• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
terça-feira - 11/06/2024 - 10:46h
Deixe quieto

Pesquisa eleitoral não traz qualquer ânimo

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

Presidente do PSDB do RN, o deputado estadual Ezequiel Ferreira recebeu e folheou a pesquisa eleitoral que encomendou a instituto de sua confiança, com a fotografia do cenário sucessório em Mossoró.

O trabalho de campo foi realizado entre os dias 30 e 31 últimos (veja AQUI) – noticiamos em primeira mão.

Passou uma folha, passou outra… enrugou os músculos da testa, travou os lábios e deixou claro para os interlocutores, que não gostou nadica de nada do que via.

Com razão.

Deixe quieto.

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Categoria(s): Política
terça-feira - 11/06/2024 - 08:42h
Governo Lula

“MP do Fim do Mundo” causa prejuízo de bilhões; Senado vai reagir

Agronegócio e setor de combustíveis estão em polvorosa (Arte ilustrativa)

Agronegócio e setor de combustíveis estão em polvorosa (Arte ilustrativa)

Do Canal Meio e outras fontes

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não está nada satisfeito com a MP que limita a compensação de PIS/Cofins com impostos federais. Apelidada de MP do Fim do Mundo, o agronegócio calcula um prejuízo de R$ 30 bilhões, enquanto o setor de combustíveis fala em R$ 10 bilhões. Em reunião com o presidente Lula, Pacheco disse que o tema não deveria ter sido tratado por MP, sem respeitar a regra que estabelece que a União fica proibida de cobrar qualquer tributo no mesmo exercício financeiro e o prazo de 90 dias, conta Raquel Landim do UOL.

A MP entrou em vigor no último dia 4. O presidente do Senado disse que há um grande descontentamento no setor produtivo, que se deparou com essa situação da noite para o dia, o que pode justificar uma inconstitucionalidade. E afirmou que vai tomar uma decisão até hoje.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou a MP para compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores e de pequenos municípios.

“O governo não está sozinho no desgaste político provocado pela MP que restringiu o uso de créditos do PIS/Cofins. O Congresso terá de assumir a responsabilidade de encontrar a forma de financiar a perda de arrecadação com a manutenção da desoneração da folha de pagamentos neste ano. O impasse precisa ser resolvido até o fim do prazo de 60 dias dado pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, para governo e Congresso encontrarem uma solução. O tempo começou a contar em 17 de maio,” diz Adriana Fernandes da Folha.

Entenda a MP do Fim do Mundo clicando AQUI.

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terça-feira - 11/06/2024 - 04:30h
Forró Dobrado

Compromisso marcado com Dani Cruz e Daniela Fernandes no MCJ

Dani Cruz e Daniela Fernandes: Musicalidade nordestina Foto: Divulgação)

Dani Cruz e Daniela Fernandes: Musicalidade nordestina Foto: Divulgação)

Na diversificada e intensa programação do Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2024, não é possível aproveitar tudo. O jeito é ser muito seletivo, conforme o gosto e tempo de cada um. Então, aceite essa dica: marque compromisso para sábado (15), beirando as 21h30, com o “Forró Dobrado” de Natal

A dupla Dani Cruz e Daniela Fernandes, do Forró Dobrado, vai se apresentar na Cidadela – Palco 2 (em frente à sede do Sebrae, Centro). Chance para desfrutarmos da musicalidade que elas rebobinam através de canções e artistas imortais.

Luiz Gonzaga, Marinês, Elba Ramalho e Dominguinhos são alguns nomes que saem da lista de sucessos. Forró raiz, o xote, o baião, expressões da cultura musical do Nordeste, vão ser a trilha sonora de uma noitada que promete encontro e reencontros, corpos colados e arrasta-pé. Voz solta no ar.

Dani e Daniela terão no palco o reforço qualificado de Mônica Michelly no contrabaixo, Jubileu Filho na guitarra e direção musical, Bruno Cirino na sanfona, Ramon Gabriel na bateria e percussões, e Jadson Ricardo nas percussões.

Elas

Dani Cruz é cantora e compositora potiguar independente da Nova MPB. Sob influência da MPB, do Samba e World Music já lançou 3 EPs autorais e realizou projetos que enalteceram as mulheres na música, como o “Elas” , “Samba de Sereia” e “Estação Mulheres”. Foi ganhadora do Prêmio Hangar de Música 2021 na categoria EP do ano e Intérprete do Ano em 2022, além de integrar o coletivo Mulheres Na Roda de Samba Natal há quatro anos. Em 2024, Dani está completando dez anos de carreira musical.

Daniela Fernandes, nascida em Natal, é cantora, compositora e bailarina. Desde 2015, atua profissionalmente na música, iniciando sua carreira como vocalista e produtora do projeto cultural Ribeira Boêmia, onde permaneceu até 2020 e se apresentou ao lado de artistas renomados nacionalmente. De 2017 a 2021, foi vocalista da SESI Big Band, realizando diversas apresentações em Natal e outras cidades dentro e fora do estado. Em 2021, iniciou seu trabalho autoral com o single “Canção de Oferenda” e em 2023, seu EP “Ressalto” foi recebido com ótimas críticas no cenário potiguar.

Combinado?

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Categoria(s): Cultura / Gerais
segunda-feira - 10/06/2024 - 23:54h

Pensando bem…

“Temos que aprender a ser nossos melhores amigos, porque caímos facilmente na armadilha de sermos nossos piores inimigos.”

Roderick Thorp

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segunda-feira - 10/06/2024 - 21:48h
Pesquisa 98 FM/Consult

Fátima tem 70,1% de Reprovação, Lula 51,2% e Álvaro divide eleitor

Álvaro tem maior aprovação, com Fátima mais abaixo e Lula (Fotomontagem: Arquivo/Agora RN)

Álvaro tem empate técnico em avaliação, Fátima tem números assustadores e Lula também decai (Fotomontagem: Arquivo/)

Veja a avaliação dos governos municipal, estadual e federal, segundo os eleitores natalenses, em pesquisa 98 FM/Instituto Consult, divulgada à noite desta segunda-feira (10). O mesmo trabalho também procurou saber qual a maior liderança política da capital.

