. As saudades possuem cheiro, têm ruídos, são imagéticas e quase palpáveis.

Retomo a pauta da morte material dos jornais, mortandade que se alastrou por todos os lugares deste país e do mundo. Em solo tupiniquim, entre outros vetustos diários que deixaram o suporte do papel ou faliram por completo, permito-me citar quatro veículos: Diário de Pernambuco (1825), Jornal do Commercio (1827), jornal O Mossoroense (1872) e o Jornal do Brasil (1891).

Exceto pelo Jornal de Fato, que resiste e prossegue sob a batuta de César Santos, jornalista vocacionado e gestor meritório (devemos dar a César o que é de César!), todos os veículos impressos de Mossoró quebraram. Foi assim, por exemplo, com a Gazeta do Oeste (1977).

Ao contrário de O Mossoroense, hoje limitado à sua plataforma on-line, a Gazeta extinguiu-se completamente. “Sua última edição foi às ruas no dia 31 de dezembro de 2015”, conforme registrado no blogue do Carlos Santos à época. Em tempo, Carlos é um dos pioneiros da blogosfera local.

Antes do primeiro galo bicar o sol e abrir os olhos da manhã, os jornais impressos afloravam no útero mecânico das rotativas; flores de tinta e celulose cujas pétalas-páginas revelavam a fragrância e o flagrante, o escândalo e a moral, a paz e a guerra, o Deus e o Diabo de cada novo amanhecer.

Ao menos para mim, que tive a honra de fazer parte de duas redações enriquecedoras, em O Mossoroense e na Revista Papangu, ter em mãos os veículos impressos (semanários, diários ou mensários) era algo incomensurável, uma experiência indescritível. Não havia nada mais urgente ou importante que o jornal que líamos naquelas primeiras horas do domingo.

Os jornais chegavam aos lares e leitores tão naturalmente como chegavam o leite e o pão. E, estando os três na mesa (o jornal, o pão e o leite), não raro alimentávamos primeiro os olhos.

Era uma necessidade inadiável de muita gente. Em seu bojo de alegrias e dores, sempre tão esquadrinhado, diverso e único, o jornal representava o pregão dos pregões: “Olha o jornal!”, exclamavam jornaleiros nalguns pontos do Centro, comerciando notícias ainda fresquinhas àquela época.

Eu pensava em coisas desse tipo a cada edição, especialmente quando um texto de minha autoria (um soneto, uma crônica ou conto) estava gravado em páginas do velho O Mossoroense ou da Papangu. Assim, cada qual com sua tiragem, periodicidade e público, os veículos impressos tomavam rumos imprevistos. Gostávamos de tocar o papel, manejar as folhas, sentir-lhes a textura, o olor da tinta.

Aquilo possuía vida, densidade, tinha a cara, o cheiro e a fala do povo. Eu me sentia, repito, orgulhoso de fazer parte daquela engrenagem, apesar de alguns indícios de mordaça, da tácita censura que rondava a nossa expressão escrita.

Encaramos obstáculos, uma antipatia velada, subjacente, rancores, ímpetos de ranço e prepotência, reprimendas. Mas, com a alegria com que os passarinhos anunciam cada raiar do sol, não emudecemos, tecemos nossa teia verbal, vencemos a intolerância, a ferocidade e o cerco das hienas.

Hoje tudo está modificado. Vivenciamos a hegemonia dos portais eletrônicos, dos sites, das redes sociais e da blogosfera. Jornalistas outrora assalariados, dançando conforme a música que os patrões tocavam, sem tanto crédito nem opinião própria, agora são donos das suas vozes, adquiriram autonomia para dizer o que querem ou aquilo que lhes convém.

Como está na moda falar, são empreendedores, chefes de si mesmos. Não todos, pois ainda há aqueles sob a regência do patronato, contudo grande parcela é autossuficiente. Em meio a esses, talvez em número expressivo, há homens e mulheres admiráveis, dignos de respeito.

Vejo no mister de jornalista, como em poucos outros, uma paixão e um glamour típicos. É aí que muitos, literalmente, dão o sangue pela missão de informar. Tornam o público ciente dos acontecimentos nas mais diversas esferas da sociedade, rompendo a barreira do medo e da mordaça.

