segunda-feira - 07/06/2021 - 21:36h
Mossoró

Fim de semana para beber, cair e abraçar o coronavírus

Fim de semana, Mossoró deu exemplos de desobediência a normas básicas de prevenção ao coronavírus (Covid-19).

Tivemos festas, bares e restaurantes lotados.

Muita gente se divertindo e rindo de quase 500 mil mortes pela doença.

Daqui a pouco fecha tudo e vão culpar governantes.

Vão insultar as autoridades públicas em redes sociais.

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Categoria(s): Gerais / Saúde
segunda-feira - 07/06/2021 - 20:50h
Vacina

Estou zerado

Salto, alegria, pulo, silhuetaMais de 24h após tomar 1ª dose da AstraZeneca, não sinto qualquer efeito colateral.

Sigo cuidados preventivos de sempre (distanciamento social, máscara e álcool gel, entre outros).

Lembrei de um porre com Conhaque Imperial para “curar” uma gripe nos anos 90.

Sobrevivi e conto a história.

Que venha a segunda dose.

Da vacina, claro.

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segunda-feira - 07/06/2021 - 19:32h
Boa notícia

Engenheiro Charles Paiva está curado da Covid-19

Charles foi internado dia 21 (Foto: cedida)

Charles foi internado dia 21 (Foto: cedida)

O engenheiro Charles Paiva está curado.

Venceu a terrível Covid-19.

Foi internado com o coronavírus dia 21 de maio e dia 24 precisou ser intubado. Chegou a ter 80% dos pulmões comprometidos, mas driblou a doença.

Nessa segunda-feira (7), ele saiu da UTI do Hospital Wilson Rosado em Mossoró para leito clínico.

Em breve estará em casa ao lado de sua Marilene Paiva (repórter social do Jornal de Fato), Charles Segundo e Marina.

A melhor notícia do meu dia e feliz por poder repassá-la.

Conheço-o desde a adolescência e tê-lo entre nós é motivo de comemoração.

Amém!

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Categoria(s): Gerais
segunda-feira - 07/06/2021 - 18:28h
RN

Empresa cria peças biodegradáveis para tratar membros fraturados

Por Gabriel Pietro (Do Razões para acreditar)

Usando a tecnologia da impressão 3D, uma empresa potiguar desenvolveu um tipo de órtese de plástico biodegradável capaz de substituir o gesso utilizado em imobilizações de membros fraturados.

A ‘Fix It’ é uma startup nascida no Rio Grande do Norte que desde 2015 tem se tornado referência em soluções ortopédicas, neurológicas e reumatológicas construídas com plástico termomoldável e biodegradável.

Prótese é feita de forma personalizada para cada paciente (Foto ilustrativa)

Prótese é feita de forma personalizada para cada paciente (Foto ilustrativa)

As órteses criadas pela empresa nordestina trazem mais conforto para os pacientes, a essa altura cansados de sentir tanta dor (só quem já quebrou um osso sabe como é horrível!).

Segundo os engenheiros da Fix It, as órteses são feitas de bagaço de cana de açúcar, beterraba e milho. Elas podem ser usadas em procedimentos envolvendo fraturas e casos pós-cirúrgicos.

Também chamados de ‘imobilizadores articulares’, eles são indicados para membros inferiores e superiores, com um design que facilita a imobilização e limpeza da área.

Ao contrário do gesso, as órteses não coçam, não esquentam e pesam bem menos, uma vez que são impressas em material fino 3D. Ah, e ainda são à prova d’água!

Após seu uso, elas se decompõem facilmente em uma composteira, virando adubo.

Desperdício

Desde que passaram a ser licenciadas Brasil afora, mais de 1000 órteses foram impressas pela Fix It, atendendo 4 mil pacientes ao todo, o que significa uma redução de 2,5 toneladas de gesso!

“Temos em mente que os procedimentos utilizados em fraturas devem ser os mais práticos, eficientes e confortáveis. Nós aliamos novas tecnologias com a expertise de vários profissionais para liderar um novo caminho no tratamento de lesões e imobilizações”, explicou o fundador da Fix it, Felipe Neves, que é fisioterapeuta.

O mais legal das órteses é que elas duram até 3 anos e podem ser remodeladas quatro vezes após a primeira aplicação.

Em outras palavras, elas são ótimas para pacientes, mas também para profissionais que atuam em clínicas e hospitais, pois agiliza a imobilização dos membros afetados.

Felipe garantiu que os imobilizadores têm um custo mais baixo em alguns cenários, como por exemplo em radiografias, já que são radiotransparentes e não precisam ser retirados – uma vantagem em relação ao gesso, que precisa ser tirado e reaplicado após o exame.

Cada vez mais consolidada no Brasil, a Fix It se prepara para chegar ao mercado estrangeiro, começando por nossos vizinhos da América do Sul.

Expansão internacional

Em março, a startup brasileira chegou ao Paraguai. Os próximos destinos são Uruguai, Venezuela e Chile.

Pensando mais adiante, Felipe espera alcançar Portugal e Moçambique até o final do ano. Tudo isso sem qualquer investimento em marketing no exterior. Afinal, um produto tão legal assim praticamente se vende por si só, né?

Nesse ritmo, não vai demorar muito para a Fix It conquistar a Europa e os EUA. “É o sonho de toda startup“, completou Felipe.

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segunda-feira - 07/06/2021 - 14:12h
Mossoró Vacina

Quase 5 mil pessoas são vacinadas em apenas dois dias

A vacinação contra a Covid-19 em Mossoró no último final de semana obteve grande êxito. Ao todo foram aplicadas 4.919 doses em dois dias, no horário entre 8 e 16 horas, sem nenhum incidente.

No sábado (05), foram vacinadas 1.414 pessoas, dentre as quais 73 foram segunda dose. Ainda foi ampliado o grupo dos trabalhadores da educação, que agora contempla os profissionais do ensino fundamental.

José Américo foi vacinado na UBS do Barrocas, sob aplausos do filho (Foto: reprodução do Canal BCS)

José Américo foi vacinado na UBS do Barrocas, sob aplausos do filho (Foto: reprodução do Canal BCS)

No domingo (06), Mossoró iniciou de forma pioneira no Rio Grande do Norte, a imunização das pessoas com 55 anos ou mais sem comorbidades. Foram atendidas 3.505 pessoas, sendo 20 da segunda dose.

O número expressivo foi alcançado graças ao trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela campanha Mossoró Vacina.

“Nossa intenção é promover a vacinação de uma forma organizada respeitando um planejamento prévio. Sempre que temos a disponibilidade das doses fazemos um estudo para saber se é possível avançar para não ficarmos com vacinas paradas nas geladeiras diante de um cenário que ainda é preocupante nos nossos hospitais”, disse a secretária municipal de Saúde, Morgana Dantas.

