segunda-feira - 21/02/2022 - 21:26h
Entrevista

Allyson Bezerra diz quais suas prioridades eleitorais em 2022

Em entrevista ao jornal Tribuna do Norte, o prefeito mossoroense Allyson Bezerra (Solidariedade) respondeu a diversas perguntas de cunho político-eleitoral e também administrativo. Deixou claro, por exemplo, que sua prioridade às eleições deste ano é a eleição de nomes à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa.

Reforçou empenho para vitória do atual presidente da Câmara Municipal Lawrence Amorim (Solidariedade) e do ex-dirigente local de seu partido e ex-vereador Clayton Jadson, preferências a deputado federal e estadual, respectivamente.

Mas, também confirmou apoio a quem tem colaborado com sua gestão em Brasília, o ministro das Comunicações Fábio Faria (PSD), caso seja mesmo disputante ao Senado. Não sendo, muda tudo. O prefeito e seu grupo não têm compromisso com Rogério Marinho (PL), ministro do Desenvolvimento Regional, ou qualquer outro possível concorrente.

“São dois quadros importantes do nosso partido (Lawrence e Jadson), reconhecidos, e têm o apoio do nosso grupo. Terão o meu apoio direto nas ruas, para que a gente possa elegê-los à Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa”, disse.

Com relação ao Senado, o senhor apoia a pré-candidatura do ministro Fábio Faria (PSD, Comunicações)? Mas o candidato da oposição ao governo do Estado e do presidente Jair Bolsonaro (PL) hoje não tende a ser o ministro Rogério Marinho (PL, Desenvolvimento Regional)? Como pretende se posicionar nestas circunstâncias?

“O ministro Fábio Faria nos ajudou muito em Mossoró, mandando recursos, fazendo um trabalho junto aos Ministérios em Brasília, nos dando oportunidades para conseguir melhorias para a cidade. Foi assim para perfurar poços, construção de postos de saúde, escolas e creches. Ele está nos ajudando. Então, já disse, se o ministro Fábio for candidato a senador, terá o nosso reconhecimento e acredito da população mossoroense para conduzi-lo até o Senado. Quero, se ele chegar ao Senado, que trabalhe mais por Mossoró, que vota em quem trabalha.

O ministério de Rogério Marinho tem possibilidade de realização considerável, orçamento. Não correspondeu à expectativa da cidade?

“Mossoró está de braços abertos para receber todos aqueles que quiserem ajudar e contribuir. Se o ministro Rogério quiser, eu vou a Brasília na próxima semana, e apresento para ele, mais uma vez, os pedidos para levar obras de infraestrutura e desenvolvimento econômico para a zona rural, levar aquilo que é pauta do seu Ministério. É só pedir que eu, como prefeito de Mossoró, lá, represento a cidade e mostro, como apresentei para Fábio e como tenho apresentado para políticos que têm a oportunidade, em Brasília, de fazer seu trabalho”.

Veja íntegra AQUI e no boxe-vídeo constante dessa postagem.

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segunda-feira - 21/02/2022 - 20:02h
Inverno

Seco há 5 anos, açude recebe bom volume de água

Açude estava completamente seco até bem poucas semanas (Foto: Web)

Açude estava completamente seco até bem poucas semanas (Foto: Web)

O Relatório do Volume dos Principais Reservatórios Estaduais, que é feito pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (IGARN), divulgado nesta segunda-feira (21), indica que o Açude Inharé, localizado em Santa Cruz, ganhou fôlego.

Depois de 5 anos seco, recebeu águas das últimas chuvas e acumula 1.854.850 m³, equivalentes a 10,54% da sua capacidade total, que é de 17.600.000 m³.

A última vez que o manancial atingiu este volume foi em outubro de 2015.

O Inharé teve sua construção concluída em 1937, estando na bacia hidrográfica estadual do Trairi.

Fica a cerca de 4,5 quilômetros do centro urbano da cidade, sendo conhecido também como Açude do Alívio.

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segunda-feira - 21/02/2022 - 18:52h
Presidente e vice

Sindilojas deve reconduzir Michelson Frota e Jair Queiroz à direção

Jiar e Micheson: novo mandato (Foto: arquivo)

Jiar e Micheson: novo mandato (Foto: arquivo)

O Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró (SINDILOJAS) promove eleições internas nessa terça-feira (22). O pleito é para escolha de presidente/vice/diretoria, conselho fiscal e delegados sindicais.

As eleições vão acontecer na própria sede da entidade – à Rua Francisco Isódio, 22, entre 13 e 18 horas.

O atual presidente Michelson Frota e seu vice Jair Queiroz são nomes à reeleição, em chapa consensual.

O mandato é de quatro anos.

O Sindilojas faz parte do sistema da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (FECOMÉRCIO/RN), presidido por Marcelo Queiroz.

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segunda-feira - 21/02/2022 - 14:34h
RN

Carnaval na Pipa anuncia novas atrações

Carnaval na Pipa 2022Depois de anunciar suas primeiras atrações e com vendas de ingressos adiantadas, o Carnaval na Pipa (Tibau do Sul) ampliou sua grade de shows para os três dias de folia no Rio Grande do Norte no Pipa Open Air.

No sábado (26), abertura do carnaval, Henry Freitas e Pettros DJ entram na grade junto com Bell Marques, DJ Dennis e Nattan.

Para o domingo (27) quem chega na programação é Eric Land e Felipe BZ que animam a folia junto com Pedro Sampaio, Raí Saia Rodada e Banda Eva.

E para fechar o melhor carnaval, na segunda-feira (28) Matheus Fernandes e o Baile do ED vão subir ao palco com Xand Avião, Matheus e Kauan e Felipe Amorim.

Com organização da Clap Entretenimento, o Carnaval na Pipa será realizado no espaço montado no Pipa Open Air. A garantia é que seguirá “todos os protocolos estabelecidos pelo decreto estadual em uma grande área aberta e ventilada proporcionando espaço para o distanciamento do público”.

Vale ressaltar que é necessário apresentar o certificado de vacinação com o ciclo vacinal atualizado ao chegar na entrada do evento para ter acesso aos shows.

As vendas para o Carnaval na Pipa acontecem nos sites Ticket Simples (www.ticketsimples.com) e Ingresso Prime (www.ingressoprime.com).