Nunca fui nem me pretendi jornalista, mas tive a oportunidade de trabalhar e interagir com admiráveis pessoas desse ramo, quando o sangue e a tinta (no tempo da tinta) corriam pelas veias expostas do homem de imprensa. Desse universo advém todo o seu penar e a sua delícia, o seu torpor e o seu ópio.

Pouca coisa lhes importa mais do que isso. Até eu, na época dos impressos, lembro de que várias vezes, movido por aquela sensação do dever cumprido, não fui para casa não sem antes passar pela oficina e pôr o meu exemplar debaixo do braço.

Sentia-me atraído pela sala de impressão, gostava da voz metálica da rotativa, daquele matraquear que geralmente se estendia pela madrugada. Só depois, portanto, eu deixava a oficina com o sentimento de que fizera a minha parte, satisfeito com a crônica, o conto ou poema ali gravado.

O jornal em papel era uma espécie de viajante do tempo que noticiava e que era notícia. Quantos homens e mulheres não se uniram e se deixaram por meio de suas folhas; quantas carreiras não foram construídas e arruinadas ao longo do seu expediente e curso. Havia em sua esteira factual um ciclo de apogeu e debacle, mortes e nascimentos, otimismo e desesperança. Entre outros veículos, a mídia escrita e impressa era a mais charmosa, romântica e sedutora.

Oito e dez. Dia nublado, aspergido por uma suave garoa. Bateu-me esta saudade do papel. Penso que num domingo assim, antes de provarmos o leite e o pão, estaríamos à mesa lendo um jornal impresso.

Marcos Ferreira é escritor

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sábado - 08/05/2021 - 23:58h

Pensando bem…

“Talento é paciência sem fim.”

Gustave Flaubert

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sábado - 08/05/2021 - 22:48h
Ezequiel Ferreira

Uma candidatura medida, pesada e analisada nas filigranas

Presidente do PSDB e da AL, Ezequiel não vai entrar em nenhuma aventura em 2022 (Foto: arquivo)

Presidente do PSDB e da AL, Ezequiel não vai entrar em nenhuma aventura em 2022 (Foto: arquivo)

Presidente do PSDB no RN e da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira pode ser e pode não ser candidato ao Senado.

Na oposição ou pelo governismo.

Ele “nem é carne nem é peixe”. É político profissional.

Não vai tomar nenhuma posição sem medir e pesar muito.

Cartesiano, Ezequiel analisa as filigranas, cada detalhe de uma eventual postulação.

Se essa não for uma empreitada de alto risco, o parlamentar continuará no mesmo lugar

Se parecer aventura, alto lá!

Por isso, que “Ezequielzinho” não tem pressa alguma para sinalizar qualquer decisão.

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sábado - 08/05/2021 - 21:36h
Prefeito

Agenda política em Natal

O prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) está desde essa sexta-feira (07) em Natal.

Compromissos com imprensa e conversas políticas fazem parte da sua agenda.

Os próximos dias e semanas prometem.

Ô, se prometem!

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sábado - 08/05/2021 - 20:30h
Eleições 2022

Ministro tenta decolar, mas sabe que “Ezequielzinho” pode prejudicá-lo

Rogério Marinho não tem conseguido avanços em sua costura ao Senado em 2022 (Foto: arquivo)

Rogério Marinho não tem conseguido avanços em sua costura ao Senado em 2022 (Foto: arquivo)

Pretenso nome ao Senado, o ministro do Desenvolvimento Regional e ex-deputado federal pelo RN, Rogério Marinho (sem partido), dificilmente será candidato nessa faixa de disputa, se o deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB) decidir concorrer.

O ministro sabe que uma candidatura de “Ezequielzinho” fracionaria sobremodo a ala de centro e de direita, limitando (mais ainda) seu projeto de chegar ao Senado.

Marinho tenta se viabilizar sob o manto do bolsonarismo.

Até o momento tem encontrado muitas dificuldades, a começar pela ausência de algum nome encorpado para topar ser candidato ao governo estadual, numa dobradinha majoritária.

E, ele mesmo, não tem aparecido com nutrientes mínimos em pesquisas, para arrancar à disputa.

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sábado - 08/05/2021 - 19:30h
FM

Radiofonia perde o comunicador Alber Ferreira Soares

Por Luciano Oliveira (Costa Branca News)

A radiofonia oestana potiguar perdeu mais um grande nome. Aos 51 anos, faleceu na madrugada deste sábado, 8, o comunicador Alber Ferreira Soares, o eterno “Velho Gagá”, que brilhou nas tardes da Rádio Costa Branca FM 104,3 de Areia Branca.