Pelos números, o prefeito Álvaro Dias (Republicanos) tem Aprovação apertada, com 44% e Reprovação de 43,4%.

A gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) chega à assustadora marca de 70,1% de Reprovação e apenas 21,9% de Aprovação.

Quanto ao governo do presidente Lula (PT) a Desaprovação totaliza 51,2% e a Aprovação é de 42,2%.

Governo Álvaro Dias

Aprova: 44%

Desaprova: 43,4%

Não sabe dizer: 12,6%

Governo Fátima Bezerra

Desaprova: 70,1%

Aprova: 21,9%

Não sabe dizer: 8%

Governo Lula

Desaprova: 51,2%

Aprova: 42,2%

Não sabe dizer: 6,6%

Maior liderança política de Natal

Álvaro Dias: 15,6%

Carlos Eduardo: 8,8%

Fátima Bezerra: 5,2%

Styvenson Valentim: 2,5%

Wendel Lagartixa: 1,3%

Paulinho Freire: 1%

Rogério Marinho: 0,8%

Demais nomes somados: 5,5%

Não sabe: 45,6%

Nenhum: 13,7%

O levantamento Consult/98FM ouviu 1.000 eleitores entre os dias 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, para mais ou menos, com intervalo de confiança de 95%. O registro na Justiça Eleitoral é o RN-04182/2024.

Leia tambémCarlos Eduardo tem 38,1%, Paulinho soma 18% e Natália 13,5%

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 10/06/2024 - 20:52h
Pesquisa 98 FM/Consult

Carlos Eduardo tem 38,1%, Paulinho soma 18% e Natália 13,5%

Carlos ganharia no segundo turno: Paulinho já ultrapassa Natália (Fotomontagem da 98 FM)

Carlos ganharia no segundo turno: Paulinho já ultrapassa Natália (Fotomontagem da 98 FM)

Pesquisa do Instituto Consult divulgada nesta segunda-feira (10), pela rádio 98 FM, traz os números atualizados da corrida eleitoral à Prefeitura de Natal, faltando menos de quatro meses para o pleito.

O levantamento do Consult mediu intenções de voto para a prefeitura nos cenários Espontâneo (quando o entrevistado pode citar qualquer nome) e Estimulado (quando é apresentada ao entrevistado uma lista de possíveis candidatos).

Além disso, foi identificada a Rejeição dos pré-candidatos.

Carlos Eduardo Alves (PSD) tem maioria de 20,1% pontos percentuais sobre o segundo colocado, que é o deputado federal Paulinho Freire (UB), com 18,1%. Freire ultrapassou a deputada federal Natália Bonavides (PT), que somou 13,5%. O quarto colocado é o ex-deputado federal Rafael Motta (Avante) com 4,9%.

Pelos números, ele venceria as eleições logo no primeiro turno.

Confira os números:

Estimulada

Carlos Eduardo (PSD): 38,1%

Paulinho Freire (União Brasil): 18%

Natália Bonavides (PT): 13,5%

Rafael Motta (Avante): 4,9%

Não sabe dizer: 11,5%

Nenhum: 14%

Espontânea

Carlos Eduardo (PSD): 13,8%

Paulinho Freire (União Brasil): 5,7%

Natália Bonavides (PT): 5,1%

Álvaro Dias (Republicanos): 2,3%

Demais nomes somados: 2,4%

Não sabe dizer: 62,7%

Nenhum: 8%

Rejeição 

Natália Bonavides (PT): 34,1%

Paulinho Freire (União Brasil): 17,4%

Rafael Motta (Avante): 15,6%

Carlos Eduardo (PSD): 13,2%

Não sabe dizer: 19,1%

Nenhum: 7,7%

Todos: 10,6%

O levantamento Consult/98FM ouviu 1.000 eleitores entre os dias 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, para mais ou menos, com intervalo de confiança de 95%. O registro na Justiça Eleitoral é o RN-04182/2024.

Veja a seguir a avalição dos governos Álvaro Dias (Republicanos), Fátima Bezerra (PT) e Lula da Silva (PT).

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segunda-feira - 10/06/2024 - 19:50h
Saúde pública

Esforço tenta fazer do Brasil um “país livre de sarampo”

Vacinação é nacional (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Vacinações nacionais, conscientização e outras medidas tentam banir a doença (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Rio Grande do Norte está desde 2020 sem registrar nenhum caso de sarampo. A falta de ocorrências da doença tem sido fundamental para o sucesso das medidas de controle e redução do sarampo em todo o território nacional.

Este mês, o Brasil completou dois anos sem casos autóctones da doença, aproximando-se assim da retomada da certificação de ‘país livre de sarampo’, após ter deixado de ser considerado uma região endêmica no ano passado.

Sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode levar à morte. Sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. A maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação.

Sinais e sintomas 

Exantema (manchas vermelhas) no corpo e febre alta (acima de 38,5°) acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas:

Tosse seca;

Irritação nos olhos (conjuntivite);

Nariz escorrendo ou entupido;

Mal-estar intenso.

Veja mais informações sobre diagnóstico e tratamento clicando AQUI.

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Categoria(s): Saúde
segunda-feira - 10/06/2024 - 18:36h
Audiência pública

JFRN vai debater sistema de cotas em concursos públicos

Ilustração do Correio Braziliense

Ilustração do Correio Braziliense

O debate sobre cotas para pretos e pardos em seleções públicas será tema de uma audiência pública na Justiça Federal do Rio Grande do Norte (JFRN), promovida pelo Centro de Inteligência. O evento acontecerá na próxima sexta-feira, dia 14 de junho, a partir das 9h30, no auditório da JFRN, em Natal.

O tema foi motivado pelo aumento da demanda de ações envolvendo o designação de “pardos” em concursos públicos. No Judiciário Federal potiguar tramitaram, nos últimos dois anos, em torno de 60 processos com essa temática.

Os maiores demandados são estes: Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), União e Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).

Após todo debate e pesquisa, os magistrados Caio Diniz e Moniky Dantas, relatores desse processo no Centro de Inteligência, elaborarão uma nota técnica sobre o assunto, que tem a função de uma sugestão para o enfrentamento do tema na JFRN.