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segunda-feira - 21/02/2022 - 10:26h
Ditaduras

A natureza procura os seus

Por François Silvestre

Esse é um brocardo do Sertão profundo; sertão de pau a pique, de catingueiras e mofumbos. Os afins afinam-se naturalmente. encaixe, quebra-cabeça, encontro, aliança, contrários, preto e branco, união

Os “jornalistas” de miçanga criticam as ditaduras. Verdade? Não. Depende de que lado da Rosa dos Ventos esteja o ditador. De minha parte, eu condeno todas.

Fidel Castro perdeu o bonde da História ao não institucionalizar democraticamente a necessária e histórica Revolução Cubana. Transformando-a numa ditadura dinástica, tão brutal quanto costumam ser todas as ditaduras. A Venezuela também.

Os “jornalistas” de que falo também dizem isso. E criticam Lula por manter afinidade com esses regimes. Crítica honesta? Não. Eles gostam das ditaduras de Direita.

Agora mesmo defendem Bolsonaro que faz um périplo ridículo de apoio aos ditadores do peito. Ao ditador da Rússia, antigo agente da KGB, a polícia secreta da ditadura soviética. Ao ditador da Hungria, caçador das “bruxas” e dos “desvios” de costumes. Ao ditador da Arábia Saudita, assassino de jornalistas, que mantém a própria mãe em cárcere privado, por ela defender a liberdade das mulheres. Misógino que guarda afinidade com o colega Bolsonaro.

Esses “jornalistas” de que falo abandonaram o jornalismo, que já praticaram, e hoje são apenas vendedores de opinião. Afinados pela natureza, que os aproximam e os unem. Tudo devidamente muito bem pago. 

A natureza procura e acha os seus.

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segunda-feira - 21/02/2022 - 09:24h
Covid-19

Vacinação atinge total de 2.110 pessoas no fim de semana

O programa “Mossoró Vacina” da Prefeitura de Mossoró conseguiu vacinar sábado (19) e domingo (20) o total de 2.110 pessoas a partir de 5 anos de idade, contra a Covid-19. A vacinação ocorre durante todo este mês em três pontos nos fins de semana para garantir à população o acesso aos imunizantes.

Vacinação no fim de semana - 19 e 20 de fevereiro - teve outra importante cobertura  - (Foto Allan Phablo (Secom-PMM)

Vacinação no fim de semana – 19 e 20 de fevereiro – teve outra importante cobertura – (Foto Allan Phablo (Secom-PMM)

De acordo com dados da coordenação de Imunizações de Mossoró, somente no sábado, nos três pontos de vacinação, 1.115 doses de vacinas foram aplicadas. Segundo os números, a maior procura nos dois dias foi para a Dose de Reforço (D3) com 850 aplicadas no sábado e 744 doses no domingo (20).

A segunda maior procura foi para as doses pediátricas de 5 a 11 anos. Foram 316 doses nos três locais de vacinação, UBS Maria Soares – ao lado da UPA do São Manoel, UBS Chico Costa – ao lado da UPA do Santo Antônio e Partage Shopping Mossoró.

Êxito

O coordenador de Imunizações Etevaldo de Lima informa que mais de 51% das crianças de 5 a 11 anos de idade já tomaram a primeira dose do imunizante contra a Covid-19.

A vacinação contra a Covid-19 em Mossoró segue sendo disponibilizada durante a semana de segunda-feira a sexta-feira em todas as 47 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município. Além das UBSs, pontos extras de vacinação também são montados pela Secretaria Municipal de Saúde para garantir o acesso aos imunizantes contra a Covid-19 a todos os mossoroenses.

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segunda-feira - 21/02/2022 - 08:00h
Futebol

ABC e América goleiam em jogos do segundo turno

O ABC voltou a golear no Campeonato Estadual do RN – 2022. O Força e Luz foi a vítima da vez com placar de 5 x 0 para o alvinegro da capital.

Jogando no Estádio Frasqueirão nesse domingo (20), o ABC não teve dificuldades para fazer o placar elástico.

Os primeiros três gols foram marcados por Allan Dias e Wallyson (duas vezes cobrando pênatis) nos primeiros 15 minutos de jogo. Na etapa a zaga adversária fez um contra e Ícaro fechou os 5 x 0. O ABC é vice-líder do segundo turno, mas com uma partida a menos.

América

No Estádio Edgar Montenegro, O “Edgarzão”, a equipe do América passou pelo Assu com placar de 0 x 3.

O atacante Thiaguinho marcou dois e o zagueiro Lucas Rex completou o placar, mantendo alvirrubro na liderança.

Potyguar

No sábado (19), o Potyguar de Currais Novos ganho de 2 x 0 do Santa Cruz de Natal, jogando no Estádio Coronel José Bezerra.

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Categoria(s): Esporte / Política
segunda-feira - 21/02/2022 - 07:20h
Sucessão estadual

Ex-vice-governador não tem simpatia política de prefeito

Fábio Dantas tem tentado provocar polarização com Fátima Bezerra, mas até aqui sem sucesso (Foto: Ivanízio Ramos/arquivo)

Fábio Dantas tem tentado provocar polarização com Fátima Bezerra, mas até aqui sem sucesso (Foto: Ivanízio Ramos/arquivo)

Cá pra nós e o povo da rua: o prefeito natalense Álvaro Dias (PSDB) não tem qualquer simpatia pelo nome do ex-vice-governador Fábio Dantas (Solidariedade) como hipotético nome à disputa contra a governadora Fátima Bezerra (PT).

As diferenças, dizem interlocutores próximos, seriam insanáveis.

Nas últimas semanas, Dantas tem tentado o máximo de exposição como antagonista da governadora, sempre com declarações provocativas.

Até o momento, sem maior eco.

Inclusive no Palácio Felipe Camarão, sede da municipalidade.

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segunda-feira - 21/02/2022 - 06:38h
Pré-candidato

Difusora entrevista Sérgio Moro ao meio-dia dessa segunda-feira

O programa Política em Debate da Rádio Difusora de Mossoró (AM 1170) entrevistará nesta segunda-feira (21), a partir do meio-dia, o ex-juiz, ex-ministro da Justiça e pré-candidato à presidência da República Sérgio Moro (Podemos).