Alber Ferreira, o Velho Gagá da FM Costa Branca que morreu de enfisema pulmonar (Foto: Costa Branca News)

Alber, o Velho Gagá da FM Costa Branca, que morreu de enfisema pulmonar (Foto: Costa Branca News)

Alber estava afastado do rádio e de outras atividades profissionais para cuidar da saúde. O comunicador lutava contra uma combinação de fibrose pulmonar e enfisema, a causa da sua morte.

Ele iniciou a sua trajetória na extinta Rádio Gazeta de Areia Branca, na década de 80. Com a  chegada da FM 104,3 o comunicador passou a fazer parte da equipe da nova emissora.

Exímio operador de rádio, Alber logo se destacou entre os comunicadores e aproveitando o embalo do sucesso do Mução, no início dos anos 2000, criou (sem querer) o personagem “Velho Gagá”.

Começou com participações no programa do comunicador Tony Costa, mas notando sua evolução e criatividade o então diretor de programação da FM Costa Branca, Antônio Cidenir, encaixou o “véi” no horário da tarde, se tornando líder de audiência.

Veja matéria completa clicando AQUI.

Nota do Blog – Notícia lamentável que soube quando participava hoje do programa Radar do RN (veja AQUI) da FM Costa Branca e Rádio Difusora de Mossoró. Que descanse em paz.

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Categoria(s): Comunicação
sábado - 08/05/2021 - 17:28h
Fábio Faria

Uma boa razão para escudar Bolsonaro

Em selfie, Fábio Faria deixa claro quem escuda e o porquê (Foto: web)

Em selfie, Fábio Faria deixa claro quem escuda e o porquê (Foto: web)

É visível o esforço sobre-humano do deputado federal licenciado e ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD), para agradar ao máximo o seu chefe.

Tanto empenho tem uma razão de ser. Não se trata apenas de deferência em função do cargo ou suposto senso de justiça a quem manda.

Passa pela cabeça do parlamentar potiguar, a possibilidade de ser vice do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022.

Impossível não é.

E sua parte ele está fazendo.

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Categoria(s): Política
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sábado - 08/05/2021 - 12:45h
Segunda dose

Novo lote de CovonaVac chega ao RN, mas não cobre necessidades

CoronaVac chegou no fim da manhã desse sábado (Foto: Governo do RN)

CoronaVac chegou no fim da manhã desse sábado (Foto: Governo do RN)

Chegou novo lote de vacinas ao RN. Dessa feita, são 15.600 doses do CoronaVac que serão direcionadas para atender à demanda de segunda dose do nosso estado.

“Mantivemos contato contato com o Ministério da Saúde durante toda a semana solicitando o total necessário de doses para atender a todos que estão com a D2 atrasada, mas infelizmente o quantitativo enviado está bem abaixo do necessário pra suprir a demanda”, disse a governadora Fátima Bezerra (PT).

“Está prevista a chegada de um lote da Pfizer pro início da semana, e nós já enviamos um ofício ao MS requisitando que essas doses possam ser trocadas por CoronaVac como forma de atenuar a situação”, acrescentou.

Segundo o site Saiba Mais, “pelo levantamento feito esta semana pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (SESAP/RN), através da plataforma RN+ Vacina, 87.098 potiguares estão com doses em atraso. Desse total, 26.353 seriam resultado de doses não enviadas pelo ministério e devido a frascos que vieram com uma quantidade menor do que as dez doses estipuladas”.

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sábado - 08/05/2021 - 12:00h
Radar do RN

Blog Carlos Santos disseca quadro político para eleições 2022

Hoje (sábado, 8), participei de um bate-papo sobre politica, imprensa, jornalismo político etc.

Foi às 10h, no programa Radar do RN, transmitido em cadeia pela Rádio Difusora de Mossoró e Rádio FM Costa Branca 104.3 de Areia Branca, com apresentação de Jessé Rebouças.

O programa foi ao ar pelas duas emissoras e várias plataformas e endereços virtuais.

