terça-feira - 17/08/2021 - 06:10h
Opinião

Uma ilusão morta…

Talibã assumiu poder absoluto no Afeganistão (Foto: Foto: Zabi Karimi/AP)

Talibã assumiu poder absoluto no Afeganistão (Foto: Foto: Zabi Karimi/AP)

Por François Silvestre

…Uma realidade viva.

Taí o Afeganistão comprovando essa essa realidade triste e inenarrável. O Comunismo, nunca praticado, nunca sequer tentado, foi uma ilusão de várias noites de pesadelos.

Capitalismo, nunca derrotado, nunca substituído, nunca demonizado é o pesadelo permanente, continuado, cujo hábito permite a cada manhã que a humanidade acorde pensando que foi apenas um pesadelo. E não é. É a realidade maléfica do regime econômico que põe a ganância, a competição e a exploração como objetivo final da condição humana.

O mal no Afeganistão não foi a saída das tropas americanas. Não. Foi a entrada. Essa megalomania capitalista de que o regime “exemplo” do Tio Sam é a palmatória do mundo.

Não consegue pôr em prática a igualdade racial, liberdade individual, paz social, nem na sua terra, mas se acha no direito de não apenas dizer, mas impor, sua práxis de mentira nas terras distantes dos outros. Desrespeitando culturas, costumes e afinidades. Dá nisso.

O Capitalismo, repito, sem concorrente, é o patrono da miséria, do terrorismo e da degradação humana. Deixa no chinelo o feudalismo e o servilismo. Até porque esses aí nem tiveram direito à informação.

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segunda-feira - 16/08/2021 - 23:56h

Pensando bem…

“Quanto menos alguém entende, mais quer discordar.”

Galileu Galilei

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segunda-feira - 16/08/2021 - 18:48h
24 Horas

Pela primeira vez em 10 meses, RN não registra óbitos por Covid-19

Em mais uma comprovação de que vacina salva vidas, três indicadores apontam para o recuo da pandemia no Rio Grande do Norte. Pela primeira vez, desde novembro do ano passado, o estado não registrou morte dentro de um período de 24 horas (das 23h da sexta-feira até as 23h do sábado, dia 14).

O número de pacientes internados em leitos críticos na rede pública caiu para um patamar abaixo de 100, ante mais de 400 em junho deste ano.

O terceiro dado importante no monitoramento da pandemia diz respeito aos pedidos de internação de pacientes em leitos Covid, que vêm caindo gradativamente à medida que a vacinação avança. No pico da pandemia, eles chegaram a mais de 150 por dia.

A média móvel atual é de 25 solicitações.

No sábado (14) foram apenas 10 pedidos, e nesse domingo, até o meio da tarde, 17 solicitações tinham entrado no sistema de regulação.

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segunda-feira - 16/08/2021 - 17:50h
Palestra

Conselho Estadual de Cultura lembrará os 100 anos de Aluízio Alves

Palestra sobre os 100 anos de Aluízio Alves - Marcelo Alves - Conselho Estadual de Cultura - 17 de Agosto de 2021O jornalista, ex-governador, ex-deputado federal, ex-ministro de Estado e escritor Aluízio Alves, que ocupou a Cadeira 17 da Academia Norte-rio-grandense de Letras (ANL), terá a sua memória reverenciada.

Será nessa terça-feira (17), às 17 horas.

Pelo ensejo da passagem dos 100 anos de seu nascimento, transcorrido no último dia 11, haverá sessão especial telepresencial do Conselho Estadual de Cultura.

Falará o escritor Marcelo Alves Dias de Souza, que é procurador Regional da República, doutor em Direito, além de membro da ANL e do Instituto Histórico e Geográfico do RN (IHGRN).

Marcelo é articulista e colaborador dominical do Canal BCS (Blog Carlos Santos).

Haverá transmissão da palestra pelo YouTube, Canal Direito e Cultura (acesse AQUI) e também no Facebook da Fundação José Augusto (acesse AQUI).

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segunda-feira - 16/08/2021 - 16:30h
Perda

A despedida do ‘Seu’ Ary Tomaz de Araújo

Nossa solidariedade à família de ‘Seu’ Ary Tomaz de Araújo, falecido nesse domingo (15) em Mossoró de causas naturais.

Seu Ary Tomaz de Araújo foi sepultado nesse domingo (15) em Mossoró (Foto: reprodução)

Seu Ary Tomaz de Araújo foi sepultado nesse domingo (15) em Mossoró (Foto: reprodução)

Velório e sepultamento aconteceram no Jardim das Palmeiras, em Mossoró.

Ary era pai de prole numerosa (nove rebentos, 40 netos) e muito conhecida em Mossoró, como os advogados Evans, Evânio, Carlos e Marcos Araújo.

Deixou viúva dona Clotilde.

Que descanse em paz.

Leia AQUI crônica assinada pelo professor e advogado Marcos Araújo em homenagem aos pais, publicada no último dia 27 de junho.

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segunda-feira - 16/08/2021 - 14:28h
No Ocidente

Os talibãs do lado de lá e os de cá

Avião da Força Aérea dos EUA tenta levantar voo em Cabul no Afeganistão e povo pede socorro (Reprodução)

Avião da Força Aérea dos EUA tenta levantar voo em Cabul no Afeganistão e povo pede socorro (Reprodução)

Muita gente desse lado, no Ocidente, lamenta sofrimento do povo afegão, que volta às mãos do Talibã.