Moro é pré-candidato à presidência da República pelo Podemos (Foto: reprodução Web)

Moro é pré-candidato à presidência da República pelo Podemos (Foto: reprodução Web)

Ele será sabatinado pelo advogado e jornalista Paulo Linhares e pelo radialista Wellington Morais.

Os ouvintes/internautas poderão participar da entrevista com intervenções pelo WhatsApp (84) 9 8110-1170.

Acesse a emissora ao vivo clicando AQUI.

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segunda-feira - 21/02/2022 - 05:42h
Evangélicos

Entre a fé e o voto, a luta que causa preocupação

Por Paulo Tarcísio Cavalcanti (Por Dentro de Tudo)

Evangélicos do RN externam preocupação com o acirramento da disputa entre o ex-deputado federal Antônio Jácome (PSD) e a atual deputada federal Carla Dickson (Pros).

Apesar da fé que proclamam, parecem se odiar politicamente.

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segunda-feira - 21/02/2022 - 03:28h
Aplausos

Mesmo sem mandato, Petras obtém recursos para entidades

A atuação do ex-vereador Petras Vinícius (União Brasil) garantiu mais uma emenda parlamentar para a Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC). Os recursos, no valor de R$ 150 mil, foram assegurados pelo senador da República, Jean Paul Prates (PT). Somam-se aos R$ 100 mil anunciados pelo parlamentar em 2021.

Petras fez entrega simbólica de emenda, à Amor, nesse sábado (Foto: divulgação)

Petras fez entrega simbólica de emenda, à Amor, nesse sábado (Foto: divulgação)

A Associação de Pais e Amigos dos Autistas e TDAH de Mossoró e Região (AMOR) também foi contemplada com uma emenda, de R$ 40 mil, articulada também por Petras com o deputado estadual Kleber Rodrigues (PL).

“A Liga de Estudos e Combate ao Câncer atende pacientes de mais de 60 municípios do interior do Rio Grande do Norte, por isso a importância de direcionarmos nossa atenção e o nosso trabalho para essa importante instituição. Agradecemos ao senador Jean pela sensibilidade e pela liberação de mais uma emenda. Não existe bandeira política quando o trabalho é por Mossoró”, afirmou Petras.

Já a emenda para a AMOR foi entregue, de forma simbólica, neste sábado (19). Na ocasião, Petras também levou à diretoria da entidade a Lei nº 11.039, de 9 de dezembro de 2021, que reconhece a Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Mossoró e Região como de Utilidade Pública. A legislação foi sancionada pela governadora Fátima Bezerra (PT) a partir de projeto apresentado na Assembleia Legislativa pelo deputado Kleber Rodrigues, a pedido do ex-vereador.

Nota do Canal BCS – Parabéns, meu caro Petras. Minha reiterada admiração por ti. Não ter um mandato é apenas um detalhe. Foco, luta e compromisso fazem toda diferença para muitas pessoas e comprova que és, em essência, um digno homem público.

Noutro lado, também aplausos para os dois parlamentares pelo gesto, independentemente de qualquer vínculo partidário ou não.

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domingo - 20/02/2022 - 23:56h

Pensando bem…

“Nunca perca um minuto pensando em pessoas que você não gosta”.

Dwight D. Eisenhower

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domingo - 20/02/2022 - 11:38h

A felicidade existe

Por Inácio Augusto de Almeida 

Peço caldo de cana e pastel. Enquanto espero, lembro-me de quando meu pai me levava para comer pastel com refresco de maracujá numa lanchonete que ficava próxima à Farmácia dos Pobres. pastel

Olho a rua e na calçada a passar uma mulher com um barrigão enorme e uma gigantesca expressão de felicidade estampada no rosto. Certamente estava perto de ser mamãe.

Penso nos grupos que lutam pela legalização do aborto sempre apoiados por religiosos e políticos descompromissados com os princípios da fé cristã.

São os Herodes modernos, sempre vistos comemorando o aumento geométrico do número de suas INDEFESAS vítimas.

São os que matam pelo prazer de matar.

Em bandos se organizam para acobertar seus indefensáveis crimes. Crimes que passam a chamar de DIREITOS SEXUAIS REPRODUTIVOS. Rotulam pomposamente o mais indefensável de todos os crimes.

Covardes, atuam sempre em conjunto, tal qual hienas, e contam com total apoio de uma imprensa mantida pelos compromissados apenas com o interesse econômico.

E com o apoio de religiosos negacionistas dos ensinamentos que juraram propagar com o sacrifício da própria vida, se necessário for.

Por ambição, esquecem as promessas e rasgam as juras.  E se dedicam de corpo e alma a uma luta contra princípios que jamais poderiam atacar.

Para isto tentam amortecer as suas consciências com as mais esfarrapadas desculpas.

Antes argumentavam que o mundo não conseguiria alimentar tantas bocas e matar, para evitar a explosão demográfica, era preciso. Pintavam um mundo superpopuloso, cheio de doentes e famintos, nos descrevendo cenas que faziam o inferno parecer o paraíso.

Foram desmentidos pelo tempo.  E esta falácia genocida não serve hoje nem para piada de mau gosto.

A produção de alimentos explodiu, a evolução da medicina aumentou a expectativa de vida, a engenharia deu um salto e moradias, construídas em série, existem para todos.

Se muitos passam fome, carecem de remédios e não têm moradias, a culpa é da pior praga que continua existindo e não é combatida com firmeza.

A CORRUPÇÃO.

Uma voz grita dentro da minha cabeça e mostra a grande verdade. Nenhuma criança pede para nascer e, muito menos, para morrer.

Reflito.

E quanto mais reflito mais fico sem entender um religioso falar de amor ao semelhante e defender o assassinato de criancinhas ainda no ventre materno. Fazem isto para ato seguinte distribuir o corpo de Cristo junto com bençãos mil.

E tudo isto dentro da CASA DE DEUS.

Casa que estão esvaziando porque o verdadeiro POVO DE DEUS condena esta conduta que faz lembrar os campos de DACHAU e de AUSCHWITZ.

Fico buscando uma música mais linda do que o choro de um recém-nascido acompanhado daquele movimento de pernas a lembrar um balé celestial.