Veja a íntegra no vídeo constante dessa postagem. Fui instigado a falar sobre eleições em Mossoró, gestão municipal e oposição, projeções políticas para 2022, disputa ao Senado, nomes à Câmara Federal e Assembleia Legislativa, Governo Fátima Bezerra (PT) e adversários,  e questões correlatas.

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sábado - 08/05/2021 - 09:00h
Covid-19

Mossoró Vacina ocorre neste fim de semana ampliando faixa etária

Neste final de semana a campanha Mossoró Vacina vai acontecer com ampliação da faixa etária das pessoas com deficiência e com comorbidades. Agora para estes grupos vale a faixa dos 50 anos ou mais.  Ao todo, 10 Unidades Básicas de Saúde estarão abertas no sábado (08), de 8 às 16h, além do ginásio do SESI que tem capacidade para vacinar 1.600 pessoas por dia através de 10 vacinadores.

Vacinação ocorre mais uma vez entre hoje e domingo (Foto: Wilson Moreno)

Vacinação ocorre mais uma vez entre hoje e domingo (Foto: Wilson Moreno)

Ainda podem ser vacinadas as gestantes e puérperas de 18 anos acima, com comorbidades e os idosos de 60 anos ou mais com a segunda dose da vacina Astrazenica. Quanto a Coronavac, o município aguarda a chegada no município de mais doses para a segunda aplicação.

As pessoas com comorbidades devem apresentar suas respectivas comprovações, isto é, laudo médico, exame comprobatório ou prescrição médica. Já as pessoas com deficiência precisam comprovar que estão inscritas no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Dia das Mães

No domingo, não haverá a vacinação em razão da necessidade de propiciar aos vacinadores, voluntários e trabalhadores da Saúde, um dia em família com as suas mães e demais familiares. “Após conversarmos com o pessoal da Saúde, entendemos que o segundo domingo de maio é uma data muito simbólica e especial onde nossos servidores e voluntários precisam passar em família com as suas mães. Para quem perdeu as suas mães  ou as mães que perderam seus filhos em razão da Covid, será um dia de lembrança. Entendemos isso com um olhar de sensibilidade”, disse o prefeito Allyson Bezerra.

Na segunda-feira (10), a vacinação será retomada normalmente. “No sábado estamos com a capacidade de vacinação dobrada porque além das 10 UBS’s estaremos contando com dez vacinadores no ginásio do SESI. A ampliação da faixa etária faz Mossoró avançar a partir do uso das doses da vacina Astrazeneca/Oxford que estamos recebendo”, afirma a secretária municipal de Saúde, Morgana Dantas.

Lista das comorbidades

Diabetes Melitus;
Pneumopatias Crônica Graves;
Hipertensão Arterial;
Doença Cardiovascular;
Doença Cerebrovascular;
Imunosuprimidos;
Anemia Falciforme;
Obesidade Mórbida;
Doenças Renais Crônicas.

UBS’s que estarão abertas dia 08 de maio

UBS Vereador Lahyre Rosado (Alto do Sumaré)
UBS Maria Soares da Costa (Alto de São Manoel)
UBS Dr. Epitácio da Costa Carvalho (Pintos)
UBS Chico Costa (Santo Antônio)
UBS Dr. Francisco Nazareno Gurgel (Bom Pastor)
UBS Dr. Lucas Benjamim (Abolição 3)
UBS Dr. José Leão (Alto da Conceição)
UBS Ildone Cavalcante de Freitas (Barrocas)
UBS Dr. Moisés Costa Lopes (Redenção)
UBS Marcos Raimundo Costa (Belo Horizonte).

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Categoria(s): Saúde
sábado - 08/05/2021 - 08:24h
Violência

Sangue no Rio de Janeiro

Policiais civis durante operação na manhã desta quinta-feira (6) no Jacarezinho, no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

Policiais civis durante operação na manhã dessa quinta-feira (6) no Jacarezinho, no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

Num estado democrático de direito, com forças bem treinadas, não pode ser considerado “sucesso”, operação com saldo de 28 mortos – sendo 27 prováveis traficantes.

Meu sentimento de pesar é pelo policial morto.

Mas, um único inocente entre as vítimas, dói bastante.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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sexta-feira - 07/05/2021 - 23:58h

Pensando bem…

“Quem só conhece seu próprio lado do problema sabe pouco sobre ele.”