Também temos os nossos talibãs, que querem impor suas interpretações dogmáticas, como se fossem a verdade absoluta e sagrada; sua democracia de opinião única e impositiva.

Leia também: Veja população tentando escapar de Cabul.

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segunda-feira - 16/08/2021 - 09:46h
Câncer

Morre o marqueteiro de Paulo Maluf a Lula, Duda Mendonça

Duda Mendonça nasceu em Salvador e participou de campanha emblemáticas no país (Foto: Web)

Duda Mendonça nasceu em Salvador e participou de campanha emblemáticas no país (Foto: Web)

Do G1

Figura disputada entre políticos, o marqueteiro Duda Mendonça, que morreu aos 77 anos, teve uma carreira marcada por grandes trabalhos em eleições no Brasil. A morte de Duda foi confirmada pela família nesta segunda-feira (16). Ele estava internado em São Paulo, no Hospital Sírio Libanês.

O ex-marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) estava hospitalizado para tratar um câncer no cérebro e fazia quimioterapia. Em junho, ele foi diagnosticado com a Covid-19, teve o quadro de saúde agravado e precisou ser intubado. O corpo de Duda será cremado, e os detalhes sobre o local estão sendo definidos pelos familiares.

Entre as campanhas que liderou, se destacam a de Paulo Maluf à Prefeitura de São Paulo em 1992, e a de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência em 2002. Na Europa, Duda também ajudou a eleger o ex-primeiro-ministro lusitano Pedro Santana Lopes.

Baiano

O baiano José Eduardo Cavalcanti de Mendonça, o Duda, nasceu em 10 de agosto de 1944, em Salvador. A trajetória profissional de quase 50 anos começou a ganhar forma ainda em 1975, quando ele criou a agência DM9 Propaganda.

A partir da aproximação com vários políticos, Duda Mendonça também se envolveu em escândalos de corrupção. Em 2005, o nome dele apareceu no Mensalão, onde virou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) junto com outras 37 pessoas e foi acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Já em 2016, o marqueteiro passou a ser investigado na Operação Lava Jato e virou réu no STF novamente, pelos mesmos crimes que respondeu no Mensalão.

Saiba mais clicando AQUI.

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segunda-feira - 16/08/2021 - 09:12h
Covid-19

Mossoró Vacina aplica quase 3.800 doses sábado e domingo

A Prefeitura de Mossoró aplicou neste final de semana (14 e 15), o total de 3.758 doses de vacinas. A imunização ocorreu no Ginásio do Sesi e Centro de Vacinação, montado no Ginásio Poliesportivo Engenheiro Pedro Ciarlini Neto.

Vacinação totalizou 3.758 doses entre sábado e domingo (Foto: Wilson Moreno)

Vacinação totalizou 3.758 doses entre sábado e domingo (Foto: Wilson Moreno)

Mossoró ampliou a imunização nesse domingo (15) e chegou ao público-geral de 18 anos ou mais. O município já aplicou mais de 239 mil doses de vacinas contra a Covid-19. Já são 174.424 mossoroenses que já tomaram a primeira dose, segundo dados do portal RN Mais Vacina.

Nessa segunda (16), o município segue aplicando a primeira e segunda doses no Centro de Vacinação e no Ginásio do Sesi. A população também pode tomar a segunda dose nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Veja a documentação necessária para a D1:

  • Documento de identificação com foto (cópia e original);
  • Comprovante de residência ou declaração da Unidade Básica de Saúde do seu bairro (cópia e original);
  • Não ter recebido qualquer outra vacina nos últimos 14 dias.

Agilize o processo de vacinação realizando o cadastro na plataforma “RN Mais Vacina” (veja AQUI)

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segunda-feira - 16/08/2021 - 08:42h
Outubro

Filha de Belchior apresentará show de inspiração paterna

Por Cínthia Lopes (Portal Típico Local)

Compositor visceral e de mente apurada, o cearense Belchior (1946-2017) deixou os palcos muito antes de sua partida física, mas sua obra continua revisitada com o fascínio igual ou maior que antes. Um legado imensurável através de sua poesia potente a ganhar novos sentidos a cada geração. Em meio a tantos tributos, musicais, biografias e debates, é nos bares onde sua poesia reverbera com a intensidade do bardo de coração selvagem. E sempre há de existir algum bar de fã para chamar de seu.

Vannick Belchior é a caçula do poeta cearense (Foto: Diário do Nordeste)

Vannick Belchior é a caçula do poeta cearense falecido em 2017 (Foto: Diário do Nordeste)

Em Natal é o Belch Bar, em Candelária (Rua Marechal Rondon, 3501). O bar de propriedade de Ariane Cavalcante funciona de quarta-feira a domingo, mas de quinta-feira em diante tem música ao vivo. Não precisa dizer que toca “um bocado de Belchior”, como alerta Ariane, mas também os ícones da MPB em geral e em breve chorinhos e samba de mesa aos domingos.

Não poderia ser outro lugar escolhido para receber a filha deste compositor místico. É Vannick Belchior, 24 anos única filha nordestina do poeta, que acaba de lançar o show “As Coisas que aprendi nos Discos”, trecho tirado da música “Como Nossos Pais”, que integra o repertório da homenagem da filha para o pai.

Vannick vai se apresentar com banda em duas noites do Belch Bar, dias 01 e 02 de outubro. O show tem direção artística e violão de Tarcísio Sardinha, um amigo de longa data de Belchior.