Momento especial

Um momento particularmente especial para o prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) foi de acompanhar a vacinação do seu pai: José Américo, 59 anos.

Seu “Dedé” foi vacinado na Unidade Básica de Saúde (UBS) Doutor Ildone Cavalcanti, no bairro Barrocas, às 11h12, na companhia do filho. Ele foi atendido agora, porque a vacinação chegou à faixa etária sem comorbidades a partir de 55 anos de idade nesse domingo.

Em Mossoró, o programa de vacinação nacional teve início no dia 19 de janeiro desse ano, já na gestão de Allyson Bezerra

Ensino Médio

Profissionais da Educação do Ensino Médio também começam a ser vacinados nessa segunda-feira (7), no Ginásio do Sesi. O anúncio foi feito pelo próprio prefeito em suas redes sociais agora à tarde.

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segunda-feira - 07/06/2021 - 12:50h
Vagas

Terminam hoje inscrições para concurso do Itep do RN

Concurso públicoAs inscrições para o concurso público do Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (ITEP/RN) terminam nesta segunda-feira, dia 7 de junho.

Ao todo estão disponíveis 276 vagas, incluindo 16 destinadas às PcD (Pessoas com Deficiência), entre os níveis Médio e Superior, com oportunidades de atuação em quatro municípios onde há unidades do órgão, como Natal, Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros.

As remunerações partem dos R$ 2.807,36 e podem chegar até R$ 7.440. Os requisitos e atribuições dos cargos de Nível Superior vale para bacharéis, tecnólogos e licenciados nas respectivas áreas.

As vagas podem ser concorridas por profissionais de diversas áreas, tanto das ciências biológicas e da saúde, como das humanas e exatas, incluindo graduados em medicina, medicina veterinária, odontologia, biologia e biomedicina, meio ambiente, engenharia, arquitetura, física, análise sistemas, química, administração, contabilidade, economia, computação, farmácia, serviço social, biblioteconomia, psicologia, direito, entre outros.

Todos os requisitos podem ser conferidos no 1º Termo de Retificação do Edital de Abertura. Também vale destacar que, requisitos como a CNH categoria B para os cargos de Nível Médio, por exemplo, são exigidos somente no momento da posse do cargo e não impossibilita a inscrição.

Cargos

Até o final do certame, os candidatos podem se organizar para conquistarem as devidas certificações.

Os cargos são: Perito Criminal (área geral e específica), Perito Médico Legista, Perito Médico Legista na área de Psiquiatria, Perito Odontolegista, Assistente Técnico Forense, Agente Técnico Forense e Agente de Necropsia, sendo os dois últimos destinados aos profissionais de nível Médio.

As provas objetivas e discursivas estão previstas para o dia 25 de julho do corrente ano, e deverão ser aplicadas em Natal, com possibilidade de serem aplicadas, também, em cidades vizinhas, caso o número de inscritos exceda a capacidade de alocação do município.

As inscrições devem ser realizadas pelo site do Instituto AOCP, instituição organizadora do certame, pelo endereço eletrônico: www.institutoaocp.org.br.

Para os cargos de Nível Médio, a taxa de inscrição é R$ 90; Assistente Técnico Forense, R$ 110, e os demais cargos de Nível Superior, R$ 130.

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segunda-feira - 07/06/2021 - 11:46h
Mudança

Médico vai ocupar lugar de vereador da “Operação Fura-fila”

César é irmão do ex-deputado estadual Carlos Augusto Maia (Foto: Web)

César é irmão do ex-deputado estadual Carlos Augusto Maia (Foto: Web)

Por Cefas Carvalho (Potiguar Notícias)

No sábado passado, dia 5, a Câmara Municipal de Parnamirim publicou no diário oficial do município a convocação do suplente de vereador César Maia, que é primeiro suplente do partido PSD nas eleições de 2020. César vai assumir a vaga de vereador de Diogo Rodrigues (PSD), que está preso desde abril.

Diogo, eleito com 2.266 votos (segundo mais votado de Parnamirim), é acusado e denunciado pelo Ministério Público do RN (MPRN) de ser um dos chefes de esquema de fraudes na Central de Regulação da Secretaria de Saúde de Parnamirim.

O esquema burlava o SUS através de ´fura-fila` de pacientes segundo o Ministério Público (veja AQUI). A “Operação Fura-fila” do MPRN foi desencadeada a partir de 2019.

Regimento Interno

Será na terça, 8, a posse de César Maia. Em contato anterior com a redação do PN, ele havia dito que o momento era de aguardar que MP e Câmara se manifestassem.

O presidente da Câmara, Wolney França (PSC), que durante o processo também não falou sobre o assunto, cumpriu o Regimento Interno da Casa especificando a Diogo Rodrigues tempo de se defender no processo administrativo e isto feito e cumprido o chamado rito processual, convoca o suplente.

César Maia é médico e bastante conhecido no município, sendo irmão do ex-vereador em Parnamirim e ex-deputado estadual Carlos Augusto Maia. César teve 1.570 votos (1,81% do total), sendo o segundo mais votado do partido.

Diogo Rodrigues teve 2.266 (2,61% do total) sendo o segundo mais votado no geral. Era o atual vice-presidente desse poder.

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 07/06/2021 - 09:24h
Covid-19

Quase 1.800 pessoas não procuram segunda dose

Número de ausentes é expressivos e compromete a própria imunização de cada um (Foto: Wilson Moreno)

Número de ausentes é expressivos e compromete a própria imunização de cada um (Foto: Wilson Moreno)

Por Vonúvio Praxedes (Diário Político)

Em Mossoró, até a manhã desta segunda-feira (07/06), 1.792 pessoas não buscaram tomar a segunda dose das vacinas Covid-19 disponíveis.

São 1.212 que não tomaram D2 da CoronaVac e outras 580 que não buscaram a D2 da AstraZeneca.

Imunização recomendada é com as 2 doses!

Vacina Mossoró!

Nota do Blog Carlos Santos – Tomei a primeira dose da AstraZeneca no dia passado (veja AQUI). Passadas quase 18 horas não tive qualquer reação ao imunizante. Estou bem, absolutamente normal. Mas, existem relatos de gente com dores musculares, febres, moleza no corpo. Enfim, tudo muito aquém do pior: a morte.

Não procurar a segunda dose é desconhecimento, desorganização pessoal/familiar ou desdém com a própria vida?