John Stuart Mill

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sexta-feira - 07/05/2021 - 22:40h
Em Natall

Ex-vereador morre com câncer aos 70 anos

Enildo tinha 70 anos (Foto: CMN)

Enildo tinha 70 anos (Foto: CMN)

Do G1RN

O ex-vereador de Natal Enildo Alves morreu aos 70 anos nesta sexta (7) após complicações no aparelho digestivo.

Médico hematologista, Enildo atuava no Hospital Onofre Lopes e em clínicas da rede privada de saúde, além de ser professor da UFRN.

Foi secretário de Saúde de Natal, com a implantação do Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU Natal) ocorrendo durante a sua gestão.

Em seis mandatos, ele foi vereador de Natal nos períodos de 1989 a 1992, 1993 a 1996, 1997 a 2000, 2001 a 2004, 2005 a 2008 e 2009 a 2012.

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Categoria(s): Política
  • Repet
sexta-feira - 07/05/2021 - 22:08h
Pagamento

Governadora anuncia outra parcela do 13º salário de 2018

A governadora Fátima Bezerra (PT) anunciou nessa sexta-feira (7), pagamento de mais uma etapa de salários deixados em atraso pela gestão anterior. Veja abaixo:

“Meus amigos e minhas amigas, venho aqui anunciar para vocês, conforme prometido, o avanço do pagamento dos salários atrasados dos servidores.

Estamos pagando mais uma parcela do 13º da folha de 2018. Lembrando que em janeiro já pagamos a 54% dos servidores que estavam com essa folha em atraso deixado pela gestão anterior.

Quitaremos para quem tem receber até R$ 4.500,00 de forma integral. Com isso, estaremos pagando 70% dos servidores que estavam com essa folha em atraso.

Os demais servidores receberão R$ 2.000 linearmente e seguiremos lutando para quitar 100% dessa folha até novembro deste ano.

Ao todo, estamos destinando R$ 108 milhões para pagamento dessa parcela”.

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sexta-feira - 07/05/2021 - 21:26h
Política

Haroldo admite como “possível” ser o nome de Fátima ao Senado

Nessa semana, por cerca de quatro dias, o empresário Haroldo Azevedo, 71, desbravou o sertão que ele conhece bem. De origem familiar que remonta à primeira metade do século passado, em Jardim do Seridó, com o patriarca Alinio Cunha de Azevedo (1919-2003)/Hélia Cavalcanti de Azevedo (1925-2017), ele resolveu conversar e assuntar as coisas desse interiozão.

O foco foi a região Oeste e também o Vale do Açu, com passagens por Mossoró, Assu, Apodi e Pau dos Ferros, em contatos políticos e com a imprensa. Nome de peso no setor da construção civil, comunicação e outros negócios, Haroldo também conversou com a gente, o Blog Carlos Santos. Sobre o quê? Política.

Haroldo Azevedo questiona rótulos e defende união de forças numa política eficaz para o RN e República (Foto: Web)

Haroldo Azevedo questiona rótulos e defende união de forças numa política eficaz para o RN e República (Foto: Web)

Ex-suplente do ex-senador Geraldo Melo (PSDB), um amigo que o tem como irmão, ele pensa seriamente em participar da campanha eleitoral do próximo. Como candidato, que fique claro. E em nosso bate-papo, Haroldo não fica apegado a rodeios com as palavras nem faz firulas para despistes. Veja abaixo nosso bate-papo:

BCS – O senhor tem percorrido regiões diversas do estado, agora em especial o Oeste, em contatos políticos, falando à imprensa. São os primeiros passos a uma postulação em 2022?

Haroldo Azevedo – Sim. Com meus negócios consolidados e com os filhos à frente das atividades, julgo-me na obrigação de ajudar o povo do meu estado e do meu país, oferecendo o que tenho de mais precioso, que é minha força de trabalho e conduta ética e moral, que permearam toda minha vida. Trabalhei a vida inteira com  jornadas de até 16 horas diárias, construído assim um legado. Agora, sinto que chegou a hora de ajudar o meu próximo. De agradecer a Deus pelo que ele me proporcionou. E digo isso do fundo do coração. O Brasil precisa da união de todos. Fora dos propósitos da direita,  esquerda, tampouco do centrão. Além da  grave crise social e econômica que atravessa o planeta, essa terrível pandemia veio para abalar a humanidade. Temos que nos unir para sobreviver e iniciar um novo ciclo de vida e prosperidade.