A abertura terá o poeta Thiago Medeiros do Insurgências Poéticas recitando Belchior, além de Carlota Nogueira fará discotecagem somente com releituras, e em seguida Vannick entra com a banda. Início do evento para 17h30 sexta e 17h sábado.

A pré-venda de ingressos está aberta e o contato é pelas redes sociais do Belch @BelchBar.

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segunda-feira - 16/08/2021 - 07:50h

O Sertão do não sei onde

Por François Silvestre

Onde fica o Sertão? Ou melhor, onde estão suas fronteiras? Ou o Sertão é só pergunta, onde não mora nenhuma resposta!?

Em Guimarães Rosa o Sertão é linguagem. Fosse ele um pintor, seria o Salvador Dali daqui. Fritaria ovos no sol, antes da gema chegar à frigideira.

Serrota Preta (Foto cedida por Honório de Medeiros)

Serrota Preta (Foto cedida por Honório de Medeiros)

Câmara Cascudo vasculhou hábitos, alimentos, apetrechos, locas onde se esconde o destino das tradições e superstições. Mas fez isso também na urbe. Seu interesse era o cotidiano, no mato ou na praça.

Oswaldo Lamartine faz um mapa dos caminhos na crueza da pedra. Seu texto, original e único, é um ferro de ribeira em brasa a marcar o couro cru. Deixando na impressão da leitura um ferro nas ancas, informando ao retirante o dono da rês. Isso eu já disse, noutro texto antigo. Oswaldo é uma catingueira; suave e seca, pouca fronda e muita sombra. O Sertão se aboleta nos desvios dos seus sóis.

Ariano Suassuna faz, na literatura, um plágio universal na colheita do jeito sertão de ser. Com um lençol de apanhar algodão ele foi colhendo gente e jeito, na África e Ibéria. Depois teceu, num tear engenhoso, uma manta para agasalhar informes da cultura do seu povo.

O encontro literário de Pipa, ação merecedora de aplauso e apoio, tocada por Dácio Galvão, teria sua presença. Tudo confirmado, mas não contaram com o gesto inevitável e traiçoeiro da Moça Caetana. Ficou, para Dácio e sua obra meritória, esse “gosto ardido no peito”, como diria Luiz Carrlos Guimarães. Mesmo assim e apesar disso, Pipa é um marco na vida cultural do Rio Grande do Norte. Parabéns a Dácio Galvão.

Rui Facó fez do seu texto uma denúncia. Pôs o Sertão apontando o dedo na ferida da exploração e sacanagem do poder. É o Sertão discursivo e militante, impaciente e cobrador.

Euclides da Cunha, ídolo ímpar de Ariano, mexeu num cipoal de questões e dúvidas. O próprio Suassuna reconhece valor literário em Machado de Assis que Euclides não alcança, mas faz a ressalva de que Euclides é muito mais monumental na arte das letras edificada como marco trágico do povo.

Mas o texto presente apenas tenta descobrir a ausência do Sertão. Onde ele não existe. Posto que, é aí onde ele está.

E dado o direito de cada um buscar o seu sertão; o meu não está onde está, pois o seu endereço é o nunca. Nem os carteiros da China, sob o comando de Castilho da Redinha, conseguirão localizar a morada das grotas.

Descobre-se meu Sertão nas perdas que se escondem nas pedras dos cardeiros. Fernando Torre, da Maravilha, de antes tempos. Tarcísio Caldas, de Viçosa, brincador da vida. Felipe de Floresta do Navio, de sempre. Júnior Targino, do Cangaíra, hoje. Severino Ramos, da Serra Nova, de agora. Bode Lira, da Pedra Rajada, de manhã. Baíto, tão depressa quanto o gol. Décio Holanda, de Uruaçu, tarde e noite.

O meu Sertão é mais tempo do que espaço. Mais gente do que mormaço. Mais dor do que festa. Mais cerveja do que ressaca.

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domingo - 15/08/2021 - 23:58h

Pensando bem…

“Nada jamais se repetirá”.

Provérbio japonês

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domingo - 15/08/2021 - 12:38h

Diário de um voluntário – XLIII

George foi um dos vários médicos que morreram em meio à batalha contra a Covid-10 no RN (Foto: cedida)

George foi um dos vários médicos que morreram em meio à batalha contra a Covid-10 no RN (Foto: cedida)

Por Francisco Edilson Leite Pinto Júnior

O padre Fábio de Melo tem o dom da palavra, aquilo que ele nas suas missas tanto afirma: “Senhor, dizei uma só palavra e serei salvo”. No seu livro É sagrado viver, há momento de pura salvação:

– “A vida tem cores cinzas quando vista a partir das retinas do porto. Navios em espera cumprem o destino de sacramentar partidas e chegadas”.

Um sábado de junho de 2020. Chamada de vídeo, logo cedo. Era George Bezerra, um amigo que a pandemia da Covid-19 nos aproximou mais ainda: um tentava aliviar a angústia do outro, todas as noites. Ele tinha sido meu colega contemporâneo de medicina e quando entrei na UFRN, logo assumindo a coordenação da residência de cirurgia, tive o prazer de ser o seu tutor.

Ele informava que estava indo para UTI e logo seria realizada a tão temida IOT (Intubação orotraqueal). Ele lutou bravamente, conseguiu até sair da UTI, o que nos deixou extremamente alegres, mas a Covid-19 mostrou a sua verdadeira face traiçoeira e George não resistiu.