Não encontro.

A quem interessa o fim da espécie humana?

Na garapeira da Alberto Maranhão, mesma rua da Igreja de São Vicente, igreja que serviu de trincheira para enfrentar o bandido Lampião e seu bando de assassinos, sou desperto destes pensamentos pela chegada dos pastéis quentinhos e do caldo de caldo de cana geladinho.

Não consigo deixar de continuar mergulhado nestes pensamentos e esqueço o pastel e o caldo de cana. Prossigo na busca de razões para justificar tanto ódio a criancinhas ainda em formação, sem condições sequer de defender o seu direito à vida.

Na rua a mulher gestante passou tão alegre, feliz, certamente sonhando um futuro venturoso para o filho carregado na barriga, irradiou tanta felicidade e fez a todos feliz.

Enquanto isto, infelizes tramam a morte de inocentes em nome de uma modernidade idiota e geradora de remorsos quando o outono da vida chegar.

O pastel esfriou. O caldo de cana continua doce e a vida mais bela.

Inácio Augusto de Almeida é escritor e Jornalista

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Categoria(s): Crônica
domingo - 20/02/2022 - 10:42h

A verdade cambaleia

Por Honório de Medeiros

Michiko Kakutani, prêmio Pulitzer de 1998, crítica literária do The New York Times por mais de quarenta anos, em A Morte da Verdade (Notas Sobre a Mentira na Era Trump), conta que Steve Bannon, estrategista e conselheiro do ex-Presidente, certa vez descreveu a si mesmo como um “leninista”.

O mesmo Bannon, ainda segundo Kakutani, teria dito o seguinte: “Lênin queria destruir o Estado, e esse também é o meu objetivo. Quero acabar com tudo e destruir todo o establishment de hoje em dia.”verdade-mentira-1024x373

Lênin deve estar gargalhando em alguma das grelhas do inferno, apesar das dores. Ele é o patrono dessa maré de pós-verdade que se tornou praticamente hegemônica nos dias atuais, calcada no uso da retórica violenta, incendiária, em promessas simplórias e desconstrução da verdade, tudo potencializado pela internet.

O fundador da URSS explicou, certa vez, que sua retórica era calculada para provocar o ódio, a aversão e o desprezo, não para convencer, mas para desmobilizar o adversário, não para corrigir o erro do inimigo, mas para destruí-lo.

Quem quiser ler um pouco mais, está em Report to the Fifth Congresso of the R.S.D.L.P. on the St. Petersburg Split of the Party Tribunal Ensuing Therefrom.

É bom lembrar que Pilatos inquiriu Jesus, em uma das mais célebres passagens da Bíblia: “Então, tu és rei?”, ao que Ele lhe respondeu: “Tu dizes acertadamente que sou rei. Por esta causa, Eu nasci e para isto vim ao mundo: para testemunhar a verdade. Todos os que pertencem à verdade ouvem a minha voz.”

Pilatos, então, questionou: Quid est veritas? (“Que é a verdade”? João 18,38). E assim que disse isso, saiu de novo para onde estavam reunidos os judeus, e lhes disse: “Não encontrei qualquer falta nesse homem”.

Pilatos lhe fizera uma pergunta de natureza ontológica. Provavelmente era um cético, até mesmo um niilista quanto à moral, e somente acreditava no Poder pelo Poder, e como não escutou resposta, o silêncio de Jesus perturba os filósofos através do tempo.

De qualquer forma já somos todos perdedores. Em um mundo onde o princípio basilar da razão, qual seja o da Verdade Objetiva, não a de cada um, mas aquela que existe independente da vontade de quem quer que seja, desmorona lentamente, confrontada pelo relativismo das narrativas subjetivas, somente a luta, até mesmo física, nele encontra guarida.

Esquecemo-nos que onde tudo pode ser, nada é; onde nada é, tudo pode ser.

Se fôssemos minimamente sensatos, aproveitaríamos o que nos aproxima e deixaríamos de lado o que nos afasta. Esta é o ponto-de-partida para evitar o caos, a fragmentação, a insanidade.

Assim, mesmo descrente de tudo quanto estamos construindo, ainda cabe acreditarmos que é necessário sermos muito cautelosos com o que vemos, ouvimos, lemos, até mesmo tateamos.

As armas da manipulação estão cada vez mais sofisticadas. E não pode, não deve existir dúvida: o Poder somente se toma ou se mantém à custa da sedução, manipulação ou força. Dificilmente via convencimento.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e Governo do RN

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 20/02/2022 - 09:44h

Dívidas previdenciárias e parcelamentos em discussão

Por Josivan Barbosa

Em nome da transparência das contas públicas seria razoável que o município de Mossoró anunciasse o montante da sua dívida com a Previdência.dívidas-1152x759

As dívidas das prefeituras com a Previdência são impagáveis. A cada quatro anos os prefeitos recém-eleitos fazem peregrinação no Congresso Nacional para obter a rolagem de suas dívidas previdenciárias. Essa rotina se repete pelo menos desde 1997.

A regulamentação do parcelamento excepcional com o INSS diz que, para obter o parcelamento, as prefeituras precisarão confessar a dívida de forma irrevogável e irretratável. Também autorizarão que as parcelas sejam abatidas dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), por meio do qual o governo federal compartilha com as prefeituras parte das receitas do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

O governo federal vai parcelar cerca de R$ 30 bilhões em dívidas das prefeituras com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Perto de 3 mil cidades poderão ser beneficiadas.

Hoje, prefeituras já podem parcelar dívidas em até 60 meses. Nesse parcelamento excepcional, serão até 240 meses, com desconto de 40% nas multas e de 80% nos juros. As parcelas serão corrigidas pela taxa Selic. A adesão ao parcelamento se encerra no dia 30 de junho.

Saneamento

O município de Mossoró silencia diante da possibilidade de firmar parcerias de PPPs na área de saneamento, já que a situação do Rio Mossoró exige uma quantidade de recursos que está muito longe da realidade econômico-financeira da PMM. O município poderia analisar a PPP que está sendo estabelecida no município do Crato e trabalhar um modelo viável que pudesse beneficiar o nosso Rio Mossoró. Naquele município do Cariri cearense a PPP está sob a responsabilidade da Aegea Saneamento.