BCS – O senhor foi suplente do então senador Geraldo Melo. Mas, na prática, tem toda uma vida voltada à atividade empresarial. Por que agora a política passa a estar na ordem do dia de sua vida. Não é uma questão apenas de ‘sobrar tempo agora’, convenhamos?

Haroldo Azevedo – Como já afirmei, com as atividades empresariais do grupo conduzidas pelos filhos,  gostaria de dedicar meu tempo à causa pública, de ajudar ao meu povo, principalmente os mais necessitados. A classe empresarial precisa contribuir para uma gestão pública correta. Braços cruzados nunca fizeram parte da minha biografia. Precisamos promover mudanças, de eleitorais a tributárias. Essas reformas são essenciais. Temos que ter tolerância zero para com a criminalidade e corrupção. Priorizar a educação. Eleger pessoas sérias, comprometidas com a causa pública. Necessitamos mais que tudo, de profundas reformas para que nos tornemos uma grande nação!

BCS – Uma eventual disputa ao Senado em 2022, caso vingue um projeto dessa natureza, o faz acreditar em capacidade de aglutinar forças de centro e de direita, por exemplo, em torno do seu nome?

Haroldo Azevedo – O meu candidato ao Senado é Geraldo Melo. Homem público competente, sério, probo, de uma inteligência e memória privilegiadas, e que tem muito a contribuir com nossa nação. Um dos poucos políticos de mãos limpas.

BCS – Nomes tradicionais da política do RN foram derrotados nas eleições de 2018, como Garibaldi Alves, José Agripino, Carlos Eduardo Alves e Geraldo Melo. O senhor pode se apresentar como uma novidade, ou não tem medo de ser tratado apenas como o mais do mesmo?

Haroldo Azevedo – Com certeza, não tenciono ser um a mais. Daí, por não ser um nome público muito conhecido, estar partindo cedo, respeitando as regras eleitorais e até mesmo  os necessários protocolos de segurança devido à Covid-19. Acho que em 2018, salvo algumas poucas exceções, nosso eleitorado não foi feliz na escolha dos nossos representantes no Congresso Nacional. Eles não têm desenvolvido um bom trabalho e são nomes com atuação pífia. Isso é público e notório.

BCS – Ouço nos intramuros da política potiguar, que o senhor poderá ser um nome ao Senado, mas com apoio da governadora Fátima Bezerra. Faz sentido?

Haroldo Azevedo – Em política tudo é possível, desde que seja para o bem público. Nosso estado está numa situação tão difícil, que só existe salvação com a união de todos, independente até das ideologias politicas. Sinto-me preparado para disputar qualquer cargo majoritário. Até pela carência de grande de nomes da chamadas ficha limpa. Ademais, administrar é usar bem os recursos públicos e promover o desenvolvimento, com foco na geração de empregos e renda.

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sexta-feira - 07/05/2021 - 20:16h
Política

Radar do RN recebe nesse sábado, às 10h, Blog Carlos Santos

Radar do RN da FM Costa Branca e Rádio Difusora de Mossoró, apresentado por Jessé Rebouças, com Carlos Santos - 08-05-21Nesse sábado (08/05), às 10h, o programa Radar do RN, transmitido em cadeia pela Rádio Difusora de Mossoró e Rádio FM Costa Branca 104.3 de Areia Branca, recebe o editor desta página.

Vamos conversar sobre política potiguar e possíveis cenários eleitorais em 2022.

A gente atende convite de Jessé Rebouças, âncora do programa.

Acompanhe nas redes sociais: @jessereboucas @fmcostabranca @difusoramossoro_ e @blogcarlossantos.

Você pode acompanhar também o áudio pela Internet: FM Costa Branca AQUI e Rádio Difusora AQUI.

Até lá!

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sexta-feira - 07/05/2021 - 09:38h
Leitos de UTI

RN amanhece com fila de espera “zerada”

Veja que postagem revigorante feita agora pela manhã, nessa sexta-feira (7), pelo Blog Saulo Vale. Um fôlego na fila de espera para leitos de UTI Covid-19 no RN:Covid-19 - RN amanhece com fila de espera zerada - 07-05-21Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo  TwitteAQUIInstagram AQUIFacebook AQUI e Youtube AQUI.

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