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Categoria(s): Saúde
  • Repet
segunda-feira - 07/06/2021 - 08:20h
Futebol

ABC vence Treze em sua estréia na Série D 2021

Do Globo Esporte

O ABC venceu o Treze por 1 a 0 na tarde deste domingo, no Estádio Amigão em Campina Grande-PB, na estreia dos dois times na Série D do Campeonato Brasileiro. O gol do time potiguar foi marcado por Wallyson, de pênalti, aos 25 do segundo tempo.

Importante destacar que o Galo foi a campo com 14 desfalques, sendo 12 jogadores positivados para Covid-19. E, para piorar, além de já ter montado um time “todo remendado”, Fernandinho foi expulso ainda no primeiro tempo, deixando o Galo com um a menos em campo durante a maior parte do jogo.

A verdade é que Treze e ABC fizeram um jogo ruim no Amigão, sobretudo no primeiro tempo. Tanto que o ponto alto da partida antes do intervalo foi a expulsão de Fernandinho, aos 36 minutos: após tentar retardar a cobrança de uma falta do adversário, o jogador trezeano usou o cotovelo no rosto de Netinho e, por isso, recebeu o vermelho direto. Mas os times pouco construíram.

Na segunda etapa, sim, houve um pouco mais de emoção. Os times pareceram mais dispostos, os goleiros participaram mais e teve o pênalti para o alvinegro natalense após toque de mão de Gabriel Cividini. Wallyson ajeitou a bola e, numa batida de segurança, abriu o placar aos 25.

O Galo, com um a menos, foi perdendo as forças para uma reação. E o ABC decidiu administrar o resultado até o fim.

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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Categoria(s): Esporte
segunda-feira - 07/06/2021 - 06:38h
Constatação

Perdidos do Brasil

Após cerca de um ano e 4 meses de pandemia no país, com medidas universais de prevenção consagradas (uso de máscara, distanciamento social e álcool gel), ainda tem quem seja insubordinado a essas orientações e normas.

Do zé-ninguém ao dotô!

Um, por ignorância;

O outro por estupidez.

Ambos, vítimas em potencial e fortes vetores do vírus.

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  • San Valle Rodape GIF
segunda-feira - 07/06/2021 - 04:28h
Brasil

Mais uma leva de “especialistas”

Depois do fenômeno dos especialistas que são profundos desconhecedores do Direito, Virologia e Infectologia, eis que agora temos os que dominam o saber sobre futebol.

Cuidado para não confundirem Tite com Tiririca e Copa América com móveis para o lar.

Muito cuidado.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Só Pra Contrariar
domingo - 06/06/2021 - 23:58h

Pensando bem…

“Quanto maior o sonho, mais importante é a equipe.”

Robin Sharma

 

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  • Repet
domingo - 06/06/2021 - 22:48h
Humor

Tite, mais um comunista

Ver no Twitter hastag sob o título “Tite Comunista”, numa alusão ao treinador da Seleção Brasileira de futebol, me obriga a conter o riso.

Da mesma forma que Tite é comunista, eu domino os primados da física quântica.

Que gente idiota!

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domingo - 06/06/2021 - 21:38h
Vacinado!

A primeira dose já foi; que venha a próxima

Recebi a aplicação à tarde desse domingo, em Mossoró (Foto: Canal BCS)

Recebi a aplicação à tarde desse domingo, em Mossoró (Foto: Canal BCS)

Hoje (Domingo, 6), pouco antes das 16h, recebi a primeira aplicação de vacina contra o Coronavírus (COVID-19). Foi na Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. José Leão, bairro Alto da Conceição, Mossoró.

Gratidão por ter a chance de continuar lutando, enquanto em meu país quase 500 mil pessoas já se foram.

Seguirei com os mesmos cuidados de sempre (uso de álcool gel, distanciamento social e utilização de máscara). Além de operacionalizar os meios profissionais que disponho para contribuir à informação e esclarecimentos, contra a ignorância e estupidezes.

Por mim, por zelo aos outros, homenagem a quem se foi (vários amigos) e respeito àquelas pessoas que diariamente se sacrificam na linha de frente.

Gládio à mão; à luta.

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  • Art&C - PMM - Sal & Luz - Julho de 2025
domingo - 06/06/2021 - 19:02h

Parque Tecnológico, caminhos e futuro

tecnologia, informática, parque tecnológico, internet,Por Josivan Barbosa

Durante a semana conversamos como o novo coordenador do projeto do Parque Tecnológico da Universidade do Semiárido, o administrador Júlio César Rodrigues. Ele confirmou que está trabalhando para aproveitar como escritório geral do Parque Tecnológico (ainda sem nome, mas que seria razoável que seja denominado de Parque Tecnológico do Semiárido) as instalações que foram cedidas pela Procuradoria Geral do Trabalho em Mossoró que não conseguiu recursos para concluir a obra e a repassou para a Ufersa.

Trata-se de uma edificação moderna e bem localizada. Fica dentro do Complexo Judiciário de Mossoró, ao lado das edificações da Justiça do Trabalho.

As instalações ainda estão muito longe de serem concluídas e estima-se que a Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) vai precisar investir cerca de R$ 5 milhões para que o prédio tenha condições de abrigar os vários órgãos internos da IFES ligadas ao desenvolvimento científico e tecnológico da instituição.

Aproveitamos para lembrar ao novo coordenador do projeto que na década passada havíamos reservado uma área de 60 hectares localizada ao lado do antigo Centro Educacional (CEDUC) para abrigar o projeto do parque tecnológico da Ufersa A referida área já havia sido objeto de invasões por parte da comunidade do bairro Dom Jaime Câmara e adjacências, mas, na época, a universidade tomou as devidas providências junto ao Judiciário e a área foi recuperada e protegida com estacas de alvenaria que facilmente identifica como pertencente ao seu patrimônio.

Trata-se de uma excelente área que se bem planejada pode abrigar dezenas de startups dentro do parque tecnológico.

Não podemos confundir o escritório que abrigará a entidade com o parque tecnológico. O escritório é apenas uma pequena parte do parque tecnológico. Também não precisamos inventar a roda para elaborar o projeto do parque tecnológico da Ufersa. Basta verificar o que já se conseguiu fazer em outras universidades federais, especialmente as do Paraná e de Santa Catarina.

Parque Tecnológico Augusto Severo (PAX)

Defendemos, também, que o parque tecnológico possa ser iniciado como um complemento das atividades de interiorização do Parque Tecnológico do Rio Grande do Norte Augusto Severo (PAX). Não vejo com bons olhos a Universidade Federal do RN (UFRN) instalar um parque tecnológico na grande Natal com recursos do Governo do Estado oriundos do empréstimo junto ao Banco Mundial, sem a participação da Ufersa, Universidade do Estado do RN (UERN) e Instituto Federal do RN (IFRN). Isso não é bom para o RN e nem para as instituições universitárias públicas. Acredito até que não podemos deixar as universidades e faculdades particulares de lado nesse projeto.