A Aegea Saneamento planeja ampliar sua atuação na região Nordeste do país. O novo contrato municipal do Crato, por si só, já é considerado interessante, mas a companhia buscará expandir a operação no local e já estuda outros dois leilões regionais no Estado, previstos para este ano.

No Nordeste, o grupo já tem concessões em Teresina e Timon (MA). O novo contrato, no Crato, terá prazo de 35 anos e prevê investimentos de R$ 250 milhões para universalizar o serviço de esgotamento sanitário. Hoje, apenas 32,8% do esgoto é coletado, e menos de 3% recebe tratamento. Com a concessão, a cobertura deverá avançar para 90% e todo esgoto coletado será tratado.

O que precisamos é de projetos bem estruturados. Muitas concessões municipais estão sendo estruturadas com apoio do BNDES, da Caixa, o que dá mais segurança.

Palanque no Nordeste

O presidente Jair Bolsonaro encontra dificuldade na formação de palanques nos diferentes Estados do Nordeste.

No Piauí, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, discursou por meia hora no lançamento da chapa que apoia no Piauí e falou até de Barack Obama, mas não tocou no nome do presidente a que serve nem tampouco no daquele ao qual já serviu e periga voltar.discurso, oratória,comício, político,fala, pregação

Quando o ex-prefeito de Salvador e hoje vice-presidente do União Brasil, Antonio Carlos Magalhães Neto, lançou-se ao governo da Bahia, valeu-se de um palanque com direito a teleprompter em que ele se movimentava sozinho, com um discurso epopeico. Abusou das pausas e da dramaticidade, mas deixou a disputa presidencial de fora.

Até no Rio Grande do Norte, estado representado no governo com os ministros das Comunicações (Fabio Faria) e do Desenvolvimento Regional (Rogério Marinho), está difícil para o presidente Jair Bolsonaro montar palanque. A disputa que se vaticinava visceral entre os dois ministros pelo governo do estado passou a ser pela única vaga no Senado e, agora, ameaça se restringir, no limite, a duas campanhas proporcionais.

Em Pernambuco, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) entregou a liderança do governo no Senado depois que perdeu a vaga para o Tribunal de Contas da União (TCU). O descompromisso com a reeleição do presidente, a despeito dos cargos que ainda ocupa no governo, não se repete em relação à disputa majoritária estadual.

Seu filho Miguel Coelho (DEM), prefeito de Petrolina, quer o governo. Se as emendas forem insuficientes para emplacá-lo, seus outros filhos, Fernando Coelho (DEM), ex-ministro das Minas e Energia, hoje deputado federal, e o deputado estadual Antonio Coelho (DEM), estão na luta.

O exemplo de Lucielle precisa chegar ao RN

Maria Lucielle Silva Laurentino é prefeita de Bezerros, cidade de 70 mil habitantes no agreste de Pernambuco e suas atitudes precisam ser copiadas pelos nossos gestores municipais.

Em outubro, a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal anunciaram investigação sobre as emendas parlamentares. Em Bezerros, Rhafanny Vasconcelos, chefe de gabinete da prefeitura, diz ter cansado de barrar propostas que já vinham com a empreiteira a ser contratada e o valor a ser devolvido ao parlamentar que alavancara os recursos.

A maior queixa da prefeita Lucielle é em relação a outro esquema de intermediação, o dos caminhões-pipa. Com 40% da população vivendo em área rural, Bezerros tem uma demanda semanal de 60 veículos. Quando Lucielle chegou à prefeitura, os vereadores tinham senhas por meio das quais liberavam caminhões-pipa junto à companhia de saneamento local, a Compesa.

Ao assumir, tirou as senhas da Câmara Municipal, levou-as para a prefeitura e abriu cadastramento dos moradores que precisassem de água. Perdeu metade dos caminhões. E passou a ser ameaçada por pessoas que chegam à prefeitura armadas.

Sem acesso à rádio local, dominada pelos políticos tradicionais, apela às redes sociais. No embate, ganhou dos adversários o apelido de “negrinha da serra”, nome do grupo de teatro do qual participou na juventude. Não é a única alcunha que lhe carimbam. Na campanha, foi chamada de “proletária que serve aos neoliberais” pelas bolsas de estudo que recebeu, ONGs e movimento de renovação da política nos quais se engajou.

Jean-Paul Prates

Relator dos projetos que tratam de combustíveis no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN) irá manter em seu parecer final dispositivos que alteram a política de preços da Petrobras, criando um imposto sobre a exportação de petróleo bruto e um programa de estabilização de preços de combustíveis no mercado interno.

As medidas contrariam a equipe econômica, que enxerga o tributo como um obstáculo para novos investimentos no país. Além disso, seu texto ainda vai sugerir a cobrança monofásica [quando a carga tributária é cobrada uma única vez, sem efeito cascata] do ICMS apenas sobre o diesel e biodiesel, sendo que as alíquotas terão de ser uniformes em todos os Estados.

De acordo com o texto, o valor do petróleo bruto ficaria isento de tributação caso esteja custando até US$ 45 por barril. No caso de o barril alcançar uma faixa de preço entre US$ 45 e US$ 85, o imposto teria de ser aplicado com no mínimo 2,5% de alíquota e no máximo 7,5%. Este mesmo imposto subiria para 7,5% ou 12,5% no caso de o valor do petróleo bruto ficaria isento de tributação caso esteja custando até US$ 45 por barril.

No caso de o barril alcançar uma faixa de preço entre US$ 45 e US$ 85, o imposto teria de ser aplicado com no mínimo 2,5% de alíquota e no máximo 7,5%. Este mesmo imposto subiria para 7,5% ou 12,5% no caso de o valor do petróleo bruto variar entrar US$ 85 e US$ 100 por barril. Por fim, a alíquota poderia oscilar entre 12.5% e 20% se o valor do petróleo bruto passar de US$ 100 por barril.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Ufersa

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Categoria(s): Artigo
domingo - 20/02/2022 - 08:34h

De rombo!

live de bingoPor Odemirton Filho

Em cidades do interior, como não há muito o que fazer, tudo é motivo de festa. Na Mossoró de tempos atrás era assim. Algumas vezes participei de bingos no Estádio de Futebol Manoel Leonardo Nogueira, o Nogueirão. Eu ia com os meus pais. Chegávamos por volta das três horas da tarde, sob um sol de lascar. Milhares de pessoas de Mossoró e de cidades vizinhas já estavam por lá.