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segunda-feira - 10/06/2024 - 14:30h
Política de alianças

Vai começar a nova temporada de “A dança das cadeiras”

Ilustração Web

Ilustração Web

Vai começar a nova temporada do espetáculo “A Dança das Cadeiras” em repartições e autarquias estaduais situadas em Mossoró. Nada a causar estranheza, que fique claro.

O governo Fátima Bezerra (PT) e seu partido trabalham acomodação de nomes conforme a política de alianças adotada à campanha municipal que se aproxima.

Tem gente que já começou a limpar as gavetas.

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 10/06/2024 - 12:02h
Ao telefone

Fidalguia devolve José Agripino aos tempos de “Jajá”

Ilustração UOL

Ilustração UOL

Apesar de diferenças pessoais e políticas, profundas, o ex-senador José Agripino (UB) e o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (PP) trocaram umas palavrinhas ao telefone. Fidalguia de lado a lado, que se diga.

O ex-senador ligou para Carlos Augusto para lhe desejar plena recuperação de saúde. Após sério problema de anemia que o levou a internamento hospitalar (veja AQUI, AQUI e AQUI), as notícias são muito boas.

Na conversa, José Agripino recebeu até um afago que não ouvia há décadas.

Foi tratado por pelo interlocutor como “Jajá.”

Era o apelido que popularizou José Agripino às massas no início dos anos 80, aglutinando as iniciais do seu nome, em repetição.

Jajá a-do-rou.

Saúde, Carlos.

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segunda-feira - 10/06/2024 - 11:22h
RN

Projeto de Gustavo Carvalho veta cessão de professores estaduais

Carvalho tem amparo em denúncia do próprio Sinsp/RN (Foto: ALRN)

Carvalho tem amparo em denúncia do próprio Sinsp/RN (Foto: ALRN)

O deputado estadual Gustavo Carvalho (PSDB) apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa proibindo a cessão de professores da rede pública estadual de ensino para exercício de cargos de provimento em comissão em quaisquer órgãos ou entidades públicas. A proibição independe do ônus do pagamento.

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviços Público da Administração Direta do Rio Grande do Norte (SINSP/RN) denunciou, ano passado (veja AQUI), o Governo Fátima Bezerra (PT) de aumentar em quase dez vezes o número de trabalhadores da educação em funções administrativas. Em janeiro de 2019, o Estado tinha 847 professores temporários contratados. Em outubro de 2022, próximo ao fim do primeiro mandato da governadora Fátima Bezerra (PT), o número saltou para 3.638.

Em março deste ano, o deputado estadual Luiz Eduardo (SDD) informou que 3.207 professores estaduais estão fora da sala de aula, cedidos aos mais diversos órgãos públicos (veja AQUI).

Distorções

“Essa transferência temporária de professores afeta diretamente o quadro de profissionais nas escolas, resultando em sobrecarga de trabalho para os demais docentes e impactando negativamente o processo de ensino-aprendizagem. Além disso, a cessão de professores para cargos em comissão pode gerar distorções salariais e prejudicar a carreira dos docentes, já que muitas vezes esses cargos não estão relacionados à área de atuação dos profissionais cedidos”, explicou Gustavo Carvalho.

A lei diz ainda que os professores atualmente cedidos para exercício de cargos em provimento em comissão, deverão retornar às suas atividades na rede pública estadual de ensino no prazo máximo de 30 dias, contados a partir da vigência desta lei. “O descumprimento desta lei acarretará sanções administrativas, disciplinares e legais aos responsáveis, conforme legislação vigente”, disse.

Considera-se cessão a transferência temporária de um servidor público para o desempenho de atividades em outro órgão ou entidade, seja da administração direta ou indireta.

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segunda-feira - 10/06/2024 - 08:44h
Prefeitura de Natal

Rafael Motta apresenta pré-candidatura, mas com espectro de 2022

Rafael Motta entra em nova jornada, mas com espectro do que ocorreu em 2022 (Foto: PSB)

Rafael Motta entra em nova jornada que o remete à experiência de 2022 (Foto: PSB)

O Avante lançou, neste sábado (08), o ex-deputado federal Rafael Motta como pré-candidato para Prefeitura de Natal. O anúncio foi realizado durante o encontro estadual do partido, no Albatroz.

Em discurso durante o evento, Motta disse que vai apresentar um projeto para a cidade de Natal que seja inovador e tecnológico dentro dos problemas que a população enfrenta atualmente, com destaque para mobilidade urbana e falta de vagas em creches. Destacou a necessidade de geração emprego, melhorias para a saúde e implementação de Parcerias Público Privada (PPPs).

Sua oratória foi finalizada afirmando que a sua pré-candidatura é “no meio da rua, no meio do povo, conversando, dialogando, mostrando que temos o melhor projeto para nossa cidade, para melhorar a vida dos natalenses.”

2022

Rafael Motta entra em nova jornada, mas com espectro do que ocorreu em 2022. Nesse ano, com candidatura à Câmara Federal encaminhada, resolveu ir à disputa ao Senado. Rachou o governismo estadual, que tinha adotado o nome de Carlos Eduardo Alves (PDT, hoje no PSD), ex-prefeito natalense, como seu candidato. Na prática, na matemática, nas urnas, indiretamente acabou concorrendo à vitória do ex-deputado federal e ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL). Na corrida à Prefeitura de Natal pode pesar na realização do segundo turno ou atrofiar de vez uma carreira promissora.

Rafael foi eleito o segundo vereador mais votado de Natal, aos 26 anos, em 2012. Recebeu o título de Parlamentar do Ano, em 2013. No ano seguinte, em 2014, se candidatou e foi eleito deputado federal, o segundo mais votado do estado. Reeleito em 2018, com votação em todos os 167 municípios do RN.

Em 2022, resolveu concorreu ao cargo de Senador, obtendo 385.275 votos. Atuou, também, como assessor especial da Infraero e secretário de Esporte e Lazer de Natal.