As instalações do PAX deverão ser em Macaíba, em uma área de 15 mil metros quadrados, que será adaptada para este tipo de projeto de fomento ao desenvolvimento de inovação, com a integração entre o setor produtivo e a universidade. No local, haverá centro de inovação, incubadora multissetorial, aceleradora, agência de inovação e laboratórios de tecnologia.

Além disso, as empresas que se instalarem na área vão contar com uma infraestrutura, incentivos fiscais, relacionamento com os pesquisadores, base de dados e outras condições adequadas ao desenvolvimento tecnológico.

A ideia é que o Parque Cientifico e Tecnológico esteja voltado principalmente para as áreas de Energias, Reabilitação em Saúde e Indústria 4.0.

Nada do que se propõe no PAX é diferente do que o parque da Ufersa necessitará. Não justifica um esforço duplicado para a instalação de dois parques isolados numa época de vacas magras.

Fontes de recursos

É importante, também, que seja analisado as possíveis fontes de recursos para a implementação do projeto. E nesse sentido, as emendas de bancada sempre se apresentam como uma boa oportunidade de recursos, a exemplo do que aconteceu na UFRN com o Instituto Metrópole Digital que surgiu a partir de uma emenda de bancada coordenada pelo atual ministro do desenvolvimento regional, o ex-deputado Rogério Marinho.

Em síntese, a Ufersa deveria reavaliar e se juntar à UFRN nesse projeto do parque tecnológico e levar para a UFRN a proposta de ampliar as ações do PAX no interior do RN com uma unidade em Mossoró.

Para isso a Ufersa já oferecia um escritório e uma grande área para abrigar as empresas que queiram se instalar no interior. As duas instituições juntas e se somando ao IFRN e à UERN melhoram em muito a sintonia com a Bancada Federal na captação de recursos nos ministérios e nas decisões de Emenda de Bancada.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Ufersa

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Categoria(s): Artigo
domingo - 06/06/2021 - 13:08h

Éramos felizes!

praia, litoral, areia da praia, beira-marPor Odemirton Filho 

Acordávamos pertinho das cinco horas da manhã, os raios de sol começavam a lumiar o dia. Eu levantava-me com uma preguiça danada, mas não podia perder a “aventura”. Os meus primos mais velhos iam pegar passarinhos em Tibau. Menino inventa qualquer motivo para sair de casa e ficar brincando pelas ruas, nas casas dos familiares e vizinhos.

Chegando ao local escolhido, meus primos armavam o alçapão. Ficávamos à espreita. Aqui ou acolá conseguíamos pegar um cabeça-vermelha, um Golinha, um Azulão ou, o pássaro mais cobiçado, uma Graúna. Às vezes não conseguíamos. Uma tristeza. Não tínhamos medo da Polícia. No outro dia estávamos lá, de novo, cometendo mais um crime ambiental. Éramos crianças. Não existia o Estatuto da Criança e do adolescente, nem pensávamos nisso.

Outras vezes, ainda no arrebol, íamos à praia. Cavávamos um buraco na areia e colocávamos os caranguejos para brigar. Depois, tomávamos banho de mar. A água gelada doía nos couros. Também gostávamos de ir pescar lá na pedra do chapéu ou apanhar búzios. Ficávamos “tostando no sol” boa parte da manhã, grudentos de sal e areia. Jogávamos bola, muita bola. De vez em quando um menino pisava no ferrão de um bagre. Era uma dor dos diabos.

Houve uma época na qual a moda dos meninos era andar de jumento na cidade pra lá e pra cá. Como não tinha habilidade para “laçar” algum jumento na rua, meu pai comprou um para mim. Eu andava puxando o bichinho, como se fosse um cachorro. Minha alegria durou pouco, pois o arisco do jumento fugiu. Contentei-me, então, em brincar com os cachorros da casa.

À tardinha íamos ao morro do labirinto, brincar de esconde-esconde e jogar pedras de areia uns nos outros. Pense numa brincadeira sadia? Um bocado de primos, sujos e suados. Ficávamos por lá até a boquinha da noite e depois íamos à “casa do morro”, como chamávamos a casa dos nossos avós. Comíamos pão, molhando na sopa. Quanta saudade de vó Placinda e Vô Vivaldo.

Quando em vez íamos ver as jangadas, com suas velas brancas, retornando do alto-mar. Achava bacana a jangada deslizando lentamente sobre as águas, até bater na areia da praia. Na maioria das vezes trazia uma ruma de peixes, fresquinhos. Algumas pessoas compravam, ali mesmo, os peixes de seu agrado. Também ali, na beira do mar, conheci o velho pescador Tidó.

Às vezes, depois de lavarmos o alpendre lá de casa, ficávamos deitados no chão frio, conversando “conversas de criança”, e comendo a polpa dos cocos tirados do nosso quintal. Esperávamos o bolo de leite ou fofo sair do forno, quentinho, quentinho. Era a paga pelo nosso trabalho. E, claro, aguardávamos o menino passar na rua vendendo grude. Sempre havia um café fumegante, preparado por nossa querida Socorro. Eu tomava era leite Alimba com achocolatado.

Gostava de ir comprar umas revistas em quadrinhos num prédio localizado na rua principal, próximo ao restaurante Brisa. Às vezes ia fazer uma ligação no Posto da Telern para o meu pai em Mossoró, a fim de que trouxesse alguma coisa que minha mãe pedia. Há alguns anos as ruas de Tibau não eram calçadas. Andávamos com os pés descalços. Uma camisa e um calção “surrados” estavam de bom tamanho. Conhecíamos cada rua, cada viela, cada beco da cidade.

À noite, no alpendre, deitávamos nas redes. Os mais velhos gostavam de contar histórias mal-assombradas. Quase sempre faltava energia, eu me agarrava com um lençol velho, cheirando a guardado. As mãos ficavam geladas e os olhos arregalados. Assistir à televisão era peleja medonha. Colocávamos um pedaço de Bombril na antena para melhorar a imagem, pois o sinal de transmissão não era lá essas coisas. Não, não existia antena parabólica, gentil leitora.

Eu ficava ansioso pelo final de semana para que o meu pai nos levasse à praia, para passear no seu Jipe azul. Sentíamos o cheiro da maresia e a brisa batendo no rosto. Quando tinha alguma bebedeira no alpendre da minha casa ouvia o meu pai cantar “O Calhambeque”, de Roberto Carlos, acompanhado pelo violão do meu saudoso tio Albeci, da Banda Bárbaros. Ainda hoje, graças a Deus, tenho o privilégio de, aqui ou ali, ouvir o meu velho pai soltar a voz, cantando a sua música preferida.