Os bingos eram organizados pelos times de Futebol da cidade, Potiguar e Baraúnas, entidades filantrópicas ou outra entidade.

A premiação ia de fogão a automóvel. Mas havia, também, geladeiras, motocicletas e outras “prendas”. Além da expectativa de “tirar” algum prêmio, nas semanas que antecediam o bingo, normalmente eram realizados aos domingos, o trio elétrico Lazarão ficava andando por toda a cidade, com os prêmios em cima de algum caminhão. O locutor chamando a população para participar. Por vezes, eu corria atrás do caminhão pra comprar uma cartela.

No dia do evento para encontrar uma sombra era um “moído” medonho. Levávamos cadeiras pra sentar. Às vezes, comíamos cachorro-quente ou batatinha frita. Ficávamos chupando picolé d`água do rio para esfriar o calor.

Lázaro Paiva era, quase sempre, o locutor oficial dos bingos. Lázaro tinha jeito pra coisa. Animava o bingo. Cada “pedra” que era sorteada, ele gostava de “tirar onda”: “Começou o jogo”; “dois patinhos na lagoa”; “hum; hum”; é ela”! “De rombo”! “Idade de Cristo”.

Era comum, no meio do bingo, alguém gritar: bati! Então, a pessoa subia no carro de som e os organizadores iam conferir a cartela. Quando a pessoa não tinha batido, a vaia da multidão comia no centro, e aí o bingo seguia até que outra pessoa “batesse”. E quando a pessoa “passava batido”? A zorra era grande. Ainda tinham os bêbados que sempre soltavam umas “pérolas”, parece que eu tô vendo. A gente ria pra danado.

Uma vez meu pai chamou um desses bingos. Eu o acompanhei. Houve problema com alguns carros que sonorizam o local. A multidão ficou enfurecida, eu, morrendo de medo, pedia calma. Depois, graças a Deus, deu tudo certo. Certa feita, num bingo chamado por Lázaro, minha mãe “tirou” um Fiat 147. No outro dia, eu fui buscar o prêmio com os meus pais, feliz da vida.

Pois é, os bingos também eram realizados ali, no largo onde hoje fica o Ginásio Municipal Pedro Ciarlini Neto, se não estou enganado. Mas eu lembro mesmo dos bingos no Nogueirão, na Mossoró de outros tempos. Uma ruma de gente confiando na sorte.

Era uma verdadeira festa.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 20/02/2022 - 07:14h

O teórico da Justiça

Por Marcelo Alves

O norte-americano John Rawls (1921-2002) talvez tenha sido, para o direito, o mais importante filósofo da segunda metade do século XX. Falo “para” o direito porque ele não era bem um jurista, na acepção de alguém com diploma e prática na área, mas, sim, aquilo que chamamos filósofo ou cientista político. Todavia, em larga medida, suas ideias tomaram conta do direito e das concepções modernas de igualdade e de justiça.

Rawls nasceu em Baltimore, Maryland, em 1921. Bacharelou-se em 1943 pela Princeton University. Alistou-se no exército do seu país a tempo de testemunhar o fim e os dias seguintes à 2ª Guerra Mundial com as bombas de Hiroshima e Nagasaki (o que, dizem, influenciou muito sua vida). Voltou à Princeton para obter seu doutorado em filosofia em 1950.John Rawls

Foi estudar na Oxford University, no Reino Unido, sob a influência de H. L. A. Hart (1907-1992) e Isaiah Berlin (1909-1997). Retornou aos EUA para ser professor, seguidamente, na Cornell University e no Massachusetts Institute of Technology – MIT. Em 1962, achou sua “casa” na Harvard University, onde se quedou pelos cerca de 40 anos restantes de sua produtiva vida. E, de lá para o mundo, foi professor e orientou um montão de novos luminares da filosofia política e jurídica.

Entre outros títulos, Rawls publicou “Uma Teoria da Justiça” (“A Theory of Justice”, 1971), “Liberalismo político” (“Political Liberalism”, 1993) e “O direito dos povos” (“The Law of Peoples”, 1999). Mas é sobretudo por “Uma teoria da justiça”, livro seminal de 1971, que ele é celebrado. Nele, Rawls refunda uma espécie de contratualismo em prol de uma justiça política e econômica que se aparta do utilitarismo em voga, desde os tempos de Jeremy Bentham (1748-1832), entre os pensadores políticos anglo-saxões.

Como lembram os autores de “O livro da filosofia” (Editora Globo, 2011), segundo Rawls, “a chave para uma sociedade promissora é um contrato social justo entre o Estado e os indivíduos”. E para esse contrato social ser justo, as necessidades de todos os indivíduos envolvidos devem ser levadas equitativamente em consideração. Essa justiça não deve ser baseada apenas em critérios de moralidade ou merecimento individual. Até porque prévias desigualdades sociais ou econômicas tendem a levar a mais injustiças, em prol de pessoas físicas e jurídicas ricas ou poderosas, sempre em prejuízo dos já desfavorecidos.

“Esse desequilíbrio deve ser corrigido pelas regras que governam nossas instituições sociais, como os sistemas de saúde, eleitoral e educacional”, anotam os mesmos autores. Essas instituições devem ser acessíveis a todos e redistribuir meios e riqueza quando for necessário.

Na base da “teoria da justiça” de Rawls está a metodologia de decisão baseada no “véu da ignorância”, para mim a sua grande sacada. Se o dilema é como promover equitativamente os interesses de todos, devemos antes cooperar para estabelecer os próprios critérios de justiça, as regras societárias que teremos.

Segundo Rawls, em tal situação, devemos lançar mão do tal “véu da ignorância” sobre os fatos das nossas vidas (onde nascemos, quem somos, nossa raça, credo, classe social, talentos ou o que fazemos) e perquirir que regra funcionaria melhor para nós – e para qualquer um – sem levarmos em conta nossa posição na sociedade ou na vida. Como explicam os autores de “O livro da política” (Editora Globo, 2013): “se não sei qual será meu lugar na sociedade, meu interesse racional me força a escolher um mundo [ou regras] no qual todos são tratados de maneira justa”. Para Rawls, só regras assim racionalmente formuladas funcionariam bem. Ou, pelo menos, funcionariam melhor.