Seu avô, Clóvis Coutinho da Motta, foi deputado estadual entre 1955 e 1959, deputado federal de 1959 a 1966 e vice-governador de Monsenhor Walfredo Gurgel de 1966 a 1971. Seu pai é o ex-deputado estadual Ricardo Motta.

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segunda-feira - 10/06/2024 - 01:02h
Futebol

Potiguar segue vexame, ABC empata e América vence

O Potiguar segue manchando sua história com campanha pífia na Série D d0 Brasileirão 2024, grupo C. Nesse domingo (9), no Estádio Edgarzão, em Assú, perdeu a sexta partida seguida na competição. Segura a lanterna e tem apenas uma vitória em sete jogos.

O Treze de Campinha Grande-PB, com 19 pontos e primeiro colocado no grupo C, chegou a mais uma vitória e dessa feita por 0 x 3, com gols de Thiaguinho, Wallace Pernambucano e Thiago Alagoano.

A diretoria do alvirrubro errou a mão este ano. Pecados por cima de pecados. Alguns jogadores importantes já foram dispensados e pelo visto, a meta é apenas perder de pouco. Mas, faltam ainda sete rodadas. Um calvário para o torcedor.

ABC

O ABC empatou em 1 x 1 com o Figueirense no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, no sábado (8). Jefinho abriu o placar para os donos da casa aos 42 do primeiro tempo e Wallyson empatou para o time natalense aos 50 do segundo tempo.

O time da casa voltou a pontuar após uma sequência de três derrotas seguidas na competição nacional e o ABC obteve um importante resultado.

Com o empate, o Figueirense-SC chegou aos 11 pontos e se manteve na sexta colocação, enquanto o ABC-RN está em 10º, com oito pontos conquistados.

América

Na Arena das Dunas, em Natal, no sábado, o América venceu o Iguatu-CE por 1 x 0 (gol de Souza) e chegou à terceira posição no grupo C da Série D do Brasileirão 2024. O time cearense, que era o 3º colocado, caiu para a quarta colocação.

O alvirrubro de Natal chegou aos 12 pontos, enquanto o Iguatu ficou com 11. Os times voltam a se encontrar na quarta-feira (12), desta vez no Ceará, pelo primeiro jogo do returno. A bola rola às 19h.

Santa Cruz de Natal

Com gols de Ari aos 4 minutos do primeiro tempo e 26 minutos do segundo tempo, o Atlético-CE venceu o Santa Cruz de Natal por 2 a 0 pela sétima rodada da Série D do Campeonato Brasileiro, grupo C. Jogo foi no estádio Domingão, em Horizonte, no sábado.

Clube cearense chegou aos 9 pontos, na quinta posição. E o Santa Cruz continua com 12 e segunda colocação.

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Categoria(s): Esporte
domingo - 09/06/2024 - 23:56h
Pensando bem...

Pensando bem…

“Quando alguém está passando por uma tempestade, sua presença silenciosa é mais poderosa do que um milhão de palavras vazias.”

Thelma Davis

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domingo - 09/06/2024 - 22:52h

Festival de Repentistas, uma árdua luta à preservação da cultura

Por Aldaci de França

Ilustração do Repente/Voz de Cordel

Ilustração do Repente/Voz de Cordel

Em 2001, propomos inserir na programação do Mossoró Junina, o I Festival de Repentistas do Nordeste, o que foi acatado pelo presidente da Fundação Municipal de Cultura, de então, professor Antônio Gonzaga Chimbinho (in memoriam). Ele levou a proposta à chefe da municipalidade, Dra. Rosalba Ciarlini, que acatou a ideia.

Daí, dar-se o ponto de partida de uma maratona nossa para que o projeto fosse se tornando uma tradição cultural no Mossoró Cidade Junina (MCJ), representada pelo que temos de melhor no contexto do repente. Com a configuração do evento em tradição cultural, chegamos nesse 2024 à sua 22ª edição.  Mais uma vez, ele está na programação do MCJ – dias 21 e 22 deste mês.

Não tem sido fácil a continuidade do nosso evento no Cidade Junina ao longo desse tempo, mesmo sendo justificado como tradição cultural de raiz, que indubitavelmente coaduna-se aos festejos juninos. Quem esteve à frente da pasta da cultura em 2015 (Governo Francisco José Júnior) e 2018 (Governo Rosalba Ciarlini). Em 2015, o projeto aconteceu, mas fomos  prejudicados pelo total desprezo por parte da Secretaria de Cultura, ao nosso evento, inclusive, até hoje os cachês estão adormecidos, não sei por onde.

Em 2018, o certame foi inicialmente retirado da programação do MCJ, mas a prefeita Rosalba Ciarlini, acabou o recolocando na referida programação. Se voltarmos ao tempo, identificaremos bem quem estava à frente da pasta da cultura, nos anos acima citados.

Apesar disso, estamos nos fortalecendo aos poucos, por superarmos obstáculos e barreiras encontradas nos nossos caminhos. As injeções de desestímulos têm surtido efeitos contrários, por nos sentirmos muito inspirados a sempre lutar em defesa da cultura, e acrescentamos: isso já está bem definido em nossos objetivos, como defensores da cultura popular, e no caso, em tela, com mais ênfase, a difusão do repente.

Seriamos injustos, se não registrássemos o compromisso da gestão atual do prefeito Allyson Bezerra com o Projeto Festival de Repentistas no Mossoró Cidade Junina. O tratamento dado as “grandes bandas”, “cantores renomados” etc., em termos de cumprimento de cachês, é o mesmo em relação a nós e outros artistas locais. Só temos o que agradecer pela atitude justa. Somos tratados igualmente, claro, com diferenciação nos valores.

O que justifica os nossos esforços para colocar a cantoria no patamar que merece, é a certeza de que a cada dia a nossa produção poética ganha mais qualidade, tanto  poeticamente quanto ao aspecto estético, o que  não pode ser considerado como “cultura de baixo valor”, conforme Aurélio Buarque, equivocadamente conceitua o cordel, em seu dicionário. Assim como Buarque, alguns chamados de “intelectuais” cometem o mesmo engano, quando fazem alguma referência à cantoria, ao repente, e da mesma forma ao cordel.