Acordei hoje lembrando dele. E como a sua morte foi decisiva para minha decisão de ser um voluntário da pesquisa da vacina de Oxford/AstraZeneca.

Imaginem, há um ano, com tantos absurdos colocados por uma seita de fanáticos negacionistas, divulgando vídeos de chips e jacarés: não era fácil ser um voluntário da pesquisa…

Mas, o que dá significado a vida, tem que dá significado a morte. E isso só se consegue através do amor. E a amizade é o amor philia dos gregos.

O escritor Hermann Hesse, no seu livro Demian, tem uma bela passagem que reflete isso:

– “Os mortos permanecem vivos entre nós, com essencial de suas influências, enquanto nós seguimos vivendo. Às vezes podemos falar com eles, conversar e pedir conselhos, melhor do que com os vivos”.

Lembrar de George, hoje, após um ano de sua partida é a certeza de que só há morte, quando há esquecimento.
George, portanto, vive.

Vive em cada um dos seus amigos. Vive em cada vacina aplicada nos braços dos brasileiros que acreditam que só o amor vencerá o ódio e a ignorância.

Francisco Ediilson Leite Pinto Júnior é professor, escritor e médico

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domingo - 15/08/2021 - 11:16h
Mossoró Vacina

Começa vacinação para pessoas com 18 anos ou mais

Começa vacinação de 18 anos ou mais em Mossoró domingo 15 de Agosto de 2021, Mossoró Vacina, Covid-19,Pegue a direção do Ginásio Poliesportivo Engenheiro Pedro Ciarlini Neto, o Centro de Vacinação em Mossoró, se tiveres 18 anos ou mais sem comorbidades.

Começou vacinação contra a Covid-19 e atendimento vai até às 16 horas, informa a Prefeitura Municipal de Mossoró.

É necessário que sejam apresentados originais e cópias de documento com foto e comprovante de residência.

Mossoró Vacina.

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domingo - 15/08/2021 - 10:30h

Ler para não crer

Por Marcelo Alves

A sábia menina Mafalda, do cartunista Quino (1932-2020), tem uma frase fantástica, que vivo repetindo por aí: “viver sem ler é perigoso. Te obriga a crer no que te dizem”. Não sei de quando é essa sentença, já que a tira de quadrinhos foi criada lá nos anos 1960. Mas a ideia por detrás dela nunca foi tão atual.Fake News - tecla

Hoje, a desinformação proposital, que batizamos de “fake news”, ganhou o mundo e, para atender aos interesses dos nossos milicianos digitais, fez casa no Brasil, sobretudo por meio do WhatsApp. Li na Internet dados estarrecedores. Em 2018, o instituto francês Ipsos divulgou o estudo “Fake news, filter bubbles, post-truth and trust” (“Notícias falsas, filtro de bolhas, pós-verdade e verdade)”, realizado em 27 países, que revela o buraco em que nos metemos: 62% dos entrevistados brasileiros disseram ter acreditado em fake news, valor bem acima da média mundial de 48%.

Já o “Reuters Institute Digital News Report” (relatório anual feito pelo Instituto da Universidade de Oxford), na versão 2021, constata que o WhatsApp é, com o Facebook, uma das principais redes de notícias no país. 47% dos brasileiros pesquisados usam o WhatsApp como fonte de informação. E isso é muito superior – muito mesmo – à média dos países desenvolvidos, a exemplo do Reino Unido e dos EUA, onde se tem 14% e 6%, respectivamente.

Embora “a incerteza trazida pela pandemia tenha encorajando o apetite das pessoas por informação confiável” – e esse é o dado positivo de 2021 –, vocês podem imaginar, por comparação, a borda/precipício da “terra plana” em que a milícia do WhatsApp nos pendurou.

As fake news crescem a partir da divulgação criminosa por gente de má-fé. Mas também na medida do compartilhamento, sem a leitura questionadora, das pessoas de boa-fé. Uma coisa que sempre me indignou, agora muito mais, é a capacidade do ser humano de repetir lugares-comuns e cretinices.

As sofisticadas fake news são um plus em relação a isso. Com títulos ou imagens sensacionalistas, distorcendo a verdade, apelam ao emocional do divulgador. Corroboram os seus preconceitos inconfessáveis. Fazem-no divulgar aquilo que acredita mas não tem a coragem de assumir com suas próprias palavras. As leis da imitação, de Gabriel Tarde (1843-1904), nunca encontraram terreno tão fértil como no estrume iletrado do WhatsApp.

O caso dos movimentos antivacina ilustram tragicamente a situação. Amalucados criminosos, contrários às vacinas, espalham falsidades, sugerindo que as vacinas podem ser ineficazes ou mesmo prejudiciais à saúde. Coisas sutis como provocar autismo nas crianças ou conspirações como modificar o nosso DNA. De mentira em mentira, volta o sarampo ou temos uma explosão de Covid nos não vacinados, perigando o fim da pandemia em prejuízo de todos.

Há gente como Pierre Lévy (1956-) e Yuval Harari (1976-) que veem na Internet e na inteligência artificial, em contrapartida ao lado positivo, um perigo enorme à democracia e ao mundo civilizado. O controle imperceptível que as fake news – e as bolhas de informação criadas por elas – podem ter sobre o que pensamos e compartilhamos é imenso. E acabam nos dando de volta sempre mais do mesmo, insuflando os nossos – às vezes, terríveis – preconceitos. Peter Sloterdijk (1947-) nos fala de um mundo ou vários mundos forjados a partir de “bolhas”. Bolhas cheias de “idiotas da aldeia”, como dizia Umberto Eco (1932-2016).