Ademais, assim, mesmo num ambiente de liberalismo econômico, numa democracia (o melhor dos regimes políticos), num mundo plural e multicultural, porque sabedoras as pessoas da existência de uma estrutura jurídica e social justamente estabelecida, teríamos uma sociedade coesa (ao seu modo), satisfeita e promissora.

Por fim, anoto: isso – a excelência da tomada de decisões ou formatação de regras sob o “véu da ignorância” – vale tanto para a sociedade como um todo, como para a dinâmica de pequenos grupos. Já testei a fórmula. Podem testar também. Não vão se decepcionar.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 20/02/2022 - 04:48h
Nas redes

O ‘fogo de futuro amigo’ contra Carlos Eduardo Alves

Fátima e Carlos: está tudo em casa, Fátima e Carlos sabem (Foto: arquivo/Web)

Fátima e Carlos: está tudo em casa, Fátima e Carlos sabem (Foto: arquivo/Web)

A origem é de fácil identificação.

Trata-se de “fogo de futuro amigo”, recente ataque ao ex-prefeito natalense Carlos Eduardo Alves (PDT), possível nome ao Senado com apoio da ex-adversária e atual governadora Fátima Bezerra (PT).

Vídeo espalhado nas redes sociais resgata discurso dele contra o PT, na campanha de 2018, quando foi adversário do partido e de Fátima na disputa ao governo estadual.

Não adianta chororô.

Daqui a  pouco os que o execram estarão todos a seu lado no palanque da governadora.

Gostem ou não.

Ordens do Lula (PT).

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Categoria(s): Política
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domingo - 20/02/2022 - 03:52h

Número da sorte

Por Marcos Ferreira

Bom dia, senhoras e senhores. O sol ainda custará a nascer, considerando o momento em que escrevo estas linhas, porém lhes desejo bom dia assim mesmo. Porque é madrugada do sábado para o domingo e despertei com a ideia desta crônica na cabeça. Examino o relógio no canto inferior direito da tela do notebook e obtenho esta informação precisa: duas horas e treze minutos. Se não me faltar engenho, o que não é difícil, falarei certas coisas sobre o algarismo 13.

Nos acréscimos do segundo tempo, portanto, procuro escrever esta crônica retardatária e prolixa. Careço enviá-la o mais rápido possível para o guapo jornalista Carlos Santos, comandante em chefe do Canal BCS. Dessa forma, sustentando a peteca e a periodicidade, não sofrerei redução no pró-labore que meu editor me paga mensalmente. Soldo este que recebo há mais de um ano.número 13

A grana não é lá grande coisa, contudo o espaço é honroso. Não conheço na imprensa local um veículo que reúna (dominicalmente) tantos escrevinhadores. Segundo o cronista Inácio Augusto de Almeida, os também cronistas Odemirton Filho e François Silvestre, mais antigos na casa, ganham um pouco melhor que eu e Inácio e contam até com plano funerário. Trata-se de um adicional de periculosidade que, a depender dos assuntos abordados, considero necessário.

Brincadeiras à parte, em se tratando dos cronistas mencionados, penso que escrever (exceto no caso de autores sem opinião, neutros e que jamais discordam de nada nem de ninguém) é um ofício perigoso. Sim. Escrever é uma atividade de alto risco, um longo passeio na corda banda sem cabos de segurança ou rede de proteção; um trabalho cuja única certeza que temos é o tombo.

O Canal BCS, portanto, reúne aos domingos a nata (perante a qual me sinto uma espécie de coalho) da intelectualidade mossoroense, exibindo articulistas de outros locais do estado e alhures. Não bastasse, e é preciso que se diga, os leitores que seguem o Blog Carlos Santos são de ótimo nível, uma plateia fidedigna e interessada no Canal desde as primeiras horas do domingo, especialmente porque nosso editor costuma disponibilizar algumas colaborações já na madrugada.

A exemplo dos demais, então, eu me encontro motivado e honrado em fazer parte desse elenco de beletristas e preciosos leitores, muito embora a tarefa, a aventura e os perigos de escrever com periodicidade rígida — ainda que semanalmente — representem uma travessia nem sempre bem-sucedida. Isto porque existem as pedras, os empecilhos e outros desafios ao longo do caminho.

Hoje, todavia, não me proponho a discorrer acerca dos apuros, dores e delícias do exercício literário. Não. Creio que já carreguei demais nas tintas sobre tal assunto, e os leitores devem estar de saco cheio do meu cabotinismo, circunlóquio ou tapeação. Se houver tempo e o sono não me jogar na lona, seguirei queimando pestanas com o propósito de expor algumas peculiaridades relativas ao número 13, que pode ser apresentado aqui na forma cardinal ou por extenso.

Escolhi tal assunto porque minutos antes sonhei que ganhava um bom dinheirinho no jogo do bicho apostando vinte reais no galo, cujo número é o 13. Tal coisa aconteceu de verdade há muito tempo, quando eu tinha apenas treze anos. Joguei uns tostões no galo e ganhei. Foi a primeira e única vez. Daí surgiu a minha simpatia pelo 13, que está sempre presente nas minhas apostas lotéricas.

Quem sabe, por capricho ou tolo preciosismo deste escrevinhador, que tem o mórbido hábito de metrificar até parágrafos, eu lhes submeta alguns pormenores e curiosidades envolvendo o número 13. Antecipo, no entanto, que nada será particular ou exclusivo meu. De modo algum. Todas as informações que pretendo lhes submeter são facilmente encontráveis, por exemplo, no infindável almanaque do Google e na vastíssima enciclopédia audiovisual do YouTube.

Há muita superstição e até folclore em torno do 13, como a pecha atribuída às sextas-feiras que possuem esse número, associadas a desgraças e má sorte. Não bastasse o lastro histórico ou imaginoso, o cinema americano consagrou a sexta-feira 13 como tenebrosa com a personagem Jason Voorhees, assassino serial com fortes traços sobrenaturais que atacava nessa data específica.