Para resolver esses problemas, o caminho é a pesquisa séria que poderá oportunizar um conhecimento mais embasado no contexto da poesia popular nordestina.

Diante do exposto, nos cabe agora, como sempre, cuidar bem do nosso Festival, que sem dúvidas mais uma vez vai somar no sucesso do Mossoró Cidade Junina/2024,  onde grandes nomes da cantoria como Geraldo Amâncio, Antônio Lisboa, Edmilson Ferreira, Daniel Olímpio, Edvaldo Zuzú, Felipe Pereira, Acrísio de França, André Santos, Miro Pereira, e demais repentistas de quilate similar, estarão se desafiando no Polo Poeta Antônio Francisco, 21 e 22 de junho de 2024.

Não perca.

Aldaci de França é repentista, escritor e coordenador do Festival dos Repentistas do Nordeste no MCJ

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Categoria(s): Crônica
domingo - 09/06/2024 - 11:14h

À cata do vento

Por Marcelo Alves

Natural History Museum (Foto: Web)

Natural History Museum (Foto: Web)

Na região londrina de South Kensington – bairro chique, por sinal –, precisamente no encontro da Cromwell Road com a Exhibition Road, ficam alguns dos melhores museus da capital do Reino Unido: o Victoria and Albert Museum (o maior e melhor museu de artes decorativas do Mundo, posso afirmar), o Natural History Museum e o Science Museum.

Na nossa estada em Londres para o feriado de Páscoa, decidimos levar o pequeno João, em dias encarrilhados, para conhecer dois desses museus, o de História Natural e o de Ciências. Tenho certeza de que, por mais maravilhoso que seja o Victoria and Albert Museum, João, com os seus cinco anos ainda incompletos, não está muito interessado em arte decorativa.

O Natural History Museum, começando pelo belíssimo prédio, é fantástico. É programa para toda a família, com seus dinossauros gigantes, suas baleias e outros grandes mamíferos, seus vulcões e meteoros e uma infinidade de coisas mais. Algumas atrações são “de verdade”; outras, claro, como um insólito terremoto, simulações. Tudo é muito explicadinho. Instrutivo mesmo. A pegada do Science Museum é a mesma, apenas direcionado para a ciência do homem.

Invenções de todo tipo, casa, carros, navios, aviões e computadores, viagens espaciais, energias sustentáveis, conquistas da matemática e da medicina, laboratórios ilustrativos e muito mais, tudo junto mas não misturado. Muito interativo para as crianças. A visitação a ambos é gratuita. Maravilha!

Aproveitamos bastante – João, em especial – os passeios. Chegar aos museus é facílimo. A estação do tube de South Kensington é bem pertinho das atrações. Curtimos toda a tarde do nosso primeiro dia em Londres no Museu de História Natural. Já na manhã do segundo dia, que passamos no Museu de Ciências, nos livramos, agradavelmente abrigados e distraídos, de uma daquelas inconvenientes chuvas londrinas.

Saímos quando o céu deu uma trégua. A rua ao derredor da estação de metrô é simpaticíssima. Cheia de pequenos restaurantes. Comemos uma massa. João devorou suas batatas fritas. Eu ainda achei uma pequena mas charmosa livraria, a South Kensington Books, onde comprei um livro de divulgação científica (gênero literário que adoro), “Scientifica Historica: how the world’s great science books chart the history of knowledge” (Ivy Press, 2019), de Brian Clegg. Deu tudo certíssimo.

Mas o meu objetivo hoje não é bem elogiar – ou não é só esse – as visitas aos museus londrinos. Quero aqui muito mais “protestar” em prol de um museu brasileiro, sito em São Paulo capital, que, asseguro, pouco deixa a desejar aos congêneres estrangeiros: o Museu Catavento, inaugurado em 2009, também dedicado às ciências e à sua divulgação.

A excelência do Museu Catavento começa pelo seu prédio, o outrora Palácio das Indústrias, depois sede da prefeitura, que é belíssimo. Lá uma exposição conta a história da edificação. Mas o seu acervo também é maravilhoso. Gigante. Tem de tudo: planetas e estrelas, vulcões e terremotos, aviões e submarinos, ciência, educação e interatividade. É um espaço do poder público, administrado – e muitíssimo bem cuidado – pelo estado de São Paulo. E a entrada é gratuita. Viva!

Entretanto, talvez pelo nosso alegado “complexo de vira-lata”, é comum enaltecermos –  e visitarmos, se nos dada a oportunidade – apenas os museus estrangeiros. O que é nosso é desmerecido e até mesmo desconhecido. Eu mesmo, tendo morado/estudado em São Paulo, até outro dia sequer tinha ouvido falar do Museu Catavento. Só ficamos sabendo da sua existência por intermédio de um amigo de Natal que havia acabado de levar o filho lá.

De toda sorte, o pequeno João nos deu mais uma lição. Na sua inocência, acho que ele gostou muito mais do museu paulistano do que dos congêneres londrinos. Lembro-me dele pulando da Terra para o Sol, metendo a mão nos meteoros e de cabelos em pé na sua experiência com a eletricidade.

Talvez porque intuitivamente entendendo o português ali escrito e falado, ele estava mais feliz – aliás, curioso e excitado talvez sejam termos mais justos. No nosso museu, ele correu solto à cata do vento e das suas muitas histórias.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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domingo - 09/06/2024 - 11:08h

Liberté

Por Bruno Ernesto

“A Liberdade guiando o povo”, de Eugène Delacroix, no Museu do Louvre

“A Liberdade guiando o povo”, de Eugène Delacroix, no Museu do Louvre

Tal qual Ariano Suassuna, não gosto de estrangeirismos. Entretanto, utilizar o lema da revolução francesa convém neste texto, especialmente pelo fato de que ela é um marco para a liberdade individual que, até hoje, podemos desfrutar; embora, claro, a deusa da liberdade não esteja tão cintilante como na famosa tela pintada por Eugène Delacroix, que a retratou em comemoração à Revolução de Julho de 1830, após ser testemunha ocular da revolução que culminou com a queda de Carlos X.