Eu vejo-me, caro leitor, pela praia, açodado, com dinheiro na mão para comprar um picolé, mergulhando no mar, fazendo um castelo de areia ou deitado em uma pocinha d’água. Ainda tenho, como lembrança daquele tempo, uma cicatriz no pé, fruto de um corte, quando brincava na areia “pegando fogo”. Nem ligava. O importante era brincar, brincar, brincar…

Enfim.

Foram doces momentos. Momentos de uma família como qualquer outra, com virtudes e defeitos. Eram as “curtições” das nossas férias. Crianças que brincavam, aprontavam, levavam umas chineladas, choravam e sorriam. São retalhos de um tempo recheado de saudades.

Ah, como éramos felizes. E não sabíamos.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

P.S. – Perdemos Paulo Menezes (veja AQUI e AQUI) e as suas belas crônicas, simples e verdadeiras. Infelizmente, não deu tempo tomarmos um café e prosear. As abelhas, certamente, levaram a sua alma para o céu. Enquanto Deus nos permitir, Paulo, continuaremos por aqui escrevendo crônicas, que são frutos d’alma.

O nosso time ficou desfalcado. Perdemos um excelente esgrimista das palavras. “O Nosso Blog” sentirá a sua falta. Muita.

Como sei de sua paixão por Tibau, Paulo, a crônica de hoje é em sua homenagem. Deus o acolha. Eternamente.

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 06/06/2021 - 11:24h

Contos do Tirol – Dahora

Oficina e amor, coração, mecânica,Por David Leite

José Vitorino, é verdade, foi pronunciado pelo pároco da Matriz de Nossa Senhora dos Homens e, tal qual a água benta que lhe molhou a moleira, sumiu lá pelos sertões de Baixa Verde. Na adolescência, quando tornou-se lambaio de caminhão de um tio, além de minguados trocados, ganhou o apelido Dahora.

O tio, final dos anos 1940, vendeu o caminhão e resolveu instalar uma oficina na capital, num prédio que adquiriu no bairro Tirol. O sobrinho embarcou na migração. Duas décadas depois Dahora, de forma natural, herdou a titularidade da profissão, mas segue, até os dias correntes, inquilino da prima Juliana.

Mecânico à moda antiga, Dahora e sua oficina parecem estranhos em meio às modernidades. Hábitos e instalações que passariam despercebidos não fossem as excentricidades desse camarense. O município de nascimento de Dahora teve o nome mudado: Baixa Verde passou a chamar-se João Câmara. Pitar o cigarrinho de palha na calçada seria igualmente ignorado se Dahora, nesses intervalos, largasse os cacoetes de insinuantes olhares e gracejos às mulheres que passam.

Dahora pronuncia tais pilhérias em tom baixo, esboçando ar de desentendido, mas deixando escapar um riso sonso. Assim segue e, muitas vezes, as transeuntes nem percebem ou dão de ombros, por já conhecerem aquela figura.

Outro detalhe digno de registro: apesar dos muitos anos decorridos, Dahora conserva quase a mesma destreza no manuseio das ferramentas. Chaves combinadas, de boca com fresada, de torque para ajustes de parafusos dos motores… todas manejadas pelas velhas mãos, sem luvas. Sim, para ele vigora ainda a pasta de sabão e areia utilizada na remoção da graxa.

E o franzino corpo do ágil mecânico continua deslizando em seu carrinho de rolamentos, onde, deitado, consegue observar detalhes por baixo dos veículos. Enfim, Dahora seria objeto de estudo, ou um case, no que diz respeito à longevidade e resistência física.

Nesse cenário todo, outro dia ocorreu o seguinte: uma jovem professora de nome Maria de Fátima, sustentando livros pelo antebraço direito em encontro ao corpo, passou e sentiu-se incomodada devido à piada de Dahora:

— Que moça danada de bonita é essa?!

A professora nem olhou para o galanteador, mas seguiu martelando resposta à altura, caso aquela situação tornasse a ocorrer. Não deu outra. Igual cenário e personagens se repetiram dias depois:

— Que moça danada de bonita é essa?!

— Meu pai também é — respondeu incisivamente.

— Vige, então é a família toda — replicou o astucioso mecânico.

Maria de Fátima, ao chegar ao colégio, comentou com as colegas de trabalho que fora tomada por um misto de espanto e vontade de rir que resultou no apressar de passos e confessou que iria alterar seu percurso diário, embora aumentado-o em dois quarteirões, para não passar na calçada de Dahora:

— Oh, velho enxerido! — comentou em meio a risos.

David Leite é professor da Uern e doutor pela Universidade de Salamanca (USAL) – Espanha

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Categoria(s): Crônica
domingo - 06/06/2021 - 10:26h

Sempre mascarado

Por Marcelo Alves

O poetinha Vinícius de Moraes (1913-1980) certa vez disse: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. Acho que nunca houve tanto desencontro na vida como tem havido durante esta pandemia.

Desencontro com a verdade em forma de fake news. Desencontro negacionista com a ciência. Desencontro com as vacinas. Desencontro/discórdia entre as pessoas. Desencontro/distância entre amigos e familiares, sobretudo os mais idosos. Desencontro com a vida, com tantas pessoas queridas nos deixando.

Tristes tempos.Foto de mulher mascarada, máscara de gato, namoro na InternetDe toda sorte, aqui e acolá, surgem uns causos curiosos, quiçá engraçados. Aconteceu com um amigo nosso. Não vou contar o nome do santo, porque é pessoa conhecida na paróquia, e a revelação dos envolvidos (há uma envolvida, já ia me esquecendo) pode me causar mais problemas do que simpatia. Boca não diz nomes ou apelidos.

O fato – e tenho por verdadeiro, já que atestado parte de ciência própria e o restante por ouvir dizer – é que este amigo passou por várias fases na pandemia. Começou assustado, fazendo serões de home office, saindo pouquíssimo de casa e tomando banhos de álcool gel. Mas a sua obsessão mesmo era/é a máscara: usava até para dormir, acompanhado ou sozinho, acreditem.

E ele aguentou tudo isso bravamente uns bons meses. Quem não aguentou foi a sua ex-companheira, que foi viver com um primo querido (como é bom a gente ver as famílias “unidas” novamente). Até essa circunstância nosso amigo aguentou resilientemente. Segundo ele, estar sozinho diminuiria o risco de exposição ao vírus (o que tem lógica, ao menos na terra redonda). Foi um Cândido, a orgulhar o professor Pangloss e confirmar Voltaire (1694-1778).