Conta a lenda que a superstição à volta do 13 teve origem na mitologia nórdica. Odin, rei da Escandinávia, a fim de celebrar os rituais religiosos e predizer o futuro, convidou doze deuses para um banquete no Valhalla. Aí o invejoso Loki, deus do fogo, despeitado com a beleza de Balder, deus do Sol e filho de Odin, fez com que Hodur, o deus cego, assassinasse Balder. Isto gerou a crendice de que reunir treze pessoas num jantar é receita infalível para o infortúnio.

— Água de sal! — dirá Orlando Cocotinha.

História semelhante, segundo as Escrituras, está relacionada à ceia que Cristo realizou com os doze apóstolos, entre os quais estava o dedo-duro Judas Iscariotes, que, de acordo com os evangelhos canônicos, traiu o unigênito do Altíssimo por trinta moedas de prata. Após a crucificação do Nazareno, entretanto, não suportando o peso da sua consciência de chumbo, Judas se enforcou.

O 13, que uns repudiam e outros apreciam, é emblemático, repleto de conotações e significâncias. No Apocalipse, o 13 informa sobre o Anticristo e o número da Besta. Em nível planetário, os literatos são homenageados aos 13 de outubro, data reverenciada como o Dia Mundial do Escritor. Existe até uma palavra por demais escalafobética para denominar aqueles que têm medo do 13: triscaidecafóbicos. Para fugir do azar, alguns edifícios não possuem o 13º andar.

Há notícias desse tipo em obras como o Dicionário de Símbolos, de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant; Dicionário do Folclore Brasileiro, de Câmara Cascudo, e I Ching: O Livro das Mutações, de Richard Wilhelm. Nove anos atrás, videntes previam que o mundo acabaria em 2013. Não acabou. Aqui estamos vivinhos, apesar da pandemia e do Grande Percevejo da Casa de Vidro.

Digo que o numeral 13, com perdão do meu entusiasmo, é o pop star entre os algarismos. Mais célebre até mesmo que o 666, suposto número da Besta. O mito da sexta-feira 13 é pura história da carochinha, diálogo flácido para acalentar bovinos, ou seja, conversa mole para boi dormir. Mas ninguém pode mudar a cabeça de certas pessoas supersticiosas, muito menos no tocante às sextas-feiras 13, vistas pelo imaginário popular como símbolo de azar e mau auspício.

Outra vez eu consulto o relógio e deparo com esta coincidência: quatro horas e treze minutos. Momento de usar o ponto final e enviar estas páginas ao Carlos Santos. Seria bom que o “rapaz velho e encruado” programasse esta crônica, por exemplo, para o horário das cinco e treze. Quem sabe o 13 venha a ser o número da sorte deste país. Vejam também que escrevi 1113 palavras.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
sábado - 19/02/2022 - 23:58h

Pensando bem…

“É necessário apenas uma pessoa para mudar a sua vida: você.”

Ruth Casey

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sábado - 19/02/2022 - 23:52h
Mudança

O futuro bispo de Mossoró

Dom Mariano: substituição compulsória (Foto: cedida)

Dom Mariano: substituição compulsória (Foto: cedida)

O futuro bispo da Diocese de Mossoró provavelmente será um nome fora do rol clerical que a compõe.

Faça suas apostas.

Dom Mariano Manzana cumpre seu ciclo como bispo esse ano, sendo compulsório seu afastamento. Ele chegará aos 75 anos de idade no dia 13 de outubro.

Episcopado

Dom Mariano iniciou seu ministério em Mossoró no dia 17 de setembro de 2004, quando tomou posse em solene celebração na Catedral de Santa Luzia como sexto bispo. Seu lema episcopal é “Chistus ad Gentes” (Cristo para todos).

Nascido em Mori (Itália) em 13 de outubro de 1947, Dom Mariano comanda uma circunscrição eclesiástica que cobre 58 municípios do RN, a partir de Mossoró.

À frente da Diocese de Mossoró, ele implantou inúmeros projetos: Santas Missões Populares, Seminário Maior, Faculdade Católica do Rio Grande do Norte, Domingo da Solidariedade, criação de 39 paróquias, ordenação de quase 50 padres, envio de 13 padres e seminaristas para pós-graduação em Roma, e outros para mestrado e doutorado, incentivo à catequese, onde ele é o bispo referencial do Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), acolhimento de comunidades de vida consagrada e religiosa.

Também empreende um trabalho incansável com os menos favorecidos e dependentes químicos através de vários projetos sociais e tantas outras obras.

Outra faceta dele é como administrador, gerindo patrimônio imobiliário com enorme destreza à sustentação de ações do seu episcopado.

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Categoria(s): Gerais
sábado - 19/02/2022 - 23:48h
Plantões

Sinpol vê ‘retaliação velada’ contra policiais civis

Edilza faz alerta (Foto: reprodução BCS)

Edilza faz alerta (Foto: reprodução BCS)

O Sindicato dos Policiados Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (SINPOL/RN) denuncia que o Governo do Estado, através da Delegacia-Geral da Polícia Civil (DEGEPOL), tem feito retaliação velada contra os policiais civis que estão se recusando a trabalhar no horário de folga. Além disso, a Degepol tem feito maquiagem para suprir a falta de efetivo da PCRN.

“Nesta semana, várias portarias foram publicadas designando policiais civis que trabalham no serviço ordinário, em delegacias de bairros ou municipais, por exemplo, para delegacias de plantão”, cita a presidente do Sinpol/RN, Edilza Faustino.

Segundo ela, o atendimento diário, de segunda a sexta-feira, é prejudicado em muitas delegacias do Rio Grande do Norte para suprir os plantões noturnos ou de final de semana.

ADTS

Além disso, o Sinpol/RN relata que existe designação até mesmo de policial civil que está de licença-prêmio para trabalhar na Delegacia de Plantão de Caicó.

Policiais civis, delegados e escrivães discutem com governo um entendimento para se evitar perda de 35% de Adicional por Tempo de Serviço (ADTS), como quer o Ministério Público do RN (MPRN), através de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), protocolada em 2019.

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Categoria(s): Administração Pública / Segurança Pública/Polícia
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