A pergunta é: existe solução para isso no estado democrático de direito? Não queremos um big brother, por óbvio. Há dicas para não se cair nas mentiras das redes sociais.

Desconfie de títulos milagrosos ou sensacionalistas. Eles são criados para gerar robotização. Confira a data da publicação. Notícia real, mas antiga, distorce a verdade. Confira e investigue a fonte. Ela existe ou é apenas um print de WhatsApp? A fonte tem credibilidade? Aliás, é bom consultar os sites de verificação gratuitos. Existem vários.

Sinceramente, eu não sei a solução. Apenas acredito no infinito poder das palavras. Das bibliotecas, dos livros e da leitura questionadora, assim como o autor de “O nome da rosa”. E que “viver sem ler é perigoso”, como diz a Mafalda.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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domingo - 15/08/2021 - 09:42h

De volta ao inferno

nimitz-de-volta-ao-inferno-blu-ray-luxo-caixa-de-papel-16543-MLB20122115926_072014-F (1)Por Inácio Augusto de Almeida 

Assisti ao filme NIMITZ e me deixei influenciar.

O filme mostra um porta-aviões nuclear de volta ao dia do ataque japonês a Pearl Harbor.

Filme que nos leva a reflexões profundas e mexe demais com a sensibilidade das pessoas que conseguem ver no filme mais que combates aéreos. Filme terminado e mal me estiro na cama já me vejo entre escravos numa grande senzala.

Um feitor, com um enorme chicote a gritar que, ruim não era a vida na senzala, onde existia comida, que ruim era a vida fora da senzala onde só havia fome, miséria e perseguição.

Olho os outros escravos e todos com os olhos fixos no chão, mostrando seus espíritos caídos, abatidos, vencidos.

Vejo o retrato em preto e branco do total desânimo.

Desânimo causado por nada conhecerem além da vida na senzala.

Tento falar da existência de um mundo diferente, um mundo onde nenhum homem é propriedade de outro. Um mundo de liberdade.

O feitor me bate com o chicote.

Observo que os escravos me olham como se eu fosse um louco.

Mais tarde, com quase todos já dormindo, digo para um escravo próximo, ainda acordado, que eu conhecia este mundo de liberdade.

Ele apenas virou-se para o outro lado, convencido de que, realmente, eu era um louco.

Nem lhe dizer que em breve a escravidão seria abolida, consegui.

Terminei dormindo e acordado fui pelo apito do carro elétrico a me avisar que a bateria estava com a carga completada.

Levantei-me e fiquei a matutar acerca do sonho que tivera.

Lembrei-me dos que continuam trabalhando em troca de um salário que não dá sequer para cobrir as necessidades básicas. Salário que chegava a sofrer atraso de pagamento de até oito meses e quem reclamasse era sumariamente demitido.

Recordei-me do feitor a me bater e fico a me perguntar se eu não estava enchendo a cabeça dos escravos de fantasias.

Na senzala os escravos tinham comida.

E LIBERDADE?

Tinham os escravos liberdade?

E hoje?

Hoje os trabalhadores têm liberdade?

Que liberdade têm hoje os trabalhadores?

Liberdade de escolher seus governantes?

Ou não vivem submetidos a um falso dilema, onde são condicionados, por uma propaganda massificante, a escolher entre o ruim ou o pior?

Têm os trabalhadores liberdade de expressar suas preferências sem sofrer retaliações do grupo vencedor, grupo que passa a ter a chibata na mão?

Que liberdade é esta que os trabalhadores hoje têm?

O que mudou da época do feitor para agora?

Lei do Ventre Livre?

Com o ensino público que temos de cada mil crianças apenas uma escapa da senzala.

Aparências, apenas aparências.

Olho para o carro elétrico na garagem e imagino quantos mecânicos começam a ficar desempregados. Quantos que faziam troca de óleo, correias, velas, filtros de ar e de óleo e agora não mais têm o que fazer…

Lembro dos operários das fábricas de velas, juntas, correias; cujos empregos foram extintos.

Sei que a adaptação acontece de forma lenta.

Lenta e dolorosa.

Foi assim com a modernização da produção agrícola, quando o desemprego gerado no campo por máquinas que passaram a fazer, com o uso de um só homem o trabalho de centenas de   lavradores, tangendo para a periferia das cidades levas e mais levas de despreparados para a vida longe da enxada.

O preço cobrado pelo progresso

Busco consolo no brutal aumento da produção agrícola.

Não desconheço que isto levou ao inchamento das cidades, surgimento de favelas e geração de mais miséria e atraso, com consequente aumento da violência.

Mas como imaginar com produção de alimentos no cabo da enxada ser possível alimentar os já oito bilhões de bocas?

Assusto-me ao perceber que o aumento da produção só fez agigantar a desigualdade social e gerar mais famintos nos campos e nas cidades.

O problema não é a maior ou a menor produção.

O problema e sempre TER mais e mais.

O problema é a falta de amor.

Resolvo não mais pensar.

O tempo já nos mostrou que trocamos senzala por gueto.

Em mim a dúvida se ontem era pior do que hoje…

Volto a me lembrar do filme Nimitz.