Consta na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, resultado da Revolução Francesa, que a liberdade consiste em poder fazer tudo aquilo que não prejudique outrem.

De forma simples, direta, e em vernáculo claro: a sua liberdade acaba quando encontra o direito do outro.

Entretanto, caro leitor, há outra forma de liberdade que muitas vezes é relevada e, por vezes, terrivelmente combatida por cidadãos de bem, na esperança de que o caminho da paz e da concórdia depende da compreensão ao próximo e do respeito à lei.

Em outras oportunidades, registrei que uma das coisas que mais admiro são o sarcasmo e a ironia. Especialmente em forma de charge e tirinhas, pois nos permite ter um grau de liberdade para fustigar o debate, ou mesmo a reflexão, sobre qualquer tema, sem que desperte ódio visceral em quem não esteja disposto a enfrenta-lo de uma forma tão direta; e se o tem, o autor tem a liberdade de propor a forma inicial de como será debatido ou refletido.

Lembre-se, contudo, que as revoluções, seja ela qual for, historicamente, não podem contar com a compreensão do próximo, e que foi na praça da Concórdia, em Paris, durante a revolução francesa, que foi instalada a guilhotina.

Quem não conhece o adágio popular de que a educação de casa vai à praça? Pois bem. O próximo, a que me refiro, é o opositor; pois até mesmo a contracultura é revolucionária por essência, se não por atos, mas por outras formas.

Aqui no Brasil, temos o famoso lema da Inconfidência Mineira, “Libertas quae sera tamen”, que embora seja erroneamente traduzido como “Liberta que será também” significa em verdade, “Liberdade, ainda que tardia”, e que também traduz o sentimento de que é melhor ter um instante, ainda que final, de liberdade, que morrer sem tê-la.

Ora, no mundo em que vivemos, podemos ver uma série de situações nas quais alguém diz que fulano é sem paciência, pavio curto, incompreensível e agoniado.

De modo contrário, há quem diga que beltrano é calmo demais; passivo demais; nunca foi visto perdendo a paciência.

Quando escuto alguém falando essas coisas, pondero ambas as situações.

Quem nunca perdeu a paciência uma vez na vida não é normal. Ninguém é pacífico e passivo ao extremo, de forma a jamais ter saído da linha, perdido a compostura, ter rodado a baiana, ou blasfemado.

Desculpe-me, não acredito nisso. E nem precisa se dar ao trabalho de me convencer, pois todo mundo tem uma vida pública, particular e uma secreta.

O que pode ocorrer, acredito, é que se dê apenas numa frequência menor que o habitual das pessoas tidas como pavio curto.

Entre uma xícara e outra de café, num descontraído bate-papo, ainda há quem se espante quando digo odeio positividade tóxica, e que vez ou outra é bom viver o caos.

Se numa roda de conversa alguém se lamenta a dizer que não quer dar trabalho para morrer e que morte é um problema para os familiares providenciar o enterro, eu digo que quero morrer no dia mais inconveniente possível, de preferência numa véspera de feriado e na boca da noite.

Aos que se espantam e não compreendem, em arremate, digo mais: não há nada mais libertador de que mandar uma pessoa ir para aquele canto. Nem que seja de maneira elegante e com urbanidade. Se é que pode ser feito de tal forma; embora a vontade seja utilizar linguagem coloquial, para não se dizer outra. Há quem mereça, pode acreditar.

Assim, embora a minha liberdade termine onde o direito do outro começa, como não gosto de estrangeirismos, prefiro o lema de nossa Inconfidência Mineira.

Liberdade, ainda que tardia. Experimente.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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domingo - 09/06/2024 - 10:54h

Guia turístico

Por Marcos Ferreira

Praça Vigário Antônio Joaquim no Centro de Mossoró (Foto: Marcos Elias de Oliveira Júnior)

Praça Vigário Antônio Joaquim no Centro de Mossoró (Foto: Marcos Elias de Oliveira Júnior)

Seja bem-vindo. Esta é Mossoró, minha cidade. O ‘minha’, claro, é mera força de expressão; mais pertenço que possuo. Bom, eis a remota Mossoró, terra da liberdade, conforme apregoam há quase um século. Município este que, segundo a lenda, expulsou o destemido Lampião e justiçou o também cangaceiro Jararaca quando os fora da lei invadiram esta província lá pelos idos de 1927.

Particularmente, embora os doutores do cangaço torçam o nariz, não me orgulho nem um pingo dessa história de brabeza de Mossoró. No fim das contas, depois de tanta chuva de bala, os bandoleiros dominaram esta comuna na trincheira da cultura. Sim. Hoje ninguém mais fala nos resistentes, mas tão só no bando de salteadores. Olhe ali, por exemplo, o espaço denominado Arte da Terra: dois bonecos gigantes de Lampião e Maria Bonita bem na frente, dando boas-vindas.

Isto sem falarmos num Memorial da Resistência que não resistiu à tentação de oferecer mais destaque aos invasores do que aos defensores. Hoje em dia, sendo otimista, talvez apenas uma dúzia de nomes que defenderam este fim de mundo à época do ataque ainda seja lembrada pelos mossoroenses de um modo geral, como o então prefeito Rodolfo Fernandes. Pudera, trata-se do prefeito.

Outra coisa. Jararaca, ferido com um balaço e enterrado ainda vivo no São Sebastião, de acordo com alguns historiadores, foi alçado à condição de santo milagreiro pelo povo desta cidade e adjacências. É o que estou dizendo. O sujeito passou de facínora a santo da noite para o dia. A sua cova no São Sebastião é simplesmente a mais visitada no Dia de Finados. Já o túmulo do herói Rodolfo Fernandes, sepultado no mesmo cemitério, salvo exceções, ninguém sabe onde fica.

Aquele prédio imponente ali era o glorioso Cine Pax, ora transformado em loja de roupas. Foi inaugurado em janeiro de 1943 e funcionou por mais de seis décadas. Fechou de vez as portas no ano de 2008, se não me engano. Assisti a ótimos filmes nesse importante símbolo da vida cultural mossoroense. O ponto alto do fim de semana das pessoas do meu tempo era ver um filme no Pax.