Com o abandono (que ele via positivamente, pelo lado sanitário, frise-se), naturalmente começou a paquerar pela Internet. Visitava tudo o que é rede social. E nem para isso tirava a máscara (e aqui eu não entendo a razão, uma vez que ele estava sozinho no seu apartamento que beirava a esterilização).

A princípio, disse que cumpria protocolos, sozinho ou não. Não era hipócrita (Oi?). Mas, depois, me confessou a verdadeira razão: “desabonitado”, segundo suas próprias palavras, ele viu que tinha mais sucesso nas paqueras virtuais quando se apresentava com a sua N95. Virava “japonês”, concorria em igualdade de condições.

Ainda admiro essa tendência dele de ver o lado bom de tudo. E, reconheçamos, aqui ele tem certa razão. Na noite, ao vivo ou no Facebook, a gente concorre com as armas que tem.

Conheceu algumas moças (e outras não tão moças assim), mascaradas ou não. Meninas do Brasil e até de além-mar. Mas uma mascarada da terrinha (é sempre melhor casar com a filha do vizinho) tocou o seu coração em especial. Gente conhecida também, que ainda me escuso a revelar o nome. E essa paixão, que antigamente se dizia “platônica”, mas hoje é melhor dizer “virtual”, durou semanas. Embora não se vendo pessoalmente (segurança sanitária acima de tudo), diziam ter compromisso. Coisa “firme”. Seja lá o que esse termo hoje signifique.

Mas, dia desses, vacinado com a primeira dose da Pfizer (e essa marca ele resolveu usar como arma de conquista), atendeu à ideia de um amigo de caírem na noite. Uma festinha, meio clandestina, mas que cumpriria protocolos (eu não sei como isso é possível). De amigos, quer bons, quer maus, é necessário se defender, já alertava Rudyard Kipling (1865-1936).

E a vida prega peças. Sua “namorada firme” tinha tido a mesma ideia. Mesma “festa estranha, com gente esquisita”. E mesma N95, com a qual tentavam impressionar. Eles bateram os santos, ou as máscaras.

Quem da Legião “um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?”. E, como à noite todos os gatos são pardos, imaginem se mascarados, só se identificaram um ao outro quando, aconchegados, o sinal já avançado, trocaram WhatsApp e Facebook. Aí foi um furdunço, dizem, entre tapas e sem beijos.

Até hoje não sei se eles tiveram um encontro ou um desencontro. Se um traiu o outro ou se se traíram mutuamente. Os mais chegados tentaram fazer piadas. Mas o nosso amigo não deixou cair a fantasia.

Disse: “Estávamos de máscaras. Podia ser pior”. Voltaire é tudo. E segurança sanitária ainda mais.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 06/06/2021 - 08:44h

O “olho grande” nas riquezas da Amazônia

(Foto: U. Marcelino/Reuters)

(Foto: U. Marcelino/Reuters)

Por Ney Lopes

Ontem comemorou-se o Dia Internacional do Meio Ambiente.

A data criada pela ONU tem o objetivo de trazer a debate, a integração entre o meio ambiente e a economia.

O nosso país poderá ter cometido equívocos ao longo de vários governos em sua política ambiental, porém não assume as proporções das acusações feitas por certos líderes internacionais.

Colocar o Brasil como “boi de piranha” na questão ambiental, confirma a existência atrás de tudo isso, do “olho grande” de países, que desejam beneficiar-se da nossa biodiversidade.

Está provado que muitas ONGs internacionais (há exceções) chegam a Amazônia, travestidas de missões religiosas, ou, de preservação ambiental, quando a real intenção é a exploração econômica e comercial dos recursos naturais e não proteger a floresta, em benefício do planeta, mas usufruir lucros, até com a exploração clandestina das riquezas lá existentes.

Estudos globais evidenciam, que todos os ecossistemas mundiais e não apenas o Brasil estão em processo acelerado de degradação permanente e trazem sérios riscos para o equilíbrio do clima.

Em consequência, o regime irregular de chuvas contribui para o aquecimento global, aumentando os riscos de desastres naturais, provocados pelo ser humano e suas atividades, causando prejuízos econômicos, sociais, ambientais, geopolíticos e culturais.

Sabe-se que o nosso país detém a maior diversidade do planeta.

As mais diferenciadas riquezas jazem nas cadeias de nucleotídeos e nos fito químicos dos bosques brasileiros.

Segundo a “Conservation Internacional”, dos 17 países mais ricos em biodiversidade do mundo (entre os quais figuram Estados Unidos, China, Índia, África do Sul, Indonésia, Malásia e Colômbia), o Brasil está em primeiro lugar com 23% do total de espécies do planeta.

A Suíça tem apenas uma planta endêmica. Alemanha e o México pouquíssimas.

O Brasil tem 20 000, apenas na Amazônia.

Adiciona-se a isso a variedade de espécies vegetais, de mamíferos, aves, répteis, insetos e peixes da Mata Atlântica, do cerrado, do Pantanal, da caatinga, dos manguezais, dos campos sulinos e zonas costeiras.

Apenas, cerca de 10% da flora mundial foi estudada até hoje e só 3% é utilizada como matéria-prima.

A biodiversidade brasileira, portanto, é o cofre de um patrimônio químico inexplorado de remédios, alimentos, fertilizantes, pesticidas, cosméticos, solventes, fermentos, têxteis, plásticos, celulose, óleos e energia, além de moléculas, enzimas e genes, em número quase infinito.

Sem desejar reduzir a gravidade da pandemia pelo coronavírus, deve-se destacar que a poluição e a fome matam a cada ano 15,74 milhões de pessoas ou 4,4 vezes mais que a Covid-19.

O Dia do meio ambiente conduz a reflexão, de que somente a preservação racional da Amazônia poderá ser uma das alternativas para a produção de alimentos em abundancia, que abasteça o mundo.

É aí que surge o “nó górdio” da questão, com o “olho grande” das grandes potências, na tentativa de inibir o nosso agronegócio.

Países como os Estados Unidos e alguns europeus, que desejam liderar o agronegócio global, ficam incomodados e começam a levantar dúvidas, para conter que os avanços nacionais na exploração econômica da biodiversidade amazônica.

O desafio brasileiro será desenvolver os usos econômicos dos materiais genéticos disponíveis, incorporando tecnologias e capitais, sem, no entanto, estabelecer princípios xenófobos e contrários ao desenvolvimento científico.

A indispensável atração de capitais, públicos e privados, dependerá de regras estáveis de proteção a cada direito e investimento envolvidos.

Não se quer uma legislação entreguista, mas apenas que dê segurança jurídica às parcerias que começam a se desenvolver, com oferta de empregos e divisas para o país.

A maior floresta úmida do planeta abriga um percentual impressionante da diversidade biológica conhecida e porcentagem ainda maior das reservas hídricas, cada vez mais preciosas para a subsistência do Homem na terra.