Inácio Augusto de Almeida é jornalista e escritor

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domingo - 15/08/2021 - 07:48h

Golpe preventivo e o papel das Forças Armadas

Por Odemirton Filho 

O chamado golpe preventivo foi consequência de uma profunda crise político-institucional que se abateu sobre o Brasil no segundo governo de Getúlio Vargas. A oposição a Vargas tinha se fortalecido desde o surgimento da União Democrática Nacional (UDN).

Com a morte de Getúlio, o país ficou profundamente comovido, fato que levou parcela significativa da população a ficar contra os opositores do ex-presidente. Getúlio foi sucedido por Café Filho, que era o vice-presidente à época.

Heneral Henrique Lott, um prestígio e força em defesa da legalidade (Foto: FGV)

Heneral Henrique Lott, um prestígio e força em defesa da legalidade (Foto: FGV)

Durante o governo de Café Filho houve a pretensão de se anular as eleições de 1955. Entretanto, Café afirmava que as eleições aconteceriam dentro da normalidade, como estava previsto, porém, há quem afirme que apoiava, discretamente, o golpe.

De todo modo, as eleições foram realizadas em outubro de 1955, na qual Juscelino Kubitschek obteve 36% dos votos contra 30% dos votos para Juarez Távora, 26% de Ademar de Barros e 8% de Plínio Salgado. A vitória de Juscelino enfureceu, ainda mais, os oposicionistas ligados à UDN.

Carlos Lacerda, então, fez um apelo para uma intervenção dos militares, tendo o apoio de outros grupos políticos, acusando Juscelino de ser comunista, entre outros argumentos, tudo para negar a posse de JK.

No dia primeiro de novembro daquele ano, o coronel Jurandir Mamede defendeu, abertamente, o golpe militar contra a posse de Juscelino Kubitschek e João Goulart.

Contudo, entrou em cena um ardoroso defensor da legalidade e, por consequência, da posse de Juscelino e seu vice. Trata-se do general Henrique Teixeira Lott. O general era Ministro da Guerra e tinha prestígio dentro das Forças Armadas. Segundo conta a história, Lott combatia tanto os chamados comunistas, como os radicais conservadores.

Lott exigiu do presidente Café Filho uma punição ao coronel Mamede por causa dos seus arroubos. Café, todavia, afastou-se da Presidência por motivo de saúde. Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados, que o sucedeu, apoiava os rompantes golpistas e não atendeu aos apelos de Lott.

Em consequência, Lott pediu exoneração do Ministério da Guerra e iniciou o chamado golpe preventivo. Narra-se que “O general Lott mobilizou tropas militares no Rio de Janeiro e realizou um golpe militar fulminante. As tropas lideradas por Lott tomaram o controle de unidades militares e invadiram prédios governamentais, além de estações de rádio e jornais. Além disso, anunciou a deposição do presidente interino Carlos Luz”.

Os deputados federais, posteriormente, ratificaram a deposição de Carlos Luz, sendo a Presidência assumida por Nereu Ramos, presidente do Senado. Dessa forma, Lott assegurou a legalidade, confirmando a posse de JK para 1956. Dias depois, Café Filho tentou reassumir a presidência do Brasil, sem sucesso. Assim, o país ficou em Estado de Sítio até a posse de Juscelino, em 31 de janeiro de 1956.

Pois bem.

Os fatos descritos acima são apenas um fragmento de nossa história política. Concorde-se ou não com o ocorrido, o fato é que o general Lott garantiu a legalidade naquele momento de tensão político-institucional. Foi através de seu golpe preventivo, ou contragolpe, que Juscelino assumiu o Poder, já que fora legitimamente eleito.

Hoje, vivemos noutros tempos. Tempos nos quais deve existir o respeito ao Estado democrático de Direito e às instituições que formam a República Federativa do Brasil.

E qual o papel das Forças Armadas no atual contexto da sociedade brasileira?

De acordo com o artigo 142 da vigente Constituição Federal, “as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

Ou seja, devem agir em defesa da Pátria, garantindo os Poderes constitucionais (Executivo, Legislativo e Judiciário), visando a assegurar a independência e o respeito de suas funções. Além, é claro, de assegurar a legalidade e a ordem.

“Constituem, assim, elemento fundamental da organização coercitiva a serviço do Direito e da paz social. (…) são, portanto, os garantes materiais da subsistência do estado e da perfeita realização dos seus fins. Em função da consciência que tenham da sua missão está a tranquilidade interna pela estabilidade das instituições”, ensina o professor José Afonso da Silva.

É o que se espera das Forças Armadas.

Nem mais. Nem menos.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
domingo - 15/08/2021 - 06:30h

Saudades do Menino do Poré

Por Marcos Ferreira

Quando meu pai e minha mãe morreram, exatamente nesta ordem, ele com apenas cinquenta e quatro anos de idade e ela com sessenta e dois, demorei alguns anos até conseguir escrever umas linhas (versos, aliás) sobre a partida e a ausência de ambos. Uma ausência irremediável e nunca confortada.

Senti algo semelhante, no sentido de me ver bloqueado, sem palavras, por ocasião do passamento dos mestres Dorian Jorge Freire, Raimundo Soares de Brito e Vingt-un Rosado. Pois é. Foram estes os três primeiros indivíduos de grande representatividade nos meios intelectuais de Mossoró que enxergaram o meu então microscópico talento naqueles começos da minha aparição nas letras.O Menino do Poré - livro

Raimundo Soares de Brito (carinhosamente sintetizado Raibrito) recortava todas as poesias e croniquetas que eu publicava aos domingos no caderno de cultura do Jornal O Mossoroense. “Você precisa publicar um livro com essas produções”, disse-me ele uma vez. Algum tempo depois, com apoio financeiro de Vingt-un, lancei o meu primeiro livro, Um Poema de Presente. Isto em 1996.