Cuidado com a moto! Melhor subirmos na calçada. Nosso trânsito é um bicho traiçoeiro. Aqui não se pratica direção defensiva, mas predatória. Alguns donos desses carrões, sobretudo, só faltam passar por cima da gente. Parece até que eles têm aversão a pedestres, a ciclistas e motociclistas. Tipos arrogantes, tanto os condutores dos carrões quanto os motoqueiros. A maioria vira para um lado e para o outro sem ligar a seta. Em especial os referidos donos dos carros luxuosos.

Está quente, não? Pois bem, meu amigo. Mossoró, entre outras denominações, é a terra do calor, do siroco em tardes mormacentas como esta e de eventuais madrugadas com uma cruviana gostosa. Durante o inverno, quando há, é uma maravilha, apesar do Centro alagar com facilidade. As noites costumam ser bem aprazíveis, e os bairros periféricos ficam cheios de cadeiras nas calçadas.

Esta é a Praça Vigário Antônio Joaquim. Mas o busto do vigário se encontra escondido naquela pracinha ao lado da Catedral de Santa Luzia. Por incrível que pareça, a enorme estátua que você está vendo no centro da Praça do Vigário não é do vigário. Esse é um monumento em homenagem ao ex-prefeito desta urbe e ex-governador do estado Jerônimo Dix-sept Rosado Maia, que morreu no auge da sua promissora carreira política em um acidente aviatório no ano de 1951.

Como eu disse, ali é a Catedral de Santa Luzia, onde os fiéis curvam os joelhos com peditórios ao Todo-Poderoso. Em geral, apesar da nossa estatística de homicídios ser uma das maiores do planeta, o mossoroense é um povo religioso, com supremacia católica. Aqui predomina a política do olho por olho, dente por dente, contudo as pessoas morrem de medo de ir parar no Inferno. Então, como se buscassem uma espécie de habeas corpus celeste, correm para os pés de Jesus.

Vamos para o outro lado. Que calor, hein?! Mossoró não é para amadores, nem para turistas desavisados. Beba sua aguinha gelada, se ainda estiver gelada. Ali é o Mercado Central, primeiro shopping de Mossoró. Eu e meus irmãos ficávamos animadíssimos quando chegava o domingo e meu pai nos trazia, antes do sol raiar, para fazermos algumas compras no Mercado. Era uma festa!

Tempos idos e vividos. Tenho saudades de muita coisa daquela época, embora o pão fosse tão caro e a liberdade pequena, como no poema do Ferreira Gullar. Hoje, entretanto, o pão voltou a custar muito caro, e a liberdade vive sob constante ameaça, se me faço entender. Mas voltemos ao pujante Mercado de outrora. Fico com a boca cheia d’água só de me lembrar do pastel quentinho, feito naquela horinha, que a gente devorava com um copázio de vitamina de abacate.

Quando não era uma abacatada com pastel, traçávamos uma panelada com molho de pimenta-malagueta. O bucho ficava em tempo de espocar, e o suor porejava na testa. “Caiu na fraqueza”, dizia meu pai caçoando de mim e dos meus irmãos. De outra feita, menino já taludo, trabalhei algumas vezes no entorno do Mercado, pastorando as bicicletas da clientela para descolar uns tostões.

Agora quero lhe mostrar o Teatro Municipal Dix-huit Rosado, suntuosa construção que homenageia outro político da tradicional família Rosado e também ex-prefeito desta província, morto no ano de 1996. Jerônimo Dix-huit Rosado Maia (isso é algo fácil deduzir) é irmão do ex-governador Dix-sept Rosado, cuja impressionante estátua, como o senhor constatou, se encontra no meio da Praça do Vigário. Aí está, portanto, o Teatro Municipal, palco da cultura mossoroense.

Veja aquela casa de drinques do outro lado da rua, na Avenida Rio Branco. Ali, durante uns bons anos, funcionou a Livraria Café & Cultura. Lugar excelente, ponto de encontro da intelectualidade local. Escritores, jornalistas, poetas, historiadores, médicos, advogados, professores, juízes, arquitetos, artistas, enfim, toda uma constelação pensante ocupava as cadeiras e mesas da Café & Cultura.

Era uma livraria como hoje não mais existe neste município, administrada e mantida pela senhora Ticiana Rosado. Nesse endereço, permita-me a autopropaganda, fiz o lançamento da primeira edição do meu livro de poemas A Hora Azul do Silêncio, que contou com público expressivo. Foi no ano de 2006. Atualmente, ouso dizer, no tocante a uma livraria de verdade, com amplo acervo de autores e obras, disponibilizando um bom café para a clientela, estamos órfãos.

Bem, acredito que o senhor está cheio desse papo de letras. Vamos agora a um reduto não menos cultural e emblemático desta aldeia: o Alto do Louvor. Já ouviu falar no Alto do Louvor? Não?! Então, meu caro, apresentá-lo-ei, como diria, cheio de mesóclises, o missivista federal Michel Temer. Trata-se do berço recreativo e sifilítico deste fim de mundo. Mal comparando, vir até aqui e não conhecer o Alto do Louvor é mais ou menos como você ir a Roma e não ver o Papa.

Alto do Louvor é a nossa extinta zona de meretrício. Muitos dos nossos ilustres e respeitáveis homens (não foi o meu caso!) foram iniciados sexualmente nesse antro do amor remunerado. O antes glamouroso Alto do Louvor fechou as portas há muito, porém a lenda das suas casas de tolerância e mulheres de vida nada fácil sobrevive até hoje no imaginário popular como uma ferida benigna.

Beba mais água. O senhor está ofegante.

Marcos Ferreira é escritor

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  • MOGE 2024 - Opa -
domingo - 09/06/2024 - 10:20h

Entre o som e o silêncio

Por Odemirton Filho

Ilustração Web

Ilustração Web

Há dias eu pensava em escrever uma crônica sobre o silêncio. Faltava-me, porém, inspiração ou talento para tal mister. Entretanto, após ler um artigo sobre o maestro João Carlos Martins, o caminho desanuviou. O artigo em tela falava sobre resiliência, de como o maestro conseguiu superar os limites impostos por uma doença e, com uma mão biônica, continuou a tocar piano. “Entre o som e o silêncio o necessário é a coragem”, disse.