O futuro do agronegócio brasileiro dependerá da segurança e determinação de uma política, que garanta o acesso ao nosso patrimônio genético, como marco na utilização sustentável da biodiversidade e que conduza   ao desenvolvimento econômico-social da Amazônia.

Ney Lopes é jornalista, ex-deputado federal e advogado

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Categoria(s): Artigo
domingo - 06/06/2021 - 07:42h
Esse domingo

Prefeitura vacina pessoa sem comorbidade e a partir de 55 anos

Vacinação ocorre entre 8 e 16 horas nesse domingo, em 10 UBS's (Foto: Wilson Moreno)

Vacinação ocorre entre 8 e 16 horas nesse domingo, em 10 UBS’s (Foto: Wilson Moreno)

A programação do Mossoró Vacina da Prefeitura Municipal de Mossoró alcança hoje pessoas sem comorbidades de 55 anos de idade ou mais.

A cobertura contra a Covid-19 é entre 8 e 16 horas, nesse domingo (6).

Há necessidade de apresentação de documento pessoal com foto e comprovante de residência.

Sobre a vacinação do público em geral, isso tornou-se possível devido o município ter superado grupos como dos idosos, das comorbidades, das pessoas com deficiência, das gestantes e puérperas, bem como, os demais já publicamente conhecidos.

Veja abaixo os locais de atendimento:

Lahyre Rosado (Sumaré);

Maria Soares (vizinho à UPA do Alto de São Manoel);

Epitácio Carvalho (Pintos);

Chico Costa (Santo Antônio);

Francisco Nazareno (Aeroporto);

Lucas Benjamim (Abolição III);

José Leão (Alto da Conceição);

Ildone Cavalcante (Barrocas);

Moisés Costa (Redenção);

Marcos Raimundo (Belo Horizonte).

Nota do Blog – Eu estou nesse universo alcançado agora pelo programa Mossoró Vacina. Até o fim da tarde espero ser agraciado com a essa belezura de imunizante. Mas, claro, sem baixar a guarda. Continuarei usando álcool gel, obedecendo distanciamento social, usando máscara e tomando outros cuidados à preservação de minha vida e da humanidade.

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
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domingo - 06/06/2021 - 06:40h

Dom Pixote

Brincadeira, crianças brincandoPor Marcos Ferreira

Quando eu nasci, mais ou menos como foi dito ao poeta Carlos Drummond, “um anjo torto desses que vivem na sombra disse”:

— Vai, menino feio, ser besta na vida!

E, obediente que era, acatei a ordem. Mas fui sem saber que tal besteira (bisonhice, ingenuidade, inocência) me acompanharia por tanto tempo. Assim, durante anos a fio, desde a minha infância até a idade adulta, comecei a colecionar insucessos, a ser passado para trás e ficar em desvantagem em quase tudo que me propus a fazer.

Em se tratando de futebol, por exemplo, eu era o reserva do reserva de time lanterna. Quanto ao vôlei, todavia, algumas façanhas me orgulham. Quiçá daqui a pouco, por imodéstia ou simples falta de pudor, eu decida contá-las.

— Vai, menino feio, ser besta na vida!

Minha infância toda transcorreu no bairro Bom Jardim, que de bom e de jardim não tinha muita coisa. Não ao menos naqueles anos de chumbo e de fome. Foi o que eu disse. Embora feliz, pois precisava de tão pouco para me sentir feliz, tive uma infância de escassez e privações. Infância severina, para citar João Cabral.

Nem sei por que narro esses fatos, correndo o sério risco de me acusarem de coitadismo. Ocorre, porém, que não posso negar ou maquiar minhas origens.

Fui menino bobo, sim. Desses que os outros meninos botavam facilmente no bolso, passavam-me a perna e me faziam de gato e sapato. Qualquer moleque com peito de frango batia minha poeira, esfregava o dedo no meu nariz e eu não emitia sequer um muxoxo, medroso que eu era. Ou ainda sou. Jamais topei briga, sair no braço com nenhum desafiante, por menor que este fosse.

Primogênito de uma prole de onze filhos (restam nove) do sapateiro Vicente Ferreira de Sousa e da senhora Marilda Pereira de Sousa, conhecida por dona Branca, eu morava na Avenida Alberto Maranhão, 3521, em casa alugada. De um lado, enérgico, de personalidade forte, residia o pedreiro Zé Pereira, esposo da senhora Conceição.

Do outro, comerciante e professor de matemática, o senhor Odílio Mendonça, marido de dona Graça. Na residência deste casal funcionava o “Mercadinho O Jaburu”, bodega sortida e notória no bairro, a exemplo da histórica “Panificadora Canindé”, administrada por Luiz Serafim, esposa e vários filhos.

Era, ao menos para mim e meus irmãos, uma tortura o cheiro que emanava daquela panificadora, sobretudo no período da tarde, pois havia muitas ocasiões em que não tínhamos dinheiro para adquirir aqueles deliciosos produtos. De outras vezes, por camaradagem do senhor Luiz Serafim, comprávamos algumas iguarias no fiado. Mas o fornecimento era suspenso em algum instante por inadimplência. Em seguida, quando meu pai pagava a conta, reabria-se o crédito.

Naqueles anos de 1970 a 1982, além de sapateiro, meu pai consertava máquinas de costura e aparelhos de rádio e televisão. Ele fizera curso por correspondência através do pioneiro Instituto Radiotécnico Monitor, contudo não se estabeleceu em eletrotécnica. Firmou-se mesmo no fabrico semiartesanal de calçados. Meu pai faleceu com apenas cinquenta e quatro anos de idade, morto pelo álcool e pelo fumo, e minha mãe sofreu infarto fulminante aos sessenta e dois anos.

— Vai, menino feio, ser besta na vida!

Àquela época, sem luz elétrica nem água encanada, nossa casa se constituía quase toda de taipa, pau a pique, possuindo de tijolos tão só a parede frontal. A rua também era de barro. O pavimento de paralelepípedos começava a partir do cruzamento da Rua Delfim Moreira com a Alberto Maranhão, em direção ao Centro. Da Delfim Moreira para baixo era tudo areia, chão descoberto.

Gostávamos daquilo. Nós, meninos alados, sonhadores, preferíamos a rua de terra, que favorecia diversos tipos de brincadeiras, como o futebol com traves mirins, jogado com bola menor e que quicava menos.

Careço destacar que ali o trânsito de veículos, de carroças, bicicletas e pedestres era mínimo. Usávamos uma bola Dente de Leite que se furara (daquelas brancas e mais espessas) com uma Canarinha (fina e na cor vermelha) por dentro da primeira. Porque nesse tempo, evidentemente, não dispúnhamos do que hoje pudesse equivaler a uma bola de futebol de salão, em couro. De maneira alguma. Nossas bolas (perdoem a conotação genital) eram de plástico ou de meia.