Dorian Jorge Freire, por mais de uma vez, brindou-me com notas de estímulo à minha escrita em sua coluna dominical na Gazeta do Oeste. Até que um dia, quando a Petrobras se ofereceu para relançar um livro de crônicas do emérito estilista, Os Dias de Domingo, o próprio Dorian fez este pedido a Clauder Arcanjo, então gerente da Base-34: “Quero que Marcos Ferreira seja o revisor”.

Ou seja, uma demonstração e tanto de prestígio, uma enorme honra e carinho para com um ex-sapateiro e Dom Pixote da literatura. Que me perdoe o prezado leitor Amorim, que há poucos dias me deu um carão aqui no Canal BCS (Blog Carlos Santos) por eu haver me autoproclamado Dom Pixote.

Todo este nariz de cera, chamemos dessa forma, é para evocar a memória de outro grande homem, filantropo e mecenas da cultura mossoroense, embora sempre discretíssimo nas suas ações: Milton Marques de Medeiros, o Menino do Poré, falecido aos 22 de abril de 2017, “a pouco menos de três meses de completar 77 anos”, conforme noticiou o Blog Carlos Santos no último 3 de julho.

A exemplo de Vingt-un, Raibrito e Dorian Jorge Freire, o Dr. Milton Marques não tardou a conquistar minha admiração e benquerença. Sobretudo após nos tornarmos mais próximos devido à nossa participação enquanto articulistas da Papangu, no início de 2004. Milton assinava a coluna Entrelinhas.

Assim como Dorian Jorge Freire, o Menino do Poré confiava a mim a revisão dos escritos que enviava, por e-mail, à revista do Túlio Ratto: “Ferreira, dê uma olhada aí, por favor. Escrevi meio à pressa. Deve ter algum escorrego”, dizia-me, vez por outra, algo desse tipo em telefonema para a redação da Papangu. Dificilmente eu encontrava qualquer escorrego. Texto limpo, de boa sintaxe.

Um pouco antes, véspera da minha estreia na Revista Papangu, Milton me convidou a entrevistar, junto com ele e o jornalista Marcos Antônio, da Rádio Rural, o professor João Batista Cascudo Rodrigues, de saudosa memória, para o canal TCM – TV Cabo Mossoró. Foi uma das seis primeiras entrevistas do marcante programa “Mossoró de Todos os Tempos”, apresentado por Milton.

Imaginem uma coisa dessas, prezado leitor e gentil leitora. Eu, um tímido incurável, que nunca ousara pedir uma música no rádio, súbito me vi diante de uma câmera de televisão. Era manhã, 22 de novembro de 2003. Ouvimos o entrevistado na Fundação Ozelita Cascudo Rodrigues, situada no Centro.

O depoimento de João Batista, impelido pela boa atuação dos outros dois entrevistadores, eu entrei mudo e quase saí calado, foi de uma riqueza ímpar. Sobretudo pela vasta cultura de João e por sua enorme capacidade de juntar o passado com o presente, num belo desfile de experiências e recordações.

Transcorridos vários anos, no finzinho do primeiro semestre de 2016, os papéis se inverteram e passei à condição de entrevistado do “Mossoró de Todos os Tempos”. Uma noite, ao nos reencontrarmos num evento cultural nesta urbe, Milton me convidou. E lá fui eu, de novo, para diante das câmeras.

Houve outras oportunidades em que Milton demonstrou atenção e carinho para com a minha pessoa e meu exercício literário. Foi desse modo enquanto atuei como editor de cultura, durante três anos, à frente do caderno Universo, em O Mossoroense, como também durante os mesmos três anos que passei ajudando a editar a brava Revista Papangu, ora de volta em plataforma eletrônica.

Ainda em 2016, ao me envolver na arriscada aventura de realizar a edição comemorativa de dez anos do meu livro de poemas A Hora Azul do Silêncio, que em 2005 conquistou o primeiro lugar nos “Prêmios Literários Cidade de Manaus”, sendo lançado no ano seguinte pela editora da Universidade Federal do Amazonas, Milton tocou no meu ombro e disse: “Conte comigo, Ferreira”.

Não só me disponibilizou os jardins da TCM para a noite de autógrafos, isto no dia 11 de novembro, como adquiriu significativa quantidade de exemplares. Nessa noite, entre outras personalidades da cultura mossoroense, como Elder Heronildes, Wellington Barreto e o saudoso João Sabino, falecido recentemente, Milton pediu a palavra e fez uma tocante apresentação deste autor.

Esse notável Menino do Poré, cuja simplicidade e bom trato humano lhe eram apenas duas entre tantas características admiráveis, está fazendo enorme falta a esta província tão carente de figuras sensíveis às letras e às artes como um todo. Era um homem imprescindível o Dr. Milton Marques.

Esta pequena e extemporânea homenagem deságua do meu peito agora em que me chega às mãos, com afetuosa dedicatória da amiga Zilene Medeiros, viúva do homenageado, a edição póstuma de Memórias de Milton Marques de Medeiros — O Menino do Poré, obra organizada pela jornalista, youtuber e escritora Lúcia Rocha. Belíssima história de vida de um cidadão fora de série.