A história do pianista me lembrou, ainda, de um livro que estou lendo, do escritor Rafael Gallo. O livro trata de um pianista virtuoso, o qual sofre um acidente quando estava na iminência de ser reconhecido como um dos maiores intérpretes do compositor húngaro Franz Liszt.

Pois bem. A palavra é prata e o silêncio é ouro, não é isso, meu caro editor? É no silêncio que encontramos o caminho a ser trilhado. Depois de estarmos em íntima reflexão com o nosso eu, talvez encontremos as respostas. Muitos falam demais, e escutam de menos, perdendo-se no vazio de suas palavras. Falar menos, escutar mais, é princípio de sabedoria.

“Existe no silêncio uma tão profunda sabedoria que às vezes ele se transforma na mais perfeita resposta”, disse o poeta Fernando Pessoa. Em certos momentos, ensarilhar armas, não é ato de covardia, ao contrário, é preparar-se para enfrentar batalhas que realmente valem a pena; observem como nas redes sociais existem discussões e comentários agressivos e desnecessários.

No decorrer da vida, o som dos nossos problemas nos impede de seguir adiante. Caímos aqui; tropeçamos acolá. O barulho do mundo nos afasta dos nossos propósitos, e deixamos de compor a letra da música da nossa vida. Nessas horas de balbúrdia, precisamos ficar em silêncio e ouvir a sinfonia da alma, sentindo o coração bater num lento compasso, à espera de respostas.

Não por acaso, diz a sabedoria popular: “a melhor resposta é o silêncio”. Discussões acaloradas nos levam a agir de forma impensada sem o necessário discernimento. Conduzir-se com prudência, medindo palavras e atitudes, sempre é de bom tom, apesar de nem sempre conseguirmos, pois, felizmente, ainda somos humanos. Todavia, é na toada do silêncio que temos as respostas aos nossos questionamentos e, sobretudo, paz de espírito, algo imensurável.

Lembrem-se das Sagradas Escrituras: “Até o insensato passará por sábio se ficar quieto e, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento”. (Provérbios 17:28).

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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sábado - 08/06/2024 - 23:52h

Pensando bem…

“O pensamento é o ensaio da ação.”

Sigmund Freud

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sábado - 08/06/2024 - 08:24h
Nikolas Ferreira

Deputado campeão de votos faz palestra em apoio a Genivan Vale

Nikolas chegou à cidade ao lado do senador Rogério Marinho (Foto: redes sociais)

Nikolas chegou à cidade ao lado do senador Rogério Marinho (Foto: redes sociais)

O Partido Liberal de Mossoró promove neste sábado (8), às 9 horas, iniciativa que denomina de Conexão PL 22, no Requinte Buffet. É direcionado a filiados, simpatizantes e pré-candidatos do município e região.

A principal atração é o deputado federal mineiro Nikolas Ferreira (PL-MG), o parlamentar federal mais votado do país em 2022, em termos absolutos, com 1,4 milhão de votos.

O PL trata o evento como um ingrediente a mais para tentar alavancar a pré-candidatura a prefeito do ex-vereador Genivan Vale. Até o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou vídeo anunciando o Conexão PL 22.

O presidente estadual do PL, senador Rogério Marinho, chegou a Mossoró à madrugada deste sábado ao lado de Nikolas Ferreira. Com ele ainda vão participar do evento os deputados federais General Girão (PL) e Sargento Gonçalves (PL), além dos deputados estaduais Coronel Azevedo (PL) e Terezinha Maia (PL).

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sábado - 08/06/2024 - 07:36h
Adeus

Após vários dias intubado “Paulo Doido” morre no Tarcísio Maia

Júnior Fernandes fez de Paulo 'Garoto Propaganda' de sua empresa em Mossoró, tendo-o como um amigo (Foto: Redes sociais)

Júnior Fernandes fez de Paulo um ‘Garoto Propaganda’ de sua empresa, em Mossoró, além de ser seu amigo (Foto: Redes sociais)

Internado desde o último dia 28 (veja AQUI) no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), após sofrer um acidente na Avenida Presidente Dutra, bairro São Manoel, o mossoroense Paulino Duarte Morais, conhecido popularmente como “Paulo Doido,” faleceu nessa sexta-feira (7).

Ele passou por cirurgia encefálica, e desde então estava intubado na UTI do HRTM.

Paulo fez 58 anos na última quarta-feira (5).

Paulino Duarte Morais era tio do vereador Didi de Arnor (PP). Muito próximo dele há anos esteve o empresário Júnior Fernandes, que o transformou em ‘Garoto Propaganda’ de sua marca, além de tê-lo como amigo.

Seus familiares ainda não informaram oficialmente detalhes sobre velório e sepultamento.

Nota do BCS – Que Paulo descanse em paz. Suas histórias ficam. Uma delas, a gente conta abaixo:

“Aribaldi,” me dê um real

Com agenda em Mossoró, o governador Garibaldi Filho é acompanhado por assessores, correligionários e populares e acaba sendo fustigado insistentemente por “Paulo Doido,” um tipo popular muito querido na cidade.

Fanho, sem completar as palavras, seja nome próprio ou não, ele ‘cobra’ o governador:

Aribaldi, me dê um real.

Por trás das grossas lentes de seus óculos, Garibaldi Filho olha atravessado por cima do próprio ombro e tateia com a ponta dos dedos as bordas dos bolsos frontais da própria calça. Sinaliza que não tem como atendê-lo. Assessores e aliados se entreolham e não conseguem sanar o assédio.

O governador angustia-se.

Paulo não desiste:

– Aribaldi, me dê um real.

Sem ser logo atendido, Paulo Doido apela com um palavrão quase ininteligível:

– Aribaldi, seu ‘arai’, me dê um real.

De imediato apareceu uma mão generosa e desenvolva, municiando-o com valores até mais generosos. Sua alegria fica estampada no rosto.

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