Além de bangue-bangue com revólveres que forjávamos com pedaços de madeira ou tábuas, brincávamos de Tarzan, de Zorro, de esconde-esconde, garrafão, bandeirinha e sete pecados. Esta última diversão era a que mais me dava medo, pois aquele garoto que ficasse em último lugar na disputa (fiquei em várias oportunidades) receberia, de cada participante, sete boladas nas costas.

— Vai, menino feio, ser besta na vida!

Pois é, eu me saía mal em muitos daqueles recreios e atividades lúdicas. Perdia no jogo de três pequenos buracos no chão, dentro dos quais devíamos acertar bolinhas de vidro, ou gude, em apostas com dinheiro representado por carteiras de cigarro vazias. Desmontávamos as embalagens e apostávamos como se estas fossem moeda corrente: Arizona, Marlboro, Continental, Minister, Advance, Carlton, Vila Rica, Chanceller, Hollywood… Cada marca correspondia a um valor monetário. Em outros momentos eu chegava a perder as próprias bilhas de vidro.

Então, senhoras e senhores, eu era um pixote clássico. Um senhor pixote! Ou, se preferirem, usando um tipo parodístico de eufemismo, posso me autoproclamar Dom Pixote. O que me dizem?! Não soa tão bem quanto o Dom Casmurro ou Dom Quixote, claro, mas deixo aqui este gracejo pomposo.

No voleibol, entretanto, eu não era pixote. Pelo contrário. A partir de 1990 a 2015, contrariando todas as expectativas, destaquei-me como craque nessa modalidade esportiva, especialmente por contar com apenas um metro e sessenta e sete centímetros de altura. Apesar disso, com uma impulsão notável, pois saltava quase um metro, eu tocava o terror nas competições amadoras no Conjunto Santa Delmira e alhures. Voava tanto em quadras de areia quanto de alvenaria.

O quê?! Mentira?! Exagero da minha parte?! De modo algum. Eu era impossível. Falavam até que eu tinha molas nos pés.

Para afiançar o que digo, se duvidam, aí estão, entre outros, meus colegas de voleibol e circunstantes Kléber Nogueira, Vanderlei Lima, Franklin Luiz, Ranniere Maia, Djair Eduardo, Marcos Gondim, Alcimar Jales, Vanildo Marques, Anchieta de Albuquerque, Ricardo Nogueira (este formava dupla comigo nas quadras de areia) e os irmãos Marcos e Nilson Rebouças. Foi de Marcos Rebouças, aliás, esta ideia: “Fale sobre sua história com o vôlei numa dessas crônicas”.

Missão dada, amigo, missão cumprida.

Quem sabe daqui a mais um tempo, após a pandemia e com dez quilos a menos, eu retome minhas proezas enquanto amador e amante do voleibol. Agora voltemos à literatura. Um certo dia, talvez por compaixão ou remorso, aquele mesmo anjo torto que vive na sombra chegou ao meu ouvido e disse:

— Vai, rapaz besta, ser escritor na vida!

E eu, ainda obediente, acatei a ordem.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 06/06/2021 - 04:14h

Vivendo um pesadelo

Paulo Menezes olhando o marPor Paulo Menezes

Estou hoje, recolhido no meu “cantinho”, na praia do meio, em Natal. Isolado do mundo. Diferente de tantas outras vezes, em que do meu pequeno,  porém aconchegante apartamento, me mostrava um cenário de uma beleza sem par.

Ao fundo a ponte Newton Navarro, o estuário do rio Potengi e a beleza do majestoso oceano, que em dias ensolarados, como hoje, limpava a vista, extasiado com a beleza da cor verde azulada do sagrado mar.

Só que hoje, o que vejo é um cenário totalmente diferente. Triste, interrogativo e indefinido. Mesmo assim, esperançoso, pois sou um homem de fé.

É que apesar de ter tomado duas doses da vacina para a Covid-19, o cuidado de sempre usar dupla máscara, preocupado com o distanciamento social, até por pertencer ao grupo de risco, para minha surpresa, após um exame laboratorial, na tarde de hoje (sexta-feira, 6), testei positivo para  a horrível praga.

Como a viagem não estava prevista, fui convocado de última hora por meus filhos e noras em caráter de emergência, alegando os mesmos que aqui teriam mais condições de me darem uma assistência maior. E é o que tem ocorrido.

Nessa mudança de endereço, que com a graça de Deus, creio, será temporária, deixei em Mossoró, meus livros de cabeceira, que nessas horas difíceis, serve como um verdadeiro bálsamo para o espírito. “Dias de Domingo” e “Veredas do meu Caminho” do mestre Dorian Jorge Freire, que segundo o professor Vingt-Um Rosado, era o gênio da raça mossoroense.

Esses companheiros que sempre conduzo comigo, no atropelo da viagem, deixei na terrinha e está me fazendo muito falta. Mas, como dizia no início dessa narrativa, hoje o que se apresenta para mim é um misto de dúvida e interrogação. A doença é cruel e traiçoeira.

Entra em nossa vida sem pedir licença, para infernizar nossos dias e nos privar de ver nossos entes mais queridos, razão maior de nossa vida nos dias atuais.

Deus, me deu a graça de ter Simone, minha companheira há 57 anos, dois filhos maravilhosos, duas noras admiráveis e quatro netos que todo avô gostaria de ter. Por isso mesmo, tendo a família formidável que tenho, acometido da terrível doença, me vejo questionando sobre a vida.

E sobre o tema, alguém usando o anonimato afirmou que: “A vida é imprevisível e é isso que a torna bonita. Não podemos saber o que o futuro reserva, portanto, tudo é possível. Não somos a mesma pessoa a cada acontecimento em nossa vida. Nos reinventamos constantemente depois dos tropeços, das dores, das feridas, dos dissabores, buscando na fé e na vontade de seguir, um motivo a mais para continuar nossa caminhada”.

Paulo Menezes é meliponicultor e cronista

Nota do Blog – Vai dar tudo certo, Paulo! Estamos todos na torcida e na fé!

Amém!

*Crônica (e Nota do Blog) publicada no dia 9 de maio último (veja AQUI), quando o autor revelou estar com a doença que acabou provocando sua morte no dia passado (veja AQUI). É uma singela homenagem do Nosso Blog, local que abrigou inúmeras crônicas e artigos seus.

Descanse em paz, Paulo.

Veja AQUI série de textos publicados por Paulo Menezes em nossa página.

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Categoria(s): Crônica
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