Hoje, portanto, decorridos mais de quatro anos do falecimento do médico, do pai amoroso e marido de toda uma vida, homem de letras e autêntico visionário Milton Marques de Medeiros, peço licença ao prezado leitor e à gentil leitora para ofertar este singelo e emotivo tributo a tão estimado amigo.

Assim, caro Menino do Poré, onde quer que você esteja, saiba que não esqueci de você. Um grande abraço e até qualquer dia.

Marcos Ferreira é escritor

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sábado - 14/08/2021 - 23:58h

Pensando bem…

“Só se combate a ganância empresarial com mais ganância (competição) e não menos”.

Donald Stwewart Jr.

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sábado - 14/08/2021 - 23:46h
MPRN

Câmara de Mossoró obtém nota máxima em transparência

A Câmara Municipal de Mossoró conquistou nota máxima em transparência nos gastos públicos. Avaliado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), o Portal da Transparência da Casa obteve 1.300 pontos, em monitoramento permanente do Sistema Confúcio.

Lawrence mostra que índice aumento esse ano (Foto: Edilberto Barros)

Lawrence mostra que índice aumento esse ano (Foto: Edilberto Barros)

Desenvolvido pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do MPRN, o Confúcio avalia os 167 municípios do Estado, de forma diária e automatizada. O Portal da Transparência da Câmara de Mossoró foi aprovado nos oito quesitos aferidos.

São eles: Saúde do Portal (100 pontos); Qualidade dos Dados (100 pontos); Disponibilidade (100 pontos); Usabilidade (100 pontos); Série Histórica (100 pontos); Qualidade da Despesa (200 pontos); Qualidade do Gasto Público (100 pontos) e Qualidade da Compra Pública (500 pontos).

Cada critério é medido de 0 a 100, 200 ou 500 pontos. Ao avaliar a Qualidade do Gasto Público, por exemplo, o Sistema Confúcio considera dados como empenho, pagamento e liquidação. Já a Qualidade da Compra, o detalhamento de informações sobre aquisição de bens ou serviços.

Evolução

O presidente da Câmara, Lawrence Amorim (Solidariedade), destaca o salto qualitativo da Casa em matéria de transparência, este ano. A média do Legislativo subiu de 600 pontos, em 1º de janeiro de 2021, para o teto de 1.300 pontos a partir de 23 de julho de 2021 – desempenho mantido desde então.

“Esse resultado é um compromisso da gestão, em um trabalho integrado para melhoria da transparência, que tem prioridade na Câmara”, assinala o vereador, ao parabenizar o empenho dos diversos setores administrativos, responsáveis pela alimentação do Portal da Transparência.

Qualquer cidadão pode acessar a página, disponível no site da Câmara: www.mossoro.rn.leg.br, no card Portal da Transparência. A página do Sistema Confúcio está disponível em www.confucio.gaeco.mprn.mp.br e oferece avaliação de todas as Câmaras e Prefeituras do Estado.

Com informações da CMM.

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sábado - 14/08/2021 - 23:24h
Amém!

Álvaro Dias finalmente entendeu o valor da vacina

Prefeito chegou e exaltar Ivermectina como mais importante do que vacina; caiu na real (Foto: arquivo)

Prefeito chegou e exaltar Ivermectina como mais importante do que vacina; caiu na real (Foto: arquivo)

Fico feliz em ver o prefeito natalense Álvaro Dias (PSDB) mudar de atitude.

Dia 19 de janeiro, ele chegou a falar essa asneira: não tinha pressa em se vacinar, “pois estou tomando Ivermectina. Estou protegido”.

Agora, vibra com vacinação.

Apesar do mal que fez, entendeu.

Amém!

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sábado - 14/08/2021 - 23:00h
Solta

Bob livre!

Roberto Jefferson já apareceu em redes sociais fazendo provocações diversas, portando armas de fogo (Reprodução)

Roberto Jefferson já apareceu em redes sociais fazendo provocações diversas e portando armas de fogo (Reprodução)

O comportamento de Roberto “Mensalão” Jefferson é tão bizarro e hilariante, que considero um excesso sua prisão.

Caso é de internamento.

Deem umas pistolas d’água para ele brincar e acabemos logo com isso.

Volta, Bob.

Bob Livre!

Leia também: Polícia Federal prende o ex-deputado federal Roberto Jefferson.

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Categoria(s): Política / Só Pra Contrariar
sábado - 14/08/2021 - 22:26h
RN

Taxa de Ocupação de Leitos Covid-19 cai para menos de 30%

Taxa de ocupação dos leitos críticos por região no sábado - 14 de Agosto de 2021A governadora Fátima Bezerra (PT) deu outra boa notícia agora à noite de sábado (14). Em suas redes sociais, ela informou a contínua queda na taxa de ocupação de leitos de Covid-19 no RN.

“Fechando a noite com uma ótima notícia: a taxa de ocupação de leitos Covid-19 está abaixo de 30% no RN! Mas lembremos que pandemia ainda não acabou. Sigamos usando máscara, cumprindo os protocolos sanitários e o mais importante: se chegar a sua vez, tome a vacina”, disse.

Vacinas

Nesse sábado, também, o governo estadual recebeu dois lotes com 95.320 vacinas previstos para essa data.

São 35.650 doses de Coronavac, que serão divididas igualmente entre D1 e D2, e 59.670 doses da Pfizer que serão direcionadas para D1, conforme orientação do Ministério da Saúde.